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ENGENHARIA CIVIL FUNDAÇÕES SUPERFÍCIAIS CRISTIAN CARLO DEL BIANCO THIAGO HENRIQUE MARQUES DA SILVA DIAS Dracena 2022 CRISTIAN CARLO DEL BIANCO THIAGO HENRIQUE MARQUES DA SILVA DIAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Trabalho de Conclusão de Curso ou artigo apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Faculdade de Dracena– UNIESP, como exigência parcial para a obtenção do título de Engenheiro Civil ou de Produção. Orientador: Igor Darlan Dracena 2022 DEDICATÓRIA Aos meus queridos professores, de um modo geral, queremos deixar nossa eterna gratidão por fazer parte da realização desse sonho. Por ensinar e aprender juntamente conosco, todos os dias. Aos nossos familiares, que sempre estiveram do nosso lado, queria deixar nossa eterna gratidão todo nosso amor e carinho. AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradecemos a Deus, fonte essencial de sabedoria e forças necessárias para a realização deste trabalho. À nossa família, nosso maior tesouro, que sempre apoiou e compreendeu a nossa ausência em determinados momentos. Aos nossos amigos que por vezes sentiram nossa falta nos encontros e reencontros, mas sempre nos deram força. Aos professores, orientadores e toda equipe acadêmica que caminharam junto conosco ao longo de todos esses anos. RESUMO No tocante aos princípios referentes à construção civil, o termo fundação se revela como um elemento de cunho estrutural que tem como função transmitir as cargas verticais e horizontais referentes à qualquer estrutura. A priori, vale ressaltar que é fundamental que toda e qualquer construção seja regulamentada e siga todas as normas técnicas atuais correlacionadas ao projeto e ao desenvolvimento do mesmo. Sendo possível perceber um avanço significativo no ramo da engenharia civil referente à construções aumenta também a necessidade de entender com afinco acerca dos tipos de fundações, buscando evitar cometer erros correlacionados ao ato de projetar e construir as fundações. A medida que este trabalho se desenvolveu. Foi possível denotar os danos que uma má formação do engenheiro pode ofertar para a qualidade da construção à curto e longo prazo. Erros cometidos na etapa da fundação comprometem drasticamente o resultado final da estrutura e podem resultar em trincas, rachaduras ou colapso da habitação já em período de uso acarretado prejuízos de cunho financeiro, material e imaterial (acidentes com vitímas fatais). O presente trabalho foi construído através de uma pesquisa qualitativa integrativa, que permite ao pesquisador revisar os artigos já publicados e incluir opiniões, e através disso elucida os principais tipos de fundações superficiais, além de postular os principais cuidados que devem ser tomados pelo engenheiro e pelo construtor para que se consiga uma fundação de boa qualidade, dando ênfase a importância da presença de um engenheiro no que se refere à construções. PALAVRAS-CHAVES: Fundações superficiais. Engenheiro Civil. Engenharia. Construção. SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................................7 CAPÍTULOS TEÓRICOS. ..........................................................................................9 2.Histórico das fundações......................... .................................................................9 2.1 Fundações: conceitos iniciais. ............................................................................10 2.2 Tipologia das fundações .....................................................................................11. 2.3 Sapatas ..............................................................................................................13 2.3.1. Sapata isolada ....................................................................................13 2.3.2 Sapata Corrida .....................................................................................15 2.3.3 Sapatas associadas .............................................................................16 2.3.4 Baldrame ..............................................................................................17 2.3.5 Blocos ...................................................................................................17 2.3.6 Radier ...................................................................................................18. METODOLOGIA.......................................................................................................20 RESULTADOS...........................................................................................................2 