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Escola da Ponte

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1. REFLEXÃO SOBRE O LIVRO
Diferentemente da Obra Pinóquio às avessas, em que Rubens Alves retrata uma narrativa que possibilita importantes reflexões em relação aos processos de ensino aprendizagem, nesta obra, A Escola com que sempre sonhei sem imaginar que Pudesse Existir, ele traz crônicas e conta com a ajuda de outros colaboradores que mostram a realidade da escola dos sonhos. 
Em seu prefácio, feito juntamente com seus colaboradores, evidência dois tipos de olhares: o olhar para fora, e o olhar para dentro, os quais devem se obter uma comunhão. No intuído de alcançar o momento mágico da educação, em que se pode escrever a própria vida. 
Compara a educação com um percurso, o qual só existe quando percorremos, e só percorremos quando o percebemos dentro de nós. Portanto devemos fazer desse caminho uma proposta de projeto, e não apenas de trajeto. 
É nesse meio que nos é apresentado A Escola da Ponte nº 1, em Vila das Aves, a qual é o objeto das narrativas e depoimentos: a escola tida como sonho, como modelo, sem defeito, onde todos são iguais sem distinção. Todos se ajudam, mostram afeto, cumplicidade, solidariedade e responsabilidade. Se pudéssemos resumir a intervenção pedagógica, usariamos a meiguice e paciência. 
A escola possui um ambiente amigável e solidário, que melhor favorecem a aprendizagem, deixando a criança segura, disponível e motivada, tornando-se assim uma comunidade educativa, democrática e autorreguladora, com práticas de educação na cidadania. Tendo no aluno o sujeito do currículo, e os professores apenas acompanham, orientam e reforçam o percurso de aprendizagem e desenvolvimento pessoal e social de cada aluno. 
Rubem Alves descrito no texto como “mineiro de Boa Esperança, teólogo, sem dogmas, psicanalista e poeta, pedagogo ocupado a diagnosticar a doença da pedagogia, contador de estórias, catador de estórias dos meninos aos quais gosta de seduzir para a brincadeira dentro e fora da escola”. Ao ter a oportunidade de visitar a Escola da Ponte (devido às relações de cooperação da Escola com o Centro de Formação Camilo Castelo Branco, dirigido por Ademar Santos, de quem recebeu o convite), ficou encantado e fascinado com tudo o que vira, realmente existia a escola que sempre sonhou. Ali pôde contar a história do pássaro que amava a liberdade, e passar um dia inesquecível. Ao regressar publicou um conjunto de crônicas no jornal em que era colaborador. Mais tarde obteve a chance de edita-las para Portugal. 
De acordo com Rubem, para se alcançar o aprendizado é necessário desensinar e desaprender. Isto é, retroceder, voltar a ver as coisas com os olhos de uma criança. Um recomeçar a prender, libertando-se para um novo aprender. Em suas palavras, um koan (rasteira), ou em psicanalise, o lapsus (queba), para se atingir o satori (iluminação). 
Esse retrocesso visando à aprendizagem, não está no seu sentido de “empobrecimento”. Ao contrário, visa à escola em suas melhores qualidades, aquela que busca a produção de uma “peça original”, ou seja, de um aluno personalizado e não como temos hoje, uma escola baseada na linha de montagem. 
A Escola da Ponte retém todas essas qualidades que tanto sonhara, e Alves descobriu isso tendo como guia uma aluna de aproximadamente dez anos. É um espaço onde vive o que se aprende, e aprende o que é vivido. Uma escola sem salas de aulas, sem classes separadas, sem campainhas anunciando fim e inicio da disciplina. Possuem apenas grupos pequenos com interesse em comum, que são orientados pelo professor, para durante quinze dias exercerem seu projeto de pesquisa. Depois de feito, podem formar outro grupo e pesquisar outros temas, que melhor lhe apraz. Semanalmente organizam uma assembleia para tratar dos problemas da escola e para sugerir soluções. Possuem seu próprio método de avaliação, além de outros métodos pedagógicos como os Direitos e Deveres, Acho bom, Acho mau, Comissão de Ajuda, Caixinha dos textos inventados, Livro da quinzena, Caixinha dos segredos, entre outros. Seus alunos entendem que a vida social democrática depende que cada um abra mão de sua vontade naquilo que choca com a vontade coletiva. 
Lugar onde se aprender a ler frases inteiras. Onde se vive em cidadania: em seus direitos e deveres. Onde se estimula a ajuda mútua: não há competição e sim cooperação. Onde não sofrem com a imposição de um programa a cumprir, uma vez que programa cumprido não significa programa aprendido. Acreditam que o corpo busca a aprendizagem, e aprendemos à medida que defrontamos com os problemas de cada fase, vivendo a aprendizagem conforme a realidade. Dessa forma o conhecimento se torna eficaz. Logo a aquisição do saber é comparada ao escorredor de macarrão, tudo que não é de fato absorvido, é escorrido, caí em esquecimento. As crianças têm que sentir prazer em aprender, pois a ciência aprendida a partir da vida nunca é esquecida. 
Sim, Rubem Alves em apenas um dia de visita a esta escola conseguiu pormenoriza-la e nos maravilhar com sua experiência. Transmitiu tanta sensibilidade a esse lugar, que algumas pessoas habituadas excessivamente ao método tradicional jamais entenderia. Sutilmente ele nos conduz a um despertar para uma crítica construtiva, que clama por revolução na metodologia do ensino-aprendizagem. Apresenta-nos uma escola diferente, inovadora e principalmente possível e real. 
Lugar onde há uma educação na cidadania e não para a cidadania, em outras palavras, uma convivência em grupo que privilegia a comunhão de ideias, harmonia de sentimentos, o desenvolvimento de interesses e valores como liberdade, solidariedade, autonomia e responsabilidade. Onde interação e inclusão são postas em práticas, e a igualdade reina. A indisciplina, a competição e a discriminação, são desconhecidas. 
Uma escola que não poda seus alunos, longe disso, oportuniza as reflexões criticas, os questionamentos cotidianos e essencialmente a tomada de decisão consciente. É a prova que a educação dos sonhos tem futuro, tem esperança e tem possibilidade. É a representação concreta de um sonho. Remete a um mundo imaginário, apaixonante, em que a arte de compartilhar o saber é emocionante e criativa. Com total certeza deixara marcas profundas no trajeto da educação. 
Seu fruto é uma sociedade com cidadãos pensantes, criativos, participantes, democráticos, inovadores e livres para exercerem seus deveres e direitos. Construindo uma vivência mais saudável, que antes de ensinar conteúdos, demonstra várias formas de aprender, preconizando o aprendizado de “ser gente”, expressado na própria vida. 
O autor consegue passar essa mensagem com um vocabulário simples, afetando qualquer faixa etária, incluindo leigos até profissionais. Seu texto é semelhante a uma injeção de ânimo para a educação brasileira atual. Evidente que será um percurso sacrificante até que se atinjam seus resultados. Mas deve-se admitir, teríamos resultados brilhantes. 
Até que se consiga espaço para uma escola similar, lidaríamos com muitas barreiras, como à falta de apoio, de credibilidade, de confiabilidade, de investimento e de veracidade de muitas pessoas e autoridades do país. Infelizmente o Brasil é muito conservador, principalmente se tratando da educação tradicional. Mas essa situação não é uma justificativa para que se estagne, para que não se inicie pequenas mudanças em prol de um ensino mais qualitativo. Devemos sim, começar, com pequenas atitudes, como incentivar a participação dos alunos, sua habilidade em solucionar problemas, sua criatividade e sua reflexão; que paulatinamente refletirão na sociedade. E ao decorrer do tempo facilitaria a transformação efetiva, quem sabe nossos filhos ou netos conheceriam na prática a tão sonhada Escola da Ponte, um sonho não apenas de Rubem Alves, mas de todos brasileiros, afinal sabemos que isso não é uma utopia. 
