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Microbiologia e imunologia

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MAD – MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA
MICROBIOLOGIA
Por que estudar microbiologia?
Nosso corpo tem muito mais células microbianas que humanas, apesar de serem menores.
Sepse – a cada segundo ocorre 1 óbito por sepse 
Doenças infecciosas 
Um em cada seis casos de câncer tem origem em infecções tratáveis ou evitáveis
Microrganismos
· Procariotos: 
Bactérias – formas; arranjos
Arquibacterias: metanogênicas; halofílicas extremas; termofílicas extremas capacidade de viver em ambientes totalmente inóspitos (agua fervendo, congelando, contaminada); não causam doenças em humanos 
· Eucariotos 
Fungos 
Protariotos 
Algas 
· Vírus – acelular 
Morfologia e fisiologia bacteriana
Tem parede celular
Não tem membranas envoltórias
Ribossomos 70 s (humanos 80s) 
Plasmídeo – elementos genéticos extracromossômicos
Flagelos (movimentação)
Formas: 
· Cocos – esféricas – EX: Staphylococcus 
· Bacilos – bastões – EX: E. coli
· Espirilos – espiral – EX: treponema
· Vibriões – virgula 
Doenças hospitalares transmitidas principalmente por bactérias em forma de cocos e bacilos.
Célula bactérias: em média 1 Nm. A célula humana é 100x maior e o fungo 10x maior.
Penincilina mata bactéria atuando na parede, existe antimicrobianos que atuam nos ribossomos.
· Nucleóide 
Cromossomo livre em uma porção isolada central da célula 
DNA circular de cadeia dupla, fechado de maneira covalente
Não possui histonas
Replicação e transcrição do DNA em RNAm ocorrem simultaneamente – muito rápido
· Citoplasma 
Enzimas – processos catabólicos e anabólicos
Grânulos ou inclusões – reserva de alimento 
· Membrana celular 
Bicamada fosfolípidica (30-60%) coom proteínas incrustadas
Por meio da membrana a bactérias respira, há a chegada de oxigênio e síntese de atp 
Enzimas: respiração celular, fosforilação oxidativa, biossíntese de glicopeptídeos, síntese e secreção de enzimas e toxinas bacterianas
Barreira de isolamento – gradiente de energia ou potencial de membrana – movimento flagelar, mobilização cromossômica 
Microplasma e ureoplasma – não tem parede, só membrana – não adianta usar penincilina 
· Parede celular de peptídeoglicano
Peptidoglicano ou mureína (G-murus) – componente rígido: todas as espécies (exceto: micoplasma e ureaplasma). Peptídeos levógenos e dextrógenos, em humanos é só levógenos. 
Dissacarídio (glicano) repetitivo: N-Acetilglicosamina (G) + N-Acetilmurâmico(M) – Nós não temos esse açúcar no corpo, então seria um importante alvo de antibióticos. – ligação beta 1,4
Cadeias de açúcar unidas por peptídeo - cadeias ligadas por tetrapeptídeos que estão unidos ao ácido N-acetilmurâmico 
Lizosima quebra a ligação dos dissacarídios, entre o G e M. As mucosas, lácrimas possuem lisozima.
Penincilinas atuam quebrando a ponte peptídea cruzada.
Grupo de bactérias: 
Existe antibióticos específicos para cada tipo, por isso necessidade de saber qual tipo é. Mas ambas possuem membrana interna.
· Gram negativas – tem uma membrana externa – costuma viver melhor em ambientes mais úmidos- como a camada é fina não retém o corante. 
· Gram positivas – parede de peptideoglicano é muito mais espessa, então o corante fixa-se. Não tem membrana externa.
Bactéria Gram Positiva 
Múltiplas camadas (GP). Exoesqueleto (malha em 3 dimensões). Poroso (difusão de metabólicos)
· Constantemente sintetizado e degradado, exceto nos períodos de inanição
· É essencial para a estrutura, replicação e sobrevivência bacteriana 
· Infecção: interferência na fagocitose e estimulo de respostas inatas
· Alvo de ação de antibióticos (β-lactâmicos)
· Ácidos teicóicos e lipoteicóicos: polímeros de ribose modificados ou moléculas de glicerol-fosfato. Entrecruzados aos peptídeos. Lipoteicóicos -> se ligam aos lipídios da membrana. 
· Essenciais para a viabilidade celular/resistência 
· Determinantes antigênicos (sorotipagem)
· Receptores específicos: aderência as células do hospedeiro
Bactérias Gram negativa 
· Paredes celulares mais complexas estruturalmente e quimicamente do que GP. 
· Espaço periplasmático: entre a membrana interna e externa: compartilhamento com enzimas. – pode ser útil na resistência da bacteria 
· Peptidoglicano: camada fina e “solta”
· Lipopolissacarídeo (LPS) – exclusivo de gram negativas – é dividido em 3 partes:
· Lipídeo: porção lipídica 
· Cerne polissacarídeo: similar dentro de um gênero - > para diferenciar uma bactéria da outra
· Cadeiras laterias: identidade sorológica única 
· Membrana externa: rica em lipídios – similar a membrana celular, fixada a cadeia de peptidoglicano por uma lipoproteína pequena, fortemente lipofílica, se estende para o espaço periplasmatico e para a porção lipídica da membrana externa
Proteínas;
· Porinas: transporte de substancias 
· Não-porinas: produção e secreção de exoenzimas
· Lipoproteínas: estabilidade a parede celular
· Lipopolissacarídeo (LPS) – endotoxina:
· Estimulador de resposta imune natural (ativa células B, macrófagos, IL-6, TNF)
· LPS: classificação bacteriana 
1. Lipídio A (endotoxina): semelhante para enterobacteriaceace. Maior impacto clínico
2. Cerne: mesmo para uma espécie de bactéria – menos importante
3. Antígeno O: distingue sorotipos (E. coli O157; H7 -> subtipo muito patogênico)
 (flagelo -> H)
Meningite: usa antibiótico, e a criança tende a piorar, porque ela libera endotoxina que causa uma resposta imunológica intensa no paciente, estimulação interna de interleucinas, fator de necrose tumoral, ativa os linfócitos B a liberar mais citocinas, causando uma resposta inflamatória intensa, vasodilatação intensa, que pode leva-lo a choque e consequentemente a morte.
Tétano: exotoxina (gram positivo)
Coloração de Gram
Nas bactérias gram positivas o corante fica grudado, nas gram negativas ele sai. 
Gram negativa -> vermelha
Gram positiva -> roxa/violeta
· Bactérias ácido-resistentes
 Ácidos micólicos: 
Ácidos graxos complexos ligados aos polissacarídeos da parede, número de carbono variável. É usado a coloração de liehl-neelsen. Parede rica em ácido micólico.
Mycobacterium tuberculosis
Mycobacterim leprae
Estruturas da superfície celular
· Cápsula: polissacarídios, heterossacarídios ou glicanos – GP/GN
· Funções: proteção contra dessecação e materiais tóxicos (íons de metal pesado e radicais livres, aderência, resistência a ação de antimicrobianos (“camufla”), detecção sorológica (antigênico)
· Flagelos – GP/GN – vai caminhar em direção aos nutrientes/luz
· Fímbrias: aderência – GN – placas dentais – E. coli -> principal causadora de Infecção urinaria (ITU), já que as fimbrias possui receptores na bexiga
· Pili: atuam na troca de material genético – GN – é um microtúbulo que possibilita que uma bactéria se ligue a outra.
· Esporos/endósporos: - GN nao conseguimos enxergar quando o paciente está
· Resistência ao calor (fervura 20h), ressecamento, pressão, desinfectantes (quantidade reduzida de agua no interior)
· Morte - esterilização
· Tamanho, forma e localização – identificação e caracterização de Bacillus e Clostridium 
· Em forma de esporo ele não causa mal, já que ele está “paralisado”
Fisiologia bacteriana
Reprodução: fissão binária – se divide ao meio, não há troca de material genético, não há variabilidade genética, o que é ruim evolutivamente, uma solução para isso é por meio da Pili. O tempo de reprodução dura em média 20 minutos. M. tuberculosos - > 15 horas (por isso a evolução da doença é mais lenta, UM dos fatores). M. lepreze -> 11 dias (demora meses a anos para se manifestar após a transmissão do patógeno).
· O que você faria para cultivar microrganismos no laboratório?
Simular o ambiente natural dele: 
· Temperatura:
· Psicrófillos: +- 10 C
· Mesófilos: +- 20-40 C
· Termófilos: 50-60 C - > não causa doença em humanos então
· Ph 
· Pressão osmótica 
· Oxigênio 
· Aeróbio 
Anaeróbio facultativo
Microaerófilo
· Anaeróbio 
Anaeróbio obrigatório 
As fontes de crescimento
Ágar -> polissacarídeo complexo obtido de algas marinhas (geleias e sorvetes mais expressos)
Meios quimicamente específicos 
· Coloco substancias específicas: glicose, acetato de sódio, arginina cloreto de cálcio...-> utilizado para estudar o comportamento de bactérias 
Meios complexos:
· Extratos de leveduras, de carnes, de plantas 
Meios seletivos
· Agar, sabouraus, MacConkey (bactérias gram negativas, porque possui sais biliares
Meios diferenciais
· Ágar sangue, MacConkey
Meios “ricos”
· Agar BHI (Brain Heart Infusion), sangue 
O tempo de geração
Curva de crescimento uniforme em meio de cultura
Fase Lag: ADAPTAÇÃO - tanto no meio de cultivo como no ser humano 
Fase Log: CRESCIMENTO
Estacionária
Senescência/declínio 
Genética de bactérias e humana
Os cromossomos
· DNA-> informação genética bacteriana
· DNA ou RNA -> informação genética em vírus
· O DNA é de fita dupla antiparalelas 
· Algumas proteínas se ligam e regulam a expressão genética; apesar de não possuírem histonas
· EX: Escherichia coli -> 4000 kpb -> 1 mm (1000x o tamanho de uma bactéria -> superespiral 
· RNA fita simples geralmente – não o de armazenamento de material genético 
· A resistência microbiana se dá muito pela genética bacteriana
· Genes são haploides
· DNA é circular 
· Ilha de patogenicidade – conjunto de informações genéticas que induz a bactéria a ser mais patogênica, mais resistente.
Bacteriófagos ou fagos: maior grupo viral (>5000 isolados) – vírus que infectam bactérias 
· Lítico – mata mesmo a bactéria 
· Lisogênico – inocula seu material genético na bactéria e ela se transforma (transdução)
Corine difiteria só causa doença em nos se ela for infectada por um bacteriófago, e consegue produzir a toxina e causar a difiteria. Existe a vacina (penta bacteriana).
· Plasmídeo = algo a mais para facilitar sua sobrevivência. Ex: escherichia coli capta e metaboliza sacarose e capta citrato por meio da determinação por plasmídeo. Pode estar relacionado a resistência e o plasmídeo de resistência pode passar.
