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ESCOLAS PENAIS

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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA PIO DÉCIMO
FACULDADE PIO DÉCIMO
DEPARTAMENTO DE DIREITO
DIREITO PENAL I - PARTE GERAL
PROFº ESP. GEORGEO
AS ESCOLAS DO DIREITO PENAL
ARACAJU
2015
CARLOS HENRIQUE DE LIMA ANDRADE
HORTÊNCIA DE SANTANA SANTOS
AS ESCOLAS DO DIREITO PENAL
Trabalho apresentado ao Departamento do curso de Direito da Faculdade Pio Décimo, como complemento da nota da 2ª avaliação da disciplina de Direito Penal I – Parte Geral, sob a requisição e orientação do PORFº Esp. Georgeo.
ARACAJU
2015
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por finalidade fazer uma breve análise sobre as escolas penais. Para tanto, percebeu-se que a explanação direta das escolas penais ficaria de frágil entendimento sem fazer sucintos apontamentos no tocante à evolução do Direito Penal. 
Inicialmente, relatando sobre a evolução do Direito Penal, julgamos pertinente a observação do doutrinador Rogério Greco no que tange as raízes do delito e punição. Em adotando a corrente teórica do criacionismo, o doutrinador fazer relevantes destaques.
A posteriori, expusemos a relação entre homem, sociedade, infração e penalidades situadas em distintos períodos históricos. Há-se, portanto, notória visão de como as civilizações se organizou para manter a ordem social. Destacamos, pois, nessa perspectiva, a Vingança Privada, Pública e Divina.
Finalmente, adentramos especificamente ao foco deste trabalho, que consiste nas escolas penais propriamente ditas. A análise de distintas informações foi-nos suficiente para obtermos um conjunto de informações capaz de tornar claro e completo o que defendeu cada escola penal.
Observa-se, também, que a pesquisa nos oportunizou interessante observação quanto à importância das escolas penais. Não de se falar, óbvio, em qual escola foi melhor ou pior, todavia, ponha-se à tona que a Escola Clássica e a Escola Positivista foram as que mais se destacaram. Isto porque foram seus ideais que levaram o surgimento das demais, que sempre apresentavam uma visão que refletia as escolas citadas anteriormente. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL
A breve análise do Direito Penal é imprescindível para a compreensão dos mais variados temas. O referido assunto além de servir aos estudiosos do Direito, sobretudo no tocante ao entendimento do crime, das penas e princípios, é fonte para outras ciências, como por exemplo, a história, sociologia, antropologia e tantas outras. 
A avaliação da história da humanidade apresenta grande ligação com o Direito Penal. Rogério Greco 2015 (p. 15) aponta a liberdade como uma característica fundamental do ser humano. Entretanto, continua o autor discorrendo que desde a criação, e o autor segue a corrente do criacionismo, o homem se tornou perigoso aos seus semelhantes. Seguindo a Teoria do Criacionismo, Rogério Greco afirma trazer o livro da Bíblia Sagrada, Gênesis, o primeiro caso de desobediência e pena. Ao contrariarem a ordem de Deus de não comer do fruto proibido, Adão e Eva iniciaram a história das penas. Assim relata a Bíblia Sagrada: 
3 A serpente+ era o mais cauteloso* de todos os animais selvagens, que Jeová Deus havia feito. Assim, ela disse à mulher: “Foi isso mesmo que Deus disse, que vocês não devem comer de toda árvore do jardim?”+ 2  Então a mulher disse à serpente: “Podemos comer do fruto das árvores do jardim.+ 3  Mas, sobre o fruto da árvore que está no meio do jardim,+ Deus disse: ‘Não comam dele,* não, nem toquem nele; do contrário, vocês morrerão.’” 4  Então a serpente disse à mulher: “Vocês certamente não morrerão.+ 5  Pois Deus sabe que, no mesmo dia em que comerem dele, seus olhos se abrirão e vocês serão como Deus, sabendo o que é bom e o que é mau.”+6  Assim, a mulher viu que a árvore era boa para alimento e que era desejável aos olhos, sim, a árvore era agradável de contemplar. Então ela pegou do seu fruto e começou a comê-lo.