Buscar

Metabolismo do Glicogênio (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

Metabolismo do Glicogênio
A degradação do glicogênio (glicogenólise):
Onde ocorre, quando ocorre e sinalizador:
A degradação do glicogênio pode ocorrer em dois locais distintos no corpo:
A glicogenólise ocorrerá no fígado com o intuito de manter a taxa glicêmica constante no sangue além, é claro, de fornecer energia para as demais estruturas do corpo (cérebro, principalmente). A degradação do glicogênio no fígado irá ocorrer quando a glicemia (taxa de glicose presente no sangue) estiver baixa, ou seja, em momentos de jejum, e terá o intuito de eleva-la para condições normais. A falta de glicose no sangue significa baixa disponibilidade de combustível para a produção de energia (ATP) para manter as funções metabólicas e a glicogenólise no fígado é um mecanismo para realizar tal função. O sinalizador da glicogenólise no fígado é o glucagon.
A glicogenólise poderá ocorrer também no músculo esquelético com o intuito de fornecer energia (ATP) para essa mesma estrutura quando ela se encontra em situações de grande atividade (contração intensa). Nesse caso, o sinalizador será a adrenalina. 
Enzimas envolvidas, suas respectivas funções e produtos formados:
Enzima desramificadora- ela promove a desramificação da molécula de glicogênio para possibilitar e facilitar a atuação da enzima glicogênio fosforilase. 
Glicogênio Fosforilase- essa enzima promove a quebra da ligação entre duas moléculas de glicose presentes no glicogênio e adiciona um fosfato na glicose que foi separada da cadeia polissacarídica, gerando a glicose-1-fosfato. A glicose retirada da cadeia será aquela presente na extremidade não redutora. Essa enzima está sujeita a um controle alostérico.
Fosfoglicomutase- é uma enzima fosforilada (tem um fosfato em sua cadeia) e converte a glicose-1-fosfato em glicose-6-fosfato. Ela promove a adição do fosfato presente nela na posição “6” da glicose-1-fosfato transformando-a em glicose-1,6-bisfosfato e logo depois irá retirar o fosfato presente na posição “1” dessa molécula, restaurando o fosfato antes presente nela e originando a glicose-6-fosfato. 
Glicose-6-fosfatase- retira o fosfato presente na glicose-6-fosfato transformando-a em glicose simplesmente, permitindo então a saída dessa molécula da célula com destino ao sangue. Lembrando que o grupamento fosfato é aquele que impede a saída da glicose da célula e apenas com a retirada desse grupamento a glicose poderá ser liberada na corrente sanguínea.
A síntese do glicogênio (glicogênese):
Onde ocorre, quando ocorre e sinalizador:
A glicogênese ocorre também tanto no fígado quanto no músculo esquelético.
A síntese de glicogênio ocorrerá no fígado em momentos que a disponibilidade de glicose na corrente sanguínea estiver elevada e para evitar a situação de hiperglicemia, armazenando glicose para momentos de sua falta (guardar glicose em forma de glicogênio é vantajoso pelo fato de que se houvesse a dispersão de muitas moléculas de glicose dentro da célula ocorreria a entrada de muita agua para dentro da mesma para promover o equilíbrio osmótico podendo então causar lise celular). O sinalizador para esse processo é a insulina.
Vai ocorrer no músculo esquelético também em momentos de alta disponibilidade de glicose só que também em momentos que esse não encontra-se em grande atividade. Essa reação no musculo tem justamente a finalidade de “guardar combustível” para situações de atividade (contração) intensa. Nesse caso, o sinalizador também será a insulina. 
Enzimas envolvidas, suas respectivas funções e produtos formados (falo também da formação e função do açúcar ativado):
Hexoquinase- promove a transformação de glicose em glicose-6-fosfato através da adição de fosfato vindo de uma molécula de ATP a posição “6” da molécula de glicose. Isso mantem a glicose dentro da célula. 
Fosfoglicomutase- converte glicose-6-fos fato em glicose-1-fosfato. 
UDP-açúcar pirofosforilase- converte a glicose-1-fosfato em UDP-glicose retirando o fosfato da posição “1” da molécula de glicose e adicionando nessa mesma posição uma molécula de UDP (uridina-difosfato). A UDP-glicose é a forma ativada da glicose (é o açúcar ativado) para que a mesma possa ser transportada rumo a sua adição na molécula de glicogênio em formação. O UDP funcionará como carreador da glicose.
Glicogênio Sintase- promove a adição da molécula de glicose na extremidade não redutora da molécula de glicogênio em formação. Antes da adição ocorre a remoção da molécula de UDP da molécula de glicose por essa mesma enzima. 
Enzima Ramificadora- é a enzima que promove a ramificação da molécula de glicogênio já que a glicogênio sintase é capaz apenas de adicionar glicoses no sentido de aumentar a cadeia de glicogênio em extensão. 
Glicogenina (função e estrutura):
Foi mencionado anteriormente que a adição de moléculas de glicose pela glicogênio sintase ocorrerá apenas em moléculas de glicogênio pré-formadas, ou seja, a glicose sintase não é capaz de sintetizar glicogênio a partir de moléculas UDP-glicose livres. Para essa enzima é necessária a existência prévia de uma molécula de glicogênio com pelo menos 8 resíduos de glicose. A glicogenina é a enzima capaz e responsável por produzir essa cadeia prévia de glicogênio (ela é a enzima iniciadora do processo). A glicogenina é capaz de produzir a molécula de glicogênio simplesmente a partir de moléculas UDP-glicose livres. 
A glicogenina possui uma Tirosina na posição “194” da molécula, que é essencial para a sua atividade catalítica, atraindo eletrostaticamente a molécula de UDP-glicose e promovendo a quebra entre UDP e glicose e adicionando está última a outra glicose. 
Regulação:
A regulação da glicogênese é dada através dos seguintes fatores:
A forma na qual a enzima glicogênio sintase se encontra- a enzima glicogênio sintase possui uma forma ativa e uma forma inativa. Sua forma ativa é a não-fosforilada (chamada de glicogênio sintase a) e sua forma inativa é a fosforilada (chamada de glicogênio sintase b). A conversão da forma inativa para a forma ativa do glicogênio é promovida por uma fosfatase
A ativação da glicogênio sintase ocorrerá quando a insulina ligar-se a um receptor na célula. Essa ligação da insulina através de uma série de ligações promoverá a fosforilação da enzima GSK 3, que é responsável por manter a glicogênio sintase na forma fosforilada. Quando a GSK 3 é fosforilada ela passa a ser inibida e portanto a glicogênio sintase pode passar para a sua forma ativa estimulando então a glicogênese.
É claro que outros fatores, como, a alta presença de glicose e ATP são fatores que também estimulam a glicogênese.