Material genético humano 
Cromossomos: 
· 23 pares (22+1)
· Transmissão fiel da informação genética 
· Expressão apropriada da informação genética 
· Metáfase -> não expressão 
· Interfase -> atividade/expressão
· Mais condesado 
Cromatina: material genético solto. Complexo formado por moléculas de DNA associado a proteínas (histonas). É como se encontra na maior parte do tempo
· A unidade básica da cromatina é o nucleossomo
· Contem ~150pb envolto 1,7 vez no cerne de histonas
· O cerne do nucleossomo contém 8 histonas
Histonas 
Duas subunidades de cada uma das quatro histonas: histonas 2A, 2B, 3 e 4 (denominadas H2A,H2B,H3 e H4)
Circundando o cerne do nucleossomo 
A cromatina interfásica varia no seu grau de compactação: eucromatina X heterocromatina
Função: O octâmero de histonas desliza em resposta a atividade de remodelagem da cromatina, neste caso expondo o DNA. Papel muito importante na expressão de um gene ou não.
Modelação das histonas (modificação pós-tradução- PTM)
Modificação das histonas: 
I. Acetilação e desacetilação de histonas 
Reversível 
Histonas hiperacetiladas -> associação com atividade genicas 
Neutraliza a carga (+) da lisina -> menor interação com o DNA) -> pode ser lido e transcrito 
A acetilação dos aminoácidos lisina nas caudas de histonas abre a cromatina, expondo o DNA a atividade das proteínas que regulam a transcrição.
II. Metilação das histonas 
Ativar ou reprimir expressão genica 
Cria sítios de ligação para outras proteínas que ativam ou reprimem a expressão 
Telômeros 
É uma “partezinha” que fica na extremidade e protege o material genético. Toda vez que o material genético se replica, perde um pouco do telomero.
Controle da população microbiana
Esterilização e desinfecção
Porque controlar o crescimento microbiano? 
Definições:
· Esterilização: destruição TOTAL de todas as formas de vida, inclusive os endósporos.
· Método mais comum: aquecimento
· Desinfecção: realizada em organismos não vivos (somente a destruição dos patógenos vegetativos e não dos endósporos) 
· Antissepsia: realizada em organismos vivos. Produto químico = antisséptico
Sufixo CIDA: morte – germicida, bactericida
Sufixo statico: inibem o crescimento e multiplicação – bacteriostase
Fatores que influenciam o tratamento microbiano 
1- Tamanho da população 
2- Natureza da população
3- Concentração dos agentes 
4- Tempo de exposição 
5- Temperatura
6- Condições ambientais (Ph, mat. Orgânico)
Álcool a 70% é mais eficaz porque o a 100% evapora mais rápido, então age por menos tempo, e como o etanol age por desnaturação, que necessita de agua, então como o álcool a 70 tem 30% de agua, ele age melhor.
Métodos de controle microbiano 
1- Método físico – excelentes métodos de esterilização
· Calor (seco ou úmido)
· Pasteurização
· Filtração
· Baixas temperaturas
· Ressecamento 
· Pressão osmótica 
· Radiação 
Calor: morte por meio da desnaturação proteica/enzimática
a) Calor seco: 
Incineração: processo drástico de eliminação dos microrganismos e que destroem o produto 
Flambagem: processo onde o material é levado diretamente ao fogo, seja seco ou embebido em álcool (utilizado na desinfecção de alças de vidro)
Estufa esterilizante: amplamente utilizada para as vidrarias e outros materiais (160 C/2h ou 180C/1h) – esses “forninho” para alicate
1- Pasteurização:
Tratamento clássico: 63 C por 30 min
Pasteurização de alta temperatura e curto tempo: 72 C por 15 s
Leite 
Pasteurização: submetido a temperatura (72C) enquanto flui continualmente por uma serpentina. Conserva-se bem sob refrigeração
Esterilização: submetido a altas temperaturas (UHT) para que possa ser armazenado sem refrigeração (a temperatura vai de 74C para 140C e depois retorna para a temperatura inicial)
Autoclave: 121 C 15 minutos esterializa o material 
2- Filtração
Passagem de um liquido ou um gás através de um material semelhante a uma tela, com poros pequenos o suficiente para reter os micro-organismos
- Filtro de partículas de ar de alta eficiência (HEPA) ex: salas de hospitais com pacientes queimados (0,3µm) salas de cirurgia
-Filtro de membrana – compostos por esteres de celulose ou polímeros plásticos (normalmente usa-se filtros de 0,2µm
3- Baixas temperaturas: 
Depende do tipo de micro-organismo e da intensidade de aplicação
Redução/interrupção do metabolismo celular
Refrigeradores comuns (0-7 C): efeito bacteriostático (a temperatura afeta a reprodução e o metabolismo celular)
Geladeira: 4 / congelador: -20 – na geladeira psicótrafos crescem
4- Ressecamento
· Na ausência de água, os microrganismos não podem crescer ou se reproduzir mas podem permanecer viáveis por anos através das formas de resistência (endosporos/esporos)
· Liofilização (preservação de microrganismo em laboratório)
· A resistência ao ressecamento varia de acordo com o microrganismo:
· neisseria gonorrhoeae - cerca de 1 hora
· BAAR - meses
5- Pressão osmótica 
· Concentração de sais - plasmólise (tira a água)
· Processo semelhante ao ressecamento
· Bastante utilizado na conservação de medicamentos Ex: curar carnes (sal) e conservar frutas (açúcar)
· Mel: Não estraga devido a alta pressão osmótica e presença de substâncias antimicrobianas
· Fungos - mais resistentes em crescer em baixas concentrações de água e altas concentrações de sais.
6 - Radiação
Excelente esterilizante, mas não usado na esterilização de rotina.
· Ionizante 
Ação: destruição do DNA por raios gama e feixe de elétrons de alta energia 
Partículas penetrantes
Usado para esterilizar produtos farmacêuticos e suprimentos médicos e dentários
· Não ionizante
Ação: lesao ao DNA pela luz ultravioleta com lampada UV
É uma radiação não muito penetrante
Controle de ambientes fechados
2 - MÉTODOS QUÍMICOS
São usados para controlar o crescimento de microrganismos em ambos os tecidos vivos (anti-sépticos) e objetos inanimados. Mais acessível
Dificilmente se obtém a esterilidade 
Problema: ação dos agentes é diferente para cada micróbio
Características:
· Alta toxicidade para os microrganismos
· Inócuo para o homem e animais
· Solúvel em água 
· Estabilidade elevada
· Ausência de afinidade por matéria orgânica estranha
· Desodorante
· Detergente
· Não ser corrosivo nem manchar
· Capacidade de penetração 
· Toxicidade para o microrganismoem temperatura ambiente
 
Tipos de desinfetantes: 
1. Compostos orgânicos (Fenol e compostos fenólicos; Álcoois, Compostos de amônio quaternário)
2. Halogênios 
3. Metais pesados e seus compostos 
4. Outros (Peroxigênios, quimioesterilizantes gasosos, agentes de superfície, biguanidas, antibióticos)
Fenol (ácido carbólico) e compostos fenólicos
· Pastilhas de garganta apresentam fenol que tem um efeito analgésico
· Ação: lesam a membrana plasmática, inativam as enzimas e desnaturam as proteínas.
· Não é tão inócuo, é pouco utilizado
· Índice fenólico: compara com outros agentes antimicrobianos
Biguanidas 
· Clorexidina: frequentemente utilizada no controle microbiano da pele e mucosas
· Efetivo para a maioria das bactérias vegetativas e fungos, mas não é esporicida 
· Únicos vírus afetados: certos tipos envelopados
· Efeito bactericida: está relacionado a lesão que este reagente causa a membrana plasmática
Halogênios
· Particularmente Iodo e Cloro (agentes antimicrobianos efetivos)
· Limitante: Causa dano ao hospedeiro
· I2: efetivo contra todos os tipos de bactérias, muitos endósporos, vários fungos e alguns vírus. Mancha
· Ação: o iodo se combina ao aminoácido tirosina, um componente de muitas enzimas e outras proteínas celulares, inibindo a função proteica. Também oxida os grupos sulfidrila (-SH) de certos aminoácidos que são importantes para manter a estrutura das proteínas.
· CL2: Como gás ou em combinação com outras substâncias químicas 
· Ação germicida é causada pelo ácido hipocloroso (HOCl) (ação ainda desconhecida)
· É um forte oxidante que impede o funcionamento de boa parte do sistema enzimático celular.
Álcoois
· Matam efetivamente as bactérias e fungos, mas não endósporos e os vírus não envelopados 
· Os mais utilizados são o álcool (70%)e isopropanol
· Vantagens: agem e depois evaporam sem deixar resíduo
· Mecanismo de ação: desnaturando proteínas, rompimento da membrana e dissolução de muitos lipídios
· Gel: reduz ressecamento e reduz acidentes
Metais pesados e seus compostos
· Bastante utilizados como germicidas antissépticos
· Prata, mercúrio, cobre e zinco
· Nitrato de prata - colírio nos olhos de recém nascidos
· Cloreto de mercúrio, Sulfato de Cobre, Cloreto de zinco
· Mecanismo de ação: quando os íons de metal se combinam com os grupos sulfidrilas nas proteínas celulares ocorre a desnaturação
Agentes de superfície
· Podem reduzir a tensão superficial entre as moléculas de um líquido
· Sabão: pouco valor antisséptico (mais importante na remoção mecânica através da esfregação, ou seja, o sabão não mata, ele apenas retira)
Estudo da microbiota normal
Habitantes da pele e mucosa de indivíduos normais e sadios, corpo humano abriga 1x10₁₄
Existe microrganismos em qualquer região que tenha contato com pele e/ou trato gastrointestinal e respiratório.
Rim, bexiga, músculos, osso: estéril
Pulmão: microbiota transitória, transita e vai embora.
Composição:
Intra-útero: individua livre de germes
Em 5 minutos: possui microbiota homogênea
Parto normal: Lactobacillus spp., Prevotella spp. -> menor chance de doenças alérgicas e respiratórias
Cesária (pele materna): Staphylococcus spp., Corynebacterium spp., Propionibacterium spp.
4-12 horas: estreptococcos viridans
Microbiota Residente
· Vive em você e está em você 
Microbiota Transitória
· Proveniente do meio ambiente
· Permanecem por horas, dias ou semanas
· Patogênicos e não patogênicos 
O desequilíbrio da residente -> espaço para transitória 
Por isso depois do uso de antibióticos, alguns médicos indicam tomar probióticos, para recuperar a microbiota residente.
Mudança contínua 
Ex: Hospitalização -> colonização por BGN (Klebsiella spp., Pseudomonas spp., Escherichia coli …)
Importância
· Maturação do sistema imunológico
· Síntese de vitamina K
· Degradação de toxinas 
· Aumento da absorção de nutrientes
· Auxilío na digestão
· Defesa contra patógenos
· Competição por nutrientes
· Produção de substancias toxicas 
· Alterações de Ph
· O2 disponível
· Torna os receptores das células do hospedeiro indísponíveis
(Microbiota normal estimula a sintese de IGa e produz peptídeos antimicrobianos)
Lactobacillus spp. X Candida spp
Candida faz parte da nossa microbiota normal. As mulheres possuem como microbiota normal Lactobacilos, que produzem substancias ácidas e mantém o Ph ácido e consequentemente outras bactérias, fungos não se reproduzem. Quando há um desequilíbrio do sistema imunológico, pode matar a microbiota da vagina e o Ph aumenta, acabando com a defesa. Candida se aproveita e acontece a candidíase.