1 CONCLUSÃO...........................................................................................................23 REFERÊNCIAS.........................................................................................................24 INTRODUÇÃO A problemática que embasa este trabalho surge à medida que se passou a observar a relevância de uma fundação bem feita no tocante à qualidade e durabilidade da construção. A priori, é importante salientar que segundo a NBR 6112/1996 há dois tipos de fundações: superficiais (rasas) e profundas, entretanto o presente trabalho, tem como foco o estudo das fundações superficiais e por isso os estudos aqui realizados bem como os resultados apontados reference ao desejo elucidá-la. As fundações superficiais: podem ser explicadas como os elementos nos quais a transmissão da carga pelo terreno ocorre por meio das pressões, haja vista que estas se distribuem sob a base da fundação; nas fundações superficiais a profundidade de assentamento no que tange o terreno adjacente é representada pela seguinte expressão “inferior ao resultado de duas vezes a menor dimensão da fundação. Contudo, é possível inferir que nesta categoria de fundação, pode-se incluir: sapatas, blocos, radier, sapatas associadas, vigas de fundação e sapatas corridas. O elemento que realiza a transmissão da carga para o terreno através da base, é chamado de radier. Ele pode transmitir carga pela base, no qual chama-se resistência de ponta, ou então pela lateral que neste caso é chamada de resistência de fuste. Há também a possibilidade de o radier atuar por meio de uma combinação das resistências de ponta e lateral, todavia, ele apresenta assentamento com profundidade maior do que o dobro de sua menor dimensão registrada na planta, e no mínimo 3 m, resguardado à justificativa. No grupo dos radier, encontram-se as estacas, os tubulões e os caixões. Entretanto, com relação ao que já foi exposto, o presente trabalho objetiva elucidar os tipos de fundações superficiais com maior índice de uso no tocante à construção de residências de caráter unifamiliar ou comercial de pequeno porte, todavia este ainda postula a relevância de realizar o estudo minucioso do solo onde será a construção para, somente depois, apontar qual tipo de fundação é o mais adequado para uso. A análise do solo, é fundamental, por isso deve ser realizada através do ensaio SPT (Standard Penetration Test), e somente depois de checar o resultado dessa análise é que se deve refletir acerca de qual é o melhor tipo de fundação. Ressalta-se que com relação às obras comerciais e residenciais cujo porte varia entre pequeno e médio, a opção por fundação superficial é completamente dependente das características do solo. Cabe salientar, que este se constitui como um estudo minucioso e complexo correlacionado à fundações superficiais. A temática fundações é extensa e abre precedentes para viariados estudos e refexões, por tal motivo, este delimita-se apenas à uma revisão bibliográfica acerca do histórico das fundações, seguida de explanações fundamentais às fundações superficiais. - OBJETIVO GERAL: - Identificar e evidenciar os elementares tipos de fundações superficiais sejam elas, rasas ou diretas. - OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Revelar a importância da fundação; - Compreender quais os cuidados indispensáveis que o construtor carece de ter objetivando alcançar alta qualidade da fundação;- Evidenciar a necessidade da realização da análise do solo; - Entender o processo de escolha adequada do tipo de fundação; - Promulgar a importância do desenvolvimento do projeto da fundação. CAPÍTULOS TEÓRICOS 2. HISTÓRICO DAS FUNDAÇÕES No que tange à história das construções, os romanos foram os povos que mais contribuíram para o desenvolvimento e o avanço nesta área de forma generalizada, sobretudo, no tocante às fundações. Foi na civilização romana, que ocorreu o surgimento do cimento. O cimento romano, é composto por uma mistura de pozolana com calcário, nesta composição ainda eram incluídos pedaços de pedras, o concreto. Neste período da história, o cimento e o concreto foram utilizados em grandes construções, como o Coliseu. Esta famosa obra foi assentada em um radier liso de 170m de diâmetro e o Pantheon construído por cima de uma viga de concreto em forma de anel com 4,5 metros de profundidade e 7 metros de largura (NÁPOLES NETO, 1998, p. 24). Em meados do século XVIII, Vauban emerge através de seus estudos e seu trabalho ofertou melhores conhecimentos através do momento em que tornou possível visualizar a “conjunção de ações entre solo e estrutura de retenção”. O estudo mencionado anteriormente, segue vivo e embasa o que hoje se tem por mecânica de solos. Somente, por volta dos anos de 1820, na Inglaterra, foi descoberto o cimento Portland, de outro lado, o concreto armado foi descoberto por Monier, 28 anos depois na França. O uso destes materiais são fundamentais, pois, fazem parte das fundações de pontes e de grandes edifícios possibilitando desta forma cargas cada vez maiores nas fundações, contudo, neste sentido proporcionou uma grande evolução na engenharia de fundações (NÁPOLES NETO, 1998, p.25). De acordo com o que postula Nápoles Neto (1998) a era contemporânea, foi agraciada com o surgimento de Karl Terzaghi, conhecido como pai da mecânica dos solos. Os estudos dele, permitiu compreender com mais clareza dois conceitos fundamentais: tensão e deformação nos solos. A obra “Principles of Soil Mechanies”, escrita e publicada por Terzaghi no ano de 1925, aponta conceitos cruciais para o estabelecimento da engenharia de fundações. 2.1 Fundações: conceitos iniciais. Em sua etiologia o termo fundação, define-se como o ato de apoiar, firmar uma parte ou o todo, todavia quando trata-se de algo específico o termo fundação aparece com outro significado: a parte de um elemento estrutural que transmite ao solo as cargas provenientes da estrutura, (CAPUTO 1997). Em consonância com Bell (1985), a fundação pode ser definida como a parte inicial dos trabalhos estruturais, ou seja, que acontecem logo no início da construção, haja vista ao construir é natural que uma parte da estrutura fique apoiada permanentemente no solo e transmita cargas frequentes a este. O autor, ainda ressalta, que “uma fundação deve distribuir e transmitir as cargas permanentes e dinâmicas da superestrutura para o substrato de solo”. Todavia, este ainda postula aspectos relevante quando se trata da escolha do tipo de fundação que será utilizado: A escolha do tipo mais adequado de fundação para uma estrutura depende da profundidade em que se encontra a camada portante, das dimensões da sapata que seja compatível com o carregamento no solo, da capacidade de carga e homogeneidade do solo e ainda do tipo de superestrutura em analise (BELL, 1985, p. 1). Cientes, de que a fundação é a base da construção e de que erros nesta fase podem prejudicar drasticamente a estrutura inteira e acarretar prejuízos materiais e imateriais, a escolha de uma fundação é um dos passos mais importante e deve ser feita com muita atenção ponderando sempre a segurança e economia da obra. Outrora, determinados elementos precisam ser levados em conta, como por exemplo: a distância de outras edificações as fundações das mesmas; resistência e características do subsolo (ALONSO, 2010, p. 117). Rebello (2008) indica que em situações com demasiada complexidade, é necessário solicitar o parecer de um consultor de solos para que não haja nenhuma dúvida no momento da escolha do tipo de fundação. O consultor de solos, oferecerá uma resposta mais segura e econômica. 2.2 TIPOLOGIA DAS FUNDAÇÕES Como já dito anteriormente, as fundações dividem-se, todavia, a categorização acontece considerando a profundidade e o modo de transferência de carga da estrutura para o solo. Em conformidade com a NBR 6122 (2010), as fundações se dividem em duas: a profunda e a rasa ou superficial, todavia este trabalho remeter-se-á somente à fundações de cunho superficial. Cabe salientar que as fundações alvo deste trabalho se mostram como sendo elementos de fundação que tem a função de transmitir carga ao solo por intermédio do tensionamento; as tensões, por sua vez, se distribuem em sua base. A nível de conhecimento, haja vista, que não é o foco deste trabalho elucidar as fundações profundas, convém destacar que estas, se mostram como elementos de fundação no qual a transmissão de carga ao solo realiza-se por meio de dois âmbitos base e lateral. Velloso e Lopes (2010), apontam que é possível distinguir os dois tipos de fundação, pois, a fundação profunda, apresenta o mecanismo de ruptura interno com uma altura duas vezes sua menor dimensão considerando a sua base como ponto de partida. FIGURA 1 - Categorização das fundações Fonte: Adaptado de Velloso e Lopes (2012) Tendo então ciência destas diferenças é importante evidenciar quais são os tipos de fundações superficiais mais utilizados atualmente. Cabe então mencionar que as fundações superficiais, se subdividem em: - sapatas; - sapatas corridas; https://www.escolaengenharia.com.br/sapatas-de-fundacao/ - sapatas associadas; - vigas de fundação ou