+ Depois deu também do fruto ao seu marido, quando ele estava com ela, e ele começou a comê-lo.+ 7  Então os olhos de ambos se abriram, e eles perceberam que estavam nus. Por isso costuraram folhas de figueira para cobrir a sua nudez.*+8  Mais tarde eles ouviram a voz de Jeová Deus, que estava andando pelo jardim, por volta da hora em que a brisa soprava, e o homem e sua esposa se esconderam da face de Jeová Deus entre as árvores do jardim. 9  E Jeová Deus chamava o homem e lhe dizia: “Onde você está?” 10  Por fim, ele respondeu: “Ouvi a tua voz no jardim, mas fiquei com medo porque eu estava nu, por isso me escondi.” 11  Com isso, ele perguntou: “Quem lhe disse que você estava nu?+ Por acaso você comeu da árvore de que lhe ordenei que não comesse?”+ 12  O homem disse: “A mulher que me deste para estar comigo, foi ela que me deu do fruto da árvore, por isso comi.” 13  Jeová Deus disse então à mulher: “O que você fez?” A mulher respondeu: “A serpente me enganou, por isso comi.”+14  Então Jeová Deus disse à serpente:+ “Por ter feito isso, você é maldita entre todos os animais domésticos e todos os animais selvagens. Sobre o seu ventre você rastejará, e comerá pó todos os dias da sua vida. 15  E porei inimizade*+ entre você+ e a mulher,+ e entre o seu descendente*+ e o descendente*dela.+ Este esmagará* a sua cabeça,*+ e você ferirá* o calcanhar dele.”+16  À mulher ele disse: “Aumentarei muito as dores da sua gravidez; em dores você dará à luz filhos, e terá desejo de estar com seu marido, e ele a dominará.”17  E a Adão* ele disse: “Visto que você escutou a voz da sua esposa e comeu da árvore a respeito da qual lhe dei a ordem:+‘Não coma dela’, maldito é o solo por sua causa.+ Em dor você comerá dos produtos dele todos os dias da sua vida.+ 18  Ele produzirá para você espinhos e abrolhos, e você terá de comer a vegetação do campo. 19  No suor do seu rosto comerá pão,* até que você volte ao solo, pois dele foi tirado.+ Porque você é pó e ao pó voltará.”+20  Depois disso, Adão chamou a sua esposa de Eva,* porque ela se tornaria a mãe de todos os viventes.+ 21  E Jeová Deus fez vestes compridas de pele para Adão e para sua esposa, a fim de vesti-los.+ 22  Jeová Deus disse então: “O homem se tornou como um de nós, sabendo o que é bom e o que é mau.+ Agora, para que ele não estenda a mão e pegue também do fruto da árvore da vida,+ e coma, e viva para sempre,* . . .” 23  Com isso, Jeová Deus o expulsou do jardim do Éden+ para cultivar o solo de que tinha sido tirado.+ 24  Assim ele expulsou o homem, e colocou ao leste do jardim do Éden os querubins+ e a lâmina chamejante de uma espada que girava continuamente, guardando o caminho para a árvore da vida. (BÍBIA SAGRADA, 1984, p.9)
	Como compilado, após a desobediência ocasionou a primeira punição. E, anos mais tarde, gerou o primeiro homicídio, Caim mata Abel, surgindo à primeira sentença. Independente de teoria sobre o surgimento do mundo há apenas uma certeza, a de que as regras e punições pela desobediência são fundamentais a unidade dos grupos sociais. A pena, que é formada do latim poena e do grego poené, significa inflição de dor física e moral ao transgressor de uma lei. As penais, por inferência de seu significado, têm importante papel na história da humanidade, pois surgem com a finalidade de preservar a harmonia do grupo, de se defender de interesses contrários ao da agremiação. O homem sozinho não conseguiria sobreviver sozinho, haja vista que seria um constante conflito se assim fosse. Esta frustração é que leva a criação desses grupos e sua necessidade mantê-los longe da ameaça sob pena se sanção.
	O Direito, para melhor entender o surgimento do Direito Penal, pega emprestado da história seus estudos sobre o início, fazendo uso das divisões, ou fases. Cumpre salientar que essas fases não se sucederam por completo, significando afirmar que o surgimento de um não excluiu o outro. 
