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Resumo de Teoria Geral Do Processo

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Teoria Geral Do Processo	Matéria da P1
RESUMO
TEORIA GERAL DO PROCESSO
A propedêutica processual é a parte do Direito que estabelece os principais conceitos que regem a disciplina. Dentro dessa perspectiva, define-se o bem jurídico como qualquer bem corpóreo ou incorpóreo que sendo lícito e satisfazendo uma necessidade humana, merece proteção judicial.
O interesse jurídico é defino como elo que liga o auto da ação ao bem jurídico que se pretende proteger. Sua ausência leva a extinção do processo sem a resolução do mérito.
A pretensão é lida como manifestação de vontade do autor revelada na ação e caracteriza-se como elemento essencial dos processos, uma vez que sem pretensão a petição inicial se desnatura e torna-se impossível a observância do chamado Princípio da Correlação, Congruência ou adstrição entre sentença e pedido. Por tal princípio veda-se o julgamento ultra, extra, e citra (ou infra) petita.
Por fim, a lide é o conflito de interesses que surge quando a pretensão do autor é resistida pela vontade do réu. Trata-se de um elemento acidental dos processos já que há hipóteses de processo de ação sem lide (Ação de Divórcio Consensual) 
A ação, é um ato inicial de demanda pelo qual as partes rompem a inércia do poder judiciário e passam a guardar uma providência do Estado. 
A seguir o processo, assim entendida a seqüência ordenada de atos processuais que são praticados na ordem prevista em lei. 
O procedimento/rito apresenta-se como um dos elementos do processos sendo responsável por indicar as fases e a duração que o processo terá. A regra é que o auto possa escolher o rito de seu processo mas deve mudar de acordo com o Novo Código Civil.
O processo é como um trem que depende de vários vagões para existi, logo, para existir depende de um somatório de atos processuais. Por fim, equipara-se o procedimentos um trilho pois decepciona o processo tal qual o trilho guia um trem.
Classificação dos interesses:
Há os interesses individuais que pertencem a uma ou vários pessoas que se configuram no processo como autores.
Os coletivos podem ser:
Difusos: Aqueles em que não se sabe q quantidade de lesados (Ex: Questões Ambientais)
Coletivos em sentido estrito: No qual você sabe quem foi o grupo lesado
Individuais Homogêneos: Aquele em que o montante do dano se quantifica no momento do dano. (Ex: Na ações em que só há um autor que representa outras pessoas vs. Réu)
Segundo a Doutrina, o Direito Processual apresenta duas características. A 1ª delas é a unidade que consiste na impossibilidade de se subdividir o Direito Processual. A 2ª característica é o publiscismo que faz com que o Direito Processual seja tratado como ramo do Direito Público. É assim pois o interessado imediato de todo e qualquer processo é o Estado que faz desses processos instrumentos para a paz social e sua soberania. Nesse cenário o autor é mero interessado mediato ou secundário.
Formas de Resolução de Conflito
As formas de resolução de conflitos passou por 3 diferentes etapas ao longo dos anos, a mais primitiva forma de resolução foi chamada de Autotutela ou Autodefesa, no qual cabia aos próprios particulares, fazendo uso da própria força física para resolver os conflitos entre eles surgiam. Entretanto, esse mecanismo gerava instabilidade social e a prevalência do mais forte sobre o mais fraco. Assim sendo, foi substituída pela Autocomposição, onde um particular eleitos pelas partes ( o mediador ) tentava resolver o conflito por meio da renúncia do reconhecimento do pedido ou da transação. Quando essas técnicas falhavam, voltava-se a Autotutela, já que esse particular não tinha o poder decisório hoje dado ao Magistrado. 
Evolui-se então para a Jurisdição, momento em que se transfere para o Estado o monopólio da resolução de conflito.