baldrame; - blocos; - radier. FIGURA 2 - Exemplos de fundações rasas Fonte: Pereira (2007) 2.3 SAPATAS 2.3.1. Sapata isolada A sapata isolada é um dos tipos de fundação superficial, ela é uma placa de concreto é importante lembrar que em planta as dimensões deste tipo de sapata são da mesma ordem da grandeza. Outro ponto relevante acerca deste tipo de fundação é que estas são utilizadas quando as cargas transmitidas pela superestrutura são pontuais ou concentradas, como as cargas de pilares e as reações de vigas na fundação (vigas baldrames). (VELLOSO,2010) As sapatas isoladas são regularizadas como elementos de fundação de cunho superficial de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele produzidas não sejam resistidas pelo concreto, mas sim pelo emprego da armadura. Convém também deixar evidente que este tipo de sapata pode apresentar https://www.escolaengenharia.com.br/viga-baldrame/ https://www.escolaengenharia.com.br/radier/ espessura constante ou variável, sendo sua base em planta normalmente quadrada, retangular ou trapezoidal. (ABNT, 1996 As sapatas são o tipo de fundação mais econômico, no entanto não é só com isso que o engenheiro deve se preocupar, antes de optar pela sapata é fundamental ter em mãos o resultado da sondagem e ponderar os critérios básicos para o uso da sapata. Antes de iniciar o desenvolvimento do projeto, e preciso pensar no dimensionamento destas sapatas. Tal ação deve inicializar-se através da definição da cota de assentamento e para isto, deve ponderar determinados critérios, sendo eles: • NSPT≥10 dentro do bulbo de pressão; • Profundidade máxima de assentamento 2m; • Preferencialmente acima do lençol freático. Todavia, para dar continuidade é preciso depois de definir a cota de assentamento calcular a pressão admissível do NSPT. Nesta etapa o engenheiro deve calcular a média do NSPT das camadas de suporte da sapata que será construída. Com este cálculo definir-se-á o local que suporta a sapata. Todavia, vale reiterar que a sapata é definida a partir do bulbo de tensões. No entanto, as sapatas podem apresentar variadas formas geométricas e a profundidade L do bulbo se correlaciona diretamente à forma geométricaescolhida. Para isso, apresenta-se as seguintes medidas: • Para Sapata Circular ou Quadrada: L = 2B • Para Sapata Retangular: L = 3B • Para Sapata Corrida: L = 4B Exemplo de sapatas Fonte: Schneider (2018) 2.3.2 Sapata Corrida Defronte a sapata, apresentada anteriormente, é possível perceber a diferença apenas nas dimensões. Ou seja, ela também é uma placa de concreto armado, porém, a medida do comprimento, prevalece em relação a medida da largura. Enquanto a sapata isolada, transmite o peso para o solo por meio da sua base, a sapata corrida, como o nome mesmo já diz, tem como função distribuir as cargas pelo solo, de maneira linear. Como se as cargas corressem por toda sua extensão de forma linear sendo assim dstribuidas. (REBELLO, 2008) É muito comum que este tipo de sapata seja usada nas construções nas quais será necessário receber as cargas verticais de muros, paredes e também de outros elementos alongados que transmitem e distribuem as cargas uniformemente em uma direção. Exemplo de sapata corrida. Reprodução da internet 2.3.3 Sapatas associadas As sapatas associadas, nada mais são do que uma reprodução de sapatas isoladas porém unidas, isso acontece quando proximidade entre dois ou mais pilares seja tal que as sapatas isoladas quando colocadas se superponham. Dar-se-á o nome de “viga de rigidez” a viga que unir as duas sapatas e que permitirá que a sapata trabalhe com tensão constante. (BRITO,1987). Sapata associada ou combinada. Reprodução da internet. 2.3.4 Baldrame O baldrame faz parte do conjunto de elementos estruturais que dividem a infraestrutura da supraestrutura. Estes podem ou não estar abaixo do nível do terreno. Sua função na estrutura é receber as cargas das paredes e de todos os outros elementos e transmiti-las aos elementos de fundação. Apesar do Baldrame ser muito confundido com elemento de fundação, ele não é, e seu uso é associado em geral à sapatas de cunho corrida. Mas sua utilização será determinada pelo engenheiro responsável. Vigas de Baldrame Fonte: Pereira (2018). 