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MAD – MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA MICROBIOLOGIA Por que estudar microbiologia? Nosso corpo tem muito mais células microbianas que humanas, apesar de serem menores. Sepse – a cada segundo ocorre 1 óbito por sepse Doenças infecciosas Um em cada seis casos de câncer tem origem em infecções tratáveis ou evitáveis Microrganismos · Procariotos: Bactérias – formas; arranjos Arquibacterias: metanogênicas; halofílicas extremas; termofílicas extremas capacidade de viver em ambientes totalmente inóspitos (agua fervendo, congelando, contaminada); não causam doenças em humanos · Eucariotos Fungos Protariotos Algas · Vírus – acelular Morfologia e fisiologia bacteriana Tem parede celular Não tem membranas envoltórias Ribossomos 70 s (humanos 80s) Plasmídeo – elementos genéticos extracromossômicos Flagelos (movimentação) Formas: · Cocos – esféricas – EX: Staphylococcus · Bacilos – bastões – EX: E. coli · Espirilos – espiral – EX: treponema · Vibriões – virgula Doenças hospitalares transmitidas principalmente por bactérias em forma de cocos e bacilos. Célula bactérias: em média 1 Nm. A célula humana é 100x maior e o fungo 10x maior. Penincilina mata bactéria atuando na parede, existe antimicrobianos que atuam nos ribossomos. · Nucleóide Cromossomo livre em uma porção isolada central da célula DNA circular de cadeia dupla, fechado de maneira covalente Não possui histonas Replicação e transcrição do DNA em RNAm ocorrem simultaneamente – muito rápido · Citoplasma Enzimas – processos catabólicos e anabólicos Grânulos ou inclusões – reserva de alimento · Membrana celular Bicamada fosfolípidica (30-60%) coom proteínas incrustadas Por meio da membrana a bactérias respira, há a chegada de oxigênio e síntese de atp Enzimas: respiração celular, fosforilação oxidativa, biossíntese de glicopeptídeos, síntese e secreção de enzimas e toxinas bacterianas Barreira de isolamento – gradiente de energia ou potencial de membrana – movimento flagelar, mobilização cromossômica Microplasma e ureoplasma – não tem parede, só membrana – não adianta usar penincilina · Parede celular de peptídeoglicano Peptidoglicano ou mureína (G-murus) – componente rígido: todas as espécies (exceto: micoplasma e ureaplasma). Peptídeos levógenos e dextrógenos, em humanos é só levógenos. Dissacarídio (glicano) repetitivo: N-Acetilglicosamina (G) + N-Acetilmurâmico(M) – Nós não temos esse açúcar no corpo, então seria um importante alvo de antibióticos. – ligação beta 1,4 Cadeias de açúcar unidas por peptídeo - cadeias ligadas por tetrapeptídeos que estão unidos ao ácido N-acetilmurâmico Lizosima quebra a ligação dos dissacarídios, entre o G e M. As mucosas, lácrimas possuem lisozima. Penincilinas atuam quebrando a ponte peptídea cruzada. Grupo de bactérias: Existe antibióticos específicos para cada tipo, por isso necessidade de saber qual tipo é. Mas ambas possuem membrana interna. · Gram negativas – tem uma membrana externa – costuma viver melhor em ambientes mais úmidos- como a camada é fina não retém o corante. · Gram positivas – parede de peptideoglicano é muito mais espessa, então o corante fixa-se. Não tem membrana externa. Bactéria Gram Positiva Múltiplas camadas (GP). Exoesqueleto (malha em 3 dimensões). Poroso (difusão de metabólicos) · Constantemente sintetizado e degradado, exceto nos períodos de inanição · É essencial para a estrutura, replicação e sobrevivência bacteriana · Infecção: interferência na fagocitose e estimulo de respostas inatas · Alvo de ação de antibióticos (β-lactâmicos) · Ácidos teicóicos e lipoteicóicos: polímeros de ribose modificados ou moléculas de glicerol-fosfato. Entrecruzados aos peptídeos. Lipoteicóicos -> se ligam aos lipídios da membrana. · Essenciais para a viabilidade celular/resistência · Determinantes antigênicos (sorotipagem) · Receptores específicos: aderência as células do hospedeiro Bactérias Gram negativa · Paredes celulares mais complexas estruturalmente e quimicamente do que GP. · Espaço periplasmático: entre a membrana interna e externa: compartilhamento com enzimas. – pode ser útil na resistência da bacteria · Peptidoglicano: camada fina e “solta” · Lipopolissacarídeo (LPS) – exclusivo de gram negativas – é dividido em 3 partes: · Lipídeo: porção lipídica · Cerne polissacarídeo: similar dentro de um gênero - > para diferenciar uma bactéria da outra · Cadeiras laterias: identidade sorológica única · Membrana externa: rica em lipídios – similar a membrana celular, fixada a cadeia de peptidoglicano por uma lipoproteína pequena, fortemente lipofílica, se estende para o espaço periplasmatico e para a porção lipídica da membrana externa Proteínas; · Porinas: transporte de substancias · Não-porinas: produção e secreção de exoenzimas · Lipoproteínas: estabilidade a parede celular · Lipopolissacarídeo (LPS) – endotoxina: · Estimulador de resposta imune natural (ativa células B, macrófagos, IL-6, TNF) · LPS: classificação bacteriana 1. Lipídio A (endotoxina): semelhante para enterobacteriaceace. Maior impacto clínico 2. Cerne: mesmo para uma espécie de bactéria – menos importante 3. Antígeno O: distingue sorotipos (E. coli O157; H7 -> subtipo muito patogênico) (flagelo -> H) Meningite: usa antibiótico, e a criança tende a piorar, porque ela libera endotoxina que causa uma resposta imunológica intensa no paciente, estimulação interna de interleucinas, fator de necrose tumoral, ativa os linfócitos B a liberar mais citocinas, causando uma resposta inflamatória intensa, vasodilatação intensa, que pode leva-lo a choque e consequentemente a morte. Tétano: exotoxina (gram positivo) Coloração de Gram Nas bactérias gram positivas o corante fica grudado, nas gram negativas ele sai. Gram negativa -> vermelha Gram positiva -> roxa/violeta · Bactérias ácido-resistentes Ácidos micólicos: Ácidos graxos complexos ligados aos polissacarídeos da parede, número de carbono variável. É usado a coloração de liehl-neelsen. Parede rica em ácido micólico. Mycobacterium tuberculosis Mycobacterim leprae Estruturas da superfície celular · Cápsula: polissacarídios, heterossacarídios ou glicanos – GP/GN · Funções: proteção contra dessecação e materiais tóxicos (íons de metal pesado e radicais livres, aderência, resistência a ação de antimicrobianos (“camufla”), detecção sorológica (antigênico) · Flagelos – GP/GN – vai caminhar em direção aos nutrientes/luz · Fímbrias: aderência – GN – placas dentais – E. coli -> principal causadora de Infecção urinaria (ITU), já que as fimbrias possui receptores na bexiga · Pili: atuam na troca de material genético – GN – é um microtúbulo que possibilita que uma bactéria se ligue a outra. · Esporos/endósporos: - GN nao conseguimos enxergar quando o paciente está · Resistência ao calor (fervura 20h), ressecamento, pressão, desinfectantes (quantidade reduzida de agua no interior) · Morte - esterilização · Tamanho, forma e localização – identificação e caracterização de Bacillus e Clostridium · Em forma de esporo ele não causa mal, já que ele está “paralisado” Fisiologia bacteriana Reprodução: fissão binária – se divide ao meio, não há troca de material genético, não há variabilidade genética, o que é ruim evolutivamente, uma solução para isso é por meio da Pili. O tempo de reprodução dura em média 20 minutos. M. tuberculosos - > 15 horas (por isso a evolução da doença é mais lenta, UM dos fatores). M. lepreze -> 11 dias (demora meses a anos para se manifestar após a transmissão do patógeno). · O que você faria para cultivar microrganismos no laboratório? Simular o ambiente natural dele: · Temperatura: · Psicrófillos: +- 10 C · Mesófilos: +- 20-40 C · Termófilos: 50-60 C - > não causa doença em humanos então · Ph · Pressão osmótica · Oxigênio · Aeróbio Anaeróbio facultativo Microaerófilo · Anaeróbio Anaeróbio obrigatório As fontes de crescimento Ágar -> polissacarídeo complexo obtido de algas marinhas (geleias e sorvetes mais expressos) Meios quimicamente específicos · Coloco substancias específicas: glicose, acetato de sódio, arginina cloreto de cálcio...-> utilizado para estudar o comportamento de bactérias Meios complexos: · Extratos de leveduras, de carnes, de plantas Meios seletivos · Agar, sabouraus, MacConkey (bactérias gram negativas, porque possui sais biliares Meios diferenciais · Ágar sangue, MacConkey Meios “ricos” · Agar BHI (Brain Heart Infusion), sangue O tempo de geração Curva de crescimento uniforme em meio de cultura Fase Lag: ADAPTAÇÃO - tanto no meio de cultivo como no ser humano Fase Log: CRESCIMENTO Estacionária Senescência/declínio Genética de bactérias e humana Os cromossomos · DNA-> informação genética bacteriana · DNA ou RNA -> informação genética em vírus · O DNA é de fita dupla antiparalelas · Algumas proteínas se ligam e regulam a expressão genética; apesar de não possuírem histonas · EX: Escherichia coli -> 4000 kpb -> 1 mm (1000x o tamanho de uma bactéria -> superespiral · RNA fita simples geralmente – não o de armazenamento de material genético · A resistência microbiana se dá muito pela genética bacteriana · Genes são haploides · DNA é circular · Ilha de patogenicidade – conjunto de informações genéticas que induz a bactéria a ser mais patogênica, mais resistente. Bacteriófagos ou fagos: maior grupo viral (>5000 isolados) – vírus que infectam bactérias · Lítico – mata mesmo a bactéria · Lisogênico – inocula seu material genético na bactéria e ela se transforma (transdução) Corine difiteria só causa doença em nos se ela for infectada por um bacteriófago, e consegue produzir a toxina e causar a difiteria. Existe a vacina (penta bacteriana). · Plasmídeo = algo a mais para facilitar sua sobrevivência. Ex: escherichia coli capta e metaboliza sacarose e capta citrato por meio da determinação por plasmídeo. Pode estar relacionado a resistência e o plasmídeo de resistência pode passar. Material genético humano Cromossomos: · 23 pares (22+1) · Transmissão fiel da informação genética · Expressão apropriada da informação genética · Metáfase -> não expressão · Interfase -> atividade/expressão · Mais condesado Cromatina: material genético solto. Complexo formado por moléculas de DNA associado a proteínas (histonas). É como se encontra na maior parte do tempo · A unidade básica da cromatina é o nucleossomo · Contem ~150pb envolto 1,7 vez no cerne de histonas · O cerne do nucleossomo contém 8 histonas Histonas Duas subunidades de cada uma das quatro histonas: histonas 2A, 2B, 3 e 4 (denominadas H2A,H2B,H3 e H4) Circundando o cerne do nucleossomo A cromatina interfásica varia no seu grau de compactação: eucromatina X heterocromatina Função: O octâmero de histonas desliza em resposta a atividade de remodelagem da cromatina, neste caso expondo o DNA. Papel muito importante na expressão de um gene ou não. Modelação das histonas (modificação pós-tradução- PTM) Modificação das histonas: I. Acetilação e desacetilação de histonas Reversível Histonas hiperacetiladas -> associação com atividade genicas Neutraliza a carga (+) da lisina -> menor interação com o DNA) -> pode ser lido e transcrito A acetilação dos aminoácidos lisina nas caudas de histonas abre a cromatina, expondo o DNA a atividade das proteínas que regulam a transcrição. II. Metilação das histonas Ativar ou reprimir expressão genica Cria sítios de ligação para outras proteínas que ativam ou reprimem a expressão Telômeros É uma “partezinha” que fica na extremidade e protege o material genético. Toda vez que o material genético se replica, perde um pouco do telomero. Controle da população microbiana Esterilização e desinfecção Porque controlar o crescimento microbiano? Definições: · Esterilização: destruição TOTAL de todas as formas de vida, inclusive os endósporos. · Método mais comum: aquecimento · Desinfecção: realizada em organismos não vivos (somente a destruição dos patógenos vegetativos e não dos endósporos) · Antissepsia: realizada em organismos vivos. Produto químico = antisséptico Sufixo CIDA: morte – germicida, bactericida Sufixo statico: inibem o crescimento e multiplicação – bacteriostase Fatores que influenciam o tratamento microbiano 1- Tamanho da população 2- Natureza da população 3- Concentração dos agentes 4- Tempo de exposição 5- Temperatura 6- Condições ambientais (Ph, mat. Orgânico) Álcool a 70% é mais eficaz porque o a 100% evapora mais rápido, então age por menos tempo, e como o etanol age por desnaturação, que necessita de agua, então como o álcool a 70 tem 30% de agua, ele age melhor. Métodos de controle microbiano 1- Método físico – excelentes métodos de esterilização · Calor (seco ou úmido) · Pasteurização · Filtração · Baixas temperaturas · Ressecamento · Pressão osmótica · Radiação Calor: morte por meio da desnaturação proteica/enzimática a) Calor seco: Incineração: processo drástico de eliminação dos microrganismos e que destroem o produto Flambagem: processo onde o material é levado diretamente ao fogo, seja seco ou embebido em álcool (utilizado na desinfecção de alças de vidro) Estufa esterilizante: amplamente utilizada para as vidrarias e outros materiais (160 C/2h ou 180C/1h) – esses “forninho” para alicate 1- Pasteurização: Tratamento clássico: 63 C por 30 min Pasteurização de alta temperatura e curto tempo: 72 C por 15 s Leite Pasteurização: submetido a temperatura (72C) enquanto flui continualmente por uma serpentina. Conserva-se bem sob refrigeração Esterilização: submetido a altas temperaturas (UHT) para que possa ser armazenado sem refrigeração (a temperatura vai de 74C para 140C e depois retorna para a temperatura inicial) Autoclave: 121 C 15 minutos esterializa o material 2- Filtração Passagem de um liquido ou um gás através de um material semelhante a uma tela, com poros pequenos o suficiente para reter os micro-organismos - Filtro de partículas de ar de alta eficiência (HEPA) ex: salas de hospitais com pacientes queimados (0,3µm) salas de cirurgia -Filtro de membrana – compostos por esteres de celulose ou polímeros plásticos (normalmente usa-se filtros de 0,2µm 3- Baixas temperaturas: Depende do tipo de micro-organismo e da intensidade de aplicação Redução/interrupção do metabolismo celular Refrigeradores comuns (0-7 C): efeito bacteriostático (a temperatura afeta a reprodução e o metabolismo celular) Geladeira: 4 / congelador: -20 – na geladeira psicótrafos crescem 4- Ressecamento · Na ausência de água, os microrganismos não podem crescer ou se reproduzir mas podem permanecer viáveis por anos através das formas de resistência (endosporos/esporos) · Liofilização (preservação de microrganismo em laboratório) · A resistência ao ressecamento varia de acordo com o microrganismo: · neisseria gonorrhoeae - cerca de 1 hora · BAAR - meses 5- Pressão osmótica · Concentração de sais - plasmólise (tira a água) · Processo semelhante ao ressecamento · Bastante utilizado na conservação de medicamentos Ex: curar carnes (sal) e conservar frutas (açúcar) · Mel: Não estraga devido a alta pressão osmótica e presença de substâncias antimicrobianas · Fungos - mais resistentes em crescer em baixas concentrações de água e altas concentrações de sais. 6 - Radiação Excelente esterilizante, mas não usado na esterilização de rotina. · Ionizante Ação: destruição do DNA por raios gama e feixe de elétrons de alta energia Partículas penetrantes Usado para esterilizar produtos farmacêuticos e suprimentos médicos e dentários · Não ionizante Ação: lesao ao DNA pela luz ultravioleta com lampada UV É uma radiação não muito penetrante Controle de ambientes fechados 2 - MÉTODOS QUÍMICOS São usados para controlar o crescimento de microrganismos em ambos os tecidos vivos (anti-sépticos) e objetos inanimados. Mais acessível Dificilmente se obtém a esterilidade Problema: ação dos agentes é diferente para cada micróbio Características: · Alta toxicidade para os microrganismos · Inócuo para o homem e animais · Solúvel em água · Estabilidade elevada · Ausência de afinidade por matéria orgânica estranha · Desodorante · Detergente · Não ser corrosivo nem manchar · Capacidade de penetração · Toxicidade para o microrganismoem temperatura ambiente Tipos de desinfetantes: 1. Compostos orgânicos (Fenol e compostos fenólicos; Álcoois, Compostos de amônio quaternário) 2. Halogênios 3. Metais pesados e seus compostos 4. Outros (Peroxigênios, quimioesterilizantes gasosos, agentes de superfície, biguanidas, antibióticos) Fenol (ácido carbólico) e compostos fenólicos · Pastilhas de garganta apresentam fenol que tem um efeito analgésico · Ação: lesam a membrana plasmática, inativam as enzimas e desnaturam as proteínas. · Não é tão inócuo, é pouco utilizado · Índice fenólico: compara com outros agentes antimicrobianos Biguanidas · Clorexidina: frequentemente utilizada no controle microbiano da pele e mucosas · Efetivo para a maioria das bactérias vegetativas e fungos, mas não é esporicida · Únicos vírus afetados: certos tipos envelopados · Efeito bactericida: está relacionado a lesão que este reagente causa a membrana plasmática Halogênios · Particularmente Iodo e Cloro (agentes antimicrobianos efetivos) · Limitante: Causa dano ao hospedeiro · I2: efetivo contra todos os tipos de bactérias, muitos endósporos, vários fungos e alguns vírus. Mancha · Ação: o iodo se combina ao aminoácido tirosina, um componente de muitas enzimas e outras proteínas celulares, inibindo a função proteica. Também oxida os grupos sulfidrila (-SH) de certos aminoácidos que são importantes para manter a estrutura das proteínas. · CL2: Como gás ou em combinação com outras substâncias químicas · Ação germicida é causada pelo ácido hipocloroso (HOCl) (ação ainda desconhecida) · É um forte oxidante que impede o funcionamento de boa parte do sistema enzimático celular. Álcoois · Matam efetivamente as bactérias e fungos, mas não endósporos e os vírus não envelopados · Os mais utilizados são o álcool (70%)e isopropanol · Vantagens: agem e depois evaporam sem deixar resíduo · Mecanismo de ação: desnaturando proteínas, rompimento da membrana e dissolução de muitos lipídios · Gel: reduz ressecamento e reduz acidentes Metais pesados e seus compostos · Bastante utilizados como germicidas antissépticos · Prata, mercúrio, cobre e zinco · Nitrato de prata - colírio nos olhos de recém nascidos · Cloreto de mercúrio, Sulfato de Cobre, Cloreto de zinco · Mecanismo de ação: quando os íons de metal se combinam com os grupos sulfidrilas nas proteínas celulares ocorre a desnaturação Agentes de superfície · Podem reduzir a tensão superficial entre as moléculas de um líquido · Sabão: pouco valor antisséptico (mais importante na remoção mecânica através da esfregação, ou seja, o sabão não mata, ele apenas retira) Estudo da microbiota normal Habitantes da pele e mucosa de indivíduos normais e sadios, corpo humano abriga 1x10₁₄ Existe microrganismos em qualquer região que tenha contato com pele e/ou trato gastrointestinal e respiratório. Rim, bexiga, músculos, osso: estéril Pulmão: microbiota transitória, transita e vai embora. Composição: Intra-útero: individua livre de germes Em 5 minutos: possui microbiota homogênea Parto normal: Lactobacillus spp., Prevotella spp. -> menor chance de doenças alérgicas e respiratórias Cesária (pele materna): Staphylococcus spp., Corynebacterium spp., Propionibacterium spp. 4-12 horas: estreptococcos viridans Microbiota Residente · Vive em você e está em você Microbiota Transitória · Proveniente do meio ambiente · Permanecem por horas, dias ou semanas · Patogênicos e não patogênicos O desequilíbrio da residente -> espaço para transitória Por isso depois do uso de antibióticos, alguns médicos indicam tomar probióticos, para recuperar a microbiota residente. Mudança contínua Ex: Hospitalização -> colonização por BGN (Klebsiella spp., Pseudomonas spp., Escherichia coli …) Importância · Maturação do sistema imunológico · Síntese de vitamina K · Degradação de toxinas · Aumento da absorção de nutrientes · Auxilío na digestão · Defesa contra patógenos · Competição por nutrientes · Produção de substancias toxicas · Alterações de Ph · O2 disponível · Torna os receptores das células do hospedeiro indísponíveis (Microbiota normal estimula a sintese de IGa e produz peptídeos antimicrobianos) Lactobacillus spp. X Candida spp Candida faz parte da nossa microbiota normal. As mulheres possuem como microbiota normal Lactobacilos, que produzem substancias ácidas e mantém o Ph ácido e consequentemente outras bactérias, fungos não se reproduzem. Quando há um desequilíbrio do sistema imunológico, pode matar a microbiota da vagina e o Ph aumenta, acabando com a defesa. Candida se aproveita e acontece a candidíase. E. coli X Salmonella spp, Shigella spp Todos nós possuimos E.coli, e naturalmente produz a colicina, que é um peptídeo antimicrobiano natural, que pode matar a salmonella. A salmonella quando chega no intestino causa diarréia. Consequência da exposição a microbiota normal · Colonizar de maneira transitória · Colonizar de maneira permanente · Produzir doença Patógeno estrito: Só vem para causar doença Patógeno oportunista: Faz parte da microbiota normal, mas se aproveita de uma debilitação e causa a doença. Microbiota trato respiratório inferior · Geralmente estéreis (incluindo traquéia e bronquíolos) · Aspiração crônica -> pneumonia (Streptococcus pneumoniae, S. aureus, Klebsiella pneumoniae…) · Comum em pacientes em coma, encubado · Infecção do pulmão -> pneumonia (tuberculose é um tipo de pneumonia) Microbiota da pele · Grande exposição · Fatores: · Ph ácido · Ácidos graxos · Lisosima · Escovação vigorosa reduz temporariamente · Prevalece bactérias gram positivas - Importância clínica: em caso de infecção cutânea, priorizar medicamentos que combatem gram-positivas Microbiota intestinal · Influência da dieta · Crianças em berçario de UTI neonatal - altera a microbiota · Enterobacteriaceae, como Klebsiella spp., Citrobacter spp. e Enterobacter spp. · Estômago -> tem pouco, controlado pela acidez · Prevalece bactérias anaeróbicas e gram-negativa. · Dose infecciosa = quantidade muito alta de microrganimos que pode causar diarreia · Doença inflamatória intestinal: baixa tolerância imunológica a antígenos · Traumatismo mínimo pode induzir bacteriemia transitória Diminuição da microbiota normal -> aumento da clostridium difficile -> diarreia e colite pseudomembranosa (impede absorção de alimento e agua. A clostridium difficile é produtora de esporos, o que a torna muito resistente. Como a microbiota normal diminui, não há concorrentes então a bactéria se replica e produz enterotoxina. Solução? Uso de antibiótico especifico para bactérias anaeróbicas ou aumentar a microbiota normal (uso de probióticos) Microbiota oral e nasal · 1 aeróbio para 10/100 anaeróbios · Grande variedade microbiana - muita água e alimento · Hálito: representação da proliferação de microrganismos · Infecção por anaeróbios -> odor - importância clínica: ferida com odor, significa infecção por anaeróbicos · Fenda gengival -> sem oxigênio -> propícia para proliferação de bactérias anaeróbicas Anaeróbios: prevalece · Peptostreptococcus spp. · Actynomyces spp. · Fusobacteriu spp. Aeróbios: · Streptococcus spp. · Staphylococcus spp. · Neisseria spp. · Haemophilus spp. Microbiota vaginal · Crianças: microbiota mista de cocos e bacilos, muito semelhante a da pele, devido a não interferência de hormônios · Puberdade: lactobacilos -> torna o ambiente ácido, e evita a proliferação de patógenos. · Depleção -> aumento Ph -> Proliferação fúngica/bacteriana (vaginose bacteriana) · Gravidez -> streptococcus agalactiae/grupo b (presente em 25% das gravidas) no momento pode ser transferido pro bebe e causar problemas -> sepse neonatal/meningite. Mas na mãe não causa problemas. Então, para detectar a bactéria faz um exame e se tiver ela toma um antibiótico antes do parto. Como manipular a microbiota? 1- Probióticos Conceito: organismos vivos que, quando ingeridos fornece benefícios ao hospedeiro. Recomposição da microbiota · Prevenção de infecções do trato intestinal · Estimulação da imunidade local: aumento da secreção de IgA secretora · Redução de reações inflamatórias no intestino· Regulação da motilidade intestinal O grupo de laticínios registra maior desenvolvimento Leites fermentados, iorgutes, queijos em que as bifidobacterias são adicionadas 2- Prebioticos Ingrediente alimentar que estimula o crescimento de um ou mais membros da microbiota - Vai beneficiar os organismos que já tem Ex: leite materno – possui o fator bífido 3- Fagoterapia Utilização de bacteriófagos (vírus que infectam bactérias) 4- Transplante fecal Fezes de uma pessoa saudável são misturados com uma solução salina, filtradas e depois injetas por endoscopia ou colonoscopia no intestino de outra pessoa. Rápido e eficaz, resultados muito bons. Gênero Staphylococcus Uma das principais causadoras de doenças em humanos Caso clínico 1 Mulher de 21 anos de idade, com história de abuso de drogas por via intravenosa e contagem de CD4 de 400 células/mm3 (muito baixa), que desenvolveu endocardite por S. aureus. A paciente tinha história de uma semana de febre, dor torácica e hemoptise. O exame físico revelou murmúrio cardíaco e ronco em ambos os pulmões. Foram observadas múltiplas lesões cavitárias bilaterais na radiografia de tórax e as culturas de sangue e escarro foram positivas para S. aureus susceptível a oxacilina. A paciente foi tratada com oxacilina por 6 semanas, curando assim a endocardite e os abcessos pulmonares. · Intravenosa -> contraiu HIV -> imunodebilitação -> possibilitou a infecção · Essa bactéria pode ter vindo dela mesmo, devido essa imunodebilitação a bactéria se aproveitou e causou a doença. · O que causou a doença foi a presença da bactéria Caso clínico 2 Um total de 18 individuos que estavam participando de uma festa de aposentados sentiram-se doentes 3 a 4 horas após a refeição. Os sintomas mais comuns eram náusea, vomito e diarreia. Poucos indivíduos tiveram febre ou cefaleia. Os sintomas duraram, em média, 24 h. a doença foi associada a ingestão de presunto na festa. Uma amostra de presunto foi positiva para enterotoxina. Um dos preparadores dos alimentos havia cozinhado o presunto em casa, transportando para o local de trabalho e fatiado. O presunto foi servido frio. · Proliferação no presunto -> cozinheiro provavelmente inaculou no presunto. Ao se multiplicar, ele produziu a enterotoxina. Durou 24 horas, então a enterotoxina foi ingerida, provocou o quadro diarreico e depois foi eliminada nas fezes. A maioria das bactérias passaram pelo estomago e foram destruídas, já as enterotoxinas são resistentes. Se o presunto fosse aquecido, mataria as bactérias mas a enterotoxina é termoestável, então teria a diarreia · O que causou a doença foi a presença da toxina · Toxiinfecção – ingere a toxina pronta, em poucas horas já tem sintomas · Quadro infeccioso – precisa de um tempo para bactéria se multiplicar e causar sintomas · Antimiograma – vai ver se a bactéria é sensível a determinado antibiótico Gênero staphylococcus S. aureus (coagulase positivo) S. epidermidis, S. saprophyticus, S. haemolyticus, S. lugdunensis (coagulase negativa) Manuscrito -> tem que sublinhar Coagulase positiva – produz a enzima coagulase, que coagula o plasma. São mais perigosas, porque se estiverem na corrente sanguínea, pode coagular e dificulta a resposta imune. Fisiologia · Cocos gram-positivos · Staphylo = caco de uva · Imóveis · Anaeróbios facultativos Não produzem esporos · Capazes de crescer em altas concentrações de sal (10%); temperatura 18-40C · Produtores de pigmentos: branco a amarelo Epidemiologia · Microbiota da pele e superfícies mucosas · Todos somos portadores do gênero staphylococcus, mas nem todos somos portadores de S. aureus · Sobrevivência em superfícies secas por longos períodos de tempo · São microrganismos ubíquos – capazes de se desenvolver em diferentes locais · Disseminação pessoa-pessoa (contato direto) ou exposição a fômites contaminados (estetoscópio, pente) · Fatores de risco: · Presença de corpo estranho (sutura, próteses) · Procedimento cirúrgico prévio · Antibióticoterapia (supressão da microbiota) · Higiene pessoal precária Estrutura Capsula e camada mucoide; peptidoglicano; ácidos teicólicos; proteína A (fator de virulência, fica aderiada a parede do microrganismo, tem afinidade com a porção fc do anticorpo, então meio que “se liga de costas” e não consegue fazer efeito); coagulase e outras adesinas proteicas de superfice; membrana citoplasmática. Fatores de virulência · Componentes estruturais – cápsula · Enzimas: · Coagulase* · Catalase*(capacidade de quebrar peroxido de hidrogênio, que é uma espécie reativa de oxigênio) · Hialuronidase · Fibrinolisina (vai digerir o tecido fibroso), lipases, nucleases · Penincilinase (quebra penincilina) · Toxinas · Citotoxinas (α, β, µ, panton-valentine) -> destroi leucócitos, eritrócitos, plaquetas · Toxinas esfoliativas (A e B): dermatite esfoliativa (síndrome da pele escaldada) · Enterotoxinas (A até R): termoestáveis a 100C/30 min; resistentes a hidrólise pelas enzimas gástricas · TSST: superantígeno. Destruição de células endoteliais Síndrome tóxicas 1- Síndrome da pele escaldada estafilocócica (SSSS) Toxina esfoliativa – dissolução da matriz mucopolissacarídia da epiderme; destrói os desmossomos Comum em crianças, recém-nascidos Strapytococcus cai no nariz e depois vai para corrente sanguínea Taxa de mortalidade baixa. É curável e não deixa cicatrizes Adulto não acontece muito, porque a microbiota nasal dele já é normal 2- Síndrome do choque tóxico Ação da TSST, também chamada de superantígeno, não deixa a célula apresentadora de antígeno se separar do linfócito, que se sente muito estimulado e libera muitas citocinas inflamatórias – RESPOSTA IMUNE SUPER EXAGERADA O metabolismo da síntese de TSST precisa de um ambiente com oxigênio Até a camada de glicano é capaz de causar a síndrome do choque tóxico Casos com envolvimento cutâneo 3- Intoxicação alimentar Doenças clinicas Staphylococcus aureus Doenças mediadas por toxinas ou proliferação (supurativas) Toxinas: não supurativas 