2. INTERLIGAÇÃO COM ABORDAGENS DE ENSINO
2.1 Homem e Mundo
Na abordagem Humanista o homem é considerado como uma pessoa situada no mundo. É único, quer em sua vida interior querem suas percepções e avaliações do mundo. O objetivo último do ser humano é a auto-realização ou uso pleno de suas potencialidade e capacidades. O homem não nasce com um fim determinado, mas goza de liberdade plena e se apresenta como um projeto permanente e inacabado. O mundo é um fenômeno subjetivo, pois o ser humano reconstrói em si o mundo exterior, partindo da sua percepção, recebendo os estímulos, as experiências, atribuindo-lhes significado. O mundo é algo construído pelo homem diante de si mesmo.
Na abordagem Tradicional o homem é um receptor passivo das informações que lhes são fornecidas, não tem o direito de se expressar. Para os tradicionalistas o homem é considerado como uma espécie de tabula rasa, na qual são expressas progressivamente, imagens e informações fornecidas pelo ambiente. O homem era um mero receptáculo de informações. Já no mundo a realidade é algo que será transmitido ao indivíduo principalmente pelo processo de educação formal, além de outras agências, tais como família, Igreja. O mundo nesta abordagem é considerado externo ao individuo e este irá se apossando gradativamente de uma compreensão, á medida que se defronta com modelos.
Na abordagem Construtivista para Piaget, encontra-se a noção de desenvolvimento do ser humano por fases que se inter-relacionam e se sucedem até que atinjam estágios de inteligência caracterizados por maior mobilidade e estabilidade. Sendo que para eles o conhecimento é produzido da interação entre homem e mundo. O Ser Humano como todo organismo vital, tende a aumentar seu controle sobre o meio colocando-o a seu serviço. E fazendo isso modifica o meio e se modifica. Além disso também é importante ressaltar que a afetividade e a inteligência são interdependentes. O desenvolvimento humano se da pela soma de Maturação Biológica e Complexificação do sistema nervoso, consistindo de forma genérica, em se alcançar o máximo de operacionalidade em suas atividades, sejam estas otoras, verbais ou mentais. O homem e mundo serão analisados conjuntamente, já que o conhecimento é o produto da interação entre eles, entre sujeito e objeto.
Na abordagem Comportamental o homem é consequência das influências ou forças do meio ambiente. O mundo a realidade para Skinner é um fenômeno objetivo; o mundo já é construído e o homem é produto do meio. O meio pode ser manipulado, sendo que o comportamento, por sua vez pode ser mudado modificando-se as condições das quais ele é uma função, ou seja, alterando-se os elementos ambientais. O meio seleciona.
Na abordagem Sócio-Cultural segundo Paulo Freire, o homem é o sujeito da educação. Evidencia-se uma tendência interacionista, já que há interação homem-mundo, sujeito-objeto, é imprescindível para que o ser humano se desenvolva e se torne sujeito de sua práxis. O homem chegara a ser sujeito através da reflexão sobre o meio ambiente concreto. O homem é um ser situado no mundo e com o mundo, portanto não pode ser avaliado sem que seu contexto de inserção no mundo seja avaliado.
Freud, na abordagem Psicanalítica é contra a ideia de um eu lógico, fixo e estável. O Eu não é algo unitário, firme, seguro e autônomo, diferente de tudo mais. O que chamamos de nossa consciência é continuado para dentro, sem qualquer delimitação nítida, por uma entidade mental inconsciente denominado “Id”, região dos impulsos, afetos e desejos. Essa nova instância descoberta pela psicanálise tornou questionável a própria noção do que entendemos por Eu. Para Freud, é como se o indivíduo existisse em duas dimensões: um lado consciente e outro inconsciente.
Na abordagem de Inteligência emocional o poder de identificar as suas emoções e as alheias, bem como o dom de trabalhar cada uma delas. O sujeito emocionalmente inteligente tem condições de incentivar a si próprio e de seguir em frente mesmo diante das desilusões; detém a aptidão de conter estímulos, transferir sentimentos para contextos adequados; exercitar a gratidão dilatada; encorajar os outros, induzindo-os a despertar em seu íntimo as maiores propensões e a participar de esforços coletivos.
Na abordagem Inteligências múltiplas o homem tem a necessidade de observar as fontes de informações mais naturalistas a respeito de como as pessoas no mundo todo, desenvolvem capacidades importantes para o seu modo de vida. Possuímos diferentes combinações de inteligências que nos ajuda a compreender e a lidar adequadamente com os diversos problemas que enfrentamos no mundo.
2.2 Sociedade-Cultura
Na abordagem humanista eles colocam o relacionamento interpessoal como prioridade, assim indivíduos que são submetidos a este tipo de relacionamento tornam-se mais auto –responsáveis, apresentando avanços em direção à auto-realização, sendo pessoas mais flexíveis, adaptáveis, e criativas. 
Já na abordagem Tradicional, tem um maior enfoque nos valores culturais que a sociedade está inserida; possui também uma tendência individualista, não proporcionando a liberdade de criação. 
De acordo com a abordagem do Construtivismo os fatos sociológicos (regras, valores e normas) variam de acordo com nível mental médio das pessoas que o constituem.
Para Skinner, da abordagem comportamental, a cultura é o ambiente social, representada pelos usos e costumes dominantes e pelos comportamentos que se mantém através dos tempos.
Na abordagem Sócio-Cultural, Paulo Freire vai dizer que o homem cria a cultura na medida em que integrando-se nas condições de seu contexto de vida, seria a aquisição de experiências. Para ele, sociedade e objeto são dependentes caracterizados por processos culturais alienados. 
Freud, na abordagem Psicanalítica, entende como "cultura" tudo aquilo que a vida humana se elevou acima de suas condições animais e se distingue da vida animal. E que a harmonia de mentira da sociedade repressiva veio trazer à tona a insatisfação das histéricas, que pagavam com o próprio corpo a repressão da sexualidade e a impossibilidade de uma realização mais efetiva, condenadas a serem meros objetos. 
A abordagem de inteligência emocional vêm nos trazer o conceito de que a formação acadêmica de nossa cultura não oferece praticamente nenhum preparo para as adversidades ou oportunidades que a vida impõe. Apesar de um alto QI não ser garantia de prosperidade, prestígio ou felicidade, nossas sociedade concentra-se na capacidade acadêmica, ignorando o desenvolvimento da Inteligência Emocional. Segundo Goleman, a partir das relações com o ambiente, e aspectos culturais, surge alguns tipos de inteligência (como por exemplo: inteligência verbal, inteligência interpessoal, inteligência intrapessoal, etc). Um ponto em comum coma abordagem humanista seria a questão do Interpessoal, que aqui é considerado uma inteligência, e na Humanista tem um grande enfoque este ponto, para que indivíduos se tornem mais auto-responsáveis. 
De acordo com a teoria de Inteligências múltiplas diz que na sociedade sofremos quase uma “lavagem cerebral” para que seja restringida a noção de inteligência, para a sociedade que vivemos há uma maior preocupação com a inteligência linguística e lógica matemática. Há portanto três preconceitos inseridos no nosso meio, que são eles: Ocidentalista (seria a colocação de valores culturais ocidentais); Testista (preconceito no sentido de focar capacidades que são testáveis); e Melhorista (no qual diz que todas as repostas para um problema está em uma determinada abordagem). Também diz que a criação de um produto cultural é crucial na medida em que captura e transmite conhecimento. 
2.3 Conhecimento
Na teoria humanista o conhecimento é formado na experiência pessoal subjetiva é o fundamento sobre o qual o conhecimento é construído, no decorrer do processo de vir-a-ser da pessoa humana. O conhecimento é inerente à atividade humana. 