Trilogia Estrutural do Direito Processual
Afirma a Doutrina que a ciência processual se apoia em uma trilogia estrutural,pois há 3 grandes institutos que fazem parte do Direito Processual: a Jurisdição, Ação e o Processo. Nessa perspectiva, se busca intensificar o polo metodológico da ciência indicando o elemento que receberia maior destaque processual. Uma 1ª corrente defendida por Carnelutti sustenta que esse polo seria a lide, entretanto a doutrina Majoritária não acompanha esse raciocínio uma vez que a lide é mero elemento acidental do processo. Dizem que a pretensão seria esse polo uma vez que não há processo em que não haja manifestação de vontade por parte do autor.
Fontes do Direito Processual
Segundo a Doutrina, define-se o Direito Processual como ramo da ciência que estuda e regulamenta o exercícios pelo estado na função jurisdicional e com isso, atribui-se ao Direito Processual uma função teórica e um papel disciplinador. As fontes do Direito Proceussual Civil são os lugares de onde provém esse ramo do Direito. Para proferir suas decisões, o juiz deve lançar mão de fontes consagradas do Direito. Tem -se como fontes formais ou primárias os atos normativos em sentido lato senso (que significa norma jurídica), que possuem força vinculante e portanto, obrigatórias a todos (ex: leis, execuções). Na falta destes o Juiz poderá decidir com base nas fontes materiais ou secundárias do Direito, que por sua vez não possuem força vinculante, servindo apenas para esclarecer o verdadeiro sentido das fontes formais, ou seja, o verdadeiro sentido do Direito Processual Civil. (ex: Analogia,Costumes,Princípios Gerais do Direito, Doutrina e Jurisprudência).
Derivados da fonte formal do Direito: a Constituição Federal, a Lei Federal Ordinária, a Lei Estadual, os Tratados Internacionais e os Regimentos internos dos Tribunais.
Evolução Científica do Direito Processual
A primeira fase chamada de Fase Imanentista, dizia que o Direito Material (como o direito civil) sendo essencial, era verdadeiro direito substantivo, enquanto o processo, mero conjunto de formalidades para a atuação prática daquele, ou seja, era uma parte do Direito Civil. Defendida por praxistas e procedimentalistas. 
No século XX, Oskar Von Billow inaugura a Fase Científica, no qual se separa o Direito Civil e o Processual (passando a fazer parte do Direito Público e considerado como ramo autônomo). Contudo, só pode exercer o Direito de Ação (Direito de Processual) quem previamente provar que teve um Direito Material violado. Na fase Instrumentalista mantém-se a separação entre Direito Civil e Processual mas o Direito de Ação passa a ser entendido como um Direito Genérico e Abstrato, uma pessoa pode propor uma ação sem que haja Direito Material violado. Ainda nessa fase se passa a perseguir novos caminhos capaz de conferir aos processos maior cerelidade/rapidez. O processo deixa de ser visto como mero instrumento de atuação do direito material a pesas a ser encarado como um instrumento de que se serve ao Estado a fim de alcançar os escopos sociais, jurídicos e políticos. 
Normas Processuais:
É qualquer comando aplicável ao Direito Processual. São elas as regras (baixo grau de abstração e claras, critérios objetivos) e os princípios (normas dotadas de alto grau de abstração, passível de interpretações diferentes. Como também resolve os conflitos por meio do critério de ponderação). Elas são aplicáveis de forma imediata e em todo território. ⌵
Aplicação no tempo: Sempre se aplica de imediato, salvo se na própria norma nova tiver um vacacio, e age inclusive sobre ações que já estão em curso. Só não pode retroagir para os casos que já passaram por apelação.
Aplicação no espaço: as normas processuais vão valer em todo território (todos os Estados igualmente) em casos de Federação
Princípios Gerais do Direito Processual (São aplicáveis em todos os ramos)
Princípio Do Devido Processo Legal
(Previsto no Artigo 5º, LIV, da Constituição Federal).
É o artigo mais importante, no qual afirma que ninguém pode ser condenado sem antes ser submetido a um processo legal.
Esse processo legal deve ser garantista, ou seja, durante seu curso a pessoa tem todas as suas garantias observadas.Ex: dialogo com o juiz, ser tratado com igualdade, respeito a integridade física.