1. Sindrome da pele escaldada 2. Intoxicação alimentar 3. Síndrome do choque tóxico Supurativo: bactéria que causa a lesão 1. Foliculite - bactérias presentes na epiderme são inoculadas no folículo 2. Furúnculo 3. Carbúnculo – vai precisar ser tratado com antibiótico 4. Bacteremia 5. Endocardite – taxa de mortalidade de 50% Principais sítios acometidos e possibilidade de isolamento do microrganimos (1+ a 4+), sendo 1 a menor chance de encontrar e 4 a maior chance de encontrar a bactéria Liquido sinovial;4 Corrente sanguínea:3 SSSS: na pele: mínima; nariz: 4 -> com suspeita dessa síndrome, solicito swab do nariz Pneumonia: no escarro:3 no sangue 2 Síndrome do choque toxico: na ferida/vagina:4; sangue:1 Diagnóstico laboritorial Amostras (espécime clínico) Tipo de infecção e qualidade do material – Swab superficial, pus, sangue, aspirado traqueal ou LCR Microscopia Coloração de gram: cocos G+, cachos OBS: não diferencia espécies Cultura Meios enriquecidos: Ágas, sangue 37C/18H (hemólise, produção de pigmento) Espécimes contaminados: Ágar Manitol salgado Identificação: testes bioquímicos · Testes de catalase, coagulase e nowobiocina · Testes de susceptibilidade (antibiograma) – para ver se o antibiótico é sensível ou não Tratamento Infecções cutâneas (acne, furúnculo), abcessos e infecções supurativas fechadas: Drenagem do pus? -> antimicrobianos Bacteremia, endocardite, pneumonia: Tratamento IV prolongado com penincilina resistente a beta-lactamase MRDA – Staphyloccocus aureus resistentes a meticilina – sigla em extinção porque não se usa mais esse antibiótico – todos os Staphylococcus são resistentes a esse medicamento MRSA OU ORSA (Staphylococcus aureus meticilina ou oxacilina resistente) -> glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina) -> estreptograminas (quinupristina/dalfopristina), Prevenção e controle Fontes de contaminação: lesões humanas, fomites, vias aéreas e pele Gêneros streptococcus e Enterococcus Família Streptococcaceae Fisiologia e estrutura · Cocos Gram-positivos, dispostos aos pares ou em cadeias · Catalase negativo(meio de diferenciar de stafilococcus) · Anaeróbios facultativos/atmosfera de CO2 (Capnofílicos – vivem melhor em ambientes com maior concentração de CO2 e menor de O2 · Requerimento nutricionais complexos/37c -> gastidiosa · Cresce bem ágar sangue · Colônias brilhantes ou opacas (+) · Grupo heterogêneo: 20 espécies Três esquemas de classificação 1- Propriedades sorológicas (Lancefield): composição antigênica de substancias grupo-específicas da parede celular (carboidratos) Ver qual o anticorpo que reage 2- Padrões hemolíticos em ágar-sangue Hemólise completa (β-beta) – beta hemolíticas Hemólise incompleta (α- alfa) – alfa hemolítica Ausência de hemólise (ϒ-gama) - gama hemolítica Se digeriu as hemácias = consigo ver o outro lado da placa 3- Propriedades bioquímicas (fisiológicas) Em tubos de ensaio coloca diferentes meios de cultura (lactose, glicose, citrato,...) e vê se a bactéria consegue digerir ou não. CLASSIFIC. BIOQUIMICA SOROLOGICA HEMOLÍTICA Streptococcus pyogenes Grupo A β-hemolítico Streptococcus pneumon Não grupável α-hemolítico Streptococcus agalactiae Grupo B β-hemolítico* *Ocasionalmente, não hemolítico 1- Streptococcus pyogens 1.1 Fisiologia e estrutura Cocos G+, dispostos aos pares/cadeias Β-hemolíticos; alguns isolados capsulados Anaeróbios facultativos Carboidrato grupo-específico (antígeno A) e antígenos tipo-específicos (proteínas M e T) Capacidade patogênica grande 1.2 Fatores de virulência Cápsula (ácido hialuronico – uma substancia muito próxima a que nos produzimos, então se camufla) Ácido lipoteicóico (adesão) Proteína M (adesina antifagocítica, invasão celular, inflamatória) – mais importante C5a peptidase (evita quimiotaxia de neutrófilos e fagócitos) Exotoxinas pirogênicas -> IL, TNF, Ifn Estreptolisina S e O (lise de leucócitos, plaquetas e eritrócitos) Dnase (diminuir viscosidade -> disseminação)Os anticorpos contra as “estreptolisina O” (ASO ou ASLO) e a DNAse são importantes no diagnóstico de infecção por S. pyogenes – pesquisa de aslo e de anti-DNAase Cutânea -> pesquisa-se anti-dnAase 1.3 Epidemiologia Colonização assintomática transiente do trato respiratório superior e pele Disseminação pessoa-pessoa com perdigotos ou através de abertura na pele após contato com indivíduo contaminado ou fomites Indivíduos susceptíveis: Crianças entre 2-5 anos com pouca higiene -> pioderma Crianças entre 5-15 anos -> faringite Prematuros e idosos com infecções pré-existentes do trato respiratório/pele -> erisipelas, celulite Crianças com infecções estreptocócicas de repetição -> febre reumática, glomerulonefrite Porta de entrada: boca 1.4 Doenças clinicas: · Infecções supurativas (presença) Faringite (50% é causada por bactérias e uma parte delas causadas por S.pyogenes) Impetigo – transmissão muito fácil Fascite necrotizante Erisipela – idosos e recém-nascidos Celulite – edema importante Fascite necrotizantes · Infecções não-supurativas Febre reumática – pode atacar o coração,principalmente válvulas cardíacas, processo inflamatório cardíaco, uma resposta auto-imune Glomerulonefrite (faringite de recorrência -> pode desencadear a febre reumática, já que vai aumentar a resposta imunológica, aumentando a chance de danificar o próprio tecido) 1.5 Diagnóstico laboratorial 1.5.1 Amostras (espécime clínico) Swab de orofaringe, pus, sangue 1.5.2 Microscopia Cocos G+ dispostos em cadeias/pares 1.5.3 Cultura Meios enriquecidos: ágar sangue 37 C/2-3 dias; atmosfera de CO2 (acelera a hemólise) 1.5.3 Idenficação: β-hemólise, catalase negativo Detecção de anticorpos; testes enzimáticos Teste ASO: medida de Ac contra estreptolisina O para confirmação de febre reumática/glomerulonefrite aguda 2- Streptococcus pneumoniae – pneumococo 2.1- Fisiologia e Estrutura Diplococos G+ alongados ou lanceolados Encapsulados (polisssacarídica: classificação sorológica dos isolados – 94 tipos) Anaeróbios facultativos, com requerimentos nutricionais fastidiosos α-hemolíticos 2.2 Fatores de virulência Cápsula Proteínas de superfície (adesinas) Protease IgA Pneumolisina (destruição de células epiteliais ciliadas e fagocíticas) 2.3 Epidemiologia Habitante autóctone da orofaringe e nasofaringe em indivíduos hígidos A colonização é maior em crianças (a partir do 6 mês – supondo que a criança foi amamentada até os 6 meses) Imunidade protetora contra os polissacarídios capsulares dos pneumococos A maioria das infecções é causada pela disseminação endógena a partir dos sítios colonizados para o local distante (pulmões, seios paranasais, ouvido, sangue, meninges) Fatores predisponentes: · Anormalidades do trato respiratório: infecções virais ou outras que lesam as células superficiais, acumulo anormal de muco (alergia) que protege o pneumococo da fagocitose; lesão do trato respiratório por substancias irritantes que comprometem a função mucociliar · Intoxicação por álcool ou fármacos: deprime a atividade fagocítica e o reflexo de tosse · Idade (crianças e idosos): risco maior de meningite · Desnutrição e debilidade geral 2.4 Doenças clinicas Pneumonia, sinusite, otite média, peritonite Bacteremia -> tríade de complicações: meningite, endocardite e artrite séptica 2.6 Diagnóstico laboratorial Amostras (espécime clínico) Escarro, amostras de sangue, LCR, aspirado dos seios paranasais e ouvido médio Microscopia Diplococos G+ lanceolados, capsulados Cultura Meios enriquecidos; Ágar-sangue Identificação Α-hemolíticos PCR: proteína C reativa – importante marcador muito importante Vacinação 10 sorotipos (2,4,12 meses – CNVacinação SUS) e 23 sorotipos (imunodeprimidos) Vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica) 3- Genero enterococcus VRE= enterococcus resistentes a vancomicina Faz parte da microbiota normal 3.1 Fisiologia e estrutura Possuem antígenos do grupo D de streptococcus spp. · E. faecalis · E. faecium Cocos Gram-positivos, aos pares e em cadeias Anaeróbios facultativos Crescimento em ágar sangue Resistente ao NaCl e sais biliares 3.2 Fatores de virulência Fimbrias e pill Adesinas polissacarídicas Citolisinas – dano tecidual; bacteriocina Resistência intrínseca a antibióticos (oxacilina, cefalosporinas) ou adquirida (aminoglicocosídios, vancomicina-VRE) -> limita as condições do tratamento Precisa saber se tem enterococcos resistentes a vancomicina, se tiver tem que deixar esse paciente isolado 3.3 Epidemiologia Colonização do TGI Após antibioticoterapia -> disseminação 3.4 Doenças clinicas Infecções nosocomiais – trato urinário, peritoneal, cardíaco Cateterizados 3.5 Tratamento Aumento da dose Sinergismo – aminoglicosídio + amipicilina ou vancomicina linezulida, quinupristina, dalfopristina Enterobacteriaceae (Escherichia coli e KPC) Maior e mais heterogêneo conjunto de bastonentes/bacilos Gram-negativos (BGN) de importância clinica Cinquenta gêneros e 150 espécies/subespécies 20 espécies: +- 95% das infecções Excelentes marcadores de contaminação – análises de coliformes totais e/ou termotolerantes – para ver e teve contato com material fecal Microrganismos ubiquitários (solo, água e vegetação; parte da microbiota intestinal da maioria dos animais e humanos) Doenças clinicas: trato respiratório, gastrointestinal e urinário; sangue e SNC Gêneros: Escherichia, Klebsiella, Salmonella, Morganella, Yersinia, citrobacter (enterobacterias é a familia) Dentro da família das enterobacterias, existe aquelas que consideramos patógenos primários (quando chega é pra causar doenças, ex: shigella, salmonela tiffiX, yersínia) ou patógenos oportunistas (fazem parte da microbiota normal,se aproveitam de uma oportunidade e causam a doença Ex: enterobacter, morganella, providencia, proteus) Escherichia coli/ Klebsiella pneumoniae -> depende, existe as oportunistas e as primárias, depende da presença do gene que a torna mais patógena ou não Estrutura antigênica Cápsula -> antígeno K (para salmonela é Vi) Flagelo -> antígeno H – são desnaturados ou removidos pelo calor ou álcool Lipopolissacarídeo (LPS) -> antígeno O E. coli do tipo K1-> encontrada apóso parto, e é bem patogênica pro RN Fatores de virulência · Endotoxina – bactérias GN – componente lipídico do LPS. Manifestações: · Ativação do complemento · Liberação de citocinas · Leucocitose · Trombocitopenia · Coagulação intravascular disseminada · Febre, choque e morte... · Capsula · Variação de fase antigênica · Alternar expressão de antígenos · Começa a expressar outros antígenos, ai os anticorpos produzidos não funcionam mais, vai “driblando” a resposta imune · Captação de fatores de crescimento · Siderófilos (enterobactina, aerobactina) · Bacterias libera enzimas para se ligar a certas substancias · Sistema de secreção tipo III · Bactérias produz enzimas, que transfere para a célula humana por meio da agulha molecular, que pode induzir até mesmo a fagocitose da bactéria Escherichia coli · Bastonete Gram negativo · Aeróbios (anaeróbios facultativos) · Fermentadoras – vivem muito bem no intestino, por isso tem muitos gases · Necessidades nutricionais simples; Fermentadores -> identificação em laboratório Fatores de virulência Endotoxina e exotoxinas; adesinas Epidemiologia Habitantes do trato gastrointestinal -> infecções endógenas Infecções exógenas -> gastroenterites Doenças clinicas ITU bacteriana; limitada a bexiga (cistite), pode disseminar-se para rins (pielonefrite) ou próstata (E. coli uropatogênica) – geralmente é endógena Infecções intra-abdominais: perfuração intestinal (sepse) Meningite neonatal – E. coli K1 (pode ser transmitida da mãe pro feto) Gastroenterite (E.coli diarreiogênicas) 5 patotipos principais: EPEC, ETEC, STEC, EIEC e EAEC (são subespécies) STEC: comum em países desenvolvidos, bactéria se prolifera no intestino e atravessa o enterócito e cai na corrente sanguínea, vai pros rins e causa uma síndrome adenohemolítica (SHU) Escherichia coli diarretogênicas EPEC: e. coli enteropatogénica -> diarreia do recém-nascido -> a diarreia resulta da má absorção provocada pela destruição das microvilosidades. A melhoria do saneamento básico reduziria os números mundiais de casos STEC: e. coli produtora de toxina shiga -> colite hemorrágica -> pode levar a síndrome uremica hemolítica. A shiga toxina pode destruir células do glomérulo renal -> insuficiência renal, trombocitopenia, anemia hemolítica microangiopática ETEC: e. coli enterotoxigénica -> diarreia do viajante. Diarreia aquosa EIEC: E. coli enteroinvasiva -> inicialmente uma diarreia aquosa e depois evolui para uma diarreia sanguinolenta Diagnostico laboratorial Como os diferenciamos? Microscopia – não é muito útil Fermentação de lactose Hidrolise de ureia Descarboxilação de a.a. Meios de cultura: MacConkey, BEM Tratamento, prevenção e controle Tratados sintomaticamente Terapia antimicrobiana; antibiograma Diarreia: se entrar direto com antibiótico, ele vai matar a microbiota normal também, então tem que ter cuidado Condições higiênicas Klebsiella spp. KPC: klebssiela pneumoniae carbapenemase Gêneros: K. penumoniae e K. oxytoca Presença de capsula -> aspecto mucoide Patologias relacionadas: pneumonia (comunitária ou hospitalar) e infecções em feridas, em tecidos e ITU KPC: o desafio das bactérias multirresistentes Primeiro surto -2011 Essas KPC, possuem a carbapenemase que quebram os carbapenimicos. KPC é o nome da enzima A carbapenemase é produzida por Enterobacterias (E. coli, Enterobacter cloacae, citrobacter freundii, Salmonella spp, Pseudomonas spp.) -> resistência a: - Carbapenêmicos(classe de antibióticos): meropenem, ertapenem, imipenem -Beta lactâmicos; cefalosporinas, penincilinas e aztreonam Evitar transmissão por contato Opções terapêuticas (confirmar com cultura e antibiograma): · Polimixina B – mas tem muitos efeitos adversos · Tigeciclina (baixa concentração urinaria) · Aminoglicosídios (amicacina, gentamicina, tobramicina) Avaliar possibilidade de politerapia Perspectivas: droga inibidora de KPC + antimicrobiano Treponema pallidum Sífilis (IST) Facilmente tratável, esses microrganismos geralmente não são resistentes a antibióticos. Brasil tem alta incidência de sífilis Gênero Treponema Ordem Spirochaetales (gêneros Treponema, Borrelia (doença do carrapato, Leptospira...) Espiroquetas – helicoidais Delgadas (0,1-0,5x5-20 μm) Treponema pallidum · Espiralada · Móvel – flagelo periplasmático (endoflagelo) · Gram negativa- não é vista ao microscópio · Não crescem em meios de cultivo artificiais · Anaeróbias ou microaeróbias Epidemiologia Diversas lipoproteínas não expostas -> ausência de imunidade duradora Redução -> antibioticoterapia (década de 40) Aumento de casos-> uso de anticoncepcionais (1960), sauna “gay” (1970), prostituição relacionada a cocaína e crack (1990) Exclusivo em humanos Sensível ao ambiente e desinfetantes Vias: IST (horizontal), congênito (vertical), transfusão Risco de contrair: 30% como IST (ao ter relação com alguém que tem síflis) Fase inicial da doença -> lesões úmidas -> aumento da infectividade Congênito -> qualquer fase da gravide, não só no primeiro trimestre, mas no primeiro é mais grave Doenças clínicas Sífilis O paciente pode se curar sem usar antibiótico Sífilis primária · Cancro sifílico primário (úlcera indolor) - local de inoculação (10-90 dias após a infecção) -> surge cancro duro · Linfadenopatia indolor · Cicatrização em 2 meses Sífilis secundaria · Evidencias de doença disseminada · Dor e garganta, dor de cabeça, febre, mialgia, anorexia, linfadenopatia, exantema mucocutâneo generalizado · Nas mãos e pés exiantema · Cicatrização espontânea – semanas a meses · Lesoes altamente infecciosas Sífilis terciaria (tardia) · 1/3 dos não tratados · Anos, décadas -> inflamação difusa crônica -> destruição de órgãos (arterite, demência, cegueira...) · Lesões granulomatosas (gomas) -> ossos, pele · Neurosíflis · Sífilis cardiovascular Sífilis congênita · Infecção intra-uterina · Malformações, morte · Nascimento-> rinite, exantema cutâneo · Rinite sifilítica apresenta secreção amarela-avermelhada rica em treponemas que surge ao final da primeira semana de vida · Não tratados após nascimento -> malformações dentes, ossos, cegueira, surdez, dano cardiovascular Diagnóstico Amostra Microscopia -> líquidos/ secreção lesão – pouco usado · Microscopia de campo escuro – cancoro primário e lesões secundárias · Imunofluorescência direta Sorologia -> sangue – mais usado – detecção de anticorpos Teste não treponemico (triagem) – rápido, baixo custo Teste treponêmico (FTA-ABS) – confirmatório VDRL Teste de floculação – não treponemico (se há encontro do antígeno com o anticorpo ele flocula) Cardiolipina (mistura no soro) + reagina (IgM, IgG) -> floculação Falso-positivo: malária, Hansen, sarampo, vacina... Quantitativo Sensibilidade: · 80-85% (primária) · 100% (secundária) · 70-75% (terciária) Especificidade: · 98-99% Teste treponemico - FTA-ABS Teste de absorção de anticorpo treponemico fluorescente Utiliza o T. pallidum como antígeno – um pedaço de vidro com treponema, se houver anticorpos eles iram se ligar aos microrganismos. Depois joga um anticorpo anti anticorpo que se liga ao anticorpo, que tem na superfície uma molécula fluorescente. Detecta Ac Imunofluorescência indireta Tratamento, prevenção e controle Penicilina – intramuscular, 1 dose só Tetraciclina e doxiciclina – alternativa Gravidas e neurosíflis – penicilina Prevenção e controle: sexo seguro, terapia adequada, pré-natal Não há vacina disponível Gênero Neisseria Gonorreia, meningite meningocócica Neisseria gonorrhoeae (gonococo) Neisseria meningitidis (meningococo) Morfologia e identificação · Cocos Gram-negativos, dispostos aos pares · Aeróbias · Colônias mucoides, brilhantes, transparentes ou opacas, não pigmentadas e não hemolíticas · Capnofílicas (preferência por um ambiente com alta concentração de CO2 e baixa de O2) · Fastidiosas (exigentes nutricionalmente) Neisseria meningitidis – meningococo Coco gram-negativo Diplococos Aeróbia Capsular 13 sorogrupos (polissacarídeos capsulares) Mais importantes (A, B, C, Y e W135) Transmissão aérea Epidemiologia No brasil:os que causam doença são os subtipos B, C e W Vacinação Taxa de mortalidade alta em meningites bactérias e taxa de mortalidade meningites virais é menor Fatores de virulência Capsula polissacarídica Por – forma poros na célula hospedeira e evita fusão fagossomo X lisossomo Opa – fixação/adesão Rmp – formação de poros (associadas a Por) LOS (lipo-oligossacarídeo) – endotoxina (lipídio A – forma vesículas – se você mata essa bactéria, é liberado o conteúdo da vesícula, que pode levar o paciente ao choque) Pili – fixação, troca genética, resistência a fagocitose Fbp – proteína de ligação de ferro – para retirar o ferro de moléculas humanas IgA protease Variação de fase antigênica Plasmidio “F” Patogenia / patologia Únicos hospedeiros naturais – humanos Porta de entrada – nasofaringe Pode compor a microbiota transitória (1 a 40% da população) Nasofaringe -> corrente sanguínea Meningococcemia – casos mais graves – infecção na corrente sanguínea e tende a se alojar nos pequenos vasos · Febre alta e exantema hemorrágico · Pode ocorrer coagulação intravascular disseminada e colapso circulatório Meningite – complicação mais comum da meningococcemia · Geralmente repentina – cefaleia intensa, vômitos e rigidez na nuca -> coma em poucas horas · Taxa de mortalidade: +- 100% (não tratados); <10% (entre os tratados) Meningococcemia -> meningococos nos capilares -> libera endotoxinas -> citocinas (TNF) -> petéquias Epidemiologia, prevenção e controle Microbiota normal: 5 – 30% Ocorre em surtos epidêmicos (acampamentos militares, peregrinos, creches...) Taxa de portadores durante epidemia: 70-80% O isolamento do doente pode ser indicado, mas outros também são portadores Uso de vacinas: indicado em militares e em casos de epidemias Diagnostico laboratorial · Amostras · Liquor – meninges · Sangue – meningococcemia · Swab nasal – pesquisa de portadores · Petequias/ punção – esfregaço ou cultura · Bacterioscopia Liquor (centrifugado), petequias Cultivo Capnofílico – 37 C Transporte imediato -> cultivo Hemocultivo ou agar Thayer- Martin (chocolate) · Identificação 48h -> realizar gram, oxidade, fermentação de carboidratos ou aglutinação de soro · Detecção de antígenos (menos sensível que bacterioscopia) · Pesquisa de ácido nucleico (alta sensibilidade e especificidade Imunidade 1- Infecções subclínicas 2- Vacinação Vacinas; A, C, Y e W – particular B – particular C (SUS) Tratamento Penincilina G Alérgicos -> cloranfenicol ou celafosporinas de terceira geração (cefotaxima ou ceftriaxona) Neisseria gonorrhoeae – gonococo Colônias pequenas Proteína Opa superficial -> colônias opacas Variação antigênica superficial -> não tem memória imunológica permanente Mesmo fatores de virulência da Neisseria meningitidis Patogenia Pili, POR e OPA: aderência -> invasão celular -> proliferação no espaço subendotelial LOS -> liberação de citocinas pró-inflamatória, TNF-α (sintomas) Pode atingir: trato geniturinário, olhos (pela transmissão de mãe para filho), reto, garganta Pode ser seguido e inflamação crônica e fibrose (principalmente na uretra e tuba uterina e que pode causar infertilidade) · Gonorreia (corrimento vaginal, corrimento endocérvice) · Gonococcemia · Conjuntivite purulenta · Artrite · Faringite Bacteremia gonocócica -> leva a: · Lesões cutâneas (pápulas hemorrágicas e pústulas) · Tenossinovite · Artrite Oftalmia neonatal – canal do parto – pode resultar em cegueira Gonorreia HOMEM-> uretrite (pus cremosa e amarelada, micção dolorosa) Pode ser assintomática Uretrite sintomática – uretrite sem tratamento -> supuração -> fibrose -> estenose uretral Pode atingir o epidídimo MULHERES -> endocervice -> uretra e vagina -> corrimento mucopurulento Epidemiologia/prevenção e controle Distribuição mundial Anos 70-450 casos/100.000 habitantes Atualmente 120 casos/100.000 habitantes Transmissão: “exclusivamente” sexual Frequentemente por contato entre assintomáticos Incidência maior – 15-24 anos Chance de contagio: 20-30%; 50% mulheres – por uma questão anatômica Controle: sexual, tratamento, educação, preservativo Diagnostico laboratorial · Amostra Pus e secreção – uretra, colo, reto, conjuntiva, garganta, liquido sinovial Sangue – infecção sistêmica · Bacterioscopia – diplococos Uretra masculina – Sensibilidade 90% e especificidade 99% Endocervical – sensibilidade 50% e especificidade 95% -> fazer cultivo e/ou DNA · Cultivo Transporte imediato -> cultivo Capnofílico – 37C Agar Thayer-Martin e chocolate · Identificação 48h-> realizar Gram, oxidase, oxidação de carboidratos Tratamento Penicilinase – diversos mutantes resistentes – produtoras de penincilinases Tetraciclinas – diversos mutantes resistentes Ceftriaxona intramuscular – dose única (CDC-Atlanta) Associar com azitromicina ou doxiciclina para possível concomitância de infecções por clamídia Profilaxia: apenas para oftalmia neonatal (nitrato de prata, tetraciclina ou entromicina) Mycobacterium spp. Gênero Mycobacterium · Bacilos finos, retos ou ligeiramente curvos · Aeróbios estritos · Imóveis · Não formadores de esporos · BAAR – bacilos álcool ácido resistentes · Sobrevivem em secreções (expectoração) · Parede celular rica em lipídios -> hidrofóbico – presença de ácidos graxos complexos · Não coro em coloração de Gram, é corada em coloração de Ziehl-Nelsen · Resistente a desinfetantes/antimicrobianos Principais doenças: Tuberculose -> Mycobacterium tuberculosis (replicação: 16 h) Hanseníase (lepra) -> Mycobacterium leprae (replicação: 11 dias) (Afligem a população há milênios) Micobactérias de crescimento rápido: M. fortuitum, M. chelonae, M. abscessos Tuberculose Disseminação pessoa-pessoa por inalação de aerossóis infecciosos – paciente que ta sendo tratado não libera bacilos para o ambiente Indivíduos susceptíveis “imunossuprimidos” (em tratamento de câncer, AIDS) A tuberculose humana pode ser causada por M. tuberculosis, M. bovis, M. kansasii Tratamento é compulsório Consequências da infecção/transmissão: · Eliminação dos bacilos – resposta efetiva (90%) · Tuberculose primaria (5-10%) · Bacilos tornam-se latentes (5-10%) – cria um bloqueio para a replicação do agente, mas não o elimina – · Reativação dos bacilos latentes-> DOENÇA (TB de reativação) Reservatório: humano Replicação lenta – tempo de geração 15 a 20 horas Período de incubação: 6 semanas a décadas Geralmente pulmonar Alvéolos – alcançados por partículas com 1 a 3 bacilos 5% dos pacientes → doença ativa em 2 anos 5 – 10% → doença ativa em algum momento da vida HIV+ → em 10% doença ativa em 1 ano Geralmente aparece antes de outras oportunistas Disseminada → miliar Epidemiologia Infectados: 1/3 da população mundial (OMS) 9 milhões casos/ano – 2 milhões mortes/ano (uma morte por segundo) Brasil – 4 causa de morte por doença infecciosa População de risco: desabrigados, dependentes químicos, presidiários, HIV + Prognóstico Doença grave, porem curável em praticamente 100% dos casos novos, desde que seja diagnosticada e tratada precocemente Terapia adequada: Rápida melhora clínica, com ganho de peso, cessação da febre, da tosse e do escarro Redução da contagem bacteriana -> BAAR Diagnóstico laboratorial Amostras: escarro, lavado gástrico (principalmente em crianças), urina, liquido pleural, liquido articular, LCR, sangue (em casos de tuberculose sistêmica) Microscopia -> coloração de Ziehl-Neelsen: pesquisa de bacilos álcool-ácido-resistentes (BAAR) -> prognóstico (as cruzes) Cultura -> crescimento lento PCR – mais usada e mais rápido Teste tuberculínico cutâneo – PPD Filtrado concentrado de micobacterias (PPD – derivado proteico purificado) Inoculação cutânea do antígeno bacteriana PPD (+): endurecimento, edema e eritema em 48-72h – 10 mm enduração Interpretação: a positividade do teste tuberculínico indica que o paciente foi infectado no passado e continua abrigando micobacterias viáveis em alguns tecidos; isso não implica a presença de doença ativa ou de imunidade a doença Após a vacinação com BCG, a reação positiva pode persistir por 3-7 anos. Acobertura dessa vacina é baixa (menor que 30%) Tratamento Terapia com múltiplas drogas e tratamento prolongado são necessários para prevenir o desenvolvimento de isolados resistentes Isoniazida, etambutol, pirazinamiaa e rifampina (ao mesmo tempo) por 2 meses, seguidas por 4-6 meses de isoniazida e rifampina. Hanseníase O M. leprae tem morfologia semelhante ao M. tuberculosis Bacilos retos ou ligeiramente curvos BAAR Imóveis: não produtoras de esporos Vivem dentro das células (principalmente células nervosas), agrupando-se em feixes paralelos ou massas globulares (globias) Não são cultivadas em meios de cultura artificiais, mas apenas em cultura de célula Tempo de replicação (11-16 dias) Alta infectividade; baixa patogenicidade Infecta principalmente a pele e os nervos, mas pode atingir outras regiões (mãos, pés, face e olhos – regiões mais frias do corpo) Lesão nos nervos -> atrofia muscular, paralisia e deformidades As lesões de pele sempre apresentam alterações de sensibilidade. Esta é uma característica que as diferencia das lesões da pele provocadas por outras doenças dermatológicas. Inicia-se como uma mancha na pele, insensível a dor, tato ou temperatura. Transmissão: Contato íntimo e prolongado com pacientes que eliminam bacilos Pacientes sem tratamento: eliminação pela pele e também pelas secreções nasais (transmissão por meio das vias aéreas superiores/trato respiratório) Em tratamento não transmite Período médio de incubação: 2-7 anos Caso de hanseníase: presença de uma ou mais das seguintes características: · Lesão (ões) de pele com alteração de sensibilidade · Acometimento de nervo com espessamento neural · Baciloscopia positiva Formas clinicas Após o contagio com M. leprae: Hanseníase indeterminada Inicial: presença de uma mácula, sensação de formigamento, Hanseníase lepromatosa (Virchowiana) Forma mais grave da doença Altamente contagiosa (multibacilar) Corpo tem a sensação que os membros não estão sendo usados, e vai atrofiando (reabsorção óssea e muscular) A maioria das pessoas que entra em contato não desenvolve a doença Bacilos: pele, TR, olhos, testículos, linfonodos, macrófagos Face leonina = edema da face, perda dos sulcos naturais da pele, perda das expressões faciais, secreção sero-sanguinolenta (lesão de mucosa) – rica em bacilos Quando não tratada adequadamente-> Lesões graves -> deformidade Diagnostico laboratorial Clinico Laboratorial Baciloscopia -> exame microscópico onde se visualiza o BAAR diretamente nos esfregaços de raspados intradérmicos das lesões hansenicas ou de outros locais de coleta: lóbulos auriculares e/ou cotovelo, lesões Classificação operacional: Paucibacilar (PB): até 5 lesões de pele -> tratamento de 6 meses Multibacilar: mais de 5 lesões de pele -> tratamento de 1 a 2 anos Introdução a virologia · “Agentes filtráveis” · Intracelular obrigatórios · 50% de todas as ausências no trabalho e escola · Crianças; 7 ou mais infecções virais por ano que requerem pelo menos uma visita ao hospital ou médico Biotecnologia: · Terapia gênica · Ferramenta para investigar os hospedeiros celulares · Vetores de clonagem de genes · Desenvolvimento de vacinas Estrutura/organização: Tamanho: 18-300 nm Material genético: DNA/RNA Constituição básica Básica Genoma e capsídeo (proteico) = nucleocapsídeo Algumas: enzimas (polimerase, transcriptase), lipídios (envelope), carboidratos O envelope lipídico é ingerido ao brotar de uma célula humana O vírus para se ligar a célula humana precisa de receptores que se ligam as glicoproteínas virais (no caso do HIV; GP41 e GP120). O vírus hiv só se liga a células que tem o receptor CD4 (células de defesa), porque o GP120 tem afinidade por ele. GP41 vai interagir com a membrana e vai causar a função entre a viral e humana, jogando o vírus para dentro. O material genético viral do HIV vai ser integrado ao material genético humano, porém antes disso o seu RNA é preciso ser transformado em DNA pela transcriptase reversa. Assim, utilizando a maquinaria humana começa a ser