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Imunologia • Definição: estudo do sistema imune (SI) e dos mecanismos que os seres humanos e outros animais usam para defender seus corpos da invasão de microrganismos • Imunidade = resistência a infecções latim immunis (Senado romano) • Células, tecidos e moléculas que medeiam resistência = sistema imune • Reação coordenada destas = a resposta imune. • SI se baseia no reconhecimento do self x non-self • O SI é essencial à vida: A falta ou deficiência dele levam à doença ou morte Imunidade do hospedeiro • Defesa inata e adaptativa • Inata • Proteção inicial contra infecções • Adaptiva • Adaptável • Mais lenta • Resposta recente e mais efetiva. Imunidade inata = natural ou nativa • Defesa presente em indivíduos saudáveis, desde o nascimento e preparada para bloquear a entrada de micróbios e eliminar micro-organismos que têm sucesso entrando em tecidos. • Imunidade adaptativa = específica ou adquirida • Defesa estimulada por micro-organismos que invadem tecidos, i.e., adapta à presença de invasores microbianos. Imunidade Inata • Barreiras que impedem a entrada do microrganismo. • Pele – proteção mecânica, acidez (pH 3 a 5), lisozimas. • Mucosas – muco e secreções. • Fatores microbianos: bacteriocinas. • Se microrganismos quebram barreiras e entram nos tecidos ou circulação... • Natural Killer (NK)/Macrófagos • Proteínas do plasma e sistema de complemento. Sinais Cardeais da Inflamação • Calor = vasodilatação, metabolismo • Rubor = vasodilatação • Tumor = “edema” inflamatório, vasodilatação • Dor = compressão e lesão de fibras nervosas • Perda da Função = edema, dor Sistema Complemento • Outra via de defesa do organismo além das que usam anticorpos ou são mediadas por células. • Sistema que precede o adaptativo. • Composto por ± 30 proteínas. Sistema Imune Adaptativo • Consiste de... • Linfócitos e os seus produtos, i.e., anticorpos. • Reconhecem subst diferentes • Microbianas ou não • Estas substâncias são chamadas antígenos. • Só ativadas se atravessam barreiras e podem ser reconhecidas. • Geram mecanismos que são especializados para combater tipos diferentes de infecções. • Anticorpos -> micróbios em fluidos de extra-celular • Linfócitos T ativados -> micróbios intra-celular. Imunidade Humoral • Proteínas (anticorpos) produzidas por linfócitos B. • Secretados na circulação e mucosas • Neutralizam e eliminam micro-organismos e toxinas microbianas no sangue e no lúmen de órgãos mucosos. • Funções dos anticorpos. • Impedir que micro-organismos presentes na mucosa ganhem acesso para colonizar células e tecidos. • Previnem infecções de se estabelecer. Imunidade Celular • Anticorpos não têm acesso a microrganismos intracelulares. • Mediada por linfócitos T. • Linfócitos T... • Ativam fagócitos para destruir micro-organismos • Linfócito T Citotóxico lisam células que estão abrigando micro-organismos infecciosos no citoplasma. Imunidade Ativa - Imunidade pode ser induzida em um indivíduo por infecção ou Vacinação Imunidade Passiva- Ou conferida a um indivíduo por transferência de anticorpos ou linfócitos de um indivíduo ativamente imunizado • Um indivíduo exposto monta uma resposta ativa e desenvolve resistência. • É dito que o indivíduo é “imune”, em contraste ao indivíduo “virgem”. • Um indivíduo virgem, recipiente de céls ou mols, combate uma infecção. • Imunidade passiva é útil... • para conferir imunidade rapidamente, • mesmo antes de montar uma resposta ativa • Não induz resistência duradoura a infecção. • Natural • Ac maternos (leite e placenta) • Não natural • Tratamentos médicos Especificidade • Discriminação entre o próprio e o não-próprio. • Memória Anticorpos x Antígeno • Anticorpos • Sintetizado por plasmócitos por estímulo de um antígeno e que possui a propriedade de interagir com este de maneira específica Antígenos • Substâncias capazes de induzir resposta imune específica. Anticorpos (Imunoglobulinas) • Proteínas solúveis que pertecem à classe das globulinas, devido a sua estrutura globular. • Moléculas protéicas que possuem a capacidade de combinarem-se especificamente com o antígeno e acelerar sua destruição ou eliminação. • São compostos por uma unidade básica de 4 cadeias polipeptídicas- 2 pares de cadeias leves (L) e pesadas (H) ligadas covalentemente por pontes dissulfito e também por interações não-covalentes; • -Compõe 20% do total de proteínas plasmáticas Anticorpos (Imunoglobulinas) - Encontrados em muitos fluidos do organismo, mas estão em maior concentração no soro. - Sintetizado por plasmocitos por estímulo de um antígeno e que possui a propriedade de interagir