Na teoria comportamentalista, Skinner diz que é um objeto de estudo que não pede método hipotético-dedutivo. O conhecimento é o resultado direto da experiência.  O conhecimento é estruturado, indutivalmente, via experiencia. A base do conhecimento é a experiência planejada.Na abordagem tradicional o conhecimento é a incorporações de informações sobre o mundo físico e social. Acredita-se que o conhecimento é algo cumulativo, que é adquirido pelo meio de transmissão. O sujeito (aluno) possui um papel insignificante na elaboração e aquisição do conhecimento. Ao aluno que está "adquirindo" conhecimento incumbe apenas memorizar definições.
Já a abordagem construtivista o conhecimento é algo que nem nasce com o individuo, nem é dado pelo meio social, o próprio individuo que o constrói na interação com o meio físico e social, dependendo totalmente das condições do sujeito e do meio. O sujeito retira (abstração) do meio o que lhe é de interesse, depois reconstrói (reflete) com o que já tem, dando novos significados. Segundo Piaget existe pelo menos duas fases: Fase Exógena: fase da constatação, da cópia, da repetição. Fase Endogena: fase da compreensão das relações, das combinações. A abordagem construtivista tem um ponto em comum com a Humanista, que é a questão de que o conhecimento é construído. 
De acordo com a abordagem Sociocultural, o conhecimento é um mútuo condicionamento de pensamento e prática, a elaboração e o desenvolvimento do deste está ligado ao processo de conscientização, que é um processo sempre inacabado, contínuo e progressivo. Prezam tornar o conhecimento crítico e reflexivo. Para Freire a realidade é o objeto principal do conhecimento. 
Na abordagem Inteligência Emocional, existe duas mentes: a que raciocina e a que sente. A mente racional é o que nos traz compreensão; e a mente emocional é um conhecimento impulsivo, e portanto, mais rápida que a racional. Para Goleman existe nove tipos de inteligência, sendo elas: Inteligência verbal ou linguística, inteligência lógica-matemática, inteligência Cinestésica Corporal, inteligência espacial, inteligência musical, inteligência interpessoal, inteligência intrapessoal, inteligência pictográfica e inteligência naturalista. 
Na abordagem Psicanalítica, o desejo do saber (desejo por conhecimento) vêm do dominar: que seria a pulsão pelo domínio e curiosidade “sádica”, pelo sublimar: investigações sexuais são reprimidas, deixam de lado a questão sexual por necessidade, desviam para objetos não sexuais. E o ver: aspecto constante e constitutivo, que é quando se imagina a cena primária, a que o originou.         
De acordo com a teoria de inteligências múltiplas a inteligência, ou seja, conhecimento, é a capacidade de resolver problemas que sejam valorizados em ambientes culturais. Aqui, a inteligência é dividida em sete ‘ramos’, que são eles: Inteligência linguística; lógico-matemática; espacial; musical; corporal-cinestésica; interpessoal e intrapessoal. Cada inteligência é ativada por tipos de informações internos ou externos. Existe independência das inteligências, portanto, significa que um alto nível de capacidade de uma inteligência, não requer um nível igualmente alto em outra inteligência. 
2.4 Educação
Na abordagem Tradicional a educação é caracterizada como um produto pois os modelos a serem alcançados já estão prontos, nada se cria apenas se transmite não há uma “exploração” sobre assuntos de interesse da criança, essa é simplesmente obrigada a seguir os padrões breve referencia ao livro do Pinóquio as Avessas, a criança entra cheia de curiosidades, mas só aprende o que é necessário e suas dúvidas não são sanadas aprendem o que “precisam” para ser “alguém na vida” .
Totalmente diferente a Escola da Ponte traz outra forma de se pensar sobre a educação, as crianças são educadas para a entre ajuda e não para a competição de ser alguém na vida, o ensino é tido como um percurso e não um caminho pré-determinado, existem focos e a afetividade a coletividade são um desses “...todos apoiam todos, todos acarinham todos, todos ajudam todos, todos são, afetivamente, cúmplices de todos, todos são, solidariamente, responsáveis por todos. E, não menos significativo, todos sabem o nome de todos, ou seja, todos procuram reconhecer e respeitar a identidade de todos ...” o texto trás palavras chaves como meiguice e paciência ao tratar os alunos, não só por parte dos professores mas sim por parte de todos os integrantes ali presentes, a forma de aprendizado é coletiva quando as crianças pesquisam, investigam e aprendem em grupo e as "mais dotadas" se responsabilizam pelo acompanhamento e o apoio à aprendizagem das "menos dotadas” pois lá não existe separação de séries, idades ou deficiências todos são responsáveis pelo assunto que escolheram estudar (isso acontece de 15 em 15 dias segundo as informações do texto) no final desse prazo acontece uma reunião onde se discute e se avalia o que foi retirado do estudo.
O livro trás uma critica forte á escola tradicional, “...A memória é um escorredor de macarrão. O escorredor de macarrão existe para deixar passar o que não vai ser usado: passa a água, fica o macarrão. Essa é a razão por que os estudantes esquecem logo que são forçados a estudar. Não por falta de memória. Mas porque sua memória funciona bem: não sei para que serve; deixo passar ...”. Um modo de dizer que a imposição feita no aluno, forçando-o a aprender o que é “necessário” deve ser repensada.
Educação na abordagem Comportamental é ligada intimamente à transmissão cultural, a educação nessa linha se responsabiliza por transmitir conhecimentos e comportamentos éticos e praticas sócias, educam para a liberdade do individuo, focam em mudanças desejáveis e permanentes, este assim é capaz de estruturar contingencias de seu próprio ambiente de modo em que os comportamentos levem as consequências que deseja. Um método muito focado em aumentar as contingencias de reforço, para que o organismo não sofra tanto com acidentes e contingencias naturais, mas se torne um individuo capaz de moldar seus comportamentos se tornando assim mais produtivo.
O individuo não participa das decisões curriculares que são tomadas por um grupo do qual ele não faz parte.
Buscam a liberdade do individuo, mesmo com métodos diferentes uma foca os comportamentos a produtividade desse para a sociedade enquanto a outra busca como já foi dito a colaboração dos alunos em prol de um desenvolvimento grupal, vale ressaltar a fala do autor “...educar na cidadania não é o mesmo que educar para a cidadania...” na Ponte o individuo é visto como arquiteto de si mesmo não precisa de modificações, ele se desenvolve naturalmente aprende com o grupo, tem voz ativa nas decisões curriculares, o que difere com a Comportamental.
Na perspectiva humanista a educação assume significado amplo, não se trata de educar o homem em situações escolar, essa linha busca o ensino centrado na pessoa o ensino é centrado no aluno, a responsabilidade da educação é do próprio aluno, ela incentiva o aluno a liberar suas capacidades de autoaprendizagens seja emocional ou intelectual, e esses buscam aprender coisas que lhes servirão para a solução de seus próprios problemas.
A Ponte como uma escola humanista segue esses princípios, seguindo o cronograma criado pelos próprios alunos, suas “matérias” seu desenvolvimento e aprendizagem é decorrente da colaboração de cada aluno ao grupo, no qual ele mesmo se dispôs a trabalhar, segue a coletividade dos mais velhos ensinarem os mais novos, e vice-versa pois formam um grupo de troca de informações entre si, é notável o ambiente de harmonia entre todos.
De acordo com a abordagem de inteligência emocional a educação: Como o próprio nome diz essa linha é voltada para o emocional, durante muito tempo a emoção foi concebida como uma força irracional, contaria a razão, porém é inegável em circunstâncias que provocam reações emocionais, estabelecem-se uma contribuição importante para o pensamento, todos nós manifestamos algum tipo de reação diante uma situação, mesmo que essa reação seja diferente para cada pessoa. A inteligência emocional não pode, simplesmente, ser entendida como a percepção e o controle da emoção, deve ser entendida principalmente como fator que gera a ação do pensamento sobre o sentimento. 