E. coli X Salmonella spp, Shigella spp
Todos nós possuimos E.coli, e naturalmente produz a colicina, que é um peptídeo antimicrobiano natural, que pode matar a salmonella. A salmonella quando chega no intestino causa diarréia.
Consequência da exposição a microbiota normal
· Colonizar de maneira transitória
· Colonizar de maneira permanente
· Produzir doença
Patógeno estrito: Só vem para causar doença
Patógeno oportunista: Faz parte da microbiota normal, mas se aproveita de uma debilitação e causa a doença.
Microbiota trato respiratório inferior
· Geralmente estéreis (incluindo traquéia e bronquíolos)
· Aspiração crônica -> pneumonia (Streptococcus pneumoniae, S. aureus, Klebsiella pneumoniae…)
· Comum em pacientes em coma, encubado
· Infecção do pulmão -> pneumonia (tuberculose é um tipo de pneumonia)
Microbiota da pele
· Grande exposição
· Fatores:
· Ph ácido
· Ácidos graxos 
· Lisosima
· Escovação vigorosa reduz temporariamente
· Prevalece bactérias gram positivas - Importância clínica: em caso de infecção cutânea, priorizar medicamentos que combatem gram-positivas
Microbiota intestinal 
· Influência da dieta
· Crianças em berçario de UTI neonatal - altera a microbiota
· Enterobacteriaceae, como Klebsiella spp., Citrobacter spp. e Enterobacter spp.
· Estômago -> tem pouco, controlado pela acidez
· Prevalece bactérias anaeróbicas e gram-negativa.
· Dose infecciosa = quantidade muito alta de microrganimos que pode causar diarreia 
· Doença inflamatória intestinal: baixa tolerância imunológica a antígenos 
· Traumatismo mínimo pode induzir bacteriemia transitória 
Diminuição da microbiota normal -> aumento da clostridium difficile -> diarreia e colite pseudomembranosa (impede absorção de alimento e agua. A clostridium difficile é produtora de esporos, o que a torna muito resistente. Como a microbiota normal diminui, não há concorrentes então a bactéria se replica e produz enterotoxina. 
Solução? Uso de antibiótico especifico para bactérias anaeróbicas ou aumentar a microbiota normal (uso de probióticos)
Microbiota oral e nasal
· 1 aeróbio para 10/100 anaeróbios 
· Grande variedade microbiana - muita água e alimento
· Hálito: representação da proliferação de microrganismos
· Infecção por anaeróbios -> odor - importância clínica: ferida com odor, significa infecção por anaeróbicos
· Fenda gengival -> sem oxigênio -> propícia para proliferação de bactérias anaeróbicas 
Anaeróbios:   prevalece
· Peptostreptococcus spp.
· Actynomyces spp.
· Fusobacteriu spp.
Aeróbios:
· Streptococcus spp.
· Staphylococcus spp.
· Neisseria spp.
· Haemophilus spp.
Microbiota vaginal 
· Crianças: microbiota mista de cocos e bacilos, muito semelhante a da pele, devido a não interferência de hormônios 
· Puberdade: lactobacilos -> torna o ambiente ácido, e evita a proliferação de patógenos.
· Depleção -> aumento Ph -> Proliferação fúngica/bacteriana (vaginose bacteriana)
· Gravidez -> streptococcus agalactiae/grupo b (presente em 25% das gravidas) no momento pode ser transferido pro bebe e causar problemas -> sepse neonatal/meningite. Mas na mãe não causa problemas. Então, para detectar a bactéria faz um exame e se tiver ela toma um antibiótico antes do parto.
Como manipular a microbiota?
1- Probióticos 
Conceito: organismos vivos que, quando ingeridos fornece benefícios ao hospedeiro.
Recomposição da microbiota
· Prevenção de infecções do trato intestinal
· Estimulação da imunidade local: aumento da secreção de IgA secretora
· Redução de reações inflamatórias no intestino· Regulação da motilidade intestinal
O grupo de laticínios registra maior desenvolvimento
Leites fermentados, iorgutes, queijos em que as bifidobacterias são adicionadas 
2- Prebioticos 
Ingrediente alimentar que estimula o crescimento de um ou mais membros da microbiota - Vai beneficiar os organismos que já tem
Ex: leite materno – possui o fator bífido
3- Fagoterapia 
Utilização de bacteriófagos (vírus que infectam bactérias)
4- Transplante fecal
Fezes de uma pessoa saudável são misturados com uma solução salina, filtradas e depois injetas por endoscopia ou colonoscopia no intestino de outra pessoa. Rápido e eficaz, resultados muito bons.
Gênero Staphylococcus
Uma das principais causadoras de doenças em humanos
Caso clínico 1
Mulher de 21 anos de idade, com história de abuso de drogas por via intravenosa e contagem de CD4 de 400 células/mm3 (muito baixa), que desenvolveu endocardite por S. aureus. A paciente tinha história de uma semana de febre, dor torácica e hemoptise. O exame físico revelou murmúrio cardíaco e ronco em ambos os pulmões. Foram observadas múltiplas lesões cavitárias bilaterais na radiografia de tórax e as culturas de sangue e escarro foram positivas para S. aureus susceptível a oxacilina. A paciente foi tratada com oxacilina por 6 semanas, curando assim a endocardite e os abcessos pulmonares.
· Intravenosa -> contraiu HIV -> imunodebilitação -> possibilitou a infecção
· Essa bactéria pode ter vindo dela mesmo, devido essa imunodebilitação a bactéria se aproveitou e causou a doença.
· O que causou a doença foi a presença da bactéria 
Caso clínico 2
Um total de 18 individuos que estavam participando de uma festa de aposentados sentiram-se doentes 3 a 4 horas após a refeição. Os sintomas mais comuns eram náusea, vomito e diarreia. Poucos indivíduos tiveram febre ou cefaleia. Os sintomas duraram, em média, 24 h. a doença foi associada a ingestão de presunto na festa. Uma amostra de presunto foi positiva para enterotoxina. Um dos preparadores dos alimentos havia cozinhado o presunto em casa, transportando para o local de trabalho e fatiado. O presunto foi servido frio.
· Proliferação no presunto -> cozinheiro provavelmente inaculou no presunto. Ao se multiplicar, ele produziu a enterotoxina. Durou 24 horas, então a enterotoxina foi ingerida, provocou o quadro diarreico e depois foi eliminada nas fezes. A maioria das bactérias passaram pelo estomago e foram destruídas, já as enterotoxinas são resistentes. Se o presunto fosse aquecido, mataria as bactérias mas a enterotoxina é termoestável, então teria a diarreia 
· O que causou a doença foi a presença da toxina
· Toxiinfecção – ingere a toxina pronta, em poucas horas já tem sintomas
· Quadro infeccioso – precisa de um tempo para bactéria se multiplicar e causar sintomas
· Antimiograma – vai ver se a bactéria é sensível a determinado antibiótico 
Gênero staphylococcus
S. aureus (coagulase positivo)
S. epidermidis, S. saprophyticus, S. haemolyticus, S. lugdunensis (coagulase negativa)
Manuscrito -> tem que sublinhar
Coagulase positiva – produz a enzima coagulase, que coagula o plasma. São mais perigosas, porque se estiverem na corrente sanguínea, pode coagular e dificulta a resposta imune.
Fisiologia 
· Cocos gram-positivos
· Staphylo = caco de uva
· Imóveis 
· Anaeróbios facultativos 
Não produzem esporos
· Capazes de crescer em altas concentrações de sal (10%); temperatura 18-40C
· Produtores de pigmentos: branco a amarelo
Epidemiologia 
· Microbiota da pele e superfícies mucosas
· Todos somos portadores do gênero staphylococcus, mas nem todos somos portadores de S. aureus
· Sobrevivência em superfícies secas por longos períodos de tempo
· São microrganismos ubíquos – capazes de se desenvolver em diferentes locais 
· Disseminação pessoa-pessoa (contato direto) ou exposição a fômites contaminados (estetoscópio, pente)
· Fatores de risco:
· Presença de corpo estranho (sutura, próteses)
· Procedimento cirúrgico prévio 
· Antibióticoterapia (supressão da microbiota)
· Higiene pessoal precária
Estrutura 
Capsula e camada mucoide; peptidoglicano; ácidos teicólicos; proteína A (fator de virulência, fica aderiada a parede do microrganismo, tem afinidade com a porção fc do anticorpo, então meio que “se liga de costas” e não consegue fazer efeito); coagulase e outras adesinas proteicas de superfice; membrana citoplasmática.
Fatores de virulência
· Componentes estruturais – cápsula
· Enzimas: 
· Coagulase*
· Catalase*(capacidade de quebrar peroxido de hidrogênio, que é uma espécie reativa de oxigênio)
· Hialuronidase
· Fibrinolisina (vai digerir o tecido fibroso), lipases, nucleases 
· Penincilinase (quebra penincilina)
· Toxinas 
· Citotoxinas (α, β, µ, panton-valentine) -> destroi leucócitos, eritrócitos, plaquetas
· Toxinas esfoliativas (A e B): dermatite esfoliativa (síndrome da pele escaldada)
· Enterotoxinas (A até R): termoestáveis a 100C/30 min; resistentes a hidrólise pelas enzimas gástricas 
· TSST: superantígeno. Destruição de células endoteliais
Síndrome tóxicas
1- Síndrome da pele escaldada estafilocócica (SSSS)
Toxina esfoliativa – dissolução da matriz mucopolissacarídia da epiderme; destrói os desmossomos
Comum em crianças, recém-nascidos
Strapytococcus cai no nariz e depois vai para corrente sanguínea 
Taxa de mortalidade baixa. É curável e não deixa cicatrizes 
Adulto não acontece muito, porque a microbiota nasal dele já é normal
2- Síndrome do choque tóxico 
Ação da TSST, também chamada de superantígeno, não deixa a célula apresentadora de antígeno se separar do linfócito, que se sente muito estimulado e libera muitas citocinas inflamatórias – RESPOSTA IMUNE SUPER EXAGERADA
O metabolismo da síntese de TSST precisa de um ambiente com oxigênio 
Até a camada de glicano é capaz de causar a síndrome do choque tóxico
Casos com envolvimento cutâneo 
3- Intoxicação alimentar
Doenças clinicas
 Staphylococcus aureus
Doenças mediadas por toxinas ou proliferação (supurativas)
Toxinas: não supurativas 
1. Sindrome da pele escaldada
2. Intoxicação alimentar
3. Síndrome do choque tóxico
Supurativo: bactéria que causa a lesão
1. Foliculite - bactérias presentes na epiderme são inoculadas no folículo
2. Furúnculo
3. Carbúnculo – vai precisar ser tratado com antibiótico
4. Bacteremia
5. Endocardite – taxa de mortalidade de 50% 
Principais sítios acometidos e possibilidade de isolamento do microrganimos (1+ a 4+), sendo 1 a menor chance de encontrar e 4 a maior chance de encontrar a bactéria 
Liquido sinovial;4
Corrente sanguínea:3
SSSS: na pele: mínima; nariz: 4 -> com suspeita dessa síndrome, solicito swab do nariz
Pneumonia: no escarro:3 no sangue 2
Síndrome do choque toxico: na ferida/vagina:4; sangue:1 
Diagnóstico laboritorial 
Amostras (espécime clínico)
Tipo de infecção e qualidade do material – Swab superficial, pus, sangue, aspirado traqueal ou LCR
Microscopia 
Coloração de gram: cocos G+, cachos
OBS: não diferencia espécies
Cultura 
Meios enriquecidos: Ágas, sangue 37C/18H (hemólise, produção de pigmento)
Espécimes contaminados: Ágar Manitol salgado
Identificação: testes bioquímicos 
· Testes de catalase, coagulase e nowobiocina
· Testes de susceptibilidade (antibiograma) – para ver se o antibiótico é sensível ou não 
Tratamento
Infecções cutâneas (acne, furúnculo), abcessos e infecções supurativas fechadas:
Drenagem do pus? -> antimicrobianos
Bacteremia, endocardite, pneumonia:
Tratamento IV prolongado com penincilina resistente a beta-lactamase
MRDA – Staphyloccocus aureus resistentes a meticilina – sigla em extinção porque não se usa mais esse antibiótico – todos os Staphylococcus são resistentes a esse medicamento
MRSA OU ORSA (Staphylococcus aureus meticilina ou oxacilina resistente) -> glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina) -> estreptograminas (quinupristina/dalfopristina), 
Prevenção e controle
Fontes de contaminação: lesões humanas, fomites, vias aéreas e pele 
Gêneros streptococcus e Enterococcus
Família Streptococcaceae
Fisiologia e estrutura
· Cocos Gram-positivos, dispostos aos pares ou em cadeias
· Catalase negativo(meio de diferenciar de stafilococcus)
· Anaeróbios facultativos/atmosfera de CO2 (Capnofílicos – vivem melhor em ambientes com maior concentração de CO2 e menor de O2
· Requerimento nutricionais complexos/37c -> gastidiosa
· Cresce bem ágar sangue
· Colônias brilhantes ou opacas (+)
· Grupo heterogêneo: 20 espécies
Três esquemas de classificação
1- Propriedades sorológicas (Lancefield): composição antigênica de substancias grupo-específicas da parede celular (carboidratos)
Ver qual o anticorpo que reage 
2- Padrões hemolíticos em ágar-sangue
Hemólise completa (β-beta) – beta hemolíticas
Hemólise incompleta (α- alfa) – alfa hemolítica
Ausência de hemólise (ϒ-gama) - gama hemolítica 
Se digeriu as hemácias = consigo ver o outro lado da placa 
3- Propriedades bioquímicas (fisiológicas)
Em tubos de ensaio coloca diferentes meios de cultura (lactose, glicose, citrato,...) e vê se a bactéria consegue digerir ou não.