com este de maneira específica - Com fração que se liga ao antígeno (Fab) e fração que se liga a receptores celulares (Fc) Classe dos anticorpos (imunoglobulinas) • Diferem-se em: - Tamanho - Cargas Elétricas - Composiçao de aminoácidos - Conteúdo de carboidratos Antígenos -Qualquer molécula que pode estimular o sistema imune e ser reconhecida por ele. - Qualquer molécula que pode ser reconhecida pelos elementos do sistema imune adaptativo - Células T e/ou Células B Resposta Imune: proteínas (Ig ou anticorpos), linfócitos T específicos. Antígenos e Imunogenicidade • Imunogenicidade: Capacidade que uma substância tem de induzir e reagir com os produtos de uma resposta. Imunológica - imunógeno. • Antigenicidade: Capacidade que uma substância tem de se ligar a um dos componentes do sistema imune (como por exemplo, os anticorpos) – antígeno. •Antígenos podem ser: Exógenos (Virais, bacterianos) e Particulados e solúveis Para causar Imunogenicidade o antígeno deve ter: •Estranheza •Alto peso molecular •Complexidade química •Capacidade de ser degradad • Resposta de Anticorpos Especificidade Habilidade do Ac distinguir seu imunógeno de outros Ag. Quantidade N° de células B x taxa de síntese do Ac x persistência após sua produção. Isotipo Determina a persistência (meia vida in vivo diferente). A composição determina a função dos Ac e os locais onde são encontrados. Afinidade Força de ligação do Ag com o Ac, em um único sítio. Quanto maior a afinidade entre Ac e Ag, menos Ac será necessário. Avidez: força total de ligação, nos dois sítios. MHC - Grande região de genes que codifica moléculas da classe I e da classe II. - São altamente polimórficos, com até 150 ou mais alelos comuns, cujos produtos são expressos nas superfícies de uma variedade de células. - Os genes MHC exercem um papel central nas respostas imunes aos antígenos protéicos. Isso é devido ao fato de que os linfócitos T antígeno específicos não reconhecem antígenos na forma livre ou solúvel, mas, ao contrário, reconhecem porções de antígenos protéicos ,isto é, peptídeos não covalentemente ligados aos produtos do gene MHC. - Proporcionam um sistema para apresentar peptídeos antigênicos às células. - Desencadeam respostas das células T que causam rejeição de tecidos transplantados. BACTERIAS DE INTERESSE MEDICO Microbiota • A composicao da microbiota varia qualitativa e quantitativamente em funcao de fatores como : idade, estimulos hormonais, habitos alimentares e condicoes ambientais. • Microbiota Residente Composta por microrganismos encontrados com alta frequencia em determinado sitio anatomico em todos os individuos de uma mesma populacao. Ex : S. epidermidis na pele. Microbiota Transitória Existe temporariamente em determinado sitio anatomico, sendo eliminada pelos mecanismos normais de controle da microbiota (antagonismo microbiano) ou por procedimentos de limpeza e anti-sepsia. Gêneros de Cocos Gram Positivos • Os cocos Gram positivos (CG+) compoem um grupo de grande importância clinica. • Sao responsaveis por inumeras e variadas afeccoes e sindromes. • Os CG+ anaerobios facultativos de importancia clinica pertencem a uma de duas familias: • Micrococcaceae • Streptococcaceae Gêneros de Cocos Gram Positivos Staphylococcus • Streptococcus • Enterococcus • Peptostreptococcus • Stomatococcus Staphylococcus • Infeccoes cutaneas • Infeccoes oportunistas • Infeccoes urinarias • Infeccoes sistêmicas Doenças Auto-imunes Possíveis mecanismos de falha na auto-tolerância • Liberação de antígenos sequestrados • Erros nos mecanismos de tolerância • Alteração estrutural de auto-antígenos • Ativação policlonal • Antígenos de reatividade cruzada Mecanismos que podem desencadear as doenças autoimunes. • MODIFICAÇÕES DO ANTÍGENO • Diferentes formas de atuação física prolongada, determinam ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA DAS MOLÉCULAS, e portanto o APARECIMENTO DE NOVOS DETERMINANTES ANTIGÊNICOS permitindo aparecimento de AUTOANTICORPOS. DETERMINANTES ANTIGÊNICOS: áreas que estimulam a resposta imune e com as quais os anticorpos tendem a se ligar. • Radiações ULTRA-VIOLETA, produz dímeros de TIMINA no DNA, que são potentes imunógenos. • Concomitância de DOENÇAS IMUNES e INFECÇÕES VIRAIS. • É possível que RETROVÍRUS TIPO-C possa determinar ou desencadear o surgimento de diferentes doenças auto-imunes. Como por exemplo determinando a expressão de determinantes antigênicos que não ERAM EXPRESSOS ANTERIORMENTE. Mecanismos que podemdesencadear as doenças auto-imunes • ALTERAÇÕES DO SISTEMA IMUNE • É possível que agentes infeciosos (VÍRUS) , assim como DROGAS, possam ATUAR