Segundo Mauro Cepeletti, para atingir o acesso a ordem jurídica justa é necessário 3 fases - “As três ondas do acesso a Justiça” :
Assistência judiciária gratuita: Gerou esgotamento ao Judiciário
Tutela coletiva de direitos: Ações que cuidam de um grande numero de direitos de pessoas. (Ex: Acão Popular, Mandado de Segurança…)
 Busca de procedimentos mais simples para processos de menor complexidade. (Ex: Os Jec’s, que dão mais rapidez ao caso.)
“A garantia de acesso á ordem jurídica justa, assim, deve ser entendida como garantia de que todos os titulares de posições jurídicas de vantagens possam ver prestada a tutela jurisdicional, devendo esta ser prestada de modo eficaz, a fim de se garantir que a já referida tutela seja capaz de efetivamente proteger as posições de vantagem mencionadas”
“Garantismo": Prega que os direitos e garantias do cidadãos venham a ser verdadeiramente respeitados.
Obs: Todos os demais principais existem para garantir o Devido Processo Legal.
Princípio da Isonomia
É a busca pelo igualdade, exigindo necessariamente um tratamento equilibrado entre os seus sujeitos (réu e sujeito).
Isonomia Formal (508 CPC): Concessão de tratamento igual a todo mundo indistintamente
Isonomia Material (188 CPC): Concessão de tratamento igual aos iguais e desiguais nas medidas em que se desigualam.
Nosso ordenamento jurídico trata de ambas as Isonomias.
E qual seria o objetivo desse princípio? Assegurar tratamento que supra as desigualdades naturais existentes entre as pessoas. Somente asei ter-se-á assegurado a igualdade substancias que corresponde a exigência do processo justo.
iii. Princípio Fundamental 
O juiz deve declarar os fundamentos da sua sentença/resultado ("razoes de fato e de direito”). Permitindo que a outra parte entre em contradição. São aplicáveis a qualquer sentença que interfere na esfera do particular. Sendo preciso haver um “parecer"do juiz e não basear-se na decisão do MP.
Sentença sem fundamentação, a prolação é declarada nula. 
Princípio do Juiz Natural
Nos diz que todo cidadão tem direito de ser julgado por um órgão pré estabelecido, ou seja, com competência anterior, vedando os tribunais de exceção (tribunais criados depois de um fato para julgar o mesmo, criado para prejudicar ou favorecer uma das partes não poderão ser aplicados a casos que já tenham ocorrido antes da mudança) combatendo privilégios e perseguições. 
Segundo aspecto, diz respeito ao julgador, que deve ser o titular da vara, ou previamente designado, não podendo ser removido livremente de seu cargo.
Outra função diretamente ligada a pessoa natural que o exerce, no processo é a função do juiz. Trata-se de exigência de imparcialidade , essencial para que se tenha um processo justo. Essa imparcialidade que se espera do juiz é a que resulta da ausência de qualquer interesse pessoal do juiz na solução da demanda a ele apresentada. Não partes por laços de parentesco ou amizade, ou que tenha interesse, econômico, jurídico, na vitoria de qualquer das partes. 
Princípio da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional
“A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça do direito”. Fica assegurado a todo aquele que se sentir lesado ou ameaçado em seus direito o acesso aos órgãos, não podendo a lei vedar esse acesso.
No Brasil e Países de Civil Law, não se adota o Contencioso Administrativo - 
Que afirma que se deve esgotar a via administrativa para poder ir ao Judiciário.
Há exceções como os assuntos desportivos precisam ser discutidos na esfera própria antes de levar ao Judiciário, e Ações de Habeas Data (obter informações ao nosso respeito) que no caso é necessário haver o contraditório (não receber sua declaração na esfera administrativa) para alcançar o acesso ao Judiciário. 
Princípio do Contraditório
É o direito de reação que se tem que dar a uma das partes. Se uma das partes teve um determinado prazo para agir, a outra deve ter o mesmo prazo para reagir.
"Aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.”
