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Direito tributário
Direito tributário é um ramo do Direito financeiro onde o primeiro se dedica ao estudo jurídico dos tributos enquanto o segundo trata das receitas e despesas públicas, orçamento e crédito público. O tributo é estritamente estudado pelo direito tributário. Mas o que é tributo na sua essência, além de ser caracterizado como receita do governo? A resposta para esta pergunta pode ser encontrada no artigo terceiro do Código Tributário Nacional (CTN) que afirma:
 ... É toda prestação pecuniária, compulsória, (...) que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plena.
Com isso já é possível afirmar alguns princípios e regras do direito tributário:
É uma prestação pecuniária, ou seja, pode ser exigida em moeda ou no valor correspondente à moeda (no artigo está escrito “ou cujo valor nela se possa exprimir”).
É compulsória, isto é, aplicável a todos os contribuintes e responsáveis perante a lei e não dá opção de escolha ao sujeito passivo da relação tributária. O tributo em si já é uma prestação de dar, de pagar a outrem.
Não se constitui como sanção de ato ilícito, ou seja, não é cobrada mediante ações erradas ou fora da jurisprudência de seus contribuintes e/ou responsáveis. Logo, não é um instrumento de punição.
É instituída em lei. Tanto a Constituição Federal (CF) quanto o CTN dão importância a esse item, pois é um princípio da legalidade, presente no inciso II do 5º artigo da CF, que afirma: “ninguém será obrigado a afazer ou deixar de fazer alguma coisa senão e virtude de lei.”.Logo, não há tributo sem lei (Nullum tributum sine praevia lege).
A cobrança ocorre mediante atividade administrativa plena, ou seja, sobre o lançamento feito pelo fiscal e permite deduzir que a autoridade administrativa que tem o poder de cobrança do tributo para a atividade-fim do Estado deve agir dentro da lei. Segundo o professor Hely Lopes Meirelles na obra Direito Administrativo Brasileiro (2003, p.86), “Na administração Pública não há liberdade nem vontade (..), na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza.”. Com isso, o princípio da legalidade, visto anteriormente, é reforçado.
O princípio da legalidade abre caminho para outro preceito: o da anterioridade da lei. Esta determina que nenhum tributo pode ser exigido no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou (Art. 150, inciso III, alínea b da CF). Tal preceito também é ratificado, isto é, confirmado pelo CTN no artigo nono, inciso II, que proíbe a União, Estados, Distrito Federal e Municípios de “cobrar imposto com base em lei posterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda.”. A constituição também afirma que o tributo não retroage à instituição da lei.
Ainda a lei determina mais três princípios do direito tributário: O da igualdade tributária, a uniformidade e a vedação do confisco. No primeiro, não deve haver distinção de tratamento por parte do sujeito ativo (ou seja, do governo) com seus contribuintes e/ou responsáveis em função da sua situação equivalente (ou seja, entre quem deve e quem está em dia com o Fisco), da ocupação profissional ou da função por eles exercida. O segundo princípio afirma que cabe à União instituir tributo sobre todo o território nacional e não a um Estado, Município ou ao DF em detrimento de outro (ou seja, a lei vale para todas as esferas do Estado). Contudo, é permitida, a fim de promover o equilíbrio do desenvolvimento entre as diferentes regiões do país, a aplicação de isenções e incentivos fiscais. No CTN, a isenção é tratada a partir do artigo 176 e o inciso I do artigo 177 deixa claro que a isenção não é aplicada às taxas e contribuições em melhoria (salvo se a lei não dispuser em contrário). Por fim, a vedação do confisco determina que o tributo não possa ser usado para fins de tomada do patrimônio em percentual superior a 50%.
A lei tem como função básica definir o fato gerador, a base de cálculo e o tipo de sujeito passivo que paga o tributo. O fato gerador se trata de um conjunto de fatos pressupostos (isto é, que são supostos previamente) e que se tornam consumados em decorrência dos efeitos de aplicação da lei. Por exemplo, o fato gerador para instituição do IPVA é que se supõe que a pessoa possua um veículo, já o IPTR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural) tem como fato gerador a existência de propriedade fora da zona urbana do município. A base de cálculo é a grandeza econômica escolhida para estabelecer a tributação. Já o sujeito passivo é representado pela figura do contribuinte (o pagador direto do tributo. ) e responsável (que é a pessoa revestida das atribuições do contribuinte. É o caso do FGTS que é recolhido pelo empregador, mas atribuído ao empregado)
Pelo artigo 5º do CTN os tipos de tributo são:
Imposto: Tributo que tem por fato gerador uma situação independente da atividade estatal específica. É pago pelo contribuinte e se estende a todos para atender aos interesses gerais da coletividade.
Taxa: Conforme o art. 77 do CTN, taxa tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico ou divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição. Trazendo em miúdos:
As taxas se dividem em taxas de polícia ou de serviços. As primeiras como já fora dito tem o exercício regular do poder de polícia. Poder de polícia é a atividade regulamentadora do ato ou falta deste no que diz respeito ao interesse público concernente à segurança, à ordem, à higiene, as atividades dependentes de concessão ou autorização do poder público ou ao respeito à propriedade. Elas devem ser regulares, isto é, periódicas e sem abuso. Nesse sentido, o Estado fiscaliza o contribuinte. Um exemplo é a taxa cobrada para inspecionar e fiscalizar estabelecimentos comerciais conhecidas como Taxa de Inspeção Sanitária (TIS). Já a taxa de serviço é aplicada ao serviço já prestado ao contribuinte ou que está a sua disposição (um exemplo é a taxa de iluminação pública), mesmo que este não a utilize (Existe, por exemplo, a taxa de limpeza pública e o contribuinte tem a sua disposição o serviço de coleta do lixo ainda que ele não produza lixo). Quanto ao trecho que afirma sobre o serviço público divisível, indica que o serviço é estendido a cada contribuinte.
A destinação da taxa é exclusiva ao serviço que está sendo cobrado. É uma contraprestação do serviço oferecido. Trata-se, portanto, de uma prestação unilateral e vinculativa ao serviço-fim, ao contrário do imposto que não é vinculativo e é destinado para outras finalidades. Por fim, a base de cálculo da taxa difere do imposto e a mesma não pode ser cobrada junto ao imposto como adicional, pois seria necessário tomar a base de cálculo do primeiro tributo. 
Contribuição de melhoria: Tributo que custeia obras públicas que possam resultar em valorização imobiliária. De acordo com o artigo 81 do CTN, o limite individual para cobrança é o acréscimo de valor que a obra vai inferir no imóvel beneficiado.
Tributos quanto à sua função:
Parafiscais: Quando um terceiro administra o produto da arrecadação. Caso das Contribuições Sociais pagas a fundos (FGTS) ou a instituições regulamentadoras de profissão (como CREA,CRC,etc)
Fiscais: Quando o governo cria um só tributo arrecadatório
Extrafiscais: Quando o governo cria tributos que regulamentam a política econômica (Ex: Redução do IPI sobre a linha branca para estímulo do consumo)

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