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02. Direito Antigo - Babilônico

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CURSO DE DIREITO
Disciplina: História do Direito
Prof. Fabrício Ferreira
Direito na Antiguidade: Direito Babilônico.
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“Se um homem livre fura o olho de um homem livre, terá seu olho furado.
Se alguém acusou um homem, imputando-lhe um homicídio, mas não pôde convencer disso, o acusador será morto.
Se um homem livre furou o olho de um escravo ou lhe fraturou um osso, pagará uma mina de prata.”
(Código de Hamurábi)
				(in, Lopes, José Reinaldo de Lima, O Direito na História. Lições Introdutórias. 3ª Edição Revista, Ed. Max Limonad, pág. 29
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A ocupação do globo na antiguidade
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O Crescente Fértil
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História do Direito
Mesopotâmia 
ORIENTE ANTIGO: MESOPOTÂMIA
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História do Direito
Mesopotâmia 
MESOPOTÂMIA: Região normalmente designada como Suméria, nas margens do Rio Eufrates, próximo ao Golfo Pérsico. Alguns se referem como “crescente fértil”.
Os textos escritos mais antigos são provenientes desta região, havendo relatos de civilizações que o habitaram desde o milênio IV antes de nossa era;
Haviam várias cidades-estado (cada uma com sua própria divindade) - Capital (cidade principal): Babilônia.
Atualmente, corresponderia a área do Iraque, com algumas “incursões” na Turquia, Irã, Arábia Saudita.
A Mesopotâmia [do grego meso (no meio de) e potamos (rio)] corresponde a uma região situada na Ásia Menor a Sul da Anatólia e entre os rios Tigre e Eufrates;
Civilização comumente chamada por “Babilônicos”;
Possuíam uma língua comum: o acadiano.
Fonte: Maciel, José Fábio Ridrigues. História do Direito, Ed. Saraiva. São Paulo, 2007.
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História do Direito
Mesopotâmia 
O direito traduzia a idéia de revelação divina;
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA: Rei – é o chefe da cidade, deve fazer reinar a justiça, ordem e paz, proteger os fracos e garantir a prosperidade ao povo.
Rei – não é divinizado: o verdadeiro rei da cidade é o deus, sendo o rei um vigário ou regente.
Escrita cuneiforme: formato de “cunha” – construção geométrica em que os caracteres são dispostos; era efetuada através de uma cunha ou prego, em tabletes de argila.
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História do Direito
Mesopotâmia 
A união dos seguintes elementos: a cidade, a escrita e o comércio, representam a queda da sociedade tribal, fechada, organizada em tribos ou clãns, e a ascensão de uma sociedade urbana, comercial e política. Complexa, de tal sorte, que demandará um novo direito (direito arcaico – direito separado da religião e dos costumes); 
A simples tradição oral tornou-se insuficiente para preservar a memória e os costumes da região;
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História do Direito
Mesopotâmia 
O Código mais antigo de que se tem notícia, de origem Suméria (Baixa Mesopotâmia) é o Código de “Ur-Nammu” (aprox. 2.140 e 2.004 a.C.);
Não se deve confundir a palavra “código” com os ordenamentos jurídicos hoje vigentes; 
Compilação de casos concretos;
Código de Hamurábi (Hammurabi): oferecido ao povo da Babilônia pelo Deus Samas (Deus da Justiça), por intermédio do Rei Hammurabi (1.694 a.C), esculpido em um bloco pedra negra, possuía 282 artigos;
Forte prevalência de direito comercial no código;
Presença marcante da “Lei de Talião”;
Foi encontrado em 1901 por Jacques de Morgan na Pérsia;
Encontra-se no Museu do Louvre em Paris;
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História do Direito
Mesopotâmia 
Foi um Rei da Babilônia que ascendeu no trono por volta de 1792 a.C., tendo morrido em 1750 a.C.
Mandou que se elaborasse um Código compilando suas decisões em uma linguagem impessoal com vistas à influenciar os juízes, e também, com nítido caráter de propaganda, enaltecendo sua sabedoria e seu poder.
Uma das suas principais realizações foi a implementação de um direito que serviu como fundamento para a unidade do seu reinado.