Garantia de ciência bilateral dos atos e termos o processo com a consequente possibilidade de manifestação sobre os mesmos. Assim, exige que durante o curso, os sujeitos tomem conhecimento de todos os fatos que venham a ocorrer durante o mesmo, podendo ainda se manifestar sobre tais acontecimentos. 
Aspecto Jurídico:
Aspecto Político: Declaração clara de Democracia, pois assim o juiz permite o diálogo entre os cidades e reconhece que não é soberano nem detentor da verdade. 
Principio da Tempestidade da Tutela Jurisdicional
Estabelece que os processos são devem e eternizar mas não fixa o prazo temporal pelo qual eles vem se estender, pois cada processo tem seu rito próprio, não havendo um prazo único que se ajuste perfeitamente a todos. Sustenta-se que a duração do processo razoável é aquele que todos os operadores do direitos agiram de forma ética (juiz que não ficou se omitindo, réu que não espoem as suas defesas para demorar o processo…) como também os seus participantes. Aquele processo em que não houve comportamento ético esse processo não tem duração de processo razoável.
Obs: A doutrina propõem um punição as condutas protelatórias, instruindo pena de multa e processo administrativos. 
PRINCÍPIOS SETORIAIS
Princípio da Disponibilidade
Na esfera Civel, propoem uma ação quem quiser e pode a qualquer momento dela desistir. Pois nessa esfera, cuidamos de bens patrimoniais. 
Na esfera Penal, há a Indisponibilidade das ações, pois estamos tratatandod e elementos fundamentais como a vida e portanto, o Estado detém o ius puniende. 
Principio da Livre Investigação das Provas
Majistrado é livre para adotar qualquer mecanismo/meio para investigação das provas para fundamentar sua decisão e alcançar um resultado justo. A unica restrição esta no uso das prova chamada ilicitas, ou seja, as que violam direito e garantias fundamentais do cidadão (ex: grampo telefônico) Só juiz pode autorizar quebra de sigilo, grampo telefonico e etc. Ou quando se entende como a pessoa lesada estava em estado de necessidade e só tinha aquele meio para provar.
Princípio de Demanda
As ações só podem começar com a inciativa do auto rem ambas as áreas, civel e criminal. 
Exceções: Estado de Oficio – quando não há sucessores interessados, portanto, o juiz pode demandar uma ação em nome da sociedade e interesse público.
Art. 262 do CPC: O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.
Art. 2°. Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos caos e forma legais.
Necessidade do autor ser o primeiro a procurar o judiciário, uma vez procurado pelo autor pode o magistrado proferir sua sentença e deve se empenhar ao máximo para o processo cumprir suas etapas.
Princípio da Oralidade
É um subprincípio que requer que os atos praticados sejam praticados oralmente. Mas na nossa cultura, os magistrados optam mais pela escrita.
Princípio da Publicidade
Os atos processuais por via de regra são públicos, ou seja, acompanhado por qualquer pessoa que deseja faze-lo. Isso explica porque você pode assistir um julgamento no júri, porque podemos entrar no site do STJ e ter acesso a todos os processos respondidos por uma determinada pessoa. 
Art. 155 do CPC prevê duas hipóteses que os atos processuais poderão não ser públicos:
Processos que tramitam em Vara De Família (divorcio, pensão)
Casos de decretação de segredo de Justiça quando houver interesse da Investigação seja em sigilo
Princípio da Lealdade Processual
Art. 14 do CPC diz que todos os participantes (testemunhas, autor e réu) no processo devem ter uma participação ética. Se as partes faltarem com tal dever suportarão com uma multa que pode chegar a 20% da causa. Se testemunhas violarem tal dever, responderão pela litigância de má fé e pelo crime de falsotestemunho. 
JURISDIÇÃO
Atividade do Estado tal qual a função legislativa e exceutiva, é a função julgadora do Estado que deve trabalhar em sistema de freios e contrapesos em relacao a função legislative e executiva. 
“ Aplicação da lei ao caso concreto.”
