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Resenha-critica: RECUPERAR OU PUNIR? Como o estado trata o criminoso

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PONTIFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA – FACULDADE MINEIRA DE DIREITO
HELEN MARQUES DE MEDEIROS
Sociologia 
Paixão, Antônio. Recuperar ou punir?: Como o Estado trata o criminoso. Cidade: 2 Ed. São Paulo, 1991.
Este livro trás uma abordagem discutida por muitos anos, que é o sistema penitenciário. Nele o autor expõe o dia a dia do preso e a realidade dura das penitenciárias brasileiras.
O livro consta também com experiências de Thomas M. Osborne, que foi nomeado para comandar a comissão da reforma penitenciária nos EUA. Uma das experiências que ele fez foi estabelecer a cidadania no sistema penitenciário para a reabilitação dos detentos, o resultado foi bom entre eles, pois houve uma grande recuperação onde foi feita a pesquisa. Isso só deu mais ênfase no quanto recuperar é tão importante para os detentos.
No Brasil também há penitenciárias que utilizam do mesmo método que as do EUA, para reabilita, porem ainda tem muitas cadeias que ainda não receberam esse método. Mas aonde esse sistema houve uma mudança significativa de ver a sociedade e os atos ilícitos. 
Um dos lugares onde esse sistema foi implantado é em Minas Gerais onde foi alcançado ótimos resultados no comportamento.
Apesar de resultados relativamente bons esse novo método, ainda há muitas dificuldades do lado de fora das cadeias, como por exemplo, ex-presos que tentam voltar para o mercado de trabalho, ou ter uma vida social, ou até mesmo entrar em uma universidade, logo sofrem preconceito para voltar a sociedade por serem ex-detentos. E sem duvidas essa é uma das maiores dificuldade para os que querem ser reabilitados na sociedade.
Do mesmo modo que existem pessoas que acreditam em uma punição severa, há aqueles que são totalmente a favor de recuperação de detentos, mas para que isso aconteça é preciso que haja uma mudança na perspectiva da sociedade, mas claro não adianta as pessoas mudarem a sua visão de ex-presos, mas os próprios ex-detentos tem que ter em mente de querer mudanças. Um dos principais fatos das pessoas terem tanto preconceito com eles, é basicamente ter todo um processo de recuperação e quando chega “lá fora” voltam ao mundo dos atos ilícitos, provocando medo e automaticamente o preconceito da sociedade. Basicamente tem que haver mudança das três partes, do Estado, da sociedade e dos detentos. Do Estado implantando em todas penitenciárias o sistema de recuperação de presos e com medidas para eliminar a discriminação da sociedade com ex-presos, e principalmente mostrar a eles que podem mudar de vida.
Citações:
Pagina 15 
“O processo penal, ao mesmo tempo em que dava ampla discrição ao juiz, principalmente no que se refere à administração de “tormento” como meio de obtenção de provas, institucionalizava e legitimava desigualdades sociais”. 
Página 18
“A sociedade e o Estado que supliciam criminosos são entidades vingativas e , portanto, irracionais e arbitrarias. O crime é a negação de direitos à liberdade e à propriedade de pessoas e, como a escolha da vítima pelo criminoso é, podemos presumir, em grande parte acidental, o ato criminoso nega o Direito enquanto Direito.” 
Página 20
“A prisão moderna é, antes de tudo, uma “empresa de modificação de indivíduos” que operacionaliza a racionalização de justiça penal.Esse isolamento tem múltiplas funções, dentre as quais a mais óbvia- e, talvez por isso mesmo, menos enfatizada nos relatos convencionais- é a de tirar tais indivíduos de circulação.”
Página 26
“As ligas, além de arbitrar conflitos entre presos e regulas condições de trabalho, julgavam infrações disciplinares dos internos e opinavam sobre conflitos de interesse entre eles e a administração.” 
Pagina 27
 “A institucionalização da participação dos internos em decisões sobre disciplina e a formalização de procedimentos implicavam, antes de tudo, em redução do arbítrio do guarda.”

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