O desenvolvimentose da em 3 fases:
-Aquisição: momento em que o individuo percebe as emoções, pratica diferentes emoções e dá um toque pessoal nelas;
-Refinamento: Quando o individuo modifica as emoções, em função do seu meio social/ cultural;
-Transformações: As mudanças nos sistemas de processamento das emoções, como na forma de pensar ou reagir diante de determinada situação.
Vemos nessa linha o individuo e suas emoções sendo o foco principal, na alfabetização Emocional buscam desenvolver a Empatia entre os alunos, entender o colega e se possível ajuda-lo são pontos que se assemelham com a Ponte, o que difere são as matérias essas seguem o ritmo de uma escola normal todos aprendem português, matemática, artes por exemplo mesmo sem terem uma avaliação são exposto a esse conteúdo e no final de cada aula há uma reflexão de sentimentos percebidos ou expostos naquele período de tempo.
Educação no construtivismo é enfatizada na construção do conhecimento, não o vê como algo pronto e sim em constante desenvolvimento, fazendo com que o aluno tenha autonomia essa construção se forma pelo pessoal proveniente do desenvolvimento do pensamento atribuído a um significado, sendo relacionado e organizado com pensamentos anteriores ressalta a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim na rota da aprendizagem errando é que se aprende.
Uma linha que se assemelha à algumas ideias da Ponte buscando a autonomia do aluno o erro é importante e deve ser compartilhado, até para servir de exemplo ao grupo em que se trabalha, a busca por um significado seria a dedicação dos alunos a um projeto assim como acontece na Ponte, nas duas linhas a Paciência se faz necessária o aluno se desenvolve a partir disso, esse tempo lhes é dado é fundamental.
Na teoria de inteligências múltiplas a definição de inteligência é a capacidade de resolver problemas ou criar produtos que são significativos no ambiente, alguns talentos dependem do ambiente, a Educação segue em tese a linha tradicional e suas matérias normais, porém seu desenvolvimento é totalmente diferente para Gardner o desenvolvimento de avaliações precisam se adequar às diversas habilidades humanas, a educação deve ser centrada na criança com currículos específicos para cada área do saber, e possuir um ambiente educacional mais amplo e variado, e que dependa menos do desenvolvimento exclusivo da linguagem e da lógica, isso significa buscar mais ambientes para o desenvolvimento da criança independente das inteligências que cada uma possui. Uma educação personalizada deve atender a todos e a cada um ao mesmo tempo, buscar as facilidades e dificuldades de todos independente da área, assim há uma necessidade de se limitar a ênfase e a variedade de conteúdos, que essa limitação seja da escolha de cada um, favorecendo o perfil intelectual individual.
Em comparação com a Ponte pode se assemelhar em vários pontos buscando o intimo de cada criança e desenvolver o mesmo, independente do assunto tratado buscar o avanço e ver suas necessidades é prioridade, mesmo que individualmente o que não acontece na Ponte pois lá a coletividade é importante, criar e desenvolver projetos são fatores em comum entre as duas esse papel de formar crianças autossuficientes, capazes de realizar papeis importantes num grupo.
A Educação de acordo com a abordagem Sócio Cultural se dá enquanto processo, em um contexto que deve essencialmente ser levado em consideração uma analise contínua, existe um foco na passagem das informações mais primitivas de consciência para a consciência crítica, o individuo não participa ativamente da história, da sociedade, da transformação de realidade, se não estiver apto para tomar consciência da realidade e, mais ainda da sua própria capacidade de transformá-la.
Diferentemente da Ponte essa, valoriza o individuo após a transformação da consciência primitiva na consciência crítica, essa distinção não condiz com os meios da Ponte pois lá todos são visto de maneira igualitária, e são seres ativos tanto na historia, na sociedade e as transformações, todos são aptos a exercer funções pois eles próprios decidem seu caminho o percurso de seu vir-a-ser.
Freud, na Psicanálise pouco se voltou para o âmbito da educação mas em suas poucas contribuições, gostava de pensar nos determinantes psíquicos, que levam o individuo a ser um “desejante de saber”, se enquadram tanto os cientistas que se voltam aos por quês da vida e as crianças que bombardeiam seus pais com por quês em uma determinada fase da vida, a educação para ele depende da razão que motiva a busca do conhecimento, essa razão seriam perguntas inconscientes “ por que nascemos e por que morremos” todas as consequentes perguntas derivariam dessas.
A educação é vista por fases na visão de Freud, uma fase importante para o ser humano é quando ele passa pelo momento de descoberta da diferença sexual anatômica, passa a fazer a separação de sexos.
2.5 Escola
Na escola Tradicional vemos o que e como é o ensino, um processo vago comparado a outros, porém prático e para muito efetivo, talvez por isso exista até hoje, o processo de transmissão de saberes é feito unicamente em sala de aulas, com o professor sendo mediador entre o aluno e os modelos a serem seguidos, o físico da escola tem que ser austero, ríspido nada extravagante para que seus alunos não se distraiam, salas e mais salas que separam os alunos entre si, sirenes que determinam a troca de professores ou o próprio intervalo tudo separado como deve ser para que o ensino seja transmitido de acordo como o programa determina.
Em comparação das duas linhas a Escola da ponte é extremamente diferente, tudo parece obedecer outra lógica, não existe aluas, turmas, provas, sirenes, e aquele professor onipotente que segue as regras do programa não existe na Ponte tudo é adaptado para que a criança se sinta familiarizada, o livro trás uma visão do autor “...Era uma sala enorme, enorme mesmo, sem divisões, cheia das mesinhas baixas, próprias para as crianças. As crianças trabalhavam nos seus projetos, cada uma de uma forma. Moviam-se algumas pela sala, na maior ordem, tranquilamente. Ninguém corria. Ninguém falava em voz alta...” é importante ressaltar o convívio de harmonia existente na ideia de que educar na cidadania não é o mesmo que educar para a cidadania.
A Ponte ainda trás uma Assembleia consigo o objetivo nada mais que forma extremamente empenhada e responsável, que promovem a constituição de listas, elaboram, divulgam e discutem os respectivos programas de ação, organizam todo o processo eleitoral e participam na campanha, essa Assembleia é constituída e formada pelos próprios alunos esses refletem sobre os projetos e os problemas da escola e, solidariamente, procuram contribuir para a sua concretização e resolução.
Na abordagem Comportamental a escola é considerada como uma agencia educacional, que adota formas diferentes de acordo com os comportamentos que decide instalar, manter, conservar e até modificar, comportamentos esses que são aceitos como uteis e desejáveis para uma sociedade.
Aqui entra de novo o fator “educar na cidadania não é o mesmo que educar para a cidadania”, na Ponte o foco não é formar pessoas para a sociedade individual, lá todos partilham de um mesmo mundo a cooperação, a afetividade criada e o meio no qual a criança se desenvolve, isso sim é o importante.
A Escola Humanista assume um papel de respeitar e oferecer as crianças condições para que o processo de “vir a ser” se desenvolva, em outras palavras ela deve oferecer condições para que a autonomia do aluno seja aprimorada, não impõem regras essas são decididas pelos alunos, não existe provas, ou seja, sem pressão sobre as crianças para que essas possam se desenvolver 
O livro trás um trecho que traduz essas regras na Ponte “...É o computador do "Acho bom" e do "Acho mau". Quando nos sentimos contentes com algo, escrevemos no "Acho bom". Quando, ao contrário, nos sentimos infelizes, escrevemos no "Acho mau". Examinei o "Acho mau". A curiosidade é sempre espicaçada por coisasruins. "Acho mau que o Tomás dê estalos na cara de Francisca." Pensei: "Ah! Tomás! Tu estás perdido! Todos já sabem o que fazes! Se continuares, certamente terás de comparecer perante o Tribunal para dares conta dos teus atos". E no "Acho bom" estão os louvores aos gestos e coisas boas...”, ele continua dizendo o que acontece no tribunal dizendo que a criança é penalizada a pensar nos seus atos e retornar para dizer o que pensou, a complexidade de como resolver um simples gesto é explicita as atitudes tomadas fazem a criança pensar sobre seus atos e corrigi-los.