“Função estatal que se faz aplicando leis aos casos concretos, resolvendo ou não uma lide” – Segundo Iovenda 
Caracteristicas essenciais
A jurisdição, o juiz não pode agir de officio, ou seja, começar um processo pois assim estaria violando uma das caracteristicas essenciais da função julgadora, que é ser inerte (“ne procedat”) e manter sua imparcialidade, podendo agir somente apos a manifestação do autor. 
Substitutividade: Porque quando o juiz setencia, agindo no processo, o faz susbtituindo a vontade do autor e do réu que não conseguiram chegar a um acordo, levando em conta a lei e totalmente desvinculado dos interesses do autor e réu.
Caréter declaratório: Pois o juiz ao setenciar nunca cria direito, apenas reconhece direitos pré existentes desde que o momento que a parte cumpriu os requisitos legais e agora na sentença o juiz pode delcará-los. Assim, diz que O juiz declara um direito e não o cria. 
Principios Fundamentais da Jurisdição
Princípio do Juiz natural: Não pode-se criar tribunais de exceção no nosso ordenamento jurídico. Devendo julgar as causas em tribunais pré existentes como também o julgador ser pré determinado. 
Princípio da Unidade de Jurisdição: Se o direito processual é uno e não subdisível, também a função julgadora é una e não “especializada”.
Princípio da Indeclinabilidade da Jurisdição: Um juiz nunca pode abrir mão do seu poder de julgar, vedando-se o “Non Liquet”. – Art 126.do CPC
Improrrogagabilidade da Jurisdição: A atividade julgadora não aceita prorrogação, ou seja, cada juiz no exercio da função julgadora age dentro dos limites da função de competência. Exemplo: Um juiz não pode invadir a competência alheia para assumir os processos de outros majistrados, devendo agir nos limites de sua competencia. Assim você estaria violando também o Princípio do Juiz Natural
Indelegabilidade: Um juiz não pode delegar a outro o exercício da função julgadora que lhe pertencia. 
Sucedâneos da Jurisdição 
É o estudo de formas de resolução de conflitos tão eficazes como a Jurisdição, não pelo caminho da sentença do Juiz.
Autocomposição: Resolução do problema pelos proprios interessados, as porpias partes que colocam um ponto final no processo dispensando a interferencia do juiz.
Se manifesta por 3 maneiras:
Renúnica: Ato de abdicação pelo autor que perdoa ou desconsidera a causa (Iniciativa do autor chamada de “unilateral”
Reconhecimento Jurídico do Pedido: É o ato unilateral pelo qual só o réu sede, dispensando o juiz de setenciar reconhecendo seu erro. 
Conciliação: Acordo mediante conceções reciprocas. Autor e réu conseguem chegar em algum acordo. Acontece entre partes que não se conhecem. (Ex: batida de carro)
Mediação: Segundo o novo CPC que apresentada a petição inicial, o juiz pode encaminhar as partes a uma sessão de mediação quando as partes se conhecem e precisam passar por tal processo.
Arbitragem: Mecanismo que permite que questões de ordem patrimoniais sejam levadas não ao Judiciário, e sim para um árbitro que tem poder decisório assim como o Juiz. As partes podem escolher entre ir ao Judiciário ou levar a questão ao Árbitro (abrindo mão da 1ª opção) assim, a essa sentença encerra o conflito pois o Juiz não pode revê-la. 
 Jurisdição Contenciosa x Jurisdição Voluntária
A jurisdição contencioso acontece em processos em que há lides (conflito de interesses entre as partes), já a jurisdição voluntária quando é o exercicio da função julgadora em processos não há lide, havendo em ambos os casos sentença.
Teoria clássica ou administrativa: Tenta explicar a existencia de processos sem lides, para eles para haver processos deveria de haver lide, logo, em casos de jurisdição voluntária não havia processo ou jurisdição, e sim mero procedimento onde o Estado interfere na esfera do particular/ e seus interesses privados, que não lhe competeria intervir. Essa teoria é amplamente marjoritária na doutrina brasileira, afirmam que o Judiciário teria a função de administrar tais interesses privados, sempre em casos taxativamente previstos em lei, como o divórcio consensual. 