2.3.5 Blocos A princípio cabe elucidar que os blocos tem a mesma função do baldrame, ou seja, fazer a transmissão do peso da supraestrutura para a infraestrutura. Todavia, quando se trata de blocos, cabe ressaltar que esta se transmite a carga para fundações mais profundas. Segundo Pereira (2017), o bloco é um elemento de fundação rasa ou superficial de concreto que geralmente tem a sua base em planta quadrada ou retangular. De acordo com a NBR 6122/2010, os blocos de fundação são dimensionados sem a necessidade de utilização de armadura pois as tensões de tração atuantes nesses elementos podem ser resistidas pelo concreto devido as dimensões do bloco. https://www.escolaengenharia.com.br/fundacoes-rasas/ http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=79281 Bloco pronto fonte: http://directiva.eng.br/servico/bloco-de-fundacao-2/ 2.3.6 Radier O radier, assim como as sapatas são um tipo de fundação rasa, que muito se assemelha à uma placa ou laje de concreto que abrange inteiramente a área da construção. Ficam em contato direto com o terreno e recebe cargas advindas de outros elementos como: pilares e paredes. Assim que recebem as cargas descarregam sobre a área completa do solo. É importante pensar que o radier deve ser a opção quando a área ocupada pelas sapatas ocupar mais de 70% da área coberta pela construção. Segundo Pereira (2013) Para a execução do radier, é necessária uma limpeza prévia da superfície do terreno assim como o nivelamento e compactação. Logo após, coloca-se um lastro de brita para proteger a armadura do radier. Em torno da fundação em radier coloca-se as formas de madeira, com largura de 10 cm aproximadamente, na lateral fazendo o fechamento da área a ser concretada de acordo com as dimensões previstas no projeto estrutural ou de fundações. http://directiva.eng.br/servico/bloco-de-fundacao-2/ https://www.escolaengenharia.com.br/brita/ Radier fonte: https://www.totalconstrucao.com.br/radier/ Com relação as vantagens de usar o radier, o tempo de execução do trabalho é uma delas. Haja vista que o processo de execução desta fundação é simples e transcorrido sete dias de secagem do concreto é possível já realizar a construção da edificação. https://www.totalconstrucao.com.br/radier/ METODOLOGIA A pesquisa se caracteriza como qualitativa quando visa responder perguntas e inquietações que não podem ser calculadas numericamente, ou seja, as respostas encontradas não são provenientes de análises de dados calculados via tabelas, gráficos ou até mesmo quando as respostas encontradas não podem também ser representadas desta maneira. O uso da metodologia de cunho qualitativo não elimina a análise de dados pertencentes as amostras, outrora, infere a necessidade de analisar os dados ponderando os aspectos sociais e psicológicos. Isso se justifica pelo fato de a pesquisa qualitativa surgir da necessidade de responder inquietações particulares, elucidando uma realidade complexa e contextualizada que não pode ser quantificada. De acordo com Creswell (2014), a pesquisa qualitativa se revela como um conjunto de práticas capazes de transformar o mundo visível em dados representativos, incluindo notas, entrevistas, fotografias, registros e lembretes. Os pesquisadores qualitativos buscam entender um fenômeno em seu contexto natural. Minayo (1993, p. 21-22) se refere à pesquisa qualitativa da seguinte forma: “Ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores, atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis” A presente pesquisa se desenvolverá por meio de uma revisão bibliográfica integrativa, na qual o pesquisador além de revisar as publicações já existentes pode vir a incluir novas informações com intuito de ampliar e potencializar os estudos já existentes acerca da temática abordada. O desenvolvimento desta pesquisa dividiu-se em etapas: - Etapa 1: escolha e afunilamento do tema; - Etapa 2: levantamento de publicações científicas já existentes. A segunda etapa, é demasiada mais complexa e demanda mais tempo, haja vista, neste momento são realizadas leituras das publicações encontradas e a partir daí selecionam-se as quais se enquadram na linha da pesquisa escolhida pelo autor. É importante mencionar que esta pesquisa foi operacionalizada mediante a busca eletrônica de artigos indexados em diferentes bases de dados “Google Acadêmico”, “Scielo”, além de leituras e estudos realizados em documentos encontrados nos repositórios de determinadas universidades. Para a pesquisa de levantamento de acervo foi utilizada as seguintes palavras-chave: “fundações”; “análise de solo”, “fundações superficiais”. Desta forma torna-se possível relacionar as publicações pré-selecionadas, elencando os títulos, realizando a leitura dos resumos disponíveis, selecionando novamente e em seguida realizando a leitura completa dos artigos. Posteriormente ao levantamento de dados, inicia-se a redação da versão preliminar, revisão, finalização da escrita, segunda revisão e entrega