	CLASSIFIC. BIOQUIMICA 
	SOROLOGICA 
	HEMOLÍTICA 
	Streptococcus pyogenes
	Grupo A
	β-hemolítico
	Streptococcus pneumon
	Não grupável
	α-hemolítico
	Streptococcus agalactiae
	Grupo B
	β-hemolítico*
*Ocasionalmente, não hemolítico
1- Streptococcus pyogens
1.1 Fisiologia e estrutura
Cocos G+, dispostos aos pares/cadeias
Β-hemolíticos; alguns isolados capsulados
Anaeróbios facultativos
Carboidrato grupo-específico (antígeno A) e antígenos tipo-específicos (proteínas M e T)
Capacidade patogênica grande 
1.2 Fatores de virulência 
Cápsula (ácido hialuronico – uma substancia muito próxima a que nos produzimos, então se camufla)
Ácido lipoteicóico (adesão)
Proteína M (adesina antifagocítica, invasão celular, inflamatória) – mais importante 
C5a peptidase (evita quimiotaxia de neutrófilos e fagócitos)
Exotoxinas pirogênicas -> IL, TNF, Ifn
Estreptolisina S e O (lise de leucócitos, plaquetas e eritrócitos)
Dnase (diminuir viscosidade -> disseminação)Os anticorpos contra as “estreptolisina O” (ASO ou ASLO) e a DNAse são importantes no diagnóstico de infecção por S. pyogenes – pesquisa de aslo e de anti-DNAase
Cutânea -> pesquisa-se anti-dnAase
1.3 Epidemiologia 
Colonização assintomática transiente do trato respiratório superior e pele
Disseminação pessoa-pessoa com perdigotos ou através de abertura na pele após contato com indivíduo contaminado ou fomites
Indivíduos susceptíveis:
Crianças entre 2-5 anos com pouca higiene -> pioderma
Crianças entre 5-15 anos -> faringite
Prematuros e idosos com infecções pré-existentes do trato respiratório/pele -> erisipelas, celulite
Crianças com infecções estreptocócicas de repetição -> febre reumática, glomerulonefrite
Porta de entrada: boca
1.4 Doenças clinicas:
· Infecções supurativas (presença)
Faringite (50% é causada por bactérias e uma parte delas causadas por S.pyogenes)
Impetigo – transmissão muito fácil 
 
 Fascite necrotizante
Erisipela – idosos e recém-nascidos 
Celulite – edema importante 
Fascite necrotizantes
· Infecções não-supurativas 
Febre reumática – pode atacar o coração,principalmente válvulas cardíacas, processo inflamatório cardíaco, uma resposta auto-imune 
Glomerulonefrite 
(faringite de recorrência -> pode desencadear a febre reumática, já que vai aumentar a resposta imunológica, aumentando a chance de danificar o próprio tecido)
1.5 Diagnóstico laboratorial 
1.5.1 Amostras (espécime clínico)
Swab de orofaringe, pus, sangue
1.5.2 Microscopia
Cocos G+ dispostos em cadeias/pares
1.5.3 Cultura
Meios enriquecidos: ágar sangue 37 C/2-3 dias; atmosfera de CO2 (acelera a hemólise)
1.5.3 Idenficação:
β-hemólise, catalase negativo
Detecção de anticorpos; testes enzimáticos
Teste ASO: medida de Ac contra estreptolisina O para confirmação de febre reumática/glomerulonefrite aguda
2- Streptococcus pneumoniae – pneumococo
2.1- Fisiologia e Estrutura
Diplococos G+ alongados ou lanceolados 
Encapsulados (polisssacarídica: classificação sorológica dos isolados – 94 tipos)
Anaeróbios facultativos, com requerimentos nutricionais fastidiosos
α-hemolíticos
2.2 Fatores de virulência 
Cápsula
Proteínas de superfície (adesinas)
Protease IgA
Pneumolisina (destruição de células epiteliais ciliadas e fagocíticas)
2.3 Epidemiologia 
Habitante autóctone da orofaringe e nasofaringe em indivíduos hígidos 
A colonização é maior em crianças (a partir do 6 mês – supondo que a criança foi amamentada até os 6 meses)
Imunidade protetora contra os polissacarídios capsulares dos pneumococos
A maioria das infecções é causada pela disseminação endógena a partir dos sítios colonizados para o local distante (pulmões, seios paranasais, ouvido, sangue, meninges)
Fatores predisponentes:
· Anormalidades do trato respiratório: infecções virais ou outras que lesam as células superficiais, acumulo anormal de muco (alergia) que protege o pneumococo da fagocitose; lesão do trato respiratório por substancias irritantes que comprometem a função mucociliar
· Intoxicação por álcool ou fármacos: deprime a atividade fagocítica e o reflexo de tosse
· Idade (crianças e idosos): risco maior de meningite
· Desnutrição e debilidade geral
2.4 Doenças clinicas 
Pneumonia, sinusite, otite média, peritonite 
Bacteremia -> tríade de complicações: meningite, endocardite e artrite séptica
2.6 Diagnóstico laboratorial 
Amostras (espécime clínico)
Escarro, amostras de sangue, LCR, aspirado dos seios paranasais e ouvido médio
Microscopia 
Diplococos G+ lanceolados, capsulados
Cultura 
Meios enriquecidos; Ágar-sangue
Identificação
 Α-hemolíticos 
PCR: proteína C reativa – importante marcador muito importante
Vacinação
10 sorotipos (2,4,12 meses – CNVacinação SUS) e 23 sorotipos (imunodeprimidos)
Vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica) 
3- Genero enterococcus
VRE= enterococcus resistentes a vancomicina 
Faz parte da microbiota normal 
3.1 Fisiologia e estrutura
Possuem antígenos do grupo D de streptococcus spp.
· E. faecalis
· E. faecium
Cocos Gram-positivos, aos pares e em cadeias 
Anaeróbios facultativos 
Crescimento em ágar sangue
Resistente ao NaCl e sais biliares 
3.2 Fatores de virulência 
Fimbrias e pill
Adesinas polissacarídicas
Citolisinas – dano tecidual; bacteriocina
Resistência intrínseca a antibióticos (oxacilina, cefalosporinas) ou adquirida (aminoglicocosídios, vancomicina-VRE) -> limita as condições do tratamento 
Precisa saber se tem enterococcos resistentes a vancomicina, se tiver tem que deixar esse paciente isolado 
3.3 Epidemiologia 
Colonização do TGI
Após antibioticoterapia -> disseminação
3.4 Doenças clinicas 
Infecções nosocomiais – trato urinário, peritoneal, cardíaco
Cateterizados
3.5 Tratamento
Aumento da dose
Sinergismo – aminoglicosídio + amipicilina ou vancomicina 
linezulida, quinupristina, dalfopristina 
Enterobacteriaceae (Escherichia coli e KPC)
Maior e mais heterogêneo conjunto de bastonentes/bacilos Gram-negativos (BGN) de importância clinica
Cinquenta gêneros e 150 espécies/subespécies 
20 espécies: +- 95% das infecções
Excelentes marcadores de contaminação – análises de coliformes totais e/ou termotolerantes – para ver e teve contato com material fecal 
Microrganismos ubiquitários (solo, água e vegetação; parte da microbiota intestinal da maioria dos animais e humanos)
Doenças clinicas: trato respiratório, gastrointestinal e urinário; sangue e SNC 
Gêneros: Escherichia, Klebsiella, Salmonella, Morganella, Yersinia, citrobacter (enterobacterias é a familia)
Dentro da família das enterobacterias, existe aquelas que consideramos patógenos primários (quando chega é pra causar doenças, ex: shigella, salmonela tiffiX, yersínia) ou patógenos oportunistas (fazem parte da microbiota normal,se aproveitam de uma oportunidade e causam a doença Ex: enterobacter, morganella, providencia, proteus)
Escherichia coli/ Klebsiella pneumoniae -> depende, existe as oportunistas e as primárias, depende da presença do gene que a torna mais patógena ou não
Estrutura antigênica 
Cápsula -> antígeno K (para salmonela é Vi) 
Flagelo -> antígeno H – são desnaturados ou removidos pelo calor ou álcool 
Lipopolissacarídeo (LPS) -> antígeno O
E. coli do tipo K1-> encontrada apóso parto, e é bem patogênica pro RN
Fatores de virulência 
· Endotoxina – bactérias GN – componente lipídico do LPS. Manifestações:
· Ativação do complemento
· Liberação de citocinas 
· Leucocitose
· Trombocitopenia
· Coagulação intravascular disseminada
· Febre, choque e morte...
