Buscar

4a aula

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Unidade II
	Ciências Jurídicas e Campos do Direito; Subdivisão científica do Direito; 
Relação do Direito com outras ciências; 
Direito Público e Direito Privado; 
Outras divisões do Direito; 
Crítica às divisões clássicas.
		Para haver classificação, estabelecemos:
a) o universo de referência, ou seja, identificamos os elementos que devem ser classificados;
b) critério de classificação;
c) definição das categorias;
d) distribuição dos elementos do universo de referência entre as várias categorias;
e) avaliação se as categorias são adequadas ao nosso universo de referência, segundo a regra que cada elemento deve pertencer a uma única categoria.
	Grande parte do trabalho dos estudiosos do direito é dedicada à classificação dos fenômenos jurídicos e das opiniões da doutrina. Após a classificação, outros estudiosos avaliam a utilidade e coerência, se os elementos de referência foram inseridos nas várias categorias de forma correta, o que causa muitas controvérsias entre os estudiosos do direito.
CLASSIFICAÇÃO COM RELAÇÃO AO CONTEÚDO DAS NORMAS JURÍDICAS: 
Normas de natureza pública e 
Normas de natureza privada.	
	Ulpiano, na época romana, distinguia em ius publicum e ius privatum.
	Na filosofia política liberal e na teoria do Estado moderno, existem:
Esfera privada, onde os indivíduos atuam livremente segundo sua vontade e interesse; nesse caso o legislador não intervém, estabelece os limites que são imprescindíveis para garantir a segurança jurídica nas transações e proibir atos que violem os direitos de outras pessoas.
Esfera pública, onde os cidadãos decidem de forma coletiva, sobre os assuntos de interesse geral. Sendo o assunto de relevância política, atinge grande número de pessoas ou a sociedade inteira, o legislador deve tomar cuidado para evitar decisões equivocadas, temerárias ou interesseiras das autoridades públicas que prejudiquem a população.	
	O problema não é só definir o que é público ou privado, mas, permitir a classificação de cada norma e de cada ato jurídico no direito público ou no direito privado. 
CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO:
1) NATUREZA DO INTERESSE. Ulpiano. 
	Crítica: há assuntos de interesse particular regulamentados na Constituição que todos consideram com base no direito público. Ex: Inviolabilidade do domicílio Art 5º , XI, CF. Proteção dos direitos fundamentais (particulares), os quais são uma conquista política e um elemento crucial dos regimes políticos liberais (coletividade).
2) QUALIDADE DOS SUJEITOS ENVOLVIDOS. 
	São de direito público as relações jurídicas nas quais se encontra envolvido o Estado (ou outras pessoas jurídicas de direito público); pertence ao direito privado a regulamentação das demais relações.
	Crítica: não explica por que as pessoas jurídicas de direito público são submetidas freqüentemente, ao regime das pessoas jurídicas de direito privado. Ex: Empresas públicas que devem seguir o regime das empresas privadas, apesar de prestarem serviços públicos. (Art. 173, parágrafo 1º, CF). 
3) TIPO DE RELAÇÃO.
	Na relação jurídica as partes estão em situação de igualdade (privado). Uma das partes pode sujeitar a outra à sua vontade, gozando de prerrogativas (público).
	Crítica: oculta a verdadeira natureza de muitas relações consideradas de direito privado. Ex: Cooperativa de agricultores e um contrato com uma rede de supermercados. Direito privado e desigualdade (agricultores não podem Negociar preços e condições do contrato).
Ex: Dois Estados federados limítrofes que realizam acordo para construção de um hospital público que atenderá pacientes de ambos os Estados. Não há submissão de uma das partes mas há regras que disciplinam atuação dos Estados.
4) POLITICIDADE.
	É decisivo o caráter político da relação jurídica: os assuntos de relevância política são regidos pelo direito público e dos demais pelo direito privado.
	Crítica: a) A linha de separação entre os assuntos políticos e os não-políticos é fluida e mutável no tempo. B) Temas de interesse dos particulares são regulamentados no texto constitucional (privacidade, família, atividade empresarial) o que evidencia que não é possível separar os assuntos políticos dos não-políticos.