Teoria revisionista ou jurisdicionalista: Teoria que defende que há sim jurisdição em casos de Jurisdição voluntária pois não é necessário haver lide para haver processo e sim uma pretensão de vontade por parte do autor.
Escopos da Jurisdição: “Quais os objetivos e onde queremos chegar com ela?”
Há 3 diferentes especies de objetivos:
Sociais: Serve para pacificar (mostrar que o Estado está sempre apto a resolver os problemas por meio de processos que solucionam os conflitos que surgem na sociedade) e educar a sociedade, por que cada sentença mostra o que é certo e errado, mostrando os comportamentos aceitáveis. Como também, mostra aos titulares de direitos lesasos ou ameaçados como fazer para obter a tutela de seus interesses.
Jurídicos: Tem como finalidade manter íntegro o ordenamento jurídico, estão as sentenças a firmar nosso sistema positivista toda vez que o juiz aplicar a lei em sentenças
Políticos: Serve para garantir a afirmação do poder Estatal, intrisecamente o Estado é soberano e a sua decisão vale mais que os interesses sobre os particulares, estando em um patamar superior. Portanto, o Estado precisa afirmar seu poder para se sustentar, sendo certo que não teria condições de impor condutas aos jurisdicionados. Ao afirmar o seu poder, o Estado garante os meios necessaries para alcançar todos os seus outros escopos.
Competência
É um limite dado a cada orgão do poder judiciário para julgar as ações. Lembrando que a Jurisdição é improrrogavel (Princípio da Improgabilidade), logo cada majistrado deve agir nos exatos limites de seu orgão julgador, dentro dos limites estabelecidos por lei. A competencia é dada ao orgão e não ao juiz, podendo esse julgar matérias diferentes no futuro da sua carreira. 
“Como saber qual juizo competente para julgar a minha ação?”
Há de se passa-se por dois momentos distintos:
Competência Internacional: Devemos julgar se o Brasil pode ou não julgar aquele assunto/tema e sendo a resposta positiva, devemos verificar se há 
 Competência exclusiva: Art. 89 do CPC - (só o Brasil pode julgar) Em casos relativos a imóveis no Brasil, ainda que as partes sejam estrangeira. Ou em casos de inventário de bens situados no Brasil (herança)
Competência concorrente: Art. 88 do CPC - (tanto o Brasil quanto o Estado estrangeiro) Acontece em casos em que o réu, independente de sua nacionalidade, tiver domiciliado no Brasil ou quando se exige o cumprimento de obrigação quando o lugar do pagamento é o Brasil. Dependendo do assunto, admite-se que também o Estado estrangeiro atue no tema, analisando o regramento próprio de um outro país. Ex: Em casos em que o réu é estrangeiro mas que há uma obrigação ou fato aqui feito, o Brasil admite outra Jurisdição.
Competencia Interna: Fixada interna a competência, há 4 análises sobre os critérios a serem feitas para determiner qual o juizo competente:
Obs: Se alguns desses critérios, considerados como absolutos forem desrespeitados, vão gerar vicio insolúveis/insanáveis. Tanto o réu quanto o juiz de officio poderão arguir (o juiz falar que é incompetente) como também o réu dizer que há um erro o que faz com que de imediato haja fim do processo. O autor que foi quem escolheu o juiz, o mesmo não iria dizer o juiz é incompente, portanto não pode clamar por incompetencia 
Se for um critério relativo, gera-se um vício sanável, nessa hipoteses o juiz não vai poder declarer incopentente de officio porque é possivel que aquele problema seja superado e venha a ser processualmente abonado. Podendo somente ser arguída pela réu, declarando que o Juízo é incompetente para o processo. Caso o réu não declarer (espéciede anuência) nada durante o prazo legal, acontece o fenômeno da prorrogação de competência, no qual um juízo que a princípio era incompetente para determinado assunto passa a ser competente para atuar na causa. Ex: critério territorial é um critério relativo!