· Capsula 
· Variação de fase antigênica 
· Alternar expressão de antígenos
· Começa a expressar outros antígenos, ai os anticorpos produzidos não funcionam mais, vai “driblando” a resposta imune
· Captação de fatores de crescimento 
· Siderófilos (enterobactina, aerobactina)
· Bacterias libera enzimas para se ligar a certas substancias 
· Sistema de secreção tipo III
· Bactérias produz enzimas, que transfere para a célula humana por meio da agulha molecular, que pode induzir até mesmo a fagocitose da bactéria 	
 Escherichia coli
· Bastonete Gram negativo
· Aeróbios (anaeróbios facultativos)
· Fermentadoras – vivem muito bem no intestino, por isso tem muitos gases
· Necessidades nutricionais simples; Fermentadores -> identificação em laboratório
Fatores de virulência 
Endotoxina e exotoxinas; adesinas
Epidemiologia
Habitantes do trato gastrointestinal -> infecções endógenas
Infecções exógenas -> gastroenterites
Doenças clinicas 
ITU bacteriana; limitada a bexiga (cistite), pode disseminar-se para rins (pielonefrite) ou próstata (E. coli uropatogênica) – geralmente é endógena 
Infecções intra-abdominais: perfuração intestinal (sepse)
Meningite neonatal – E. coli K1 (pode ser transmitida da mãe pro feto)
Gastroenterite (E.coli diarreiogênicas) 5 patotipos principais: EPEC, ETEC, STEC, EIEC e EAEC (são subespécies)
STEC: comum em países desenvolvidos, bactéria se prolifera no intestino e atravessa o enterócito e cai na corrente sanguínea, vai pros rins e causa uma síndrome adenohemolítica (SHU)
Escherichia coli diarretogênicas
EPEC: e. coli enteropatogénica -> diarreia do recém-nascido -> a diarreia resulta da má absorção provocada pela destruição das microvilosidades. A melhoria do saneamento básico reduziria os números mundiais de casos
STEC: e. coli produtora de toxina shiga -> colite hemorrágica -> pode levar a síndrome uremica hemolítica. A shiga toxina pode destruir células do glomérulo renal -> insuficiência renal, trombocitopenia, anemia hemolítica microangiopática
ETEC: e. coli enterotoxigénica -> diarreia do viajante. Diarreia aquosa
EIEC: E. coli enteroinvasiva -> inicialmente uma diarreia aquosa e depois evolui para uma diarreia sanguinolenta 
Diagnostico laboratorial 
Como os diferenciamos?
Microscopia – não é muito útil
Fermentação de lactose
Hidrolise de ureia 
Descarboxilação de a.a.
Meios de cultura: MacConkey, BEM
Tratamento, prevenção e controle
Tratados sintomaticamente
Terapia antimicrobiana; antibiograma
Diarreia: se entrar direto com antibiótico, ele vai matar a microbiota normal também, então tem que ter cuidado 
Condições higiênicas 
Klebsiella spp. 
KPC: klebssiela pneumoniae carbapenemase
Gêneros: K. penumoniae e K. oxytoca
Presença de capsula -> aspecto mucoide
Patologias relacionadas: pneumonia (comunitária ou hospitalar) e infecções em feridas, em tecidos e ITU
KPC: o desafio das bactérias multirresistentes 
Primeiro surto -2011
Essas KPC, possuem a carbapenemase que quebram os carbapenimicos.
KPC é o nome da enzima
A carbapenemase é produzida por Enterobacterias (E. coli, Enterobacter cloacae, citrobacter freundii, Salmonella spp, Pseudomonas spp.) -> resistência a:
- Carbapenêmicos(classe de antibióticos): meropenem, ertapenem, imipenem
-Beta lactâmicos; cefalosporinas, penincilinas e aztreonam
Evitar transmissão por contato
Opções terapêuticas (confirmar com cultura e antibiograma):
· Polimixina B – mas tem muitos efeitos adversos
· Tigeciclina (baixa concentração urinaria)
· Aminoglicosídios (amicacina, gentamicina, tobramicina)
Avaliar possibilidade de politerapia
Perspectivas: droga inibidora de KPC + antimicrobiano
Treponema pallidum
Sífilis (IST)
Facilmente tratável, esses microrganismos geralmente não são resistentes a antibióticos. 
Brasil tem alta incidência de sífilis 
Gênero Treponema
Ordem Spirochaetales (gêneros Treponema, Borrelia (doença do carrapato, Leptospira...)
Espiroquetas – helicoidais 
Delgadas (0,1-0,5x5-20 μm)
Treponema pallidum
· Espiralada
· Móvel – flagelo periplasmático (endoflagelo)
· Gram negativa- não é vista ao microscópio 
· Não crescem em meios de cultivo artificiais
· Anaeróbias ou microaeróbias 
Epidemiologia 
Diversas lipoproteínas não expostas -> ausência de imunidade duradora
Redução -> antibioticoterapia (década de 40)
Aumento de casos-> uso de anticoncepcionais (1960), sauna “gay” (1970), prostituição relacionada a cocaína e crack (1990)
Exclusivo em humanos
Sensível ao ambiente e desinfetantes
Vias: IST (horizontal), congênito (vertical), transfusão 
Risco de contrair: 30% como IST (ao ter relação com alguém que tem síflis)
Fase inicial da doença -> lesões úmidas -> aumento da infectividade
Congênito -> qualquer fase da gravide, não só no primeiro trimestre, mas no primeiro é mais grave 
Doenças clínicas 
 Sífilis 
O paciente pode se curar sem usar antibiótico
Sífilis primária 
· Cancro sifílico primário (úlcera indolor) - local de inoculação (10-90 dias após a infecção) -> surge cancro duro
· Linfadenopatia indolor
· Cicatrização em 2 meses
Sífilis secundaria 
· Evidencias de doença disseminada
· Dor e garganta, dor de cabeça, febre, mialgia, anorexia, linfadenopatia, exantema mucocutâneo generalizado
· Nas mãos e pés exiantema
· Cicatrização espontânea – semanas a meses 
· Lesoes altamente infecciosas
Sífilis terciaria (tardia)
· 1/3 dos não tratados
· Anos, décadas -> inflamação difusa crônica -> destruição de órgãos (arterite, demência, cegueira...)
· Lesões granulomatosas (gomas) -> ossos, pele
· Neurosíflis 
· Sífilis cardiovascular 
Sífilis congênita 
· Infecção intra-uterina 
· Malformações, morte
· Nascimento-> rinite, exantema cutâneo 
· Rinite sifilítica apresenta secreção amarela-avermelhada rica em treponemas que surge ao final da primeira semana de vida
· Não tratados após nascimento -> malformações dentes, ossos, cegueira, surdez, dano cardiovascular
 Diagnóstico 
Amostra 
Microscopia -> líquidos/ secreção lesão – pouco usado 
· Microscopia de campo escuro – cancoro primário e lesões secundárias
· Imunofluorescência direta
Sorologia -> sangue – mais usado – detecção de anticorpos
Teste não treponemico (triagem) – rápido, baixo custo
Teste treponêmico (FTA-ABS) – confirmatório 
VDRL
Teste de floculação – não treponemico (se há encontro do antígeno com o anticorpo ele flocula)
Cardiolipina (mistura no soro) + reagina (IgM, IgG) -> floculação 
Falso-positivo: malária, Hansen, sarampo, vacina...
Quantitativo 
Sensibilidade:
· 80-85% (primária)
· 100% (secundária)
· 70-75% (terciária)
Especificidade:
· 98-99%
Teste treponemico - FTA-ABS
Teste de absorção de anticorpo treponemico fluorescente
Utiliza o T. pallidum como antígeno – um pedaço de vidro com treponema, se houver anticorpos eles iram se ligar aos microrganismos. Depois joga um anticorpo anti anticorpo que se liga ao anticorpo, que tem na superfície uma molécula fluorescente. 
Detecta Ac
Imunofluorescência indireta
Tratamento, prevenção e controle
Penicilina – intramuscular, 1 dose só 
Tetraciclina e doxiciclina – alternativa
Gravidas e neurosíflis – penicilina
Prevenção e controle: sexo seguro, terapia adequada, pré-natal
Não há vacina disponível 
Gênero Neisseria
Gonorreia, meningite meningocócica
Neisseria gonorrhoeae (gonococo)
Neisseria meningitidis (meningococo)
Morfologia e identificação
· Cocos Gram-negativos, dispostos aos pares
· Aeróbias
· Colônias mucoides, brilhantes, transparentes ou opacas, não pigmentadas e não hemolíticas
· Capnofílicas (preferência por um ambiente com alta concentração de CO2 e baixa de O2)
· Fastidiosas (exigentes nutricionalmente)
Neisseria meningitidis – meningococo
Coco gram-negativo
Diplococos
Aeróbia 
Capsular
13 sorogrupos (polissacarídeos capsulares)
Mais importantes (A, B, C, Y e W135)
Transmissão aérea
Epidemiologia 
No brasil:os que causam doença são os subtipos B, C e W 
Vacinação 
Taxa de mortalidade alta em meningites bactérias e taxa de mortalidade meningites virais é menor
Fatores de virulência 
Capsula polissacarídica 
Por – forma poros na célula hospedeira e evita fusão fagossomo X lisossomo
Opa – fixação/adesão 
Rmp – formação de poros (associadas a Por)
LOS (lipo-oligossacarídeo) – endotoxina (lipídio A – forma vesículas – se você mata essa bactéria, é liberado o conteúdo da vesícula, que pode levar o paciente ao choque)
Pili – fixação, troca genética, resistência a fagocitose
Fbp – proteína de ligação de ferro – para retirar o ferro de moléculas humanas 
IgA protease
Variação de fase antigênica 
Plasmidio “F”
Patogenia / patologia 
Únicos hospedeiros naturais – humanos
Porta de entrada – nasofaringe
Pode compor a microbiota transitória (1 a 40% da população)
Nasofaringe -> corrente sanguínea 
Meningococcemia – casos mais graves – infecção na corrente sanguínea e tende a se alojar nos pequenos vasos
· Febre alta e exantema hemorrágico 
· Pode ocorrer coagulação intravascular disseminada e colapso circulatório 
Meningite – complicação mais comum da meningococcemia 
· Geralmente repentina – cefaleia intensa, vômitos e rigidez na nuca -> coma em poucas horas
· Taxa de mortalidade: +- 100% (não tratados); <10% (entre os tratados)
Meningococcemia -> meningococos nos capilares -> libera endotoxinas -> citocinas (TNF) -> petéquias
Epidemiologia, prevenção e controle
Microbiota normal: 5 – 30%
Ocorre em surtos epidêmicos (acampamentos militares, peregrinos, creches...)