5) IMPERATIVIDADE.
	No direito público todas as normas apresentam caráter imperativo (são obrigatórias – ius cogens – direito coercitivo ou impositivo). No direito privado é um direito flexível, que se aplicará somente se os interessados não decidirem de forma diferente – ius dispositivum.
	Crítica: critério parece plausível. Ex: Pagamento de imposto sem negociação de alíquota. Ex: Valor do aluguel.
	Muitos assuntos de interesse particular são regulamentados por regras que não permitem exceção nem negociação. Ex: Prescrição de pretensões contratuais – Arts. 192, 205 e 206, CC.
	Muitas normas de direito público dependem da vontade dos particulares. Ex: Ação penal privativa do ofendido – Art. 100, CP.
	Critério de definição
	Direito público
	Direito privado
	Interesse:
	Geral
	Particular
	Sujeitos envolvidos:
	Presença de autoridade estatal
	Particulares
	Relação:
	Submissão dos particulares ao Estado
	Paridade
	Politicidade:
	Forte
	Fraca
	Imperatividade:
	Forte
	Fraca
	Todo o direito moderno é de origem pública e, ao mesmo tempo, resguarda interesses particulares. Ex: Segurança nacional (direito público e administrativo; bens e interesses de cada brasileiro). As fronteiras entre as categorias do direito são permeáveis e fluídas – impropriedade científica ou algo meramente ideológico.
	Combinação dos critérios de definição. Direito privado: natureza particular do interesse, pela ausência do Estado nos negócios concluídos sob a égide do CC, pelo equilíbrio entre as partes, pela não-politicidade dos assuntos e pela possibilidade das partes configurarem livremente suas relações. Direito público: natureza pública do interesse, participação de pessoas jurídicas de direito público nas relações jurídicas, pelo desequilíbrio entre as partes da relação, pela natureza política dos assuntos e pelo caráter claramente imperativo das normas.
CARACTERÍSTICAS E RAMOS DO DIREITO PÚBLICO:
Definição: O direito público regulamenta basicamente a atividade do Estado. Estabelece suas funções e a forma de organização de seus poderes e dos serviços públicos, bem como, suas relações com os particulares e os demais Estados.
PRINCÍPIOS QUE ESTRUTURAM O DIREITO PÚBLICO: 
a) Superioridade do Estado e de sua vontade diante dos particulares. Ex: legislar, pune, tributa, reprime; defesa nacional.
b) Garantia dos direitos dos particulares diante do poder estatal em forma de direitos fundamentais, que limitam a atuação do Estado.
c) Igualdade nas relações entre os Estados soberanos.
d) Caráter imperativo das normas jurídicas, cuja aplicação não depende da vontade das partes envolvidas na relação, sejam estas autoridades estatais, sejam particulares. 
RAMOS DO DIREITO PÚBLICO:
DIREITO PÚBLICO INTERNO: Estabelece regras no âmbito do espaço de soberania de um Estado, sendo oriundo das autoridades nacionais que exercem o Poder Legislativo.
RAMOS: 
DIREITO CONSTITUCIONAL: Estabelece os princípios básicos de organização das autoridades do Estado e suas competências; configura as relações do Estado com os particulares, por meio dos direitos e deveres fundamentais; formula os princípios que devem nortear a atuação do Estado na esfera internacional.
DIREITO ADMINISTRATIVO: Regulamenta a atividade da administração pública, exercida pelo Poder Executivo; fixa os meios e a forma de ação do Estado, o poder de Polícia, as modalidades de criação e a fiscalização dos atos administrativos, a administração dos bens públicos, o funcionamento dos serviços públicos e o estatuto dos servidores públicos. 
DIREITO ELEITORAL: Normas que organizam o procedimento de eleição das autoridades do Poder Executivo e Legislativo e sua fiscalização. 
DIREITO DOS PARTIDOS POLÍTICOS: Regulamenta a criação, ofuncionamento, as competências e as formas de fiscalização dos partidos políticos.
DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO: Regulamenta a receita e a despesa pública.