NO NÚCLEO DE LINFÓCITOS, MODIFICANDO A ESTRUTURA CROMOSSÔMICA e propiciando um função modificada destas células. • Ou ainda um defeito cromossômico primário, provavelmente ligado à HEREDITARIEDADE. Essa hipótese é aceita pelo aparecimento de um maior número de doenças auto-imunes em certas famílias. Classificação das Doenças Auto-imunes Classificadas de acordo com a extensão dos órgãos envolvidos: Doenças órgãos específicas sintomas limitados a um órgão (TIREOIDITE DE HASHIMOTO Doenças intermediárias existe um importante comprometimento de um órgão, ao lado de manifestações em outros órgãos (SÍNDROME DE SJÖGREN). Doenças sistêmicas com manifestações mais variadas, ocorrendo o comprometimento de diferentes órgãos e a presença de vários anticorpos (Lupus Eritematoso Sistêmico). Doença auto-imunes • Esclerodermia: • Lesões em células produtoras de colágeno (elasticidade, presente nas articulações) • Atinge ainda pulmão, esôfago e rins. • Sintomas: endurecimento da pele, aumento da sensibilidade dos dedos ao frio associado a dor. • Tratamento: anti-inflamatórios, drogas que modifiquem o colágeno e imunosupressores. Não há cura para todas as formas. Doença auto-imunes • Esclerose múltipla: • Sist. Imune causa lesões neurológicas graves e progressivas. • Problemas: coordenação motora, redução da capacidade de visão e alterações na percepção sensorial • Podem ocorrer outros sintomas: sensação de cansaço, fraqueza nas pernas e problemas de memória. • Tratamento: interferon beta (atua na redução da inflamação do SNC) Lupus Eritematoso Sistêmico (SLE ou LES) • Erupções avermelhadas nas faces • Característica: • Multissistêmica: atinge vários orgãos: SNC, rins, coração. • Detectada: • auto-anticorpos circulantes • Auto-anticorpo nuclear Lupus Eritematoso Sistêmico (SLE ou LES) • Prevalência: • 40 em 100.000 indivíduos • Maior incidência: • negros e orientais • Sexo: • 9 entre 10 são mulheres • 80% em idade de reprodução Patologia • Causa de morbidade e mortalidade: • Insuficiência renal • Deposição de imunocomplexos • Diagnóstico: • Biópsia renal: aguda ou crônica Tratamento • Anti-inflamatórios não esteroidais (ácidoacetilsalicílico, ibuprofeno) • Antimaláricos para manifestações cutâneas • Corticosteróides + ciclofosfamida + azatioprina =manifestações graves Lupus Eritematoso Sistêmico (SLE ou LES) Imunodeficiência • As doenças por imunodeficiências são o resultado da ausência ou deficiência de um ou mais elementos do sistema imune. Classificação das Imunodeficiências • SECUNDÁRIAS - resultam de fatores extrínsecos ao sistema imune, como DROGAS,IRRADIAÇÃO, DESNUTRIÇÃO ou INFECÇÕES VIRAIS. • Os indivíduos animais ou o homem portadores de imunodeficiência SOFREM de uma SUSCETIBILIDADE aumentada às infecções. PRIMÁRIAS - quando os defeitos ocorridos são próprios do sistema imune, na maioria das vezes são determinados GENETICAMENTE. Imunodeficiência • Conseqüências: • Aumento do risco de infecção • Hipersensibilidade • Neoplasias • Causas: • Anormalidades congênitas - Anormalidades genéticas • Secundária: conseqüência de tratamentos • Tratamento: citostáticos, corticóides • Viral • Características das infecções: São crônicas ou recorrentes Tratamento convencional solução parcial Microrganismos incomuns (oportunistas) Imunodeficiência Primária • Imunodeficiência congênita: anormalidades nos linfócitos B. • Hipogamaglobulinemia falta de anticorpos específicos pode causar infecções respiratórias. • Agamaglobulinemia: a produção da maioria dos anticorpos é deficiente: causa infecções graves – as vezes fatal. Distúrbios que afetam os linfócitos T: causa suscetibilidade aumentada a fungos e infecções repetidas por Candida (levedura). Imunodeficiência Secundária • Mieloma - 4/100.000 pessoas • São tumores de células B (plasmócitos), que se multiplicam e produzem imunoglobulinas. Os mielomas surgem pela TRANSFORMAÇÃO de uma única célula B. • Os mielomas são relatados no homem, cães, gatos, vacas, suíno, coelho. • Essa situação surge como conseqüência de uma mutação ao acaso de um único clone de células, ocorrendo grande produção de anticorpos Imunodeficiência HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana (Human Immunodeficiency Virus), causador da – AIDS síndrome da imunodeficiência adquirida Transmissão do HIV • Vias da transmissão • Sexual • Parenteral (sanguínea) • Vertical (mãe-filho) • Co-fatores favorecedores da transmissão • DST Terapêutica AZT: Zidovudina Inibe transcriptase reversa (enzima que faz a retrotranscrição do vírus – transcrição de DNA através do RNA Reduz a carga viral Hipersensibilidade e Tolerância Hipersensibilidade • Resposta imune específica exagerada ou inapropriada frente a um antígeno que pode ser um agente infeccioso ou tóxico ou ainda substâncias que podem acarretar reações inflamatórias e danos aos tecidos chamados também de reações alérgicas. Classificação • Tipo I – mediada pelas IgE, ativando mastócitos (anafilática)(2-30min) • Tipo II – mediada pela IgG, fagócitos e complemento (citotóxica)(5- 8h) • Tipo III – mediada por IgG, complexos imunes e fagócitos (mediadapor complexos imunes)(2-8h) • Tipo IV – mediada por linfócitos T (Th1, Th2 ou Tc) (celular ou tardia)(24-72h) Tolerância Microrganismos: imunogênicos • Ag próprios: tolerogênicos ou são ignorados • Fatores que interferem na escolha entre ativação, tolerância e ignorância: - - Natureza dos linfócitos Ag-específicos, - Natureza do Ag - Forma como ele é apresentado para o sistema imunao SI Usos clínicos da indução de tolerância • Doenças alérgicas, doenças auto-imunes, • prevenção da rejeição a transplantes • Ex: hipossensibilização ou vacina na alergia a ácaros Sistema Imune Órgãos e Células do Sistema Imune • Ativação do sistema imune pelo antígenos resulta em dois tipos de resposta imune; • a resposta imune mediada por células • e a resposta imune mediada por anticorpos, que é chamada de RESPOSTA HUMORAL. Células do Sistema Imune • MACRÓFAGOS • Funções: • -SÃO CAPAZES de ATIVIDADE FAGOCÍTICA PROLONGADA e REPETIDA. • -SECRETAM MOLÉCULAS que AMPLIFICAM a RESPOSTA IMUNE. • -CONTROLAM a INFLAMAÇÃO • -CONTRIBUEM DIRETAMENTE para o REPARO de DANOS TECIDUAIS através da remoção de tecido morto. • -AUXILIAM no PROCESSO de CICATRIZAÇÃO. • São chamados de CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS, por que fagocitam o Ag e o preparam para serem apresentados ao Linfócito. • Originam-se na medula óssea , os macrófagos do sangue são chamados MONÓCITOS e são 5% da população de leucócitos. Células do Sistema Imune • NEUTRÓFILOS - FUNÇÃO ⇒CAPTURA e DESTRUIÇÃO de material estranho através da fagocitose – Possuem proteínas antibióticas EOSINÓFILOS: São células fagocíticas com função de DESTRUIÇÃO EXTRACELULAR de PARASITAS GRANDES. Eles podem EXPELIR os seus GRÂNULOS no fluido circulante. O conteúdo do grânulo liberado é capaz de DESTRUIR VERMES PARASITAS. Células do Sistema Imune BASÓFILOS e MASTÓCITOS No tecido provocam INFLAMAÇÃO, pois seus GRÂNULOS contêm AMINAS VASOATIVAS como a HISTAMINA e a SEROTONINA. Linfócitos B • São as únicas células capazes de produzir anticorpos • Imunidade humoral. • Expressão de ac de superfície • Receptores que reconhecem antígenos • Antígenos solúveis e antígenos na superfície de micróbios e outras células • Ativação celular • Resposta imune humoral. Linfócitos T • Imunidade Celular – Receptores reconhecem fragmentos de peptídeos de ag – T CD4+ = helper ou auxiliares • Ajudam B a produzir anticorpos • Fagócitos a destruir micróbios fagocitados – T CD8+ = citotóxicos ou citolíticos • Destroem células que abrigam micróbios intracelulares Linfócitos NK • NK = Natural Killer ou assassina natural • Mediadores de imunidade inata • Não expressam receptores de antígeno como as células B ou células T. • Importante contra vírus e Tumores Células Dendríticas • A função de APC (Células apresentadoras de Antígenos) é melhor representada pelas células dendríticas • Nome por causa dos processos dendríticos longos. • Capturam antígenos protéicos • Exibem partes dos Antigenos para os linfócitos T • Pele: células de Langerhans Órgãos do Sistema Imune • Órgãos Linfóides Primários • Medula Óssea • Funções: Hematopoiese e Diferenciação de linfócitos B. • Timo: localizado no tórax – externo • Função: Diferenciação dos linfócitos T. (remoção do timo diminui linfócitos T) • Órgãos Linfóides Secundários • Linfonodos • Função: armazena células T e B • Baço • Função: possui regiões timo dependentes (T) e timo independente (B) e macrófagos ativos. Soros e Vacinas • Imunidade ativa naturalmente adquirida (doenca) • Imunidade ativa artificialmente adquirida (Vacina) • Imunidade passiva naturalmente adquirida (congenita) • Imunidade passiva artificialmente adquirida (soro) Imunização passiva: Quando se oferece ao indivíduo Ac (anticorpo) pré-formado, produzido por outro animal. - Não ativa o sistema imune - Não gera memória imunológica - Transiente - Induz proteção imediata Imunização ativa: quando se expôe o indivíduo ao antígeno (Ag) para que ele produza ativamente uma RESPOSTA IMUNE PROTETORA contra esse Ag. -Natural: infecção -Artificial: vacinação O que é uma vacina? E um produto originado de um microrganismo ou de um parasita, que confere resistencia a uma doenca, sendo