Taxa de portadores durante epidemia: 70-80%
O isolamento do doente pode ser indicado, mas outros também são portadores
Uso de vacinas: indicado em militares e em casos de epidemias 
Diagnostico laboratorial 
· Amostras 
· Liquor – meninges 
· Sangue – meningococcemia
· Swab nasal – pesquisa de portadores
· Petequias/ punção – esfregaço ou cultura
· Bacterioscopia 
Liquor (centrifugado), petequias 
Cultivo 
Capnofílico – 37 C
Transporte imediato -> cultivo 
Hemocultivo ou agar Thayer- Martin (chocolate)
· Identificação 
48h -> realizar gram, oxidade, fermentação de carboidratos ou aglutinação de soro
· Detecção de antígenos (menos sensível que bacterioscopia)
· Pesquisa de ácido nucleico (alta sensibilidade e especificidade 
Imunidade 
1- Infecções subclínicas 
2- Vacinação 
Vacinas; 
A, C, Y e W – particular
B – particular 
C (SUS)
Tratamento 
Penincilina G 
Alérgicos -> cloranfenicol ou celafosporinas de terceira geração (cefotaxima ou ceftriaxona)
Neisseria gonorrhoeae – gonococo
Colônias pequenas 
Proteína Opa superficial -> colônias opacas 
Variação antigênica superficial -> não tem memória imunológica permanente
Mesmo fatores de virulência da Neisseria meningitidis
Patogenia 
Pili, POR e OPA: aderência -> invasão celular -> proliferação no espaço subendotelial
LOS -> liberação de citocinas pró-inflamatória, TNF-α (sintomas)
Pode atingir: trato geniturinário, olhos (pela transmissão de mãe para filho), reto, garganta
Pode ser seguido e inflamação crônica e fibrose (principalmente na uretra e tuba uterina e que pode causar infertilidade)
· Gonorreia (corrimento vaginal, corrimento endocérvice)
· Gonococcemia
· Conjuntivite purulenta
· Artrite 
· Faringite 
Bacteremia gonocócica -> leva a:
· Lesões cutâneas (pápulas hemorrágicas e pústulas)
· Tenossinovite 
· Artrite 
Oftalmia neonatal – canal do parto – pode resultar em cegueira
Gonorreia 
HOMEM-> uretrite (pus cremosa e amarelada, micção dolorosa) 
Pode ser assintomática 
Uretrite sintomática – uretrite sem tratamento -> supuração -> fibrose -> estenose uretral 
Pode atingir o epidídimo 
MULHERES -> endocervice -> uretra e vagina -> corrimento mucopurulento 
Epidemiologia/prevenção e controle
Distribuição mundial
Anos 70-450 casos/100.000 habitantes
Atualmente 120 casos/100.000 habitantes
Transmissão: “exclusivamente” sexual 
Frequentemente por contato entre assintomáticos 
Incidência maior – 15-24 anos
Chance de contagio: 20-30%; 50% mulheres – por uma questão anatômica 
Controle: sexual, tratamento, educação, preservativo 
Diagnostico laboratorial 
· Amostra
Pus e secreção – uretra, colo, reto, conjuntiva, garganta, liquido sinovial
Sangue – infecção sistêmica 
· Bacterioscopia – diplococos
Uretra masculina – Sensibilidade 90% e especificidade 99%
Endocervical – sensibilidade 50% e especificidade 95% -> fazer cultivo e/ou DNA
· Cultivo 
Transporte imediato -> cultivo
Capnofílico – 37C
Agar Thayer-Martin e chocolate
· Identificação 48h-> realizar Gram, oxidase, oxidação de carboidratos
Tratamento 
Penicilinase – diversos mutantes resistentes – produtoras de penincilinases
Tetraciclinas – diversos mutantes resistentes
Ceftriaxona intramuscular – dose única (CDC-Atlanta)
Associar com azitromicina ou doxiciclina para possível concomitância de infecções por clamídia 
Profilaxia: apenas para oftalmia neonatal (nitrato de prata, tetraciclina ou entromicina)
Mycobacterium spp.
Gênero Mycobacterium 
· Bacilos finos, retos ou ligeiramente curvos
· Aeróbios estritos 
· Imóveis
· Não formadores de esporos
· BAAR – bacilos álcool ácido resistentes
· Sobrevivem em secreções (expectoração)
· Parede celular rica em lipídios -> hidrofóbico – presença de ácidos graxos complexos 
· Não coro em coloração de Gram, é corada em coloração de Ziehl-Nelsen 
· Resistente a desinfetantes/antimicrobianos 
Principais doenças:
Tuberculose -> Mycobacterium tuberculosis (replicação: 16 h)
Hanseníase (lepra) -> Mycobacterium leprae (replicação: 11 dias)
(Afligem a população há milênios)
Micobactérias de crescimento rápido: M. fortuitum, M. chelonae, M. abscessos 
Tuberculose 
Disseminação pessoa-pessoa por inalação de aerossóis infecciosos – paciente que ta sendo tratado não libera bacilos para o ambiente 
Indivíduos susceptíveis “imunossuprimidos” (em tratamento de câncer, AIDS)
A tuberculose humana pode ser causada por M. tuberculosis, M. bovis, M. kansasii
Tratamento é compulsório 
Consequências da infecção/transmissão:
· Eliminação dos bacilos – resposta efetiva (90%)
· Tuberculose primaria (5-10%)
· Bacilos tornam-se latentes (5-10%) – cria um bloqueio para a replicação do agente, mas não o elimina –
· Reativação dos bacilos latentes-> DOENÇA (TB de reativação)
Reservatório: humano
Replicação lenta – tempo de geração 15 a 20 horas
Período de incubação: 6 semanas a décadas
Geralmente pulmonar
Alvéolos – alcançados por partículas com 1 a 3 bacilos 
5% dos pacientes → doença ativa em 2 anos
5 – 10% → doença ativa em algum momento da vida
HIV+ → em 10% doença ativa em 1 ano
Geralmente aparece antes de outras oportunistas
Disseminada → miliar
Epidemiologia
Infectados: 1/3 da população mundial (OMS)
9 milhões casos/ano – 2 milhões mortes/ano (uma morte por segundo)
Brasil – 4 causa de morte por doença infecciosa
População de risco: desabrigados, dependentes químicos, presidiários, HIV +
Prognóstico 
Doença grave, porem curável em praticamente 100% dos casos novos, desde que seja diagnosticada e tratada precocemente
Terapia adequada:
Rápida melhora clínica, com ganho de peso, cessação da febre, da tosse e do escarro
Redução da contagem bacteriana -> BAAR
Diagnóstico laboratorial 
Amostras: escarro, lavado gástrico (principalmente em crianças), urina, liquido pleural, liquido articular, LCR, sangue (em casos de tuberculose sistêmica)
Microscopia -> coloração de Ziehl-Neelsen: pesquisa de bacilos álcool-ácido-resistentes (BAAR) -> prognóstico (as cruzes)
Cultura -> crescimento lento 
PCR – mais usada e mais rápido 
Teste tuberculínico cutâneo – PPD
Filtrado concentrado de micobacterias (PPD – derivado proteico purificado)
Inoculação cutânea do antígeno bacteriana 
PPD (+): endurecimento, edema e eritema em 48-72h – 10 mm enduração
Interpretação: a positividade do teste tuberculínico indica que o paciente foi infectado no passado e continua abrigando micobacterias viáveis em alguns tecidos; isso não implica a presença de doença ativa ou de imunidade a doença
Após a vacinação com BCG, a reação positiva pode persistir por 3-7 anos. Acobertura dessa vacina é baixa (menor que 30%)
Tratamento 
Terapia com múltiplas drogas e tratamento prolongado são necessários para prevenir o desenvolvimento de isolados resistentes
Isoniazida, etambutol, pirazinamiaa e rifampina (ao mesmo tempo) por 2 meses, seguidas por 4-6 meses de isoniazida e rifampina. 
Hanseníase
O M. leprae tem morfologia semelhante ao M. tuberculosis
Bacilos retos ou ligeiramente curvos
BAAR
Imóveis: não produtoras de esporos
Vivem dentro das células (principalmente células nervosas), agrupando-se em feixes paralelos ou massas globulares (globias)
Não são cultivadas em meios de cultura artificiais, mas apenas em cultura de célula
Tempo de replicação (11-16 dias)
Alta infectividade; baixa patogenicidade
Infecta principalmente a pele e os nervos, mas pode atingir outras regiões (mãos, pés, face e olhos – regiões mais frias do corpo)
Lesão nos nervos -> atrofia muscular, paralisia e deformidades
As lesões de pele sempre apresentam alterações de sensibilidade. Esta é uma característica que as diferencia das lesões da pele provocadas por outras doenças dermatológicas.
Inicia-se como uma mancha na pele, insensível a dor, tato ou temperatura.
Transmissão: Contato íntimo e prolongado com pacientes que eliminam bacilos
Pacientes sem tratamento: eliminação pela pele e também pelas secreções nasais (transmissão por meio das vias aéreas superiores/trato respiratório)
Em tratamento não transmite
Período médio de incubação: 2-7 anos
Caso de hanseníase: presença de uma ou mais das seguintes características:
· Lesão (ões) de pele com alteração de sensibilidade
· Acometimento de nervo com espessamento neural
· Baciloscopia positiva
Formas clinicas
Após o contagio com M. leprae:
Hanseníase indeterminada
Inicial: presença de uma mácula, sensação de formigamento, 
Hanseníase lepromatosa (Virchowiana)
Forma mais grave da doença
Altamente contagiosa (multibacilar)
Corpo tem a sensação que os membros não estão sendo usados, e vai atrofiando (reabsorção óssea e muscular)
A maioria das pessoas que entra em contato não desenvolve a doença
Bacilos: pele, TR, olhos, testículos, linfonodos, macrófagos
Face leonina = edema da face, perda dos sulcos naturais da pele, perda das expressões faciais, secreção sero-sanguinolenta (lesão de mucosa) – rica em bacilos
Quando não tratada adequadamente-> Lesões graves -> deformidade
Diagnostico laboratorial 
Clinico 
Laboratorial
Baciloscopia -> exame microscópico onde se visualiza o BAAR diretamente nos esfregaços de raspados intradérmicos das lesões hansenicas ou de outros locais de coleta: lóbulos auriculares e/ou cotovelo, lesões 
Classificação operacional:
Paucibacilar (PB): até 5 lesões de pele -> tratamento de 6 meses
Multibacilar: mais de 5 lesões de pele -> tratamento de 1 a 2 anos
Introdução a virologia
· “Agentes filtráveis”
· Intracelular obrigatórios 
· 50% de todas as ausências no trabalho e escola
· Crianças; 7 ou mais infecções virais por ano que requerem pelo menos uma visita ao hospital ou médico 
Biotecnologia: 
· Terapia gênica 
· Ferramenta para investigar os hospedeiros celulares
· Vetores de clonagem de genes
· Desenvolvimento de vacinas
Estrutura/organização:
Tamanho: 18-300 nm
Material genético: DNA/RNA
Constituição básica
Básica 
Genoma e capsídeo (proteico) = nucleocapsídeo
Algumas: enzimas (polimerase, transcriptase), lipídios (envelope), carboidratos
O envelope lipídico é ingerido ao brotar de uma célula humana 
O vírus para se ligar a célula humana precisa de receptores que se ligam as glicoproteínas virais (no caso do HIV; GP41 e GP120). O vírus hiv só se liga a células que tem o receptor CD4 (células de defesa), porque o GP120 tem afinidade por ele. GP41 vai interagir com a membrana e vai causar a função entre a viral e humana, jogando o vírus para dentro. O material genético viral do HIV vai ser integrado ao material genético humano, porém antes disso o seu RNA é preciso ser transformado em DNA pela transcriptase reversa. Assim, utilizando a maquinaria humana começa a ser produzidos e expressados glicoproteínas
Vírus pode se multiplicar por brotamento (envelopado) ou “estourar” a célula (desnudo) 
Glicoproteína fica no envelope e também existem no capsídeo
· Capsídeo: Icosaédrico, elípitico (vírus ebola), complexo
(Bacteriófagos: vírus que mata bactéria – poupa microbiota normal)
· Envelope: 
Bicamada lipídica 
Originaria de membranas celulares 
Contém glicoproteínas virais -> infectividade viral 
Facilmente destruída
Fisicamente, o vírus desnudo é mais resistente do que o envelopado, já que o envelope lipídico pode ser destruído por sabão, álcool, calor.