Escola na Inteligência Emocional, além de aprimorar as emoções buscam a empatia isso é um dos focos da Emocional ter alunos capazes de se autocontrolarem diante várias situações por reforços criados a partir de métodos, discussões, brincadeiras feitas em sala de aula, ainda assim, concepção de um modelo ideal para a operacionalização da educação emocional, até hoje, não se constitui numa unanimidade o que de fato existem são projetos, a educação emocional deve ser vista como uma forma de otimizar o processo cognitivo e não ser vista como uma fórmula miraculosa como a verdadeira redenção para todos os problemas da educação como geralmente é entendida.
O emocional é algo que deve e se encaixa em qualquer linha vista anteriormente, pois busca no aluno aquilo que é realmente importante pra ele no momento certo, não é possível ficar com aluno por horas e horas e tapar seus olhos paras os sentimentos vividos ali, o que se passa com ele essa busca por saber o que acontece pode se assemelhar e encaixar com a Ponte que busca a cooperação entre todos aluno/professor estabelecem um vinculo afetivo maior 
De acordo com o construtivismo na Escola as disciplinas estão voltadas para a reflexão e auto-avaliação, portanto a escola não é considerada rígida, tem uma ênfase no aspecto cognitivo, fases das crianças e no que ela traz em si enquanto herança de sua própria ação e de seu comportamento, o poder nela interiorizado de absorver as informações obtidas do mundo exterior e acomodá-las segundo Piaget, esse é o processo de construção.
Por não ser considerada uma escola rígida pode se assemelhar com a Escola da Ponte, a absorção dos conteúdos obtidos do mundo exterior é outro fator em prol dessa associação, a criança usa aquilo que aprende, método parecido com o Ensino na ponte, o ambiente o processo de desenvolvimento o tempo dedicado a cada criança é essencial, reflexão e auto-avaliação são meios de discutir o que foi aprendido, semelhante ao que acontece na Ponte durante o termino dos 15 dias de estudos sobre o assunto.
Como dito anteriormente a Escola na teoria de abordagem múltiplas tem que ter um ambiente que possibilite a criança se desenvolver em múltiplas áreas, um foco somente na lógica e linguística tornaria essa linha Tradicionalista, é necessário que os professores entendam que inteligência é diferente de disciplina, ou seja não é porque o aluno está tendo aulas de musica que ele necessariamente esta desenvolvendo a inteligência musical, cada aluno é único por isso é necessário avalia-los com discussões, coloca-los a frente de questões desafiadoras, incentivar debates e discussões para ampliar e analisar as inteligências múltiplas na qual se pode trabalhar em cada aluno, segundo Gardner esse processo é denominado de Testagem, a Avaliação se da por analisar as inteligências em ação e medir com instrumento que permitam ver a inteligência em questão em funcionamento, ela deve ser feita em ambientes conhecidos e deve utilizar materiais conhecidos das crianças sendo avaliadas.
Em comparação com a Ponte um fator positivo é ver a necessidade de se debater vários assuntos, as discussões, colar os alunos enfrente a questões desafiadoras, como se fosse subtrair informações importantes da situação, mesmo não determinando os assuntos como os alunos da Ponte mas ainda assim são capazes de aprender cada um de sua maneira. 
A escola na abordagem sócio cultural, deve ser um local onde seja possível alcançar um crescimento mútuo, do professor e dos alunos, no processo de conscientização , o que implica uma escola diferente da que se tem atualmente, com seus curriculos e prioridades Paulo Freire diz também que a escola é uma instituição que existe num contexto histórico de uma determinada sociedade e para compreende-la é necessário entender o poder constituído na sociedade em que se esta atuando.
A proposta de se diferenciar das escolas que temos atualmente “tradicionais” buscando o crescimento mutuo dos alunos e professores, pode ser considerada uma associação com a Escola da Ponte já que existe esse distanciamento das escolas tradicionais, e a busca do desenvolvimento em ambos, porém elas se distanciam no quesito sociedade na qual se está atuando para a Ponte vemos a colaboração independente disso tudo.
A perspectiva psicanalítica não se focaliza em conteúdos, mas campos que se estabelecem entre seu professor e seu aluno, que fornece condições para a aprendizagem independente dos conteúdos, esses campos recebem o nome de transferência.
Essa linha distingue-se de tudo visto anteriormente, pois é algo mais ligado ao inconsciente e os desejos de saber, perguntas que decorrem de apenas duas de onde viemos e pra onde vamos, temos um contexto mais abstrato em comparação com as outras, um outro ponto em que pode se distingue é quando Freud diz que os seres humanos tem fases e essas devem ser tratadas com diferença, na ponte não existe essa separação por idades, lá todos são um conjunto e aprendem juntos a relação não é somente professor aluno, lá acontece uma interdependência muito grande professor/aluno e aluno/aluno pois esses também assumem papel de professor.
2.6 Ensino-aprendizagem 
A relação ensino/aprendizagem na abordagem Humanista de ensino é constituída por um ensino totalmente centrado no aluno, onde esse ensino é um ensino que ao mesmo tempo em que dirige o individuo, acaba por não dirigir, deixando que ele tome suas próprias iniciativas, onde possa se estruturar e agir. Isso se chama não-diretividade, que consiste em um conjunto de técnicas que implementa a atitude básica de confiança e respeito do aluno.
Mahoney formulou conceitos básicos da teoria da aprendizagem, sendo eles: potencialidade para aprender, tendência a realização, capacidade organísmica de organização, resistência, aprendizagem significativa, abertura a experiência, auto-avaliaçao, criatividade, autoconfiança e independência.
O oposto dessa relação ensino/aprendizagem dada pela humanista é o modo como a abordagem Tradicional de ensino define essa relação. A ênfase é dada as situações de sala de aula, onde os alunos são instruídos e ensinados pelo professor, os conteúdos e as informações que eles ensinam precisam ser absorvidos, e os modelos imitados.
Já na abordagem Comportamentalista de ensino, o ensino consiste em um arranjo e planejamento de contingência de reforço sob quais os estudantes aprendem e é de responsabilidade do professor assegurar essa aquisição do comportamento, o aluno é um objetivo de aprendizagem e um plano para alcançar o objetivo proposto. 
Mas essa relação, na Abordagem Sociocultural deve procurar a superação da relação opressor-oprimido. Para superar, o oprimido deve reconhecer-se como tal e engajar-se na práxis libertadora, onde o diálogo vai ser fundamental; deve solidarizar-se com o oprimido, lutando para transformar a realidade opressora; e transformar a situação concentra que gera a opressão.
Segundo Freire, a verdadeira educação consiste na Educação Problematizadora, que ao contrário da educação bancária, tem como objetivo principal o desenvolvimento da consciência crítica e a liberdade como meios de superar as contradições encontradas na educação bancária. A dialogicidade é a essência desta educação, pois educador e educando devem crescer juntos.
