Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERISADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI Laboratório de Fenômenos Eletromagnéticos Circuito RC Prática 5 Engenharia de telecomunicações 16/06/2015 Subturma B Amanda Simões Abreu – 134550064 Andrêza Mara dos Santos – 124550036 Gabriela Silveira dos Santos Carletti – 094250043 Heloisa Carolina de Oliveira Bruno - 124550053 Laís Velame Silva – 134550040 1. INTRODUÇÃO Um circuito contendo um resistor e um capacitor, é chamado de circuito RC. Figura 1: Um circuito para carga e descarga de um capacitor a uma diferença de potencial 𝜀 A corrente em um circuito RC tem apenas um sentido, como em todos os circuitos cc, mas a intensidade da corrente varia com o tempo. Inicialmente, com a chave S aberta não há passagem de corrente. Ligando a chave no terminal a, imediatamente começa a fluir carga pela bateria e consequentemente a passagem de corrente. Nesse processo o capacitor será carregado. O potencial , V, entre as placas do capacitor, em um tempo t arbitrário, pode ser determinada com a equação abaixo. 𝑉(𝑡) = 𝑉𝑓 (1 − 𝑒 − 𝑡 𝑅𝐶) = 𝑉𝑓 (1 − 𝑒 − 𝑡 𝜏) Equação 1 O capacitor é carregado até que o valor da tensão entre as placas seja igual ao valor da força eletromotriz,𝜀. Nesse momento, a corrente cessa de alimentar o circuito. Após carregar as placas do capacitor, se a chave for ligada no terminal b, ocorrerá o processo inverso e, então, o capacitor será descarregado em um novo circuito entre o capacitor e o resistor é formado, onde o capacitor fornecerá uma diferença de potencial no circuito permitindo a passagem de corrente. O potencial agora é determinado pela seguinte equação 𝑉(𝑡) = 𝑉0𝑒 − 𝑡 𝑅𝐶 = 𝑉0𝑒 − 𝑡 𝜏 Equação 2 A constante 𝜏, chamada de constante do tempo, é o tempo necessário para carregar e/ou descarregar as placas do capacitor no circuito RC, desde que 𝜏 = 𝑅𝐶. Equação 3 [1] 2. OBJETIVOS Os objetivos do experimento são determinar as constantes de tempo capacitivas dos circuitos empírica e teoricamente; obter cargas e descargas de um capacitor em um circuito RC. 3. MATERIAL resistores com valores: 100kΩe 10kΩ; capacitores com valores: 10μF e 4.7μF ; protoboard para montagem dos circuitos; cabos-banana; interface de aquisição de dados LabPro; software de análise LoggerPro; Fonte de tensão. 4. PARTE EXPERIMENTAL O circuito apresentado na introdução foi montado, estando o capacitor e o resistor em série. Os valores de capacitância e resistência dos dispositivos são 10 μF e 100 kΩ, respectivamente. As pontas de medida da interface de aquisição de dados, o LogPro, foram ligadas em paralelo com o capacitor. O cabo-banana que estava ligado ao terminal positivo da fonte foi desconectado, de modo a ajustar a fonte para 2,5V. Em seguida a interface foi acionada para coletar os dados. A curva de carregamento do capacitor foi registrada. Depois de carregado, as pontas dos cabos-banana da fonte foram encostadas uma na outra. Observou-se a curva de descarregamento. O procedimento foi repetido com o mesmo capacitor e mesmo resistor, contudo com voltagem de 7,5V. Por fim, os passos anteriores foram repetidos usando as seguintes combinações de capacitor e resistor: 10μF e 10kΩ; 4,7μF e 100kΩ; 4,7μF e 10kΩ; 14,7μF e 100kΩ. 5. ANÁLISE DO RESULTADOS De acordo com os procedimentos realizados, foram obtidos os seguintes resultados: Figura 2: Curva da carga e descarga do capacitor em um circuito RC em que o valor da capacitância equivalente a 10𝜇𝐹, resistor 100𝑘Ω e tensão2,5𝑉 Figura 3: Curva da carga e descarga do capacitor em um circuito RC em que o valor da capacitância equivalente a 10𝜇𝐹, resistor 100𝑘Ω e tensão7,5𝑉 Figura 4: Curva da carga e descarga do capacitor em um circuito RC em que o valor da capacitância equivalente a 10𝜇𝐹, resistor 10𝑘Ω e tensão2,5𝑉 Figura 5: Curva da carga e descarga do capacitor em um circuito RC em que o valor