Vírus da imunodeficiência humana (HIV) e síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS/ SIDA)
Um paciente com AIDS é sintomático 
Um paciente HIV positivo tem o vírus, nem sempre ele tem AIDS
Vírus HIV 
· É um retrovírus (capacidade de transformar o RNA em DNA pela transcriptase reversa) – RNA 
· É envelopado – glicoproteínas (gp)
· Apresenta um nucleóide cilíndrico
· Não é oncogênico = não causa mutações no material genético que ele infecta = O paciente com AIDS tá apenas mais vulnerável a ter câncer 
· Infecta células do sistema imune (com receptor CD4)
· O pró-virus permanece associado as células
· A replicação é altamente espécie-específica – HIV humanos só infecta humanos
Estrutura/composição
Duas cópias idênticas de RNA
Transcriptase reversa 
Integrasse
GENEs – produzem as proteínas:
· Gag – capsídeo
· Pol – polimerase, protease, integrasse
· Env – envelope (glicoproteína) 
Epidemiologia 
Derivado de macacos
Cosmopolita (presente em todo o mundo)
Transmissão: sangue, sêmen, secreções vaginais, vertical (feto) ou RN
Não transmite: toque, abraço, beijo, tosse, espirro, insetos, agua, comida, toaletes
Todo parto de mãe HIV positiva é por cesária e não amamenta também 
Alto risco: 
· Sexualmente ativos 
· Drogas endovenosas
· Tatuagem: agulhas e tintas contaminadas
· Antes de 1985 – hemodiálise, transfusão de sangue
· Profissionais de saúde - perfurocortantes
Profissionais do sexo recebem antiviral profilático 
A grande maioria das pessoas infectadas com HIV não tem sintomas e não sabe que está infectada
Patogênese 
Tropismo por LT e macrófagos -> expressam CD4 -> redução da função e da população celular -> redução da resposta imune
Infecção superfície mucosa -> tecido linfoide associado a mucosa
Gp 120 -> CD4
Co-receptores: CCRS e CXCR4
Deficientes em receptores de quimiocinas -> resistentes
Alvo de drogas antirretrovirais – inativar esses receptores
Redução de células = citólise pelo HIV, citólise imune
Fatores que causam a variabilidade genética do HIV-1:
· Alta taxa de erro da transcriptase reversa
· Recombinação genômica 
· Alta frequência de replicação
Defesa: imunidade humoral e celular
Resistência: 
LTCD8 -> morte celular -> morte viral
Porem, CD8 é ativado por CD4
Doenças indicadoras de AIDS:
· Protozoários: toxoplasmose
· Fúngicas –muito comum, porque esses microrganismos exigem resposta celular, e o vírus da AIDS está agindo nela.
· Virais: Citomegalovírus, Herpes
· Bacteriana: Tuberculose, Salmonelose, outras
· Neoplasias: Sarcoma de Kaposi, linfomas
Diagnóstico
Identificar indivíduos infectados/portadores; acompanhar curso da doença; avaliar eficácia do tratamento
Testes sorológicos não identificam os casos recentes
Crescimento em cultivo é difícil 
Papilomavírus – HPV
Epidemiologia
Transmissão:
1- Contato direto na pele – em lacerações 
2- Relação sexual
3- Durante o parto (canal do parto)
Resiste a inativação: sobrevive em superfice de balcão, pisos de banheiro, toalha
Possível a IST mais prevalente no mundo
600 milhoes portadores no mundo
10 milhoes de portadores no brasil
Presente em 99,7% dos casos de câncer cervical
“Segunda” causa de morte por câncer em mulheres
Alto risco: HPV16, 18, 31 e 45
Papanicolaou (citológico cervical) – 5% contém célula infectada por HPV (coiolócitos) e vai indicar se tem células alteradas características de câncer 
Síndromes clinicas 
Verrugas – proliferação benigna e autolimitada da pele. Geralmente ocorre em crianças e adultosjovens XXXXXXXX
Verrugas anogenitais/condiloma acuminado (HPV 6 e 11) – geralmente macia, acastanhada – epitélio escamoso da genitália externa e áreas perianais – “crista de galo”
Displasia e neoplasia cervival (principalmente 16 e 18)
Papanicolaou -> alterações citológicas -> coilócitos (indica a presença do vírus)
Displasias (primeiras alterações neoplásicas observadas ao MÓptico – 40-70% regridem
Displasias leves -> neoplasia intraepitelial cervical (NIC) -> neoplasia severa (carcinoma)
NIC1 e NIC2
GRAFICO INCIDENCIA, CERVICE NORMAL CANCER
DENGUE
Introdução
· Vírus de RNA de cadeia única
· Envelopado
· Arbovirus (vírus transmitido por um artrópode) 
· Ampla variação de hospedeiros – vertebrados (mamíferos, pássaros, anfíbios) invertebrados (mosquitos, carrapatos)
· Tipos: 1, 2, 3, 4 e 5 
Patogênese e imunidade
Adquirida após picada de artrópode (mosquito) -> 8-14 dias para torna-se infectante
Estabelecem infecção sistêmica e viremia em mamíferos 
Estimulam síntese de interferon -> sintomas “gripe” (febre, dor de cabeça,...)
Infecções em vertebrados são persistentes -> produção viral continua 
Um paciente com dengue assintomático não é uma fonte de vírus pro mosquito
Estudos indicam que vírus da dengue tipo 1 se dissemina mais rápido na população e a 3 é mais patogênica
Fêmeas -> sangue -> adquirem vírus do vertebrado -> intestino do mosquito ->circulação -> glandulas salivares -> regurgita saliva no vertebrado (corrente sanguínea) -> células endoteliais, capilares, monócitos, macrófagos 
· Viremia primária -> febre, calafrio, cefaleia, lombalgia e sintomas da “gripe” (3-7 dias após a infecção)
· Viremia secundária -> vírus pode se disseminar para outros órgãos 
Células alvo são monócitos/macrófagos 
Imunidade 
Imunidade humoral e celular são importantes
Interferon α, IFNβ -> limita proliferação, induz sintomas
IgM -> produzida em 6 dias após infecção
Resposta imune pode lesar vasos -> hemorragia 
Anticorpos não neutralizantes – não inativa o vírus 
Quando o paciente tem dengue pela segunda vez, tem 10 vezes mais chance de ter uma dengue hemorrágica, uma vez que anticorpos de infecções previas se ligam ao vírus, estimulando a ligação ao monócito, facilitando a disseminação do vírus.
Dengue hemorrágica = ascite (liquido vai ser derivado dos vasos sanguíneos)
Epidemiologia 
Humanos -> hospedeiros “finais” 
Verão -> chuvas -> eclosão dos ovos -> procriação dos artópodes
Local: poços de agua parada, depósito de lixo, canais de drenagem...
Inverno – persistência como ovos 
50 milhões casos/ano/mundo
400 mil casos/ano/mundo febre hemorrágica da dengue 
Síndromes clinicas 
Caso suspeito – dengue clássica 
Febre com duração de 2-7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaleia, artralgia, dor retrorbital, mialgia, exantema, prostação, além da história de ter estado em áreas de transmissão de dengue 
Caso suspeito – FDH (febre quebra-ossos)
Febre com duração de 2-7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaleia, artralgia, dor retrorbital, mialgia, exantema, prostação e uma manifestação hemorrágica (gengivorragia, melena), além de ter estado em áreas de transmissão de dengue 
Exantema desaparece sob pressão – característica de infecção viral
Pessoas que tiveram contato com outros sorotipos da dengue principalmente
Prova do laço 
Delimitar área de 2,5x2,5 cm no antebraço
Verificar pressão arterial media ex: (120/80)/2 = 100 mmhg
Insuflar manguito ate PA média
Aguardar 5 minutos (adultos) ou 3 minutos (criança)
Resultado positivo – de acordo com a quantidade de petéquias- detecta a fragilidade capilar
· Adulto >20 petéquias
· Criança > 10 petéquias
Diagnostico laboratorial
Clínico
Isolamento do vírus 
· Até o 5 dias -> inoculação intracerebral camundongos
Sorologia -> inibição da hemaglutinação, ELISA, aglutinação de látex
Infecção recente: IgM ou aumento 4X entre fase aguda e de convalescença 
PCR – muito específico, mas caro 
Tratamento/prevenção
Não há antivirais
Cuidados de suporte – hidratação
Eliminação de vetor e procriadores
Uso de telas
*vacinas
INFLUENZA
Principais infecções virais
Epidemias anuais (mutações: desvio ou drift)
Pandemias periódicas (reagrupamento: deslocamento ou shift -> formação de quimeras)
Gripe espanhola
Pandemias: 1918, 1947, 1957, 1968 e 1977, 2003 (gripe aviária), 2009 (gripe suína)
Influenza A, B, C (humanos: A e B)
Apenas influenza A tem capacidade de realizar shift
2 vírus influenza podem infectar a mesma célula – potencial de ter um shift e ter um “novo” vírus
Alta taxa de mutação
Envelopados
Pleomórifico – de esférico a tubular
Glicoproteínas 
· Hemaglutinina (HA) – 16 tipos – se liga ao humano
· Neuraminidade (NA) – 9 tipos
RNA (-)
Hemaglutinina (HA)
· Proteína de ligação viral -> ácido siálico (que recebe o vírus)
· Promove a fusão envelopexmembrana 
· Liga e agrega hemácias -> teste diagnóstico
· Induz resposta protetiva -> anticorpos neutralizantes
Neuraminidase (NA)
· Possui atividade enzimática – digere muco
· Cliva ácido siálico -> libera vírus para infectar outras pessoas
· Alvo para antivirais – Zanamivir (relenza) e Oseltamivir (Tamiflu)
Patogênese 
Infecção local – trato respiratório superior -> TR inferior 
Alvo primário: células secretoras de muco, ciliadas, epiteliais -> perda do sistema de defesa primário 
NA cliva resíduos de ácido siálico -> redução da viscosidade -> facilita acesso as células e ao TR inferior
Replicação viral -> liberação apical -> disseminação para outras células e hospedeiros 
Disseminar TR inferior -> descamação epitélio brônquico e alveolar -> compromete as defesas -> adesão bacteriana
Pode levar a viremia transitória 
Epidemiologia
Novas cepas -> mutações e recombinação/reagrupamento
Coinfecção de uma célula -> vírus híbridos1997 – H5N1 Hong kong
· 18 casos gripe aviária -> 6 mortes (patogênese alta, mas baixa capacidade de disseminação)
· Afinidade pelo pulmão 
· Precisa de alta dose infecciosa
· Transmissão pelas fezes de aves
· 1,6 milhão de aves exterminadas
500.000 mortes/ano/mundo
Transmissão: pequenas gotículas (conversa, tosse, respiração), contato com as mãos 
Sobrevida em superfices – até um dia
Disseminação facilitada: crianças 
Principais vítimas: idosos
Contagio: precede primeiros sintomas
Vigilância de surtos -> identificação e linhagens -> vacinas 
Síndrome clínica 
Varia de assintomática grave, depende da linhagem e imunidade
Casos graves; fumantes, imunodeprimidos, idosos, cardíacos
Período de incubação: 1 a 4 dias
Mal-estar, cefaleia -> febre, calafrios, mialgia, perda de apetite, fraqueza, tosse não produtiva, dor de garganta
Febre: 3 a 8 dias
Recuperação: 7 a 10 dias
Menores de 3 anos: bronquiolite, laringite, otite media, vômitos e dor abdominal
Complicação -> pneumonia
Tratamento e prevenção
Não existe antivirais para gripe comum
Paracetamol 
Anti-histamínicos – reduz secreção
Antivirais:
· Amatandina, rimantadina
· Zanamivir, oseltamivir
Vacinas “cepas do ano” – em cada ano muda-se os subtipos presentes 
6 meses a 5 anos; >60 anos; Trabalhadores da saúde; Indígenas; Gestantes e puérperas; Doença crônica; Professores 
Diferença de GRIPE e RESFRIADO 
	
	GRIPE
	RESFRIADO
	Agente causador:
	influenza
	Rinovírus, Adenovírus, Coronavírus
	Duração:
	1 semana e um pouco mais forte
	2 a 4 dias
	Febre:
	alta
	Baixa
	Principal complicação:
	pneumonia
	Otite
IMUNOLOGIA
Visão geral da resposta imune
· Sistema imune – células e moléculas 
· Imunidade 
- Proteção contra doenças 
· Resposta imune (RI)
- Defesa contra agentes infecciosos 
- Não infecciosos podem ativar RI (ex: alergia a medicamento)
- Pode causar dano tecidual 
Conceito: Relação aos componentes de microrganismos, bem como as macromoléculas, tais como proteínas e polissacarídeos, e pequenos agentes químicos que são reconhecidos estranhos, independente da consequência fisiológica (defesa) ou patológica (agressão).
