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Leishmaniose Visceral

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Leishmaniose visceral
Doença causada por protozoários flagelados e transmitida por flebotomíneos
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Histórico
Cunningham, 1885 >Índia,kala-azar
Ross, 1903 > gênero Leishmania
Penna, 1934 > Brasil, descrição da forma visceral
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Classificação
Reino- Protista
Filo- Sarcomastigophora
Classe- Zoomastigophorea
Ordem- Kinetoplastida
Família- Trypanosomatidae 
Gênero- Leishmania
Sub-Gênero- Leishmania 
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Espécies
Leishmania (Leishmania) donovani- febre Dum-Dum ou kala-azar na Índia
L. (L.) infantum- leishmaniose infantil no Mediterrâneo
L. (L.) chagasi- leishmaniose visceral ou calazar no Brasil
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Morfologia
Amastígota- forma intra-celular, oval, flagelo intra-celular. Giemsa: citoplasma azul, núcleo vermelho, cinetoplasto violeta
Promastígota- alongada, flagelo sai do pólo anterior da célula e a movimenta. É observada no hospedeiro invertebrado e nos meios de cultura
Divisão binária 
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Amastígotas
Em células do SFM (sistema fagocítico mononuclear ), macrófagos:
 do baço, 
 do fígado (células de Kupffer), 
 da medula óssea,
 de órgãos linfóides
 
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Amastígotas
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Promastígotas- no vetor e em meios de cultura
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Transmissão
O flebótomo fêmea infecta-se ao ingerir, durante a picada, sangue de animal ou homem (menos)com leishmaniose
O homem infecta-se quando o inseto transmissor inocula as formas promastígotas durante o hematofagismo. Outros meios: transmissão congênita, transfusão sanguínea, acidentes de laboratório
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Hábitat
Flebótomo- tubo digestivo. A presença de muitos flagelados no estômago e proventrículo dificulta a ingestão de sangue e leva o inseto a picar muitos hospedeiros e assim infectá-los
Hospedeiro vertebrado- vacúolos digestivos de macrófagos dos órgãos linfóides
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Ciclo biológico- Vetor
hematofagia > ingestão de sangue com macrófagos parasitados com amastígotas > estômago > rompimento de macrófagos > liberação de amastígotas >divisão binária ainda em sangue envolto por membrana peritrófica produzida pelo estômago > promastígotas > digestão do sangue > rompimento da membrana > promastígotas livres
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Promastígotas > esôfago e faringe > paramastígotas aderidas pelo flagelo ao epitélio > divisão > promastígotas > migração à faringe > promastígotas infectantes, muito móveis > aparelho bucal do inseto 
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Ciclo – Vertebrado
Hematofagia do flebotomíneo > promastígotas no local da picada > fagocitose: o macrófago emite pseudópodos > interiorização dos parasitos, vacúolo fagocitário > amastígotas > divisão binária > rompimento do macrófago > fagocitose de amastígotas por novos macrófagos > visceralização > reação inflamatória 
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Ciclo 
evolutivo
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Patogenia
Leishmanioma- nódulo e inflamação transitórios
Visceralização das amastígotas- disseminação hematogênica ou linfática
Incubação 2-7 meses
Evolução benigna- quadros assintomáticos
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Patog.
Hiperplasia e hipertrofia histiocitária, edema, infiltrado celular
Aumento do volume dos órgãos: esplenomegalia, hepatomagalia
Rutura do baço, fibrose no fígado, hipertensão portal
Medula óssea- macrófagos substituem tec. hematopoiético: anemia, leucopenia, plaquetopenia> hipoplasia, aplasia
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Patog.
Gânglios linfáticos- hipertrofia, hiperplasia, úlceras pequenas, necrose
Pulmões- amastígotas são raras, existe material antigênico, infiltrado intersticial, infecções
Rins- imunocomplexos na matriz mesangial, glomerulonefrite, hematúria
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Patol. - sintomatologia
Inicial- inapetência, febre alta, palidez, hepatesplenomegalia, adinamia
Período de estado- 
 1ºsintoma principal> febre constante, irregular
 2ºsintoma principal>esplenomegalia
 Tosse seca, hematúria, emagrecimento, queda de cabelos, diarréia, disenteria, edema de membros inferiores, hemorragias, icterícia, ascite, caquexia
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Calazar 
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Diagnóstico
Clínico- sintomas, anamnese, exame
Laboratorial: 
pesquisa do parasito em esfregaços e culturas (meios NNN, LIT)> punção ou biópsia de medula óssea (externo ou crista ilíaca), baço, fígado, gânglios
Testes imunológicos > RHI, RIFI
Técnica de PCR
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Tratamento
Gaspar Vianna > sais de Antimonio (Sb)
Antimoniais pentavalentes:
antimonato de 
 Meglumina
 (Glucantime)
estibogluconato de Na
 (Pentostan)
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Epidemiologia
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Calazar 
A doença é endêmica em 88 países, onde 350 milhões de pessoas estão sob risco de infecção. Quase todos os 500 mil novos casos anuais provenientes de epidemias recorrentes, ocorrem nas áreas rurais do continente indiano (Índia, Nepal, Bangladesh), Brasil, e Sudão. No Brasil, as crianças são o grupo de risco
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Vetor
Phlebotomus- na África e Ásia 
Lutzomyia longipalpis – no Brasil
fêmeas hematófagas 
zoofílicas
e antropofílicas
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Reservatórios
Silvestres- 
 canídeos (raposas)
Doméstico e 
 peri-doméstico- cães
 Esses 2 ciclos podem interligar-se
Na Índia, o calazar se transmite:
 homem > vetor > homem
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Calazar canino
Magreza, alopécia, unhas grandes, úlceras, diarréia, apatia, ascite
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Controle
Vigilância canina- cães sintomáticos, inquérito sorológico
Eutanásia canina
Vigilância 
 entomológica- 
 investigação de 
 flebotomíneos, 
 controle químico 
(DDT, Malathiol, K-Othrine em domicílios)
Atendimento precoce aos pacientes: diagnóstico, tratamento, acompanhamento

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