2.1	VIGANÇA PRIVADA
	A vingança privada tem por característica relevante a desproporcionalidade da vingança ao mal praticado. A vingança era pura e simplesmente,
como aduz Rogério Greco 2015, p. 16, retribuição a alguém pelo mal praticado. Interessante notar que o titular da vingança era da vítima, seus parentes, ou pela tribo – ou grupo social, no qual estava o lesionado inserido. 
	Neste contexto, ainda que de forma distorcida, surge a ideia de proporcionalidade ao mal praticado, com o surgimento da Lei de Talião. De origem latina, este termo quer dizer “na mesma medida”. Apesar de ainda ser a vingança privada, o “olho por olho” e “dente por dente” traz um conceito embrionário de justiça. 
2.2	VINGANÇA DIVINA
	A vingança divina era aplicada pelos sacerdotes. Há uma junção quase que inseparável entre Direito e Religião. Por esta ligação, e as civilizações antigas serem adeptas de diversos deuses, é que fora motivo para a barbárie das penas. As infrações eram tidas como pecado divino, e assim sendo só a pena do deus ofendido é que seria a remissão do pecado. 
2.3	VINGANÇA PÚBLICA
	Talvez a melhor descrição sobre o tipo de vingança em exame seja as penas cruéis e os arbítrios estatais. Sob o argumento de fortalecimento do Estado, eram aplicadas as penas desumanas, com finalidade intimidatória. Foi um período marcado pelo arbítrio do soberano detentor do poder, uma vez que os processos eram sigilosos, prevalecendo o interesse do soberano. 
3	ESCOLAS PENAIS
3.1	ESCOLA CLÁSSICA
	Como amplamente difundido pelos diversos estudos do tema, na verdade não existiu uma escola clássica. 
Não houve, realmente, uma escola “Clássica”. Tal denominação lhe foi dada pelos positivistas, com uma conotação nitidamente pejorativa, no sentido de antiga, anterior, ultrapassada. (GRECO, 2015, p. 49).
	Tendo seu surgimento datado do século XVIII, a Escola Clássica é banhada pelos ideais iluministas. Esta Escola pode ser considerada como a célula embrionária do Direito Penal que temos hoje. Seu surgimento foi marcado pela clássica obra de Cesare, o Marquês de Beccaria em Dos Delitos e das Penas. Hoje, o que conhecemos por Dignidade da pessoa Humana teve surgimento com a Escola Clássica. 
	O crime na visão desta escola era assim considerado quando atendesse a dois elementos: livre-arbítrio e consciência. A pena, quando materializada autoria de crime, tinha por finalidade manter a ordem social, evoluindo ainda de penas que tinha como fim o corpo do delituoso para as privativas de liberdade como prioritárias. 
	A escolha voluntária do agente para a prática do crime era muito importante para a análise dos casos sob a influência dos ideais da Escola Clássica. Ao passo da premissa de que a prática do crime consistia em um ato consciente e voluntário, a pena deveria assumir o papel de levar o agente a refletir sobre o ato delituoso e suas consequências. Desta forma, infere-se que assume, a pena, um caráter preventivo. Sobre as penas, disserta Becarrias: 
Para que o castigo produza o efeito que dele se deve esperar, basta que o mal que causa ultrapasse o bem que o culpado retirou do crime. Devem contar-se ainda como parte do castigo os terrores que precedem a execução e a perda das vantagens que o crime devia produzir. Toda severidade que ultrapasse os limites se torna supérflua e, por conseguinte, tirânica. (BECCARIAS, 2002, p. 31). 
	
	Apesar de sua notória contribuição, os classicistas começar a receber críticas por defenderem o crime como violação livre e voluntária de um princípio de justiça considerado absoluto criado pela legislação positivista. Ora, é inegável que o conceito de justiça é relativo. 