A relação ensino/aprendizagem na Abordagem Construtivista sugere que o aprendiz compreenda o mundo através da sua percepção, construindo significados para este mundo. Piaget acreditava que aaprendizagem acontecia por etapas que estavam diretamente ligadas ao desenvolvimento mental da cada estudante. Ela estava centrada no desenvolvimento individual do sujeito, cada estudante deveria construir seu próprio conhecimento, sem levar em conta o contexto histórico social. Piaget disse que temos que redefinir a aprendizagem, antes de tudo, ela depende do estágio de desenvolvimento, e o desenvolvimento é algo que precisa ser pensado no reforço, não somente externo, ele diz, mas interno, auto regulado. A aprendizagem verdadeira ela se dá no exercício operacional da inteligência, na qual só se realiza quando o aluno elabora o seu conhecimento. A inteligência é o instrumento de aprendizagem mais necessário.
O ensino/aprendizagem na Abordagem de Inteligencia Emocional diz que a educação e o ensino são afetivos, onde o aprender possui opções para reagir a emoções, e quanto mais os professores explorarem juntamente com os seus alunos, mais rica a vida deles ficará, são ensinados tópicos como a autoconsciência, os pensamentos, sentimentos, e reações. A aprendizagem permite que os alunos enxerguem o que está governando a cada um deles. Os professores deverão fundir as lições sobre sentimentos e relacionamentos com as outras matérias. 
Na abordagem de inteligências Múltiplas, a relação ensino/aprendizagem os que ensinam favorecem o conhecimento de diversas disciplinas; essas encorajem seus alunos a utilizar o conhecimento adquirido para resolver problemas e efetuar tarefas que estejam relacionadas com a vida na comunidade a que pertencem; e que favoreçam o desenvolvimento de combinações intelectuais individuais, a partir da avaliação regular do potencial de cada um. 
Na abordagem psicanalítica de ensino, professor age sobre a criança e tenta ensinar muito mais no nível do inconsciente do que do consciente. Ele não ensina apenas pelo que diz ou pelo que faz, mas procura ensinar pelo que é. A criança, por ser mais fraca psiquicamente, com um eu que deve se construir à imagem dos adultos em sua volta, é particularmente atingida pelos desejos inconscientes de seus educadores.
Sendo assim, podemos afirmar que não basta à criança possuir uma inteligência e uma saúde física satisfatórias para se desenvolver e se afirmar na aprendizagem escolar. É necessário também que tenha uma educação afetiva que lhe permita desenvolver uma sensibilidade relacional com os outros, podendo se servir de suas capacidades físicas e intelectuais.
2.7 Professor Aluno
Na abordagem de ensino Humanista, o professor assume uma posição de facilitador da aprendizagem, alguém que não possui uma identidade de que apenas vai ensinar, mas alguém que vai facilitar interagindo e sendo congruente com o aspecto escolar. A forma como irá decorrer o ensino vai depender do caráter do professor e do aluno, sendo assim, não é possível especificar as competências do professor, pois estas vão se dar como uma forma de relacionamento entre os dois. O professor deverá compreender o seu aluno e aceita-lo da forma como ele é, entendendo os sentimentos dele, e principalmente, deverá ser aberto as suas experiências. O aluno terá que assumir uma responsabilidade para com os objetos da aprendizagem que lhe trouxe mais significado, ou seja, os que são mais importantes para ele. O aluno deverá ser compreendido como um ser que se auto-desenvolve, e o professor deverá ter o papel apenas de facilitar, deixando mais fácil o aluno atingir esse auto-desenvolvimento. 
Essa abordagem de ensino é o oposto de uma outra na qual o professor rege os alunos da forma como está no programa, é a abordagem Tradicional de ensino. A relação professor aluno dessa abordagem é basicamente o de transmitir certos conteúdos que são predefinidos e constituem o próprio fim da existência escolar. Onde é pedido ao aluno a repetição automática dos dados que a escola forneceu. O professor exerce o papel mediador entre o aluno e os modelos culturais, ou seja, pode-se dizer que o professor é o agente e o aluno o ouvinte, o professor apenas transmite conhecimento e ensina apenas o que eles precisam ensinar, mesmo que os próprios alunos não tenham um interesse maior em aprender certos conteúdos, o ensino dessa aprendizagem é centrada no professor, e não no aluno. 
No caso da abordagem Comportamentalista de ensino. Aos educandos caberia o controle do processo de aprendizagem, um controle científico da educação. Nessa abordagem comportamentalista o professor teria a responsabilidade de planejar e desenvolver o sistema ensino aprendizagem, de tal forma que o desempenho do aluno seja maximizado. O aluno é considerado como um recipiente de informações e reflexões.
Existem inúmeras escolas que adotam a abordagem Tradicional de ensino, algumas a comportamentalista e outras procuram um equilíbrio na relação professor/aluno, que é o caso da abordagem Construtivista que Segundo Jean Piaget os dois aprendem. Seu estudo não se fixou muito com a questão da educação e sim com o conhecimento. Ou seja, como o sujeito aprende, sendo por meio da ação de aprender e por intermédio da ação de construir o seu conhecimento. A relação do aluno sobre o objeto do conhecimento é que direciona o construtivismo. O indivíduo aprende agindo sobre o saber, experimentando, manipulando. A aprendizagem gera conhecimento. O que se busca nessa relação é o desenvolvimento lógico das estruturas cognitivas. O professor que utiliza essa abordagem está sempre incentivando os alunos a pesquisarem e valorizarem muito os vários tipos de materiais que possam ser utilizados nas suas atividades ou brincadeiras. O professor sendo sempre um orientador, cabe ao professor criar situações, propiciando condições onde se possam estabelecer reciprocidade intelectual, cabe a ele também não fixar rotina, não incentivar respostas prontas e hábitos, deve propor problemas ao alunos sem dar soluções prontas, se espera do professor que provoque desequilíbrios e que se faça desafios. O aluno deverá ser tratado de acordo com o seu desenvolvimento mental e social, sendo cada um diferente do outro. 
Uma abordagem de ensino muito parecida com essa é a Sócio-Cultural, possuindo também alguns ponto em comum com a Humanista. Na Sócio-Cultural a relação professor/aluno é constituída pelo aprender dos dois lados, o professor tanto educa como aprende, e o aluno tanto aprende quanto educa. O educador que está engajado na prática transformadora procurará questionar junto com o educando, a sua cultura e a cultura dominante, a valorização da linguagem, a fim de que cada um faça sua própria análise desse contexto. Ele procurará criar condições, para que junto com os alunos, consiga superar a consciência ingênua. O diálogo deverá ser desenvolvido, e é muito importante ao mesmo tempo que a cooperação, a união, e também a solução dos problemas. E os alunos por sua vez, participam ativamente desse processo, juntamente com o professor.
Pode-se localizar uma abordagem bem diferente das outras, na qual temos como condutor Freud, na abordagem Psicanalítica de ensino. A relação que professor/aluno vão estabelecer não é apenas baseada na transmissão neutra de informação ou de conhecimentos, nem é apenas uma relação de saber, para a Psicanálise há outra lógica para além da inteligência, já que esta procura fazer a ligação entre os aspectos cognitivos e afetivos com a relação educativa. A Psicanálise veio contribuir para que fosse posta em causa a ideia simplista de uma relação entre professor e aluno em uma troca neutra de saberes. A capacidade para ensinar, assim como a capacidade para aprender, são uma situação particular da aptidão para "amar e trabalhar", que Freud usa como definição de saúde mental. A relação educativa é entendida como relação de amor: a criança deseja aprender pelo seu desejo de ser aceita, recompensada e reconhecida como bom aluno. O professor deve preparar o caminho para uma relação baseada no respeito e afeto que estabelecerá as condições da situação de trabalho. A criança identifica-se com o professor nos seus objetivos e necessidades, ao mesmotempo em que o professor precisa de se identificar com a criança e com a sua tarefa. Este é o primeiro passo do ser professor. Os passos seguintes consistem em transformar o "trabalho para o amor" em "amor pelo trabalho". 