que esta resistencia e mediada por processos imunologicos (especificidade e memoria). Vacina ideal • 1o- Deve ser SEGURA, nao haver perigo de doenca; • 2o- Deve ser capaz de induzir imunidade protetora em uma proporcao muito alta de individuos que a recebam; • 3o- Vacina ideal deve gerar MEMORIA IMUNOLOGICA PROLONGADA, pois quando se pensa em populacao e dificil a revacinacao (pop. Rural ou quando se pensa em todo um Pais). Ex FEBRE AFTOSA, se a revacinacao nao tivesse que ser a cada 6 meses seria muito mais facil controlar a doenca; • 4o - Barata, para que possa ser vacinada toda a populacao, (Vacina Raiva) Desenvolvimento de Vacinas • Testes clínicos são extremamente regulados • Sucesso em animais de experimentação não implica em sucesso em humanos • Efeitos colaterais Vacinas atenuadas X Vacinas inativadas Vacina Inativada ou “Morta” Inativacao de migs com formaldeido, alcool ou acetona = age nas proteinas e acidos nucleicos tornando a molécula estruturalmente rigida. Agentes alquilantes (oxido de etileno, etieneimina, β-propilactona)= ligam cruzadamente as cadeias de acido nucleico, nao modificando as proteinas de superficie. Vacinas atenuadas X Vacinas inativadas Vacina Viva ou Atenuada Os migs vivos virulentos não podem ser utilizados nas vacinas, deve-se reduzir a virulência de maneira que mesmo ainda vivos, não possam causar mais a doença. Esse processo de REDUÇÃO DA VIRULÊNCIA é chamado ATENUAÇÃO. Os métodos de atenuação mais comuns consistem em adaptar o mig à CONDIÇÕES DE CRESCIMENTO INCOMUNS, fazendo com que o mig perca a sua adaptação ao hospedeiro normal SORO • Inoculação no indivíduo de anticorpos prontos contra determinadas intoxicações por venenos ou toxinas de agentes infecciosos. • Intoxicacao provocada pelo veneno de animais peconhentos ou por toxinas de agentes infecciosos, como os causadores da difteria, botulismo e tetano. Quando o teor de anticorpos (Ac) atinge nivel adequados sao retirados. • Anticorpos produzidos em cavalos. Soroterapia Riscos Anticorpos de outras especies sao reconhecidos como estranhos: Anafilaxia (Hipersensibilidade I) Doenca do soro (Hipersensibilidade II) Amebíase - Entamoebas Amebíase: parasitismo humano • Agente etiologico: Entamoeba histolytica • Agente etiológico = 1875 – Losch • Antroponose - 90% • Monoxeno • Comensais • Oportunistas • Emergentes Protozoa, • Philum Sarcomastigophora, Suphilum Sarcodina, • Superclasse Rhizopoda, • Classe Lobozia, • Ordem Aemoebida, • Família Entamoebidae • Gêneros Entamoeba, Iodamoeba e Endolimax. • O gênero Dientamoeba, que antigamente pertencia a família Entamoebidae, pertence hoje a família Dientamoebidae. Entamoeba histolytica • Entamoeba dispar • Entamoeba coli • Entamoeba gingivalis • Iodamoeba butschlii - Amebas se locomovem e alimentam-se por meio de pseudopodes; - Todas as especies do genero Entamoeba vivem no intestino grosso de humanos ou de animais, a excecao da Entamoeba moshkoviskii, que e uma ameba de vida livre. Amebas - Trofozoítos • Os trofozoitas da E. histolytica normalmente vivem na luz do intestino grosso • Pode penetrar na mucosa e produzir ulceracoes intestinais ou em outras regioes do organismo, como figado, pulmao, raramente, no cerebro. 1 • Utilizam carboidratos • Habitat: intestino grosso • Sao anaerobios • Nao possuem mitocondria • Fagocitose e Pinocitose • Reproducaopor divisao binária Transmissão • Ocorre com a ingestao de cistos maduros, encontrados na agua não tratada, em frutas contaminadas mal lavadas e qualquer outro utensilio levado a boca, que esteja contaminado pelo cisto. • Ha uma outra possibilidade onde insetos serviriam como “pontes” e levariam as amebas para alimentos em geral. • Portadores assintomaticos que manipulam alimentos. • Raro: transmissao sexual, devido ao contato oral-anal. Ciclo Biológico Ingestao de cistos com alimentos ou agua contaminada Desencistamento Int. Delgado Metacistos - trofozoita Int. grosso Invadem a subcamada intestinal e podem atingir o figado, pulmao, Pele, rim e cérebro Eliminacao pelas fezes Amebíase extra- intestinal • Sintomas • Figado: abscesso amebiano (necrose) • Quadro clinico: inicio subito, febre e ictericia rara, 3 vezes + comum em homens e rara em criancas. • Pulmao: aspecto necrotico • Cerebro: raro • Regiao perianal • Tratamento = metronidazol Aspectos clínicos e Patológicos • Amebíase intestinal- Sintomas • Aguda: disenteria amebiana, diarreia sanguinolenta, colite fulminante, apendicite amebiana e ameboma do colon. • Sintomas: 3 a 5 evacuacoes por dia, sem febre. • Colite: 30 ou + evac., colicas intensas • Raros: neutrofilos e eosinofilos mas com infiltrado