3.2	ESCOLA POSITIVISTA
	Tendo surgimento após a Revolução Francesa em 1789, e teve como um dos seus precursores mais importantes o médico e professor Cesare Lombroso. A obra L’uomo deliquente é que inaugurou esta corrente. Lombroso acreditava ter encontrado a “fórmula” do homem delinquente, aquele que estava pré-disposto a cometer delitos. Acreditava o autor, analisando aspectos físicos e psíquicos do home, que o delinquente apresentava características físicas peculiares, tais como forma da calota craniana, sobrancelhas etc. Já em se tratando do aspecto psíquico apresentava características de crueldade, vaidade, instabilidade, tendência à superstição etc. 
	É interessante mencionar que Lombroso passara diversos anos avaliando criminosos na busca de formular sua teoria, e que afirmou que o homem já nascia delinquente, uma regressão ao homem primitivo. Essa tese teria derivado das semelhanças físicas e morais dos delinquentes e dos homens primitivos. 
	Esta escola ainda dividiu os criminosos em cinco tipos:
Nato;
Louco;
Passional;
Ocasional;
Habitual; 
Assim, em análise com a Escola Clássica, há divergência quanto à natureza do crime, pois se naquela era visto como ato de escolha, nesta é visto como algo inerente ao ser humano que nasce com dadas características físicas e biológicas. Pode-se, em suma, apontar algumas características desta escola, quais sejam:
O crime é visto como um fenômeno social e natural oriundo de causas biológicas físicas e sociais;
 Responsabilidade social em decorrência do determinismo e da periculosidade;
A pena era vista como um fim a defesa social e a tutela jurídica.
3.3	OUTRAS ESCOLAS PENAIS
	A Escola Clássica e a Escola Positivista, de consenso geral, são as mais importantes escolas penais. As ideias de cada um delas é que darão margem ao aparecimento de diversas outras escolas ao redor do mundo. Observa-se, contudo, que as demais basicamente se apresentam como meio de conciliar os ideais das duas, ou seja, concordando, acrescentando, melhorando etc. Enfim, o que se observará logo mais é justamente essa mescla de ideias das escolas Clássica e Positivista ora com posicionamento divergente, ora somatório, ou conciliando ambas.
3.4.1	TERCEIRA ESCOLA
	Também denominada como Terza Scuola, ou ainda Escola Crítica pela doutrina e pesquisadores da ciência penal, tem por escopo um consenso entre as escolas Clássica e Positivista. Seu principal precursor foi Manuel Carnevale, com o artigo intitulado “Una Terça Scuola di Diritto Penale in Italia”, publicado no ano de 1891. 
	Esta escola adota o princípio da responsabilidade moral, mas, destaque-se, sob o fundamento do determinismo psicológico. Ainda, o crime era considerado como fenômeno individua e social, mas em ligação com o determinismo psicológico. Assim dispões Cézar Roberto Bitencourt: 
A terza scuola acolhe o princípio da responsabilidade moral e a consequente distinção entre imputáveis e inimputáveis, mas não aceita que a responsabilidade moral fundamente-se no livre-arbítrio, substituindo-o pelo determinismo psicológico: o homem é determinado pelo motivo mais forte, sendo imputável quem tiver capacidade de se deixar levar pelos motivos. A quem não tiver tal capacidade deverá ser aplicada medida de segurança e não pena. Enfim, para Impallomeni, a imputabilidade resulta da intimidabilidade e, para Alimenta, resulta da dirigibilidade dos atos do homem. (BITENCOURT, 2012, p. 2012).
3.4.2	ESCOLA MODERNA ALEMÃ
	Também conhecida como Escola da Política Criminal, teve como seu maior nome o austríaco Franz Von Liszt. Cézar Roberto Bitencourt 2012 (p.219) aduz que esta escola apresenta grande semelhança com a Terza Scuola Italiana, levando o autor afirmar que teria sido uma segunda versão desta. 
O célebre Von Liszt expõe um método no qual exclui o filosófico e os juízos de valor, apresentando, contudo, diferença entre ligações à consideração da realidade empírica não jurídica com matizes naturalísticos. No ano de 1882 Von Liszt presenteia o mundo jurídico com seu notório trabalho, “A ideia do fim do Direito Penal Moderno”. Este trabalho fora de grande importância à época nos estudos do direito penal, podendo-se dizer que foi um “divisor de águas”. 