Contudo, pode-se notar muitas abordagens diferentes, conceitos e argumentos que remontam a cada ideia uma relação diferente de professor e aluno, mas temos ainda mais duas abordagens que também são extremamente importantes para a nossa educação e para deixar cada vez mais interessante essa relação tão importante de professor e aluno. 
Daremos continuidade com a Abordagem de Inteligência Emocional e Inteligências Múltiplas, a relação professor/aluno na inteligência emocional se dá com o professor não ignorando os aspectos emocionais dos seus alunos, estando preparados para trabalhar isso com eles quando surgem problemas em que eles sabem que são causados pelo emocional deles estarem abalados, não fecham seus olhos para o que acontecem na relação que os alunos possuem entre si, atuando nas crises existentes, os professores ensinam os alunos a trabalharem com a ansiedade, raiva, tristeza e angustia promovendo programas de prevenção. 
Na Inteligências múltiplas o professor enxerga o seus alunos como eles sendo diferentes uns dos outros, se preocupando com os que avançam sozinhos e os que ficam pra trás, tendo consciência de que todos são diferentes um do outro e aprendem de diversas formas.
2.8 Metodologia
A metodologia na abordagem de ensino Humanista não enfatiza um método para se facilitar a aprendizagem, porem cada educador deve desenvolver o seu próprio estilo, e método para que cada vez mais facilite a aprendizagem. Mas Neil diz: “Não temos novos métodos de ensino, porque não achamos que o ensino, em si mesmo, tenha grande importância. Que uma escola tenha ou não algum método especial para ensinar a dividir é coisa de somenos, pois a divisão não é importante senão para aqueles que querem aprende-la. E a criança que quer aprender a dividir aprenderá, seja qual for o ensino que receba.” 
A pesquisa dos conteúdos que os alunos farao, deverão ser capazes de critica-los, aperfeiçoa-los, ou ate mesmo de subtitui-los. 
Então, pode-se perceber que essa abordagem se diferencia completamente da Tradicional, onde tudo o que se refere ao âmbito escolar, seja diferente, assim como é na metodologia, na Abordagem Tradicional o professor já traz o conteúdo pronto e o aluno se limita passivamente à escutá-lo. A didática tradicional quase que poderia ser resumida em: “dar a lição” e “tomar a lição”.
A utilização freqüente do método expositivo, pelo professor, como forma de transmissão de conteúdo, faz com que o ensino seja centrado no professor, e não no aluno.
A Comportamentalista, também é diferente da Humanista quando se diz da metodologia, pois ela é uma categoria que envolve vários requisitos, mas entram em destaque a organização de um plano de aula bem estruturado e o envolvimento estudantil para que possa haver o domínio e interação com o conteúdo, sendo adaptadas conforme a necessidade e capacidade de cada aluno, dessa forma, progredindo de maneira gradativa a aprendizagem. Porém, para a determinação de uma metodologia é preciso que haja intercâmbio professor-aluno e vice-versa, com o objetivo quebras as barreiras, conhecendo uma técnica mais viável de conhecimento que implique na estrutura comportamental, já que o indivíduo tem o hábito de se adaptar e/ou modelar ao espaço que convive.
Uma metodologia que bane também como a Humanista os processos de decorar, é a Construtivista, sua metodologia é fundamentada na escrita, pois acredita que o aluno tem condições de se alfabetizar sem a ajuda de cartilhas e mecanismos que o induzem a decorar, repetir mecanicamente, declamar, transmitir e aprender o que já está acabado. Parte-se da ideia de que a criança, antes mesmo de ser alfabetizada no ambiente escolar, já descobriu como funciona o processo de aprendizado do alfabeto, como, por exemplo, ler do lado esquerdo para o direito. A ação do individuo é o centro do processo e o fator social ou educativo constituem uma condição de desenvolvimento. Para Piaget o trabalho em equipe pode ser usado como estratégia.
A metodologia da abordagem Sociocultural possui um tema Gerador que objetiva explicitar o pensamento do homem sobre a realidade e a sua ação sobre ela, o que constitui a práxis. Características básicas: ser ativo; dialógico; e crítico; criar um conteúdo programático próprio, e usar técnicas tais como redução e codificação.
O ambiente ao qual o aluno está inserido precisa ser desafiador, promovendo sempre desequilíbrios. As experiências não devem ser feitas na frente do aluno mas devem ser feitas pelo aluno.
Inteligências Múltiplas a metodologia dessa abordagem não se dá de forma imediata na pratica, o professores veem nas inteligências explicações para fatos que ocorrem em sala de aula, Gardner não criou uma metodologia, ele fez uma teoria de cognição, ela precisa abordar uma pedagogia para que nela seja associada as inteligências múltiplas.
A psicanálise não proporciona a garantia de uma técnica de controle e previsão da realidade, uma vez que para ela não é possível prever os resultados da ação, conhecendo-os somente a partir de seus efeitos observando nos alunos tudo o que provém de seus inconscientes, uma vez que este é demonstrado através dos atos falhos, chistes e sonhos que podemos observar nas crianças. 
Na abordagem emocional, a metodologia se dá de formas diferentes das demais abordagens, incluindo a humanista. Nela na hora da chamada os professores distribuem números que indicam o estado emocional do aluno, então, eles não respondem apenas “presente, mas respondem como eles estão se sentindo naquele dia. Os professores utilizam temas que abordam assuntos do cotidiano, para que sejam debatidos e esclarecidos, algumas escolas adotam caixas para que os alunos coloquem nelas de forma anônima o que se passou com eles durante a aula, e tudo será discutido no fim da aula. Os professores tentam fazer com que os alunos tragam exemplos vivos de situações para que eles tentem solucionar da melhor forma em conjunto com os colegas. 
2.9 Avaliação
Após tantos anos pertencentes à abordagem Tradicional, fica até redundante falar sobre ela, e quase impossível entender os demais métodos que se distingue dela. Em todo caso, no que se trata de avaliação é realizada visando à exatidão da reprodução do conteúdo comunicado em sala de aula. Portanto, se mede a quantidade de exatidão de informações que o aluno consegue reproduzir. Provas, exames, chamadas orais, exercícios... Todos processos que requer nota, que funciona como níveis de aquisição do patrimônio cultural. Extremamente diferente da abordada no livro. 
O livro nos traz a abordagem Humanista, em que a avaliação é feita sem uma padronização, ou seja, são abolidos os métodos tradicionais como exames, notas, boletim, etc. Defendem a auto-avaliação, pois só o próprio aluno pode conhecer realmente suas experiências. Ou seja, os critérios devem provir internamente, visto que os externos causam desajuste. O Aluno tem a capacidade de se organizar constante e progressivamente, de se auto engrandecer, de se valorizar e realçar o desenvolvimento próprio e dos outros. Portanto o aluno deve assumir responsabilidades das formas de controle, tendo que definir critérios que avalie se seus objetivos estão sendo atingidos. 
A abordagem Comportamentalista tem mais semelhanças com a tradicional, comparada a humanista. Nesta abordagem a avaliação consiste em constatar se o aluno aprendeu e atingiu os objetivos propostos quando o programa foi conduzido até o final de forma adequada. Em outras palavras a avaliação está ligada diretamente aos objetivos estabelecidos. Ao iniciar o processo de aprendizagem, há uma pré-testagem, para conhecer os conhecimentos prévios dos alunos. A partir disso é desenvolvido o planejamento de ensino-aprendizagem, que inclui avaliações ao decorrer do processo, visto que existem objetivos intermediários e finais.Portanto é tida como parte integrante do processo de aprendizagem, uma vez que os alunos precisam dos resultados de seu comportamento para assim modela-los. 
Na Psicanalise a mola do desenvolvimento intelectual é sexual. O aluno possui investigações sexuais, nela a pulsão sexual e a pulsão do domínio resultam em pulsão do saber. Para a aprendizagem é necessário a relação com outra pessoa, isso implica na ocorrência da transferência de sentido e de poder. Por visar uma educação autêntica, tem dificuldades para viabilizar a educação. Nela, o aluno deve matar o mestre para ser mestre de si, e o mestre deve aceitar a canalização do seu poder, sem renunciar suas certezas. 