Competência em razão do valor: 
 É um critério Relativo 
Previsto no art. 91 do CPC Regem a competência em razão do valor (1) e da matéria (2) as normas de organização judiciária, ressalvados os casos expressos neste Código, sendo possível a criação de juizos sobre causas que contenham valor X. Deixando a cargo do legislador local regulamentar ou não esse critério. Mas por que? Pois o CPC (Lei Nacional) se estabelesse uma valor fixo sobre cada juízo geraria desigualdade no alcance de necessidades dos locais. 
Obs: No Rio de Janeiro não há juízos em relação ao valor.
Obs2: A competencia do JECS é dada em relação a complexidade da causa, dando maior seleridade do juiz. (Valores de igual o inferior a 40 salários) 
Ex: É possivel que se tenha uma ação que extrapolem o valor que se encaixem ou de menor valor que não se encaixam.
Com o novo CPC, a competencia dos juizados serao absolutas, não podendo abrir mão da vara para ir a cível.
Em razão da Matéria:
Critério Absoluto
Vai ser diciplinado pelos juizos locais pois cada Estado tem suas especificidades e necessidades. Ao contrario do 1º, essa competencia está regulamentada no sistema (Ex: Vara Civel, Vara de Família ..) podem ter suas competências aumentadas ou diminuidas de acordo com a realidade vigente do Estado. Caso tenha sua compentência violada, exemplo: no caso de um processo de divorcio acionado em uma vara criminal, extingue-se imediatamente o processo (sem competência para julgar). 
 - O critério Funcional:
 Critério Absoluto
 É a divisão de funções entre os julgadores que podem atuar em um mesmo processo. A função de julgar casos com “foro com prerrogativa de função” tem sua ação dirigida a outro juízo (Tribunal). Portanto, alguns indivíduos são julgados pelo Tribunal (1ª instância) e não por juízos. É possivel que haja a ação de mais um juizo em um unico processo, pois dependendo do que se quer no processo a função caberá a um ou a outro. 
Ex: Ação de ação comum entre cidados comuns, o juizo competencia é o civel de 1ª instancia (Majistrado), mas se uma das partes decidir recorrer, será julgado pela Câmara Cível - de 2ª instância – que tem a função de analisar recursos. 
Juiz e tribunal tem relação de subordinação, o que caracteriza uma modicação de competência no plano vertical
Na atuação de diversos juizos que divedem a competencia, há a divisão no plano horizontal, quando os orgãos não são separados hierarquicamente. (Ex: Juiz do Rio e Juiz de Itaperuna)
Obs: Pode ocorrer casos em que haja mudança no Plano Horizontal e Vertical
Competência Absoluta (é um critério absoluto)
O fato de um juizo ter a função de julgar um processo A, dá a ele a função de julgar outros processos que a ele se ligam de maneira acessória/processos que se ligam a outros anteriormente julgados por ele, esse por sua vez são distribuidos automaticamente para aquele mesmo juizo.
Art. 93. Regem a competência dos tribunais as normas da Constituição da República e de organização judiciária. A competência funcional dos juízes de primeiro grau é disciplinada neste Código. // Art. 800 do CPC.
- Competência Territorial ou de foro:
Previstono Art. 94 do CPC ele estabelece que as ações devem ser propostas no foro de domicílio do réu, baseada na idéia de ampla defesa, no qual há maiores condições de conseguir provas e de se proteger, facilitando assim seu acesso a justice (Princípio do Devido Processo Legal)
Porém há excessões (Art 95. Até Art.100 do CPC):
• Ações de direitos reais sobre imóveis
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Perpetuatio Jurisdictions 
Art 87. do CPC
É a chamada perpetuação da capacidade julgadora, para aqueles processos que estavam sendo julgados por um primeiro juízo julgador, continuarão sendo julgados pelo mesmo mesmo que ainda haja alterações posteriores (ex: modificação ou criação de outro juizo competente para julgar aquela causa), portanto, as ações que já estavam em curso são serao atingidas.
 Critérios de Modificação da Competência (Há 4 critérios que levam a modificação de competencia RELATIVA. O Absoluto não pode ser modificado!)
