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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * MALÁRIA Hemoparasitose causada por protozoários sanguícolas transmitidos por mosquitos. É a endemia mais importante no mundo * * * Histórico 1 Egito- baços grandes de múmias Hipócrates (A.C.)- doença dos pântanos, maus ares (mal aria) Charles Laveran (1880)-> identificou o parasito nas hemácias * * * Histórico 2 Russell (1955) – convivência do Plasmodium e mosquitos hematófagos: fósseis em âmbar há 50 milhões de anos Cientistas italianos Grassi, Bastianelli e Bignami (1898, 1899)- ciclo nas hemácias Ross (1897)- transmissão por mosquitos * * * Classificação Filo- Apicomplexa Classe- Sporozoa Ordem- Eucoccidiida Família- Plasmodiidae Gênero- Plasmodium Espécies- P. vivax, P. falciparum, P. malariae e P. ovale * * * Morfologia * * * * * * Morfologia Formas extra-celulares esporozoítos merozoítos oocineto oocisto microgameta macrogameta * * * Formas evolutivas Esporozoítos Oocisto no intestino médio do inseto * * * Formas intra-celulares Trofozoíto jovem Trofozoíto maduro Esquizonte- rosácea Gametócitos * * * Formas evolutivas Trofozoíto..................... Esquizonte ....................... * * * P. vivax 2-6- trofozoítos jovens 7-18- trofozoítos 19-27- esquizontes 28-29- macrogametas 30- microgameta * * * P. falciparum 2-18- trofozoítos 19-26- esquizontes 27-28- macrogameta 29-30- microgameta * * * Habitat No homem- livres no sangue (esporozoítos); no fígado (trofozoítos, esquizontes); nas hemácias (trofozoítos, esquizontes) No mosquito- intestino médio (gametócitos); epitélio do intest. médio (oocisto); hemolinfa e glândulas salivares (esporozoítos) * * * Reprodução Homem- assexuada por esquizogonia Mosquito- sexuada por esporogonia Alimentação glicose, PABA, aminoácidos, fosfato Transmissão – picada do mosquito infectado -transfusão de sangue -congênita * * * Ciclo biológico No homem -Ciclo pré- eritrocítico ou tecidual- 1 a 2 semanas -Ciclo eritrocítico No mosquito * * * Ciclo pré- eritrocítico Inoculação de esporozoítos > circulação sanguínea > hepatócito > trofozoítos > esquizogonia > esquizontes > rompimento do hepatócito > liberação de merozoítos Recaídas – hipnozoítos (P. vivax e P. ovale) * * * Ciclo eritrocítico Merozoítos > penetração nos eritrócitos > trofozoíto > trofozoíto maduro > esquizonte > rosácea > rompimento das hemácias > merozoítos livres > penetração em novas hemácias Gametócitos- os merozoítos podem transformar-se em gametócotos, livres, não se reproduzem e são infectantes para o mosquito * * * Ciclo do P. falciparum O parasito completa o ciclo aderido ao endotélio capilar Portanto, no sangue periférico só são encontradas as formas de trofozoítos e gametócitos * * * Esquizogonias O tempo do rompimento de hemácias varia conforme a espécie 48h- terçã benigna > P. vivax terçã maligna > P. falciparum....... 72h- quartã > P. malariae * * * Ciclo no mosquito Hematofagia da fêmea anofelina > ingestão de gametócitos > intest. médio > macrogametas e microgameta > exflagelação do microgameta . Fecundação do macrogameta > ovo ou zigoto > oocineto > encistamento no epitélio do intestino > oocisto > esporogonia > esporozoítos na hemolinfa e glândulas salivares * * * * * * * * * Patogenia- deve-se à ação da hipóxia e de imunocomplexos Esquizogonias sanguíneas- destruição de hemácias, liberação dos parasitos e seus metabólitos > aumento de K e diminuição de Na do sangue > acesso malárico Hiperplasia e hipertrofia de SFM > hepatomegalia (fígado sempre acometido), esplenomegalia, icterícia, pigmento malárico nos órgãos Nefrose e nefrite- deposição de imunocomplexos * * * Malária grave (P. falciparum) Hipóxia- marginação