Especificamente, a Escola Moderna Alemã negava o livre arbítrio e defendia a determinação normal do indivíduo. Entre outros pontos relevantes, faz distinção entre imputáveis e inimputáveis condicionando a naturalidade do indivíduo, considera o crime como fenômeno jurídico e natural, atribui a pena e as medidas de segurança
mecanismos de por fim ao crime. Por fim, faz distinção entre Direito Penal e as demais ciências criminais, mas abordando a harmonia entre ambas. 
3.4.3	ESCOLA TÉCNICO-JURÍDICA
	Essa escola surge em contrassenso à escola positivista e tem por finalidade confirmar a ciência penal como autônoma, gozando de atributos de ciência independente, como métodos próprios. Todavia, além dessa identidade científica, buscou-se, também, restringi-la ao Direito. Desta forma, estaria sujeitas as normas positivadas. Seu estudo, partir desta visão, seria composto por três partes: exegese, dogmática e crítica. 
	Em suma, a Escola Técnico-Jurídico vem para delimitar o campo de estudo do Direito Penal. Havia, até então, enorme confusão entre a ciência criminal, uma vez que incidia elementos antropológicos, sociológicos, psicológicos etc. E, como esta escola, há uma limitação do estudo do Direito Penal sob o aspecto dos crimes. Para tanto, há a vinculação as leis escritas que seriam analisadas pelos juristas com métodos e finalidades próprias, denotando perfil de ciência por natureza. 
3.4.4	ESCOLA DA NOVA DEFESA SOCIAL 
	A escola em análise tem seus ideais ainda no século XIX, mas ganha forma no pós Guerra Mundial, em 1945. Como sabido, este período histórico fora marcado por grandes atrocidades e crimes incalculáveis cometidos pelos nazistas. Frente a este lamentável a referida escola se impõe apresentando os conceitos de humanidade. 
	Seu maior nome, Felippo Gramatica, criou, ainda no ano de 1945, o Centro Internacional de Estudos de Defesa Social. O objetivo deste era o de fazer crítica avaliação concernente a novos métodos de combate à criminalidade. Como bem destaca Cézar Roberto Bitencourt 2012 (p. 225) citando Gramatica, o direito penal deve buscar adaptar o indivíduo à ordem social. 
	Por fim, em contrapartida ao sofrimento que passou o homem, apresentou inovadora forma de lida com o delinquente. Rogério Greco 2015 (p. 58) destaca que essa nova defesa social proposta consiste numa postura Estatal que assegurasse à ordem social, mas que ainda buscasse abolir o direito penal e o sistema penitenciário. 
4	CONCLUSÃO
	Ante o exposto, é firme a declaração que o que conhecemos hoje como Direito Penal, ou normas penais, muito se deveu a este longo e conturbado lapso temporal até os a contemporaneidade. A insuficiência do homem em consideração unitária o obriga a viver em sociedade, grupo ou tribo sendo que nestes surgem conflitos de interesses entre os próprios membros. Consequentemente, é que se inicia o processo de normatização de condutas para o bom relacionamento que mais tarde passaria a ser social. 
	Cada período analisado, breve, diga-se de passagem, expunha civilizações com distintas características. Por conseguinte a este fato, percebe-se que a noção de tratar o homem, a pena muda de uma para outra civilização. Em ponto alto do trabalho, foi citada um dos episódios mais negativos da história moderna, qual seja a Guerra Mundial, esta que ensejou a uma nova compreensão do homem. 
	Avalia-se, portanto, que as escolas penais nos contribuem com uma compreensão clara, negada por muitos, inclusive nossos legisladores, de que o Direito é mutável, amolda-se ao período histórico que vige. Na contemporaneidade, o direito penal, como instrumento de controle social que é, deve atualizar-se a nova concepção social.
5	REFERÊNCIAS
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal Parte Geral volume 1. Rio de Janeiro: Impetus, 2015.
BITENCOURT, Cézar Roberto. Tratado de Direito Penal Parte Geral 1. São Paulo: Saraiva, 2012.
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das Penas. São Paulo:W V C 2002.
JURÍDICO, Âmbito. Evolução histórica do Direito Penal e Escolas Penais. Disponível in:http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=514. Acessado em 17/11/2015, às 23h36.

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