Conexão (Art 103. Do CPC)
Ocorre quando duas ou mais ações apresentam a mesma causa de pedir/ e ou mesmo pedido, ou seja, mesmo fundamento ou pedido. Nesse situação devem ser as ações reunidas no juízo prevento ( juiz que recebe todas as ações que estão interligadas) a fim de garantir que serão submetidas a uma análise julgadora coerente e sem distorções/contradições.
Ex: 30 feridos no BRT, a principio cada açao pode cair emu ma Vara Cível diferente, embora as partes sejam diferentes e pedidos diferentes (dano moral, fim do BRT ..) mas o fundamento (acidente ocorrido com o BRT) é o mesmo.
Há somente a mudança de território onde os juizos estão. (Ex: um na 3ª Vara Cível indo para a 1ª Vara Cível)
Continência (Art 104. CPC)
Quando há uma mesma causa de pedir mas uma delas é mais abranjente que a outra, englobando-a. Logo, uma ação tem um pedido mais amplo e que contém a mesma causa de pedir da outra. Ambas se reúnem para julgamento conjunto no juízo prevento, deixando a Vara que estavam.
Assim, quer se evitar a prolação de decisões contraditórias. 
Prevenção (Art. 106 e 219 do CPC)
Em que lugar devemos juntar as ações ligadas por Conexão ou Continência?
O Art 106. Estabelece que se os juíxos envolvidos na questão tiverem a mesma base territorial (Ex: juiz de 1ª Vara e 5ª Vara no RJ) tiverem a mesma competência territorial, prevento será o primeiro que declarou o “despacho liminar positivo”, ou seja, que citou antes o réu. (Nesse caso nem sempre o réu é encontrado e etc…)
Nos termos do Art. 219, os juizos que estivem em bases territorias diferentes (Ex: Uma ação no RJ e outra em Macaé) prevento/competente será o juízo que conseguir fazer a citação válida, ou seja, que efetua na prática. 
Vontade (Art. 111 CPC)
É o terceiro critério no qual a vontade das partes podem incluir (“Foro de Eleição”) no contrato uma cláusula que estabelece um local em que se deseja ser proposta a ação caso surja algum conflito entre as partes osbre determinado ponto/material. É legitimo em casos de ampla vontade vontade de ambos os contratantes. 
Inércia (Art 114. do CPC)
A inércia do réu modifica a competencia daquele assunto caso não apresente manifestação sobre a competencia daquele juizo em prazo legal. Nesse caso, por ser critério relative, ocorre um vício sanável, devendo ser alegado pelo réu por meio da chamada “exceção de competencia”. 
Conflito de Competência
Ocorre toda vez que dois juízos se julgam simultanemamente competentes/incompetentes para analisar um determinado tema. 
Conflito Positivo: é aquele que os juízos se julgam competentes;
Conflito Negativo: aquele que os juízos se julgam incompetentes;
O conflito de competência positivo ou negativo surgido entre juizos que pertecem ao mesmo tribunal, quem vai resolver é o próprio Tribunal que esses orgãos estão subordinados.
Se o conflito entre orgãos que pertecem a justiças diferentes (Ex: Justiça Trabalhista e Estadual) quem resolve é o o STJ nos termos do Art 105. da Constituição Federal.
Organização do Poder Judiciário
Análise de diversas justiças e suas materias/competências.
E estão estabelecidos no Art. 92 do CPC -
CNJ, MP, STJ e STF: O CNJ tem papel de regulamentação de posturas e condutas, fiscalizatório ( na questão orçamentária) e disciplinador. O STJ e o STF não integram a estrutura de nenhuma das justiças do nosso sistema, são orgãos de cúpula do poder judiciário (estão a cima de todas as justiças) embora seus membros tenham prerrogativas típica desse poder. Diz a Doutrina que o MP (Promotor! É fiscal a lei, logo, cuida da investigação e acusação) é um orgão deferenciado na estrutra do poderexecutivo. Para que se tenha uma causa enviada ao STF é fundamental que haja violação a Constituição Art 102. Da CF e para que seja enviado ao STJ deve haver violação a lei federal ou Tratado assinado pelo Brasil. Art 105. Da CF
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