IMUNIDADE INATA X IMUNIDADE ADAPTATIVA
· Resposta imune inata/ natural ou nativa – já nasce com o indivíduo, não precisa de um estímulo prévio. Geral, não é específica. Essencial para a defesacontra microrganismos nas primeiras horas ou dia após a infecção.
· Resposta imune específica/adaptativa ou adquirida – natural ou artificial – específica e mais eficiente – só linfócitos
A defesa contra microrganismos é mediada pelas reações iniciais da imunidade inata e pelas respostas tardias da imunidade adaptativa. Se a resposta imune inata foi suficiente, eliminou o microrganismo e não precisou de gerar a resposta imune específica (pode explicar o fato de algumas pessoas que tiveram covid de forma leve/assintomática não terem anticorpos).
Imunidade inata (natural ou nativa):
Componentes:
· Barreiras físicas (tecidos epiteliais) e químicas (peptídeos com atividade antimicrobiana)
· Celulas fagocíticas (neutrófilos, macrófagos)
· Células dendríticas e células NK
· Proteínas sanguíneas (SC – sistema do complemento) - > importante elo de ligação entre resposta inata e resposta adaptativa -> ativação do linfócito T
· Mediadores da inflamação (PCR- proteína C reativa – se tiver muito alto pode indicar uma inflamação)
Características: 
· Estruturas compartilhadas por grupos de microrganismos relacionados
· Reposta não varia
· Diversidade limitada - > uma mesma célula pode fagocitar organismos diferentes
· Não gera memória
· Padrões moleculares associados a patógenos (PAMP´S) -> importante para as células identificarem o antígeno; são estruturas compartilhadas por grupos de microrganismos semelhantes. EX: 1 grupo de PAMPs de bactérias gram-positivas que vão ser encontradas o LPS, enquanto nas gram-negativas vão ser encontradas o ácido lipoteitoico (que são exemplos de PAMPs).
· O macrófago vai ter receptores de reconhecimento de padrões e vai reconhecer os PAMPs
Imunidade adaptativa (adquirida ou específica)
Especificidade: habilidade de distinguir diferentes substancias 
Memoria: habilidade de responder mais vigorosamente a exposições repetidas ao mesmo microrganismos
Linfócitos – únicas células que fazem parte da imunidade adaptativa – 2 TIPOS: B e T 
· Linfócito B possui um receptor especifico para o antígeno (BCR)
· Epítopos: menor porção do antígeno capaz de se ligar ao linfócito e desencadear uma resposta imune.
· Célula T tem o receptor de TCR, para ser ativado precisa das células apresentadoras de antígenos (APC), que cliva o antígeno e “apresenta” para a célula T.
Características:
· Cada célula reconhece somente uma substancia microbiana
· Resposta variável
· Diversidade muito grande
· Gera memória – quando reconhece um antígeno, essa célula se prolifera com o mesmo receptor. Vão produzir plasmócitos e células de memória, que já conhecem o antígeno. As células de memória geralmente vão ficar no órgão linfoide secundário
Moléculas:
· Anticorpos – principal molécula do tipo humoral
· Citocinas (interleucinas, fator de necrose tumoral) 
· Quimiocinas
Diversidade: variabilidade nas estruturas dos locais de ligação ao antígeno
Expansão clonal: aumento dos linfócitos com receptores específicos para antígenos
Especialização; gera respostas contra diferentes tipos de microrganismos 
Contração e homeostasia: todas respostas diminuem com o tempo após estimulação pelo antígeno retornando a homeostasia (repouso basal). 
Não reatividade ao próprio: linfócitos (auto-reatores) são inativados ou suprimidos por células regulatórias. Os linfócitos antes vão passar por um processo de deleção clonal que serão eliminados aqueles auto-reatores. Se permanecerem, podem no futuro desencadear uma doença auto-imune.
Tipos de respostas imunes adaptativas 
Diferentes tipos de resposta para eliminar diferentes tipos de microrganismos 
Imunidade humoral (sangue e secreções de mucosas)
- Linfócitos B
- Anticorpos 
- Microrganismos extracelulares e toxinas
Imunidade celular 
- Linfócito T (auxiliar, helper, citolítico) 
- Microrganismos intracelulares (vírus, bactérias), intravesiculares e extracelulares
Resposta imune inata X adaptativa
· Resposta imune inata inicial: 
Inflamação – bactérias 
Defesa antiviral – vírus
· Resposta imune adaptativa
Anticorpos
Ativação de células que vai induzir a fagocitose ou a morte celular
AULA 2- Componentes Sistema Imune Inata
· Resposta inicial aos microrganismos (prevenir, controlar e eliminar)
· Eliminam células danificadas e iniciam processos de reparo 
· Estimula e define a RI adaptativa 
· Tipos: defesa inflamatória e antiviral 
Resposta imediata – 0-4 horas -> resposta imune precocemente induzida – precoce de 4-96 horas. Se a resposta imune imediata for capaz de eliminar o microrganismo, a resposta imune irá cessar.
Qual estratégia o sistema imune vai usar para eliminar o microrganismo? Deve se pensar o espaço que o microrganismo se encontra. 
Intracelular:
· Citoplasmática: vírus, Chamydia spp. -> CÉLULAS NK
· Vesicular: Mycobacterium spp.
Extracelular:
· Espaço intestinal, sangue, linfa -> complemento, fagócitos 
· Superfice epitelial
Componentes celulares do sistema imune inato
1- Barreiras epiteliais 
2- Fagócitos 
3- Células dendriticas 
4- Células NK
5- Polimorfonucleares (Neutrofilos, eosinófilos, ) 
6- Mastócitos 
Barreiras epiteliais 
Barreira física a infecção -> junções celulares, queratina, muco (composto de mucina, dificultando a ligação do microrganismo de ligar-se ao receptor)
Morte dos microrganismos por antibióticos produzidos localmente -> defensinas e catelicidinas
Morte dos microrganismos e células infectadas pelos linfócitos T intraepiteliais 
· Acidez estomacal -> torna ambiente muito ácido para crescimento de patógenos 
· Lizosima - lágrima -> lise parede celular bacteriana 
· Suor – diminui Ph da pele
· Epitélio ciliados do trato respiratório -> produção muco, batimento cílios faz com que o microrganismo seja deslocado para orofaringe
· Peptidios antimicrobianos:
· Defensinas 
· Produzidas pelas células epiteliais e leucócitos granulosos (neutrófilos, NK)
· São cátion iônicos, esses peptídeos são atraídos pela própria membrana do patógeno, se inserindo, formando um poro, desestabilizando-o.
· Intestino – celular Paneth – alfa defensinas
· Catelicidinas 
· Neutrófilos e células epiteliais (pele, trato gastrointestinal TGI, trato respiratótio TR)
· Fragmento C-terminal – liga-se LPS 
· Funções: toxicidade direta (o peptídeo vai se ligar ao patógeno, sendo toxico e matando-o) e ativação inflamação
Fagócitos 
Macrófago 
· Agranulócito
· Circulantes: monócitos (sangue)
· Residentes: macrófagos (tecidos)
· Nomes específicos: macrófago alveolar, microgliócito (SNC), osteoclasto, célula de Hofbawer, histiócitos, células de Kuppfer (fígado)
· CD11++CD11 (maioria possui)
· Citoplasma:
· Lisossomos 
· Vacúolos 
· Produzido na medula, vai para o sangue (monócitos) e depois vai para outros tecidos 
· Membrana do fagócito engloba o microrganismos -> microrganismo ingerido no fagossoma -> fusão do fagossoma com o lisossoma -> morte dos microrganismos secretando radiciais livres ou enzimas proteolíticas 
· Inflamação: macrófago como não consegue destruir o microrganismo sozinho, ele secreta citocinas (TNF, IL-1) para “chamar” outras células. Neutrófilos e monócitos migram para
· Citocinas: muitas delas são chamadas de interleucinas (IL), promovem:
· Vasodilatação (porque vai ajudar na saída das células
· Aumento de permeabilidade vascular (vão fazer com que o endotélio expresse as moléculas, para ocorrer a diapedese – migração das células do vaso para o tecido)
· Quimiocina: IL-8 – atrai neutrófilos 
· TNF: fator de necrose tumoral
Leucócitos polimorfonucleares 
Neutrófilos 
· Granulócito 
· Circulante 
· + abundante 60-70%
· Núcleo com 2-5 lóbulos 
· Fases iniciais da inflamação
· Vida média 6-8h (sempre sendo substituído)
· Eliminação: macrófagos do baço e fígado
· Fagócito 
· Primeira linha defesa celular – primeira célula a ser recrutada 
· Ele morre junto quando tenta destruir o patógeno
· Desvio a esquerda – aumento da quantidade de neutrófilos, principalmente do tipo bastonetes para dar conta
· Pus: conteúdo purulento em que tem o microrganismos e células mortas também, principalmente neutrófilos 
	Neutrófilo
	Macrófago
	Aumento rápido em fase aguda
	Aumento

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