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“Eu sou o sábio governador guardião. Em meu seio trago o povo das terras de Sumer e Acad. Em minha sabedoria eu os refreio, para que o forte não oprima o fraco e para que seja feita justiça à viúva e ao órfão. Que cada homem oprimido compareça diante de mim, como rei que sou da justiça. Deixai-o ler a inscrição do meu monumento. Deixai-o atentar nas minhas ponderadas palavras. E possa o meu monumento iluminá-lo quanto à causa que traz e possa ele compreender o seu caso. Possa ele folgar o coração, exclamando: Hamurabi é, na verdade, como um pai para o seu povo; estabeleceu a prosperidade para sempre e deu um governo puro à terra. Nos dias a virem, por todo tempo futuro, possa o rei que estiver no trono observar as palavras de justiça que eu tracei em meu monumento.”
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História do Direito
Mesopotâmia 
Exemplo de escrita 
cuneiforme
Trecho do Código de 
Hamurábi
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Código de Hamurábi: 
Características do seu código
Rigor no apenamento
Instituição do bem de família
Proibição de compra e venda entre pais e filhos
Força maior
Direito de família
Talião
Organização da Sociedade:
Homens Livres
Homens Subalternos (liberdade limitada) e estrangeiros;
Escravos (bem móvel);
Família: (sistema monogâmico e patriarcal)
Mulher é dotada de personalidade; É proprietária de seu dote mesmo após o casamento; Liberdade na gestão de bens;
É facultado o repúdio recíproco, em caso de má-conduta;
Limitações ao poder de dispor do patrimônio, em caso de sucessão, se isso representar prejuízo a um dos filhos sobreviventes
Direito Penal:
Penas extremamente rígidas;
Há 34 indicações de pena capital;
Direito Civil:
Contratos de compra e venda; venda a crédito;
Arrendamento;
Depósito;
Empréstimo a juros;
Funcionários e Sacerdotes auxiliavam o monarca na aplicação do direito;
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História do Direito
Mesopotâmia 
Código de Hamurábi: 
No Direito de Família, o Código estabelecia o rigor absoluto da autoridade do chefe da família, que tinha um certo caráter sagrado:
Art. 195 – Se um filho espancar seu pai, dever-se-lhe-á decepar as mãos.
No Direito que pune os delitos, aplicava-se o Talião:
Art. 196 – Olho por olho, dente por dente, braço por braço, pé por pé, vida por vida. 
Art. 197 – Se ele quebrar o osso a um outro, se lhe deverá quebrar o osso também
Se a pessoa ofendida era de classe inferior, a pena era de MULTA PECUNIÁRIA.
Art. 198 – Se ele arrancar o olho de um liberto, deverá pagar uma mina (pena pecuniária em razão da pessoa ofendida)
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História do Direito
Mesopotâmia
Pena pelo falso testemunho
Art. 3 – Se alguém em um processo se apresentar como testemunha de acusação, e não provar o que disse, se o processo importar perda de vida, ele deverá ser morto
Punição para crimes contra o patrimônio
Art. 6 – Se alguém furtar bens de Deus ou da Corte, deverá ser morto; e mais quem recebeu dele a coisa furtada também deverá ser morto
Art. 8 – Se alguém roubar um boi ou uma ovelha ou um asno ou um porco ou um barco, se a coisa pertencer a Deus ou à Corte, ele deverá dar trinta vezes tanto; se pertencer a um liberto, deverá dar dez vezes tanto; se o ladrão não tiver nada para dar, deverá ser morto.
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História do Direito
Mesopotâmia 
Código de Hamurábi: 
Casos curiosos de substituição da pessoa do ofensor por outra que lhe fosse muito cara
Art. 209 – Se alguém bater numa mulher livre e a fizer abortar, deverá pagar dez siclos pelo feto
Art. 210 – Se a mulher morrer, se deverá matar o filho dele.
Sobre um arquiteto
Se um arquiteto construir para alguém e não o fizer solidamente e a casa que construiu cair e ferir de morte o proprietário, esse arquiteto deverá ser morto.
Se ferir de morte o filho do proprietário, deverá ser morto o filho do arquiteto.

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