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Serviço Social 8º sem

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INTRODUÇÃO
Ao se falar em prática profissional, rotineiramente tem-se em mente tudo aquilo que o assistente social faz, isto é, o conjunto de atividades que são desempenhadas pelo profissional. Hoje o que predomina na prática profissional é que ela não deve ser considerada isoladamente, e sim uma grande importância às ações articuladas e interdisciplinares. O objetivo dessa produção e refletir sobre a prática da profissão, seus avanços, suas demandas atuais e a construção da identidade profissional, a partir do referencial da gestão social, da pesquisa social e do terceiro setor. Destaca-se alguns dos desafios profissionais enfrentados, relacionados a natureza teórica e prática do serviço social na atualidade.
Segundo Iamamoto e Carvalho (1995), o serviço social, se gesta e se desenvolve como profissão reconhecida na divisão social do trabalho, tendo por pano de fundo o desenvolvimento capitalista industrial e a expansão urbana, processos esses aqui apreendidos sob o ângulo das novas classes sociais emergentes – a constituição e expansão do proletariado e burguesia industrial – e das modificações verificadas na composição dos grupos e frações de classes que compartilham o poder de Estado em conjunturas históricas específicas. Assim, no processo de produção e reprodução capitalista, o serviço social pode ser incluído entre as atividades que, não sendo diretamente produtivas, são indispensáveis ou facilitadoras do movimento do capital.
A todo tempo deparamo-nos com diversas indagações, ligadas aos tempos difíceis em que vivemos, sobretudo diretamente relacionadas a um mundo, cheio de contradições e desigualdades, em que observa-se por exemplo, um alto índice de desemprego, pobreza, exclusão, e de luta diária pela sobrevivência. E é exatamente este cenário que desafia o Assistente Social em sua atuação profissional.
DESENVOLVIMENTO
Como a postura investigadora adotada pela profissão, objetiva subsidiar as propostas para o enfrentamento das manifestações da questão social, corroborando para o fortalecimento de sua competência, na iniciativa pública, privada e no terceiro setor? Justifica-se aqui a questão em debate.
O grande desafio na atualidade é, transitar da bagagem teórica acumulada ao enraizamento da profissão na realidade, atribuindo, ao mesmo tempo, uma maior atenção às estratégias, táticas e técnicas do trabalho profissional, em função das particularidades dos temas que são objetos de estudo e ação do assistente social.
Partindo destes e muitos outros questionamentos propõem-se a discussão da prática profissional do Assistente Social na contemporaneidade. Iamamoto (2007) aponta as contradições que chegaram atreladas aos grandes avanços revolucionários da globalização mundial. Segundo ele,
[...] Ao mesmo tempo, reduz-se a demanda de trabalho, amplia-se a população sobrantes, para as necessidades médicas do próprio capital, fazendo crescer a exclusão social, econômica, política, cultural de homens jovens, crianças, mulheres das classes subalternas, hoje alvo da violência institucionalizada. [...] Em outros termos, a pauperização e a exclusão são a outra face do desenvolvimento das forças produtivas do trabalho social [...] (2007, p. 18).
O desenvolvimento das forças produtivas e as relações sociais desenvolvidas no processo capitalista determinam novas necessidades sociais e novos impasses que passam a exigir profissionais especialmente qualificados para o seu atendimento como é o caso do serviço social. Nesta perspectiva, as consequências negativas do modo capitalista, manifestadas.
A sociedade não é uma estrutura estática, e suas constantes transformações propiciam uma constante reconstrução da história, revelando a dinamicidade dos movimentos sociais que, através do protagonismo de seus membros, reavaliam, reestruturam e reconstroem seus paradigmas, reorganizando suas relações.
No decorrer das décadas de 1980/1990, o serviço social deu um salto qualitativo em sua formação teórica e prática, a considerar o adensamento do debate profissional, sua coparticipação nos movimentos sociais em torno da elaboração e aprovação da Constituição de 1988; a regulamentação da profissão em 1993, ano em que foi aprovado o novo Código de Ética Profissional; um adensamento também das publicações editoriais, produções acadêmicas e da identidade profissional e a Proposta de diretrizes Gerais para o Curso de Serviço Social. 
A profissão superou seu estágio embrionário - marcado pela execução de filantropia - acompanhando a dinâmica social, buscando emancipar-se através da aproximação da análise crítica, da apropriação de bases teórico-metodológicas, da construção de estratégias técnico-operativas e do comprometimento com seus componentes ético-políticos, que compõem sua instrumentalidade, incidindo em sua identidade profissional.
A identidade profissional é formada por elementos, por sua vez, tanto inerente a função do assistente social dentro da sociedade, mas também é marcada por traços da personalidade de cada profissional. Assim, as dimensões pessoal – profissional devem estar conectadas através de uma tênue linha que estabelece elos de ligação entre o individual e o coletivo da profissão.
A medida que o profissional está exercendo a sua profissão e construído relações sociais, sua identidade vai sendo construída, reconstruída, modificada, repensada. É um movimento contínuo de reflexão sobre a própria prática profissional e é formada por processos muitas vezes contraditórios e dialéticos. 
A identidade, enquanto elemento definidor de sua participação na divisão social do trabalho e na totalidade do processo social, é uma categoria política e sócio - histórica que se constrói na trama das relações sociais, no espaço social mais amplo da luta de classes e das contradições que a engendram e são por ela engendradas.
CONCLUSÃO
O que se debate no Serviço Social hoje é o desenvolvimento de uma competência profissional que se fundamente no diálogo com diversas áreas do saber. São poucos os profissionais que atuam sob a perspectiva de viabilização de direitos, conscientização de responsabilidades, produção de conhecimento e socialização de informações; apontando possibilidades para que o cidadão usuário de seus serviços seja atendido em sua especificidade, em sua mediaticidade, e também em sua possibilidade de emancipação. Isto significa que a profissão avança em direção ao fortalecimento de uma identidade profissional pautada na competência teórica e prática.
O Assistente Social é um profissional qualificado que possui por meio de sua formação particularidades que lhe são específicas, comumente denominadas por Competências Privativas estabelecidas no artigo 5ª da Lei 8.662/93. O que se observa são as contradições presentes nas relações sociais, e seus reflexos na profissão do assistente social e sua identidade como profissional.
O Serviço Social, em sua trajetória histórica, avançou quanto ao acúmulo de conhecimentos sobre o seu objeto de intervenção e sobre a natureza da própria profissão. Deixou de ser consumidor do saber produzido por outras áreas de conhecimento das ciências sociais e humanas e passou a ser protagonista de um processo que exige o acompanhamento sistemático e crítico das transformações societárias, que concretamente rebatem no exercício profissional cotidiano.
REFERÊNCIAS
IAMAMOTO, Marilda de CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil. Esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo, Cortez, 1982.
IAMAMOTO, Marilda V. e Carvalho, Raul. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil. Esboço de uma interpretação histórico/metodológica. São Paulo, Cortez/CELATS, 10º edição, 1995. 
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O Serviço Social na cena contemporânea. In CFESS e ABEPSS (Org). Serviço Social: direitos
sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS / ABEPSS, 2010.
https://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/24947/construcao-daidentidade-da-profissao-do-servico-social. Acesso em 15 out.2015 às 15:00 horas.
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
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PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL
Ipirá-Ba
2015
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PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Gestão Social – Oficina de Formação: Pesquisa Social - 
Serviço Social e Terceiro Setor – TCC.
Prof. Maria Angela Santini – Valquíria Apª. Dias Caprioli– Clarice Kerkamp.
Ipirá-Ba
2015

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