Dentro da Sócio-Cultural há fortes semelhanças com Humanista. Acredita que a verdadeira educação se faz pela auto-avaliação e/ou avaliação mútua, permanente na prática educativa por professores e alunos. Também ressalta que qualquer processo formal de notas e de exames deixa de fazer sentido; pois os alunos, assim como professores, sebarão quais são suas dificuldades, e o seus processos. 
A abordagem Cognitivista/ Construtivista, assim como a Humanista, não se embasa em testes, em provas, e em exames. Acreditam que o conhecimento não é mensurável, há conhecimentos qualitativos, e não quantitativos. Por isso as avaliações devem ser realizada a partir de parâmetros extraídos da própria teoria, de acordo com sua aproximação a uma norma qualitativa pretendida. Uma das formas que utilizam para verificar o rendimento (se o auno adquiriu noções, conservações, realizou operações, relações, etc.) é por meio de reproduções livres, com expressões próprias, relacionamentos, explicações práticas, explicações casuais, reprodução sob diversas formas e ângulos, etc. Os critérios considerados traz a assimilação e a acomodação, além de considerarem as soluções erradas, incompletas e distorcida dos alunos. Não há pressão no desempenho acadêmico e nem nos desempenhos padronizados, durante o desenvolvimento cognitivo. 
Na Inteligência Emocional, igualmente a humanista, não se apropria de notas. Para a ela, a própria vida é a prova final. Mas no fim da 8ª série/ 9º ano, quando os alunos estão para deixar a escola, cada um passa por um exame socrático, uma prova oral de Ciências do Eu. 
No âmbito das Inteligências Múltiplas, a avaliação é vista como uma lente para ajudar o professor a ensinar e o aluno a aprender. Nela se afastam de testagem padronizada, assim como a Humanista. A avaliação é feita buscando resolver problemas e elaborar produtos nos individuas, por meio de uma variedade de materiais. 
3. ARTICULAÇÃO COM NOSSA FUTURA PROFISSÃO
A abordagem Tradicional de ensino contribui para que os psicólogos atuantes compreendam junto com essa abordagem e que retirem dela as formas de como ensinar os seus alunos, podendo adotá-las em suas próprias psicoterapias, como o modo de controle que eles utilizam, mantendo firmes as idéias e coisas que planejam. 
A abordagem Psicanalítica de ensino a criança deseja aprender pelo seu desejo de ser aceita, recompensada e reconhecida como bom aluno, o professor deverá preparar o caminho pra uma relação de afeto e respeito. É isso que podemos usar nas psicoterapias, adotar essa forma de lidar com um ser, sempre preparar o caminho para uma relação primeiramente de muito respeito, e fazer com que a paciente cada vez mais queira melhorar, para que seja reconhecido novamente em seu próprio mundo.
Em nossa futura profissão iremos nos deparar com diferentes formas de pensar e agir. Portanto, o modo que lidamos com algumas pessoas, não terá o mesmo efeito com outras. Cabe a nós, como na abordagem sócio cultural, entender o meio em que a pessoa está seus costumes e tradições, para que assim nós conseguirmos ‘alcançar’ ela e ver quais são suas necessidades no momento; precisaremos ver o mundo com os olhos dela, para podermos realizar um atendimento adequado para cada pessoa, pois o que é correto para uma pessoa, pode não ser a melhor forma de agir para outra. 
Na abordagem Comportamental entendemos que o desenvolvimento das habilidades são determinadas por suas relações como meio em que se encontram. O que interessa à psicologia, portanto, é a relação entre estímulos e respostas, aspectos que podem ser empiricamente observados. Cabe aos comportamentalistas descobrir quais são os estímulos que provocam determinado comportamento. O mais importante na determinação do comportamento são as experiências, aquilo que foi aprendido durante a vida. A preocupação básica do comportamentalismo é explicar como os comportamentos são aprendidos.
Na abordagem Construtivista a inteligência é o resultado de uma capacidade inerente ao ser humano de se adaptar a novas situações e realidades, o método de ensino que se inspira no construtivismo tem como base que aprender (bem como ensinar) significa construir novo conhecimento, descobrir nova forma para significar algo, baseado em experiências e conhecimentos existentes. Nessa abordagem o conhecimento encontra-se em constante reconstrução.
Na linha Educação emocional trás consigo o desenvolvimento da criança, que é incentivada desde muito cedo a refletir sobre suas emoções a lidar sobre as mesmas, uma forma de autoconhecimento, um fator importante para a psicologia é que os pacientes saberiam se expressar melhor sobre o que sentem, discorrer sobre as angustias que os cercam. Como dizem a educação é a base da sociedade, sendo essa reforçada com o estudo das emoções em cada individuo teremos uma redução em criminalidade, abusos, brigas problemas cotidianos que geralmente são gerados simplesmente por falta dessa educação e podem ser mudados por ela como se vê no texto, as pessoas que passam por esse processo de educação são conduzidas por fases nessas eles enfrentam problema do dia-a-dia e discutem sobre emoções sentimentos ações que foram produzidas ali, seja como uma briga entre colegas de sala, ou a exposição de problemas maiores como drogas existe esse combate direto com a realidade pois assim eles podem ter em embasamento maior sobre as atitudes que podem ser tomadas mediante a pressão, raiva, culpa, sentimentos que acarretam tudo isso.
A abordagem Humanista contribuiria para formar uma sociedade mais crítica e mais autêntica. Isso de fato não seria uma característica exclusiva dessa abordagem, ou seja, muitas buscam formar pessoas autênticas e críticas. Porém a forma como ela aplica sua metodologia e seu enfoque em liberdade, autonomia, auto-iniciativa, motivação, curiosidade, responsabilidades e interação social. Possibilita fatores que seriam indispensáveis para ampliar nossa função social, isto é, o efeito do trabalho dos psicólogos na sociedade. Em outras palavras, ela contribuiria para uma maior abrangência e significado profissional, uma vez que em uma sociedade “pensante” possibilitaria que a população se beneficiasse efetivamente com a nossa atuação. Portando usufruiríamos de maneira plena nossas capacidades, tendo uma vida auto realizadora. 
A teoria sobre cognição: Inteligências Múltiplas nos ajudariam a maravilharmos com o diferente. Isso implica que nem tudo se consiste em lógica matemática e linguística, como estamos acostumados. Ela vem para privilegiar toda forma de inteligência, quer seja espacial, corporal, interpessoal, intrapessoal, musicista, ou ainda naturalista, transcendental ou pictórica. Ela nos possibilita marcar, realçar e valorizar o diferente. No âmbito profissional é uma ótima forma de demonstrar originalidade e peculiaridade. Ademais não faz distinção, prega que todos têm potenciais para todas as inteligências múltiplas, apesar de dependerem da oportunidade para desenvolvê-la. 
REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS
ALVES, Rubem. A ESCOLA QUE SEMPRE SONHEI SEM IMAGINAR QUE PUDESSE EXISTIR. Edição: 7°/2004. Editora: Papirus.
ANTUNES, Celso. ALFABETIZAÇÃO EMOCIONAL: NOVAS ESTRATÉGIAS. Petrópolis – RJ : Editora Vozes, 1999.
GARDNER, Howard. ESTRUTURAS DAMENTE-A TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS. Porto Alegre. Artes Médicas Sul, 1994.
KUPFER, Maria Cristina. FREUD E A EDUCAÇÃO : o mestre do impossível. São Paulo: Ed. Scipione, 1989.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. ENSINO: AS ABORDAGENS DO PROCESSO. São Paulo: EPU, 1986.

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