da capacitância equivalente a 4,7𝜇𝐹, resistor 100𝑘Ω e tensão2,5𝑉 A partir dos gráficos obtidos e com os valores da capacitância e do resistor e da tensão calculou-se o valor teórico da constante de tempo capacitiva, 𝜏, e comparou-se com os valores experimentais. O valor de 𝜏 foi calculado conforme a equação 3. Os resultados estão representados na Tabela 1 e 2 abaixo. Tabela:1 Constante de tempo capacitiva no carregamento das placas de um capacitor em um circuito RC Capacitância (𝜇𝐹) Resistência (𝑘Ω) Tensão (𝑉) 𝜏 teórico (𝑠) 𝜏 experimental (𝑠) 10 100 2,5 1 0,9199 10 100 7,5 1 0,9578 10 10 2,5 0,1 0,1097 4,7 100 2,5 0,47 0,0482 Tabela:2 Constante de tempo capacitiva no descarregamento das placas de um capacitor em um circuito RC Capacitância (𝜇𝐹) Resistência (𝑘Ω) Tensão (𝑉) 𝜏 teórico (𝑠) 𝜏 experimental (𝑠) 10 100 2,5 1 O,9451 10 100 7,5 1 0,9363 10 10 2,5 0,1 0,1044 4,7 100 2,5 0,47 0,0630 Sendo 𝑑𝑞 𝑑𝑦 + 𝑞 𝑅𝐶 = 𝜀 𝑅 (1) uma equação diferencial, sua resolução se dá pelo cálculo do fator integrante. Então: 𝜇(𝑡) = 𝑒∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 Sendo p(t)= 1 𝑅𝐶 , temos 𝜇(𝑡) = 𝑒∫ 1 𝑅𝐶𝑑𝑡 Logo temos que o fator integrante é: 𝜇(𝑡) = 𝑒 𝑡 𝑅𝐶 Multiplicar a equação 1 pelo fator integrante, temos: 𝑒 𝑡 𝑅𝐶 𝑑𝑞 𝑑𝑡 + 𝑞 𝑅𝐶 𝑒 𝑡 𝑅𝐶 = 𝜀 𝑅 𝑒 𝑡 𝑅𝐶 Sendo 𝑒 𝑡 𝑅𝐶 𝑑𝑞 𝑑𝑡 + 𝑞 𝑅𝐶 𝑒 𝑡 𝑅𝐶 = 𝑑(𝑞𝑒 𝑡 𝑅𝐶) 𝑑𝑡 , então temos 𝑑(𝑞𝑒 𝑡 𝑅𝐶) 𝑑𝑡 = 𝜀 𝑅 𝑒 𝑡 𝑅𝐶 Integrando os dois lados da equação têm-se: ∫ 𝑑(𝑞𝑒 𝑡 𝑅𝐶) 𝑅 = ∫ 𝜀 𝑅 𝑒 𝑡 𝑅𝐶 𝑡 0 𝑑𝑡 𝑞 𝑒 𝐶 𝑡 𝑅𝐶 = 𝜀(𝑒 𝑡 𝑅𝐶 − 𝑒 0 𝑅𝐶) 𝑞 𝑒 𝐶 𝑡 𝑅𝐶 = 𝜀 (𝑒 𝑡 𝑅𝐶 − 1) Portanto temos que a solução da EDO é a função: 𝑞(𝑡) = 𝐶𝜀 (1 − 𝑒 −𝑡 𝑅𝐶), Onde C𝜀 = 𝑄0, carga inicial no capacitor. O potencial elétrico entre as placas de um capacitor em instante qualquer dado por V(t)= 𝑄(𝑡) 𝐶 (1)e potencial inicial dado por 𝑉0 = 𝑄0 𝐶 (2). Multiplicando a equação de descarga, 𝑞(𝑡) = 𝐶𝜀 (𝑒 −𝑡 𝑅𝐶), por 1 𝐶 obtêm 𝑄(𝑡) 𝐶 = 𝑄0 𝐶 (𝑒 −𝑡 𝑅𝐶). Portanto pelas equações 1 e 2, pode- se concluir que: 𝑉(𝑡) = 𝑉0𝑞 (𝑒 −𝑡 𝑅𝐶). Sendo V(t)= 𝑉0𝑒 −𝑡 𝑅𝐶 Para t= RC tem-se: 𝑉(𝑅𝐶) = 𝑉0𝑒 −𝑅𝐶 𝑅𝐶 𝑉(𝑅𝐶) = 𝑉0𝑒 −1 𝑉(𝑅𝐶) = 𝑉0 𝑒 Portanto V(RC)=0,367879𝑉0 ≈ 0,37𝑉0 Sendo 𝑅 = 𝑉 𝑖 e 𝑉 = 𝑄 𝐶 , tem-se que: 𝑅 = 𝑄 𝐶𝑖 (1) A carga elétrica é dada por Q=i*∆𝑡(2). Substituindo a eq. 2 na eq. 1: 𝑅 = 𝑖∆𝑡 𝑖𝐶 Logo 𝑅𝐶 = ∆𝑡 Portanto podemos concluir que a unidade de RC é segundo, uma vez que ∆𝑡 é a variação do tempo. Para que a luz do flash seja intensa ao se tirar uma foto, a potência dissipada tem que ser grande. Sendo potência Potência=R𝑖2, tem-se que a potência e a resistência se relacionam de forma diretamente proporcional. Com isso conclui-se que quanto maior a resistência R de uma lâmpada, maior o valor da potência dissipada pela mesma. Uma vez que capacitância é dado por 𝐶 = 𝑄 𝑉 , quanto maior a capacitância C de um capacitor, maior é a sua facilidade em armazenar carga elétrica Q e quanto maior a carga elétrica armazenada no capacitor, maior éa corrente elétrica i que o capacitor fornece para o circuito, uma vez que 𝑄 = 𝑖∆𝑡. Logo maior será a potencia dissipada. Portanto as características desses componentes são: ter grande capacitância, no caso do capacitor, e ter resistência elétrica grande. Onde V é o potencia elétrico, ∆𝑡 é a variação do tempo. 6. CONCLUSÃO Ao fim do experimento, podemos concluir que os valores das constantes de tempo capacitivas dos circuitos empírica e teoricamente são próximas, com exceção da capacitância de 4,7(𝜇𝐹). A diferença do valor teórico para o experimental deve-se a erros de manuseio do equipamento, como a rapidez com que se desconecta os cabos para carga e descarga. O valor da carga pôde ser encontrado com êxito. De forma geral, a prática foi importante para a aplicação do conhecimento teórico e ampliação do mesmo. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Tipler, P. A.; Mosca, G. Física para cientistas e engenheiros. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Ed LTC, 2011.
Compartilhar