eritrocitária Rosetas- menos elasticidade das hemácias, parasitadas ou não; citoaderência com deposição de ptn do parasito na superfície das hemácias, formando protuberâncias (“knobs”) Isquemia, edema no cérebro, rins, pulmões * * * Alterações sanguíneas Hemólise- destruição de hma. parasitadas ou não Diseritropoiese- disfunção medular por ação de citocinas: congestão, retardo na maturação de hma Síndrome da coagulação intravascular disseminada (SCID)- hemorragias, morte * * * Acesso malárico O paroxismo febril apresenta 4 etapas: Frio- febre 40ºC, tremores, vômitos, palidez, pulso fino e rápido Calor- febre 40ºC, sede, delírio, cefaléia, pulso forte Sudorese- suores abundantes, cansaço, sonolência Apirexia- final do acesso até outro ataque * * * Diagnóstico clínico Anamnese, exame. Índice esplênico: Região hipoendêmica- 10% Região mesoendêmica- 50% Região hiperendêmica- 75% Região holoendêmica- > de 75% * * * Diagnóstico laboratorial Pesquisa do parasito no sangue- esfregaço em gota espessa- determinação da densidade parasitária; devem ser lidos 100 campos por esfregaço Esfregaço delgado- sensibilidade menor Testes imunológicos- RIFI, RH (+ usados), RFC PCR QBC- coloração do DNA e RNA do parasito * * * Tratamento P. vivax- Cloroquina (esquizonticida), Primaquina (anti-recaída, anti-hipnozoíta) P. falciparum- Esquema com Artemeter + Lumefantrina (Coarten) Esquema com Quinina + Doxiciclina Primaquina (gametocitocida) Esquema com Quinina + Clindamicina (gestantes e – de 6 meses) * * * Epidemiologia áreas endêmicas no mundo * * * Epidemiologia- malária nas Américas/ Brasil Ìndios – uso de cinchona, árvore que produz a quina Colonizadores europeus (1492)- terçãs e quartãs Maurício de Nassau- séc. XVII Epidemia no Nordeste (1930)- morte de 15.000 pessoas; Anopheles gambiae, descoberto por Shannon, da Fundação Rockfeller * * * Epidemiol. - Brasil 1940- área malárica 1960- campanha de erradicação 1970- migrações 1990- Amazonia endêmica * * * Área endêmica no Brasil * * * Elos epidemiológicos Agente etiológico- Plasmodium Agente receptador- homem Agente transmissor- mosquito anofelino Gametóforo- homem infectado que apresenta gametócitos no sangue periférico * * * Fatores que favorecem a manutenção da endemia na Amazonia Vegetação, temperatura, pluviosidade, umidade, grandes coleções de água > proliferação do mosquito População dispersa, migrações, moradias inadequadas 9sem paredes) Resistência do P. falciparum à cloroquina Resistência do anofelino ao DDT * * * Transmissores da malária- Anopheles Família Culicidae- mosquitos do gênero Anopheles e sub-gêneros Nyssorhyncus e Kerteszia Possuem manchas claras e escuras ao longo das nervuras das asas O pouso é perpendicular ao apoio e não paralelo como em Culex e Aedes * * * Anopheles * * * Anopheles Fêmeas hematófagas Hábitos crepusculares Antropofilia acentuada Domesticidade Criadouros em grandes coleções de água * * * Espécies Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi- principal espécie transmissora A. (N.) aquasalis- litoral, águas com salinidade A. (N.) albitarsis- A. (Kerteszia) cruzi- bromeliáceas em lugares sombrios A. (Kerteszia) bellator- bromeliáceas em lugares ensolarados * * * Controle Inquéritos – conhecimento da extensão da malária Inquéritos hemoscópicos- Combate ao transmissor- destruição de focos larvários nas coleções larvárias, inseticidas de ação residual Combate às fontes de infecção- gametóforos Tratamento em massa Profilaxia individual- repelentes, telas * * * Controle Quimioterapia questionada Cloroquina 1 semana antes de entrar em zona malarígena e até 1 mês após sair da mesma * * *
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