da pesquisa na íntegra. RESULTADOS Em se tratando de estudos qualitativos, os resultados a serem postuladoss também voltam-se à conceitos, ànalises e compreensão textual. Por isso ao final deste trabalho foi possível denotar que no tocante ao desenvolvimento de uma construção, seja ela qual for, é crucial que em um primeiro momento seja feita uma a análise do solo (Sondagem), ressalta-se aqui que esta deve ser realizada antes da escolha e a elaboração do projeto. · Depois da sondagem, já tendo realizado à análise dos dados coletados na sondagem é o momento destinado a análise minuciosa e determinação do tipo de fundação que melhor se encaixa no projeto em questão. É importante mencionar que a fundação é a base para garantir segurança, vida útil além de evitarprejuízos e tragédias. Cabe postular, neste momento, que a execução do projeto de fundação feito por um engenheiro civil infere a necessidade de ser realizada de forma cautelosa seguindo rigorosamente as normas regulamentadoras e especificações referentes à esta etapa da construção. Outra consideração importante a ser mencionada aqui, é a relevância da escolha dos profissionais que atuarão na construção. Este revela-se como um fator fundamental, haja vista que a escolha de profissionais capacitados, qualificados e experientes o suficiente para cumprir cada etapa do projeto infere confiança e diminui os riscos de prejuízos. A escolha dos materiais utilizados também é muito importante, por isso é sempre bom ter um engenheiro que não pense apenas em dinheiro, mas sim, que entenda que sua profissão está intimamente ligada ao sonho e a vida de outras pessoas. A importância de uma fundação realizada de forma adequada, revela-se fundamental quando analisamos sua expressividade numérica relativa à obra por inteiro. Quando são bem realizadas chegam a representar 3% à 10% do custo total de uma obra, todavia, se acontecer o contrário as mesmas podem aumentar em até 10 vezes seu valor representativo influenciando significativamente no valor final da obra, além do prolongamento do prazo de entrega da mesma. (BRITO 1987 apud MELHADO et al 2002) Contudo, os prejuízos financeiros ainda podem até ser recuperados, no entanto, quando uma fundação mal feita causa danos fatais estes não afetam somente as famílias que perdem seus entes mas acabam por manchar e destruir a carreira do engenheiro responsável pela obra, haja vista, que pessoas que desejam construir não sentem mais segurança naquele engenheiro. Por este motivo, ao escolher esta profissão é crucial realizar cada etapa de forma adequada evitando prever acidentes, tragédias que possam ser revertidas em culpa. Uma obra não é 100% segura, outrora o engenheiro não terá culpa se por acaso um fenômeno natural destruir a obra. CONCLUSÃO No início esta pesquisa tinha como objetivo elucidar informações acerca dos tipos de fundações superficiais, entretanto, o objetivo foi alcançado ao decorrer do desenvolvimento desta pesquisa. É muito importante ressaltar que o desenvolvimento deste estudo favoreceu a potencialização da formação do discente do curso de engenharia civil à medida que fortalece o vínculo do pesquisador com a temática abordada por meio da metodologia de pesquisa integrativa. Ao final desta pesquisa, se tornou perceptível a importância de executar uma boa fundação, à medida que esta parte da obra se liga diretamente à qualidade e uso adequado e não arriscado da obra. A princípio é conveniente destacar que este explanou desde a história das fundações até exemplificar quais os tipos de fundação superficial são mais utilizados. O desenvolvimento deste potencializa a relevância da presença de um engenheiro civil no tocante a realização de qualquer empreitada, tendo em mente que este profissional possui habilitação e conhecimentos fundamentais para que a construção seja rentável diminuindo o risco de danos à obra e aos seus usuários. Todavia, não se deve deixar de ressaltar a importância da realização de um projeto de fundação, sendo esta parte da primeira etapa da construção e decisivo a medida que vai postular qual tipo de fundação será utilizada e por qual motivo esta é a melhor escolha. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6112 – Projeto de Execução de Fundações: Procedimento. Rio de Janeiro, 1996. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122: Projeto e Execução de Fundações. Rio de Janeiro, 2010. ALONSO, Urbano Rodrigues. Exercício de Fundações. 3ª edição. São Paulo: Editora Edgard, 2013 BELL, Brian J. Fundações em Concreto Armado. 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