Linfocitário Aspectos clínicos e Patológicos • Amebíase intestinal • Complicacoes; • Amebomas ou Granulomas amebianos na parede do intestino grosso: lesoes pseudotumorais, necrose, inflamacao e edemas, alem de abscesso hepatico, pulmonar ou cerebral; • Colite (inflamacao no intestino grosso) com perfuracao. Diagnóstico - Laboratorial • Clinico: Na fase aguda, pode ser confundida com disenteria bacilar, salmoneloses, sindrome de colon irritado e esquistossomose. • Exame: amostra de fezes ao microscopio, direto e a fresco: Presenca de trofozoitos ou cistos nas fezes; ou aspiratos ou raspados, obtidos atraves de endoscopia ou proctoscopia; aspirados de abscesso ou cortes de tecido. • Fezes: recem-eliminadas ou exsudato mucossanguinolento ulceracoes (retossigmoidoscopia) • Tecnica Faust: centrifuga + Sol. Sulfato de zinco = cistos flutuam Diagnóstico - Laboratorial • Tecnica imunologica: ELISA – Gal/GalNAC • Testes sorologicos: Ac • Abscesso amebiano: ultrassonografia, nao se recomenda a puncao • Area endemicas: Reacao de precipitina em acetato de celulose • Reacao de imunofluorescencia indireta Tratamento • Derivados imidazolico, metronidazol, tinidazol, ornidazol, nimorazol – acao tecidual • Acao luminal = etofamida, teclosan – evitam recidivas Prevenção e Controle • Transmissao = oral – fecal – lavar as mãos quando for ao banheiro • Cuidados com a higiene e agua – lavar frutas e alimentos • Medidas de saneamento • Vetores mecanicos: baratas e moscas Giardíase Epidemiologia Mundo todo: alta prevalencia em criancas; Agua: importante veiculo de transmissao Encontrada em ambientes coletivos Cistos sao disseminados por ventos (poeira) e por moscas (podem veicular cistos a mais de 5 Km); Giardia - Epidemiologia E doenca de distribuicao mundial. Epidemias podem ocorrer, principalmente, em instituicoes fechadas que atendam criancas, sendo o grupo etario mais acometido entre oito meses e 10 a 12 anos. • A Giardia e reconhecida como um dos agentes etiologico da "diarreia dos viajantes" em zonas endemicas. • Paises em desenvolvimento: • Giardiase e uma das causas mais comuns de diarreia entre criancas, podendo causar • Ma nutricao • Retardo no desenvolvimento Giardia lamblia • Classificacao • Reino: Archezoa • Nao possui mitocondrias e Complexo de Golgi • Parasita: monoxeno • Habitat: intestino delgado (duodeno e jejuno) • Duas formas: trofozoito e cistos: • Doenca: Giardiase ou Enterite por giardia. Giardia lamblia • Criterios morfologicos: Giardia duodenalis que infecta vários mamíferos, inclusive humanos, aves e repteis; Giardia muris que infecta roedores, aves e repteis Giardia agilis que infecta anfibios. • Microscopia eletronica, Giardia psittaci e Giardia ardeae, descritas em periquitos e garcas azuis. • Mais recente: microscopia eletronica + analise do RNA Giardia microti, encontrada em roedores conhecidos como rato e camundongo-do-campo. Giárdia – Formas Evolutivas Morfologia •Duas formas evolutivas: • Trofozoíto (A) •Cisto (B) Trofozoítos - Giardia • Sao piriformes (forma de pera) • Simetria bilateral • Divisao: fissao binaria longitudinal • 2 nucleos, 2 axonemas (feixes de fibras longitudinais), 2 corpos parabasais. • Alimentam-se por pinocitose • Habitam o intestino delgado Giárdia – Formas Evolutivas Morfologia • Trofozoito se multiplica por divisao binaria • Primeiro os nucleos, seguido pelo aparelho locomotor, disco adesivo e citoplasma Cistos - Giardia • Forma: ovalada ou elipsoide • Resistencia • Estruturas internas duplicadas • 10 – 100 cistos: infeccao • Viaveis: a 4ºC por ate 3 meses Transmissão • Forma infectante: cisto • Ingestão de cistos maduros presentes em água e alimentos (verduras cruas e frutas mal lavadas ou alimentos contaminados por moscas ou baratas (patas); • Locais de aglomeracao humana (creches, orfanatos, enfermarias pediatricas, etc.); • Contato com animais domesticos infectados; • Reservatorio: homem e alguns animais domesticos ou selvagens como caes e gatos. • Moscas, formigas, baratas contaminando outros alimentos • Habitos de higiene precarios • Maos contaminadas • A maioria das epidemias comunitarias se da por contaminacao do suprimento de agua. • A contaminacao direta se faz por transferencia dos cistos atraves de mãos sujas de fezes para a boca e indiretamente pela ingestao de alimentos ou água contaminados. • Animais contaminados como caes, gatos e gado. Os cistos contaminantes podem permanecer viaveis no meio ambiente por meses. Sintomas • Inicio Assintomatica • Pode causar: • Azia e digestao dificil • Dor epigastrica • Meteorismo (gases) • Nausea e vomito • A diarreia (aguda com colicas) causada