produzidos e expressados glicoproteínas Vírus pode se multiplicar por brotamento (envelopado) ou “estourar” a célula (desnudo) Glicoproteína fica no envelope e também existem no capsídeo · Capsídeo: Icosaédrico, elípitico (vírus ebola), complexo (Bacteriófagos: vírus que mata bactéria – poupa microbiota normal) · Envelope: Bicamada lipídica Originaria de membranas celulares Contém glicoproteínas virais -> infectividade viral Facilmente destruída Fisicamente, o vírus desnudo é mais resistente do que o envelopado, já que o envelope lipídico pode ser destruído por sabão, álcool, calor. Vírus da imunodeficiência humana (HIV) e síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS/ SIDA) Um paciente com AIDS é sintomático Um paciente HIV positivo tem o vírus, nem sempre ele tem AIDS Vírus HIV · É um retrovírus (capacidade de transformar o RNA em DNA pela transcriptase reversa) – RNA · É envelopado – glicoproteínas (gp) · Apresenta um nucleóide cilíndrico · Não é oncogênico = não causa mutações no material genético que ele infecta = O paciente com AIDS tá apenas mais vulnerável a ter câncer · Infecta células do sistema imune (com receptor CD4) · O pró-virus permanece associado as células · A replicação é altamente espécie-específica – HIV humanos só infecta humanos Estrutura/composição Duas cópias idênticas de RNA Transcriptase reversa Integrasse GENEs – produzem as proteínas: · Gag – capsídeo · Pol – polimerase, protease, integrasse · Env – envelope (glicoproteína) Epidemiologia Derivado de macacos Cosmopolita (presente em todo o mundo) Transmissão: sangue, sêmen, secreções vaginais, vertical (feto) ou RN Não transmite: toque, abraço, beijo, tosse, espirro, insetos, agua, comida, toaletes Todo parto de mãe HIV positiva é por cesária e não amamenta também Alto risco: · Sexualmente ativos · Drogas endovenosas · Tatuagem: agulhas e tintas contaminadas · Antes de 1985 – hemodiálise, transfusão de sangue · Profissionais de saúde - perfurocortantes Profissionais do sexo recebem antiviral profilático A grande maioria das pessoas infectadas com HIV não tem sintomas e não sabe que está infectada Patogênese Tropismo por LT e macrófagos -> expressam CD4 -> redução da função e da população celular -> redução da resposta imune Infecção superfície mucosa -> tecido linfoide associado a mucosa Gp 120 -> CD4 Co-receptores: CCRS e CXCR4 Deficientes em receptores de quimiocinas -> resistentes Alvo de drogas antirretrovirais – inativar esses receptores Redução de células = citólise pelo HIV, citólise imune Fatores que causam a variabilidade genética do HIV-1: · Alta taxa de erro da transcriptase reversa · Recombinação genômica · Alta frequência de replicação Defesa: imunidade humoral e celular Resistência: LTCD8 -> morte celular -> morte viral Porem, CD8 é ativado por CD4 Doenças indicadoras de AIDS: · Protozoários: toxoplasmose · Fúngicas –muito comum, porque esses microrganismos exigem resposta celular, e o vírus da AIDS está agindo nela. · Virais: Citomegalovírus, Herpes · Bacteriana: Tuberculose, Salmonelose, outras · Neoplasias: Sarcoma de Kaposi, linfomas Diagnóstico Identificar indivíduos infectados/portadores; acompanhar curso da doença; avaliar eficácia do tratamento Testes sorológicos não identificam os casos recentes Crescimento em cultivo é difícil Papilomavírus – HPV Epidemiologia Transmissão: 1- Contato direto na pele – em lacerações 2- Relação sexual 3- Durante o parto (canal do parto) Resiste a inativação: sobrevive em superfice de balcão, pisos de banheiro, toalha Possível a IST mais prevalente no mundo 600 milhoes portadores no mundo 10 milhoes de portadores no brasil Presente em 99,7% dos casos de câncer cervical “Segunda” causa de morte por câncer em mulheres Alto risco: HPV16, 18, 31 e 45 Papanicolaou (citológico cervical) – 5% contém célula infectada por HPV (coiolócitos) e vai indicar se tem células alteradas características de câncer Síndromes clinicas Verrugas – proliferação benigna e autolimitada da pele. Geralmente ocorre em crianças e adultosjovens XXXXXXXX Verrugas anogenitais/condiloma acuminado (HPV 6 e 11) – geralmente macia, acastanhada – epitélio escamoso da genitália externa e áreas perianais – “crista de galo” Displasia e neoplasia cervival (principalmente 16 e 18) Papanicolaou -> alterações citológicas -> coilócitos (indica a presença do vírus) Displasias (primeiras alterações neoplásicas observadas ao MÓptico – 40-70% regridem Displasias leves -> neoplasia intraepitelial cervical (NIC) -> neoplasia severa (carcinoma) NIC1 e NIC2 GRAFICO INCIDENCIA, CERVICE NORMAL CANCER DENGUE Introdução · Vírus de RNA de cadeia única · Envelopado · Arbovirus (vírus transmitido por um artrópode) · Ampla variação de hospedeiros – vertebrados (mamíferos, pássaros, anfíbios) invertebrados (mosquitos, carrapatos) · Tipos: 1, 2, 3, 4 e 5 Patogênese e imunidade Adquirida após picada de artrópode (mosquito) -> 8-14 dias para torna-se infectante Estabelecem infecção sistêmica e viremia em mamíferos Estimulam síntese de interferon -> sintomas “gripe” (febre, dor de cabeça,...) Infecções em vertebrados são persistentes -> produção viral continua Um paciente com dengue assintomático não é uma fonte de vírus pro mosquito Estudos indicam que vírus da dengue tipo 1 se dissemina mais rápido na população e a 3 é mais patogênica Fêmeas -> sangue -> adquirem vírus do vertebrado -> intestino do mosquito ->circulação -> glandulas salivares -> regurgita saliva no vertebrado (corrente sanguínea) -> células endoteliais, capilares, monócitos, macrófagos · Viremia primária -> febre, calafrio, cefaleia, lombalgia e sintomas da “gripe” (3-7 dias após a infecção) · Viremia secundária -> vírus pode se disseminar para outros órgãos Células alvo são monócitos/macrófagos Imunidade Imunidade humoral e celular são importantes Interferon α, IFNβ -> limita proliferação, induz sintomas IgM -> produzida em 6 dias após infecção Resposta imune pode lesar vasos -> hemorragia Anticorpos não neutralizantes – não inativa o vírus Quando o paciente tem dengue pela segunda vez, tem 10 vezes mais chance de ter uma dengue hemorrágica, uma vez que anticorpos de infecções previas se ligam ao vírus, estimulando a ligação ao monócito, facilitando a disseminação do vírus. Dengue hemorrágica = ascite (liquido vai ser derivado dos vasos sanguíneos) Epidemiologia Humanos -> hospedeiros “finais” Verão -> chuvas -> eclosão dos ovos -> procriação dos artópodes Local: poços de agua parada, depósito de lixo, canais de drenagem... Inverno – persistência como ovos 50 milhões casos/ano/mundo 400 mil casos/ano/mundo febre hemorrágica da dengue Síndromes clinicas Caso suspeito – dengue clássica Febre com duração de 2-7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaleia, artralgia, dor retrorbital, mialgia, exantema, prostação, além da história de ter estado em áreas de transmissão de dengue Caso suspeito – FDH (febre quebra-ossos) Febre com duração de 2-7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaleia, artralgia, dor retrorbital, mialgia, exantema, prostação e uma manifestação hemorrágica (gengivorragia, melena), além de ter estado em áreas de transmissão de dengue Exantema desaparece sob pressão – característica de infecção viral Pessoas que tiveram contato com outros sorotipos da dengue principalmente Prova do laço Delimitar área de 2,5x2,5 cm no antebraço Verificar pressão arterial media ex: (120/80)/2 = 100 mmhg Insuflar manguito ate PA média Aguardar 5 minutos (adultos) ou 3 minutos (criança) Resultado positivo – de acordo com a quantidade de petéquias- detecta a fragilidade capilar · Adulto >20 petéquias · Criança > 10 petéquias Diagnostico laboratorial Clínico Isolamento do vírus · Até o 5 dias -> inoculação intracerebral camundongos Sorologia -> inibição da hemaglutinação, ELISA, aglutinação de látex Infecção recente: IgM ou aumento 4X entre fase aguda e de convalescença PCR – muito específico, mas caro Tratamento/prevenção Não há antivirais Cuidados de suporte – hidratação Eliminação de vetor e procriadores Uso de telas *vacinas INFLUENZA Principais infecções virais Epidemias anuais (mutações: desvio ou drift) Pandemias periódicas (reagrupamento: deslocamento ou shift -> formação de quimeras) Gripe espanhola Pandemias: 1918, 1947, 1957, 1968 e 1977, 2003 (gripe aviária), 2009 (gripe suína) Influenza A, B, C (humanos: A e B) Apenas influenza A tem capacidade de realizar shift 2 vírus influenza podem infectar a mesma célula – potencial de ter um shift e ter um “novo” vírus Alta taxa de mutação Envelopados Pleomórifico – de esférico a tubular Glicoproteínas · Hemaglutinina (HA) – 16 tipos – se liga ao humano · Neuraminidade (NA) – 9 tipos RNA (-) Hemaglutinina (HA) · Proteína de ligação viral -> ácido siálico (que recebe o vírus) · Promove a fusão envelopexmembrana · Liga e agrega hemácias -> teste diagnóstico · Induz resposta protetiva -> anticorpos neutralizantes Neuraminidase (NA) · Possui atividade enzimática – digere muco · Cliva ácido siálico -> libera vírus para infectar outras pessoas · Alvo para antivirais – Zanamivir (relenza) e Oseltamivir (Tamiflu) Patogênese Infecção local – trato respiratório superior -> TR inferior Alvo primário: células secretoras de muco, ciliadas, epiteliais -> perda do sistema de defesa primário NA cliva resíduos de ácido siálico -> redução da viscosidade -> facilita acesso as células e ao TR inferior Replicação viral -> liberação apical -> disseminação para outras células e hospedeiros Disseminar TR inferior -> descamação epitélio brônquico e alveolar -> compromete as defesas -> adesão bacteriana Pode levar a viremia transitória Epidemiologia Novas cepas -> mutações e recombinação/reagrupamento Coinfecção de uma célula -> vírus híbridos1997 – H5N1 Hong kong · 18 casos gripe aviária -> 6 mortes (patogênese alta, mas baixa capacidade de disseminação) · Afinidade pelo pulmão · Precisa de alta dose infecciosa · Transmissão pelas fezes de aves · 1,6 milhão de aves exterminadas 500.000 mortes/ano/mundo Transmissão: pequenas gotículas (conversa, tosse, respiração), contato com as mãos Sobrevida em superfices – até um dia Disseminação facilitada: crianças Principais vítimas: idosos Contagio: precede primeiros sintomas Vigilância de surtos -> identificação e linhagens -> vacinas Síndrome clínica Varia de assintomática grave, depende da linhagem e imunidade Casos graves; fumantes, imunodeprimidos, idosos, cardíacos Período de incubação: 1 a 4 dias Mal-estar, cefaleia -> febre, calafrios, mialgia, perda de apetite, fraqueza, tosse não produtiva, dor de garganta Febre: 3 a 8 dias Recuperação: 7 a 10 dias Menores de 3 anos: bronquiolite, laringite, otite media, vômitos e dor abdominal Complicação -> pneumonia Tratamento e prevenção Não existe antivirais para gripe comum Paracetamol Anti-histamínicos – reduz secreção Antivirais: · Amatandina, rimantadina · Zanamivir, oseltamivir Vacinas “cepas do ano” – em cada ano muda-se os subtipos presentes 6 meses a 5 anos; >60 anos; Trabalhadores da saúde; Indígenas; Gestantes e puérperas; Doença crônica; Professores Diferença de GRIPE e RESFRIADO GRIPE RESFRIADO Agente causador: influenza Rinovírus, Adenovírus, Coronavírus Duração: 1 semana e um pouco mais forte 2 a 4 dias Febre: alta Baixa Principal complicação: pneumonia Otite IMUNOLOGIA Visão geral da resposta imune · Sistema imune – células e moléculas · Imunidade - Proteção contra doenças · Resposta imune (RI) - Defesa contra agentes infecciosos - Não infecciosos podem ativar RI (ex: alergia a medicamento) - Pode causar dano tecidual Conceito: Relação aos componentes de microrganismos, bem como as macromoléculas, tais como proteínas e polissacarídeos, e pequenos agentes químicos que são reconhecidos estranhos, independente da consequência fisiológica (defesa) ou patológica (agressão). IMUNIDADE INATA X IMUNIDADE ADAPTATIVA · Resposta imune inata/ natural ou nativa – já nasce com o indivíduo, não precisa de um estímulo prévio. Geral, não é específica. Essencial para a defesacontra microrganismos nas primeiras horas ou dia após a infecção. · Resposta imune específica/adaptativa ou adquirida – natural ou artificial – específica e mais eficiente – só linfócitos A defesa contra microrganismos é mediada pelas reações iniciais da imunidade inata e pelas respostas tardias da imunidade adaptativa. Se a resposta imune inata foi suficiente, eliminou o microrganismo e não precisou de gerar a resposta imune específica (pode explicar o fato de algumas pessoas que tiveram covid de forma leve/assintomática não terem anticorpos). Imunidade inata (natural ou nativa): Componentes: · Barreiras físicas (tecidos epiteliais) e químicas (peptídeos com atividade antimicrobiana) · Celulas fagocíticas (neutrófilos, macrófagos) · Células dendríticas e células NK · Proteínas sanguíneas (SC – sistema do complemento) - > importante elo de ligação entre resposta inata e resposta adaptativa -> ativação do linfócito T · Mediadores da inflamação (PCR- proteína C reativa – se tiver muito alto pode indicar uma inflamação) Características: · Estruturas compartilhadas por grupos de microrganismos relacionados · Reposta não varia · Diversidade limitada - > uma mesma célula pode fagocitar organismos diferentes · Não gera memória · Padrões moleculares associados a patógenos (PAMP´S) -> importante para as células identificarem o antígeno; são estruturas compartilhadas por grupos de microrganismos semelhantes. EX: 1 grupo de PAMPs de bactérias gram-positivas que vão ser encontradas o LPS, enquanto nas gram-negativas vão ser encontradas o ácido lipoteitoico (que são exemplos de PAMPs). · O macrófago vai ter receptores de reconhecimento de padrões e vai reconhecer os PAMPs Imunidade adaptativa (adquirida ou específica) Especificidade: habilidade de distinguir diferentes substancias Memoria: habilidade de responder mais vigorosamente a exposições repetidas ao mesmo microrganismos Linfócitos – únicas células que fazem parte da imunidade adaptativa – 2 TIPOS: B e T · Linfócito B possui um receptor especifico para o antígeno (BCR) · Epítopos: menor porção do antígeno capaz de se ligar ao linfócito e desencadear uma resposta imune. · Célula T tem o receptor de TCR, para ser ativado precisa das células apresentadoras de antígenos (APC), que cliva o antígeno e “apresenta” para a célula T. Características: · Cada célula reconhece somente uma substancia microbiana · Resposta variável · Diversidade muito grande · Gera memória – quando reconhece um antígeno, essa célula se prolifera com o mesmo receptor. Vão produzir plasmócitos e células de memória, que já conhecem o antígeno. As células de memória geralmente vão ficar no órgão linfoide secundário Moléculas: · Anticorpos – principal molécula do tipo humoral · Citocinas (interleucinas, fator de necrose tumoral) · Quimiocinas Diversidade: variabilidade nas estruturas dos locais de ligação ao antígeno Expansão clonal: aumento dos linfócitos com receptores específicos para antígenos Especialização; gera respostas contra diferentes tipos de microrganismos Contração e homeostasia: todas respostas diminuem com o tempo após estimulação pelo antígeno retornando a homeostasia (repouso basal). Não reatividade ao próprio: linfócitos (auto-reatores) são inativados ou suprimidos por células regulatórias. Os linfócitos antes vão passar por um processo de deleção clonal que serão eliminados aqueles auto-reatores. Se permanecerem, podem no futuro desencadear uma doença auto-imune. Tipos de respostas imunes adaptativas Diferentes tipos de resposta para eliminar diferentes tipos de microrganismos Imunidade humoral (sangue e secreções de mucosas) - Linfócitos B - Anticorpos - Microrganismos extracelulares e toxinas Imunidade celular - Linfócito T (auxiliar, helper, citolítico) - Microrganismos intracelulares (vírus, bactérias), intravesiculares e extracelulares Resposta imune inata X adaptativa · Resposta imune inata inicial: Inflamação – bactérias Defesa antiviral – vírus · Resposta imune adaptativa Anticorpos Ativação de células que vai induzir a fagocitose ou a morte celular AULA 2- Componentes Sistema Imune Inata · Resposta inicial aos microrganismos (prevenir, controlar e eliminar) · Eliminam células danificadas e iniciam processos de reparo · Estimula e define a RI adaptativa · Tipos: defesa inflamatória e antiviral Resposta imediata – 0-4 horas -> resposta imune precocemente induzida – precoce de 4-96 horas. Se a resposta imune imediata for capaz de eliminar o microrganismo, a resposta imune irá cessar. Qual estratégia o sistema imune vai usar para eliminar o microrganismo? Deve se pensar o espaço que o microrganismo se encontra. Intracelular: · Citoplasmática: vírus, Chamydia spp. -> CÉLULAS NK · Vesicular: Mycobacterium spp. Extracelular: · Espaço intestinal, sangue, linfa -> complemento, fagócitos · Superfice epitelial Componentes celulares do sistema imune inato 1- Barreiras epiteliais 2- Fagócitos 3- Células dendriticas 4- Células NK 5- Polimorfonucleares (Neutrofilos, eosinófilos, ) 6- Mastócitos Barreiras epiteliais Barreira física a infecção -> junções celulares, queratina, muco (composto de mucina, dificultando a ligação do microrganismo de ligar-se ao receptor) Morte dos microrganismos por antibióticos produzidos localmente -> defensinas e catelicidinas Morte dos microrganismos e células infectadas pelos linfócitos T intraepiteliais · Acidez estomacal -> torna ambiente muito ácido para crescimento de patógenos · Lizosima - lágrima -> lise parede celular bacteriana · Suor – diminui Ph da pele · Epitélio ciliados do trato respiratório -> produção muco, batimento cílios faz com que o microrganismo seja deslocado para orofaringe · Peptidios antimicrobianos: · Defensinas · Produzidas pelas células epiteliais e leucócitos granulosos (neutrófilos, NK) · São cátion iônicos, esses peptídeos são atraídos pela própria membrana do patógeno, se inserindo, formando um poro, desestabilizando-o. · Intestino – celular Paneth – alfa defensinas · Catelicidinas · Neutrófilos e células epiteliais (pele, trato gastrointestinal TGI, trato respiratótio TR) · Fragmento C-terminal – liga-se LPS · Funções: toxicidade direta (o peptídeo vai se ligar ao patógeno, sendo toxico e matando-o) e ativação inflamação Fagócitos Macrófago · Agranulócito · Circulantes: monócitos (sangue) · Residentes: macrófagos (tecidos) · Nomes específicos: macrófago alveolar, microgliócito (SNC), osteoclasto, célula de Hofbawer, histiócitos, células de Kuppfer (fígado) · CD11++CD11 (maioria possui) · Citoplasma: · Lisossomos · Vacúolos · Produzido na medula, vai para o sangue (monócitos) e depois vai para outros tecidos · Membrana do fagócito engloba o microrganismos -> microrganismo ingerido no fagossoma -> fusão do fagossoma com o lisossoma -> morte dos microrganismos secretando radiciais livres ou enzimas proteolíticas · Inflamação: macrófago como não consegue destruir o microrganismo sozinho, ele secreta citocinas (TNF, IL-1) para “chamar” outras células. Neutrófilos e monócitos migram para · Citocinas: muitas delas são chamadas de interleucinas (IL), promovem: · Vasodilatação (porque vai ajudar na saída das células · Aumento de permeabilidade vascular (vão fazer com que o endotélio expresse as moléculas, para ocorrer a diapedese – migração das células do vaso para o tecido) · Quimiocina: IL-8 – atrai neutrófilos · TNF: fator de necrose tumoral Leucócitos polimorfonucleares Neutrófilos · Granulócito · Circulante · + abundante 60-70% · Núcleo com 2-5 lóbulos · Fases iniciais da inflamação · Vida média 6-8h (sempre sendo substituído) · Eliminação: macrófagos do baço e fígado · Fagócito · Primeira linha defesa celular – primeira célula a ser recrutada · Ele morre junto quando tenta destruir o patógeno · Desvio a esquerda – aumento da quantidade de neutrófilos, principalmente do tipo bastonetes para dar conta · Pus: conteúdo purulento em que tem o microrganismos e células mortas também, principalmente neutrófilos Neutrófilo Macrófago Aumento rápido em fase aguda Aumento
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