DIREITO JUDICIÁRIO: Estabelece as regras de organização e funcionamento do Poder Judiciário e regulamenta o estatuto dos magistrados, do MP e da advocacia.
DIREITO AMBIENTAL: Regulamenta a utilização dos recursos naturais e tutelam a integridade do meio ambiente natural e cultural. 
DIREITO DO CONSUMIDOR: Fixa as regras referentes à qualidade e aos preços das mercadorias e à responsabilidade do produtor e do fornecedor.
DIREITO PENAL: Define os delitos que constituem as violações mais graves do ordenamento jurídico e estabelece as penas criminais, regulamentando os modos de sua fixação e execução.
DIREITO PROCESSUAL: Disciplina os vários tipos de processos judiciais, estabelecendo a competência dos tribunais, os tipos de ações e recursos, o fluxo dos processos, os meios de prova e os efeitos das decisões judiciais. PROCESSUO CONSTITUCIONAL; PROCESSO CIVIL; PROCESSO PENAL; PROCESSO TRABALHISTA; PROCESSO PENAL MILITAR.
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO: Indica as regras para a solução de conflitos entre normas oriundas de diferentes países, principalmente em relação à nacionalidade, e à situação familiar, aos direitos patrimoniais e às transações comerciais; modos de solução de conflitos de jurisdição; reconhecimento de sentenças estrangeiras e aplicação de normas tributárias.
DIRETO PUBLICO EXTERNO (Direito Internacional Público): organiza as relações internacionais, criado por acordos entre os Estados e decisões de organizações internacionais.
	Regulamenta os direitos e obrigações dos Estados soberanos em suas relações internacionais, o funcionamento das organizações internacionais e as relações entre os Estados e os particulares no âmbito internacional.
Fontes: tratados; costumes internacionais reconhecidos pelos Estados, decisões das organizações internacionais.
Sujeitos de direito: os Estados. 
Normas de alcance limitado (entre dois Estados), de alcance maior (organizações internacionais) e de direito universal (costumes internacionais, princípios gerais de direito internacional e as normas oriundas da ONU).
Críticas: dificuldade de implementação; eficácia limitada (não respaldada por poder político); falta de sanções.
Áreas: direito comercial, econômico, ambiental, penal, humanitário (em caso de conflitos armados), direito do mar e do espaço, direito das representações diplomáticas, proteção dos direitos humanos; direito de integração regional (supranacionalidade).
DIREITO PRIVADO: Regulamenta a situação jurídica e as relações entre particulares.
PRINCÍPIOS: 
IGUALDADE: não há superioridade e inferioridade dos participantes, nem privilégios.
PRIMAZIA DA LIBERDADE INDIVIDUAL: autonomia da vontade dos particulares, para definirem conteúdo e sanções.
NORMAS LEGAIS APLICADAS DE FORMA SUPLETIVA: Ius dispositivum.
RAMOS:
DIREITO CIVIL: Regulamenta a capacidade e o estado dos sujeitos de direito, suas relações jurídicas sobretudo nos aspectos patrimoniais e familiares.
DIREITO COMERCIAL ou DIREITO EMPRESARIAL: Disciplina as relações jurídicas no âmbito das atividades empresariais. 
DIREITO DO TRABALHO: Disciplina as relações de trabalho subordinado, regulamentando as condições de trabalho, remuneração e representação coletiva; protege os trabalhadores e preserva o sistema econômico atual.
DIREITO AGRÁRIO: Regulamentação da propriedade, da posse e do uso dos bens rurais e das formas de produção no campo. 
DIREITO MISTO? DIREITO SOCIAL: coexistência de características de direito público e direito privado; regulamentação das relações entre grupos sociais. 
RAMOS: Direito do trabalho, de família, do consumidor e o agrário. 
Críticas: não há definição de nova categoria com novos critérios de classificação, usam um termo novo para esconder a impossibilidade de encontrar uma definição satisfatória. 
 Estudo detalhado das normas jurídicas vigentes e da prática de sua aplicação.
	 Princípios gerais de justiça e eqüidade. 
Direito canônico.
Direito comparado. 
� PAGE \* MERGEFORMAT �6�

Continue navegando