pela Giardia e em funcao da ma absorção intestinal lesoes nas microvilosidades da mucosa; • Em infectados tem-se observado um aumento de linfocitos intra-epiteliais • Criancas: podem apresentar insonia, irritabilidade • Fadiga • Anorexia Patologia • Provoca o atapetamento do duodeno (reveste o duodeno). • A Giardia absorve a gordura e a pessoa pede ter diarreia com gordura (esteatorreia). Pode ocorrer entao a dificuldade de absorcao de gorduras e vitaminas lipossoluveis como vit. A, D, E e K. • Podem ocorrer ainda lesoes no epitelio intestinal. Diagnóstico • CLÍNICO • Criancas 12 anos • Diarreia com esteatorreia • Irritabilidade • Nausea • Insonia • Vomito LABORATORIAL Exame de fezes direto – Lugol 3 amostras em dias alternados Verificacao de cistos e trofozoitos (so em sintomaticos) Parasitologico Imunologico: ELISA e PCR Prevenção • Higiene pessoal; • Prevencao: medidas sanitarias • Protecao e lavagem dos alimentos; • Ampliacao dos servicos de agua e esgoto domiciliar; • Tratamento dos assintomaticos positivos; • Filtracao de agua potável Trypanosoma cruzi • Doenca exclusiva das Americas • O protozoario e a doenca foram descobertos e descritos pelo grande cientista brasileiro Carlos Ribeiro Justiniano das Chagas (BRENER, 1989; CIMERMAN; CIMERMAN, 1999). • Vetores: sao hematofagicos Triatoma infestans • Agente Etiologico • Genero: Trypanosoma: apresentam nos tecidos dos hospedeiros vertebrados, forma amastigota e tripomastigota, no hospedeiro invertebrado, a forma epimastigota e tripomastigota metaciclico. • Especie: Trypanosoma cruzi Trypanosoma cruzi • Sub-reino Protozoa; • _ Filo Sarcomastigophora; • _ Ordem Kinetoplastida; • _ Familia Trypanosomatidae; • _ Genero Trypanosoma; _ Especie Trypanosoma cruzi. _Outras especies Trypanosoma rangeli Trypanosoma gambiense Trypanosoma rhodesiense -Locomocao por flagelos, pseudopodes ou cilios; -Reproducao assexuada ou sexuada; -Nucleo unico, Trypanosoma cruzi MORFOLOGIA Hospedeiro vertebrado Amastigota Tripomastigota: infectante Barbeiro e vertebrado Trypanosoma cruzi • Eurixeno (infecta varias especies de hospedeiros) • Infectante: tripomastigota • Parasitam celulas fagocitarias • Tripomastigota – amastigota = fissao binaria • Disseminacao = hematogenica, transfusao de sangue, via Transplacentaria Trypanosoma cruzi • Eurixeno (infecta varias especies de hospedeiros) • Infectante: tripomastigota • Parasitam celulas fagocitarias • Tripomastigota – amastigota = fissao binaria • Disseminacao = hematogenica, transfusao de sangue, via Transplacentaria Trypanosoma cruzi TRANSMISSÃO -Processo Contaminativo: Através da deposição das fezes ou urina do Barbeiro (triatomíneo), contendo formas Tripomastigotas metacíclico, que penetra em solução de continuidade da pele ou mucosa Íntegra. -Transfusão sanguínea: 3.000 pessoas contaminadas/ano Aspectos Clínicos Fase Aguda • Infeccoes agudas = assintomaticas • Caracteristicas = febre baixa e mal estar + linfadenopatia, hepatoesplenomegalia e miocardite (as vezes diagnosticada por eletrocardiograma), cardiomegalia, insuficiencia cardiaca. • Manifestacoes mais comuns: febre prolongada e recorrente, rash cutaneo, cefaleia, edema de face e de membros, manifestações digestivas (diarreia e vomitos) • Sinal de Romana (conjuntiva) ou Chagoma de inoculação Aspectos Clínicos Fase Aguda • Alteracoes laboratoriais: • Anemia • Leucocitose • Linfocitose • Elevacao das enzimas hepaticas • Alteracoes nos marcadores inflamatorios (proteina C reativa) Aspectos Clínicos Fase Crônica • Passada a fase aguda com manifestacao ou sem manifestacao pode evoluir para fase cronica: • Indeterminada: mais frequente • Exame sorologico positivo mas sem manifestacoes clinicas. • Pode durar a vida toda ou } 10 anos e entao evoluir para formas cardíacas e digestivas. • Cardíaca: • Limitacao do paciente (principal causa da morte) • Manifestacao: • - Sem sintomatologia (apenas com alteracao no eletrocardiograma) • - Com sintomatologia (insuficiencia cardiaca em diversos graus) ate morte subita. Aspectos Clínicos Fase Crônica • Forma Congenita • Criancas nascidas de maes com T. cruz positivo. • 60% dos casos despercebido • Sintomaticos: prematuridade, baixo peso, hepatoesplenomegalia, febre. Meningoencefalite (letal). Diagnóstico Laboratorial • Microscopia: tripomastigota • Sorologia: anticorpos IgM(ELISA) • Hemocultura: usando vetor ou meio de cultura LIT (liver infusion tryptose) • Sorologia: anticorpo IgG (ELISA ou hemaglutinacao) • Hemocultura: confirmacao diagnostica • Reacao da polimerase em cadeia (PCR): detectar DNA do parasita com alta sensibilidade • OBS: doadores de sangue – duas tecnicas sorologicas distintas Tratamento • Tratar: Benzonidazol (5mg/Kg/dia) por 60 dias (forma aguda ou congenita) • Fase cardiaca: medicamentos para cardiopatias Prevenção e Controle - Profilaxia • Melhoria das habitacoes rurais - casas de pau-a-pique • Eliminacao dos vetores • Inseticidas: organoclorados (BHC e Dieldrin), piretroides (cipermetrina, deltametrina) • Transfusao: mais exames de sangue e hemoderivados Malária Plasmodium Sinonímia Paludismo Impaludismo Febre Palustre Febre Intermitente Febre terça benigna Febre terça maligna Nomes Populares: Maleita, Sezao, Tremedeira Especies de Parasitas do Genero Plasmodium Agentes Etiológicos - Brasil Plasmodium malariae - febre quarta benigna Plasmodium vivax - febre terca benigna Plasmadium falciparum - febre terca Maligna Malária - Epidemiologia • Quase 50% da populacao em mais de 109 paises e territorios; • 300 milhoes de novos casos/ano • 1 milhao de mortes/ano (principalmete em criancas, gravidas- Africa) • Regiao Amazonica: area endemica • 2008: 313.922 casos de malaria – P. vivax responsavel por 85% dos casos. • Outros locais: maioria em areas rurais, 15% em áreas urbanas. Malária • Estenoxeno = especifico • Hospedeiro invertebrado e 1 vertebrado • Forma infectante = esporozoito • Alojado nas gl. salivares do mosquito • Vetor: Femeas do mosquito (inseto) do genero Anopheles (mosquito prego) • Orgao alvo = figado • Reservatorio: Homem Transmissão - Picada do mosquito - Transfusao sanguinea (raro) - Compartilhamento de seringas contaminadas - Via congenita (parto) (rara) - Esporozoítos – forma infectante, encontrada na glandula salivar do mosquito-prego Ciclo Biológico • Heteroxenico: dois ou mais hospedeiros - Hospedeiro definitivo – Anopheles - Hospedeiro intermediario – homem e outros primatas - Habitat • Varia para cada fase do ciclo dos plasmodios: • No homem, as formas infectantes, os esporozoitos, circulam brevemente na corrente sanguinea. Na etapa seguinte o parasita se desenvolve no interior dos hepatocitos e depois nos eritrocitos. • No inseto vetor, as diferentes formas evolutivas desenvolvem-se sucessivamente no interior da matriz peritrofica, no epitelio medio, na hemolinfa e nas glandulas salivares. CICLO BIOLOGICO Esporozoito – hepatocito - esquizogonia hepatica (assex) – esquizontes – 8 a 15 dias – merozoitos – invadem hemacias – trofozoitos – esquizogonia eritrocitaria – esquizonte (8 a 32 nucleos) – merozoitos – rompem as hemacias = picos de febre – o intervalo entre as febres depende da duracao da esquizogonia sanguinea – esporogonia (gametocitos) – sao infectantes aos mosquitos – exflagelacao – microgametas e macrogametas – oocineto (movel) – penetra na parede do estomago do mosquito – diploide – meiose e mitose – esporozoito (haploide). Aspectos Clínicos • Febre intermitente • Calafrios e sudorese • Anemia e esplenomegalia • P. falciparum em gravidas sao graves e podem levar a morte • Inicialmente periodo de infeccao: fase sintomatica inicial: mal-estar, cansaco e mialgia. • Ataque paroxistico (acesso malarico) : calafrio e tremor generalizado por 15 min a 1h. • Fase febril: 41◦C • Fase de remissao: declinio da temperatura. Novos episodios de febre podem ocorrer no mesmo dia. Aspectos Clínicos • Período toxêmico: paciente sem tratamento: evolucao para formas graves. • Malária grave: • hiperpirexia, • convulsao, • hiperparasitemia, • vomitos, • ictericia, • hemorragia • hipotensao arterial. Diagnóstico 1- Amostra de sangue periferico (imersao) • Coradas por Giemsa • Gota espessa (5 micro L) • Microscopia 2- Microscopia de fluorescencia (acridina) 3- Testes imunocromatograficos: fitas de nitrocelulose contendo anticorpo especifico contra o parasita. Tratamento • P. falciparum Quinino + doxiciclina ou mefloquina • P. vivax Cloroquina e primaquina • P. malariae Cloroquina • As quimioprofilaxias disponiveis sao a cloroquina (P. vivax), a mefloquina, o atovaquone, a doxiciclina. • - Os sprays anti-mosquitos: a serem espirrados sobre o corpo. Mosquiteiros tambem podem ser utilizados desde o inicio da noite. • Resistencia a medicamentos diminui cura. Medidas Profiláticas • Prevencao do contato com o vetor: uso de mosqueteiros, repelentes, telas de janelas e nas portas • Combate do mosquito adulto: uso de inseticidas domesticos • Medidas contra o parasita: diagnostico e tratamento precoces, e educacao sanitaria • Combate a forma aquatica do vetor (controle larvario) • Educacao em saude • Prevencao em viajantes Femea de mosquito do genero Anopheles, que transmite a malaria, pica a pele humana (Getty Images)
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