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Unidade 1 Estrutura Atômica Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Química Orgânica e Inorgânica Química Inorgânica Teórica I Prof. Luiz Gonzaga de França Lopes As falhas da física clássica A EXPERIÊNCIA DO CORPO NEGRO DE PLANCK A EXPERIÊNCIA DE PLANCK E O CORPO NEGRO Explicação Clássica: Rayleigh e Jeans admi9am que os átomos irradiavam qualquer quan9dade de energia. Planck impôs uma restrição => só podiam emi9r energia em determinadas quan9dades INTEIRAS (quantas) de hν, onde h passou a ser chamada de constante de Planck, e ν é a freqüência da radiação emi9da: E = nhν, h= constante de Planck=6,62 x 10-‐27 erg.s dε = ρdλ ρ = 8πKT λ 4 dε = ρdλ ρ = 8πhc λ 5 ( 1ehc/λKT −1) Dualidade da par?cula-‐onda λ = h mv A Equação de Schrödinger Operador Hamiltoniano Sistema unidimensional − h2 2m∇ 2ψ +Vψ = Eψ Sistema tridimensional Com simetria esférica V pode depende da posição do operador del dois ∇2 = δ 2 δx2 + δ 2 δy2 + δ 2 δz2 ∇2 = δ 2 δr2 + 2 r δ δr + 1 r2 Λ 2 onde Λ 2 = 1 sen2θ δ 2 δθ 2 + 1 senθ δ δθ senθ δ δθ Schrodinger – de Broglie d 2ψ dx2 = − 2m h2 {E −V (x)}ψ Rearrajando: Se o potencial V for constante, uma solução é: Fazendo: k = {2m(E −V )h2 } 1/2 ψ = eikx = coskx + isenkx eix = cosx + isenx, i = (-‐1)1/2 Coskx (ou senkx) corresponde a uma onda com: λ = 2π k E – V = energia ciné9ca, EK, portanto k = (2mEkh2 ) 1/2 Ek = k2h2 2m h = h/2π como Ek = p2 2m Conclui-‐se que p = kh Portanto, o momento linear da par`cula está relacionado com o comprimento de onda da função de onda por: p = 2π λ . h2π = h λ λ = h mv Eq. de de Broglie A interpretação de Born para a função de onda Se a função de onda de uma par`cula for ψ num certo ponto, a probabilidade de se encontrar a par`cula entre x e x + dx é proporcional a ΙψΙ2dx. Se a função de onda de uma par`cula for ψ em um certo ponto r, a probabilidade de se encontrar em um volume infinitesimal dτ = dxdydz neste ponto é proporcional a ΙψΙ2dτ. Interpretação da função de onda Considerando que a função de onda de um elétron no estado de energia mais baixa do átomo de hidrogênio é proporcional a e-‐r/a, com a constante e r a distância entre o elétron e o núcleo (a função de onda depende exclusivamente desta distância.) Calcular as probabilidades rela9vas de se encontrar o elétron numa região de volume 1,0 pm3, que é muito pequena mesmo em escala atômica, localizado (a) no núcleo e (b) a uma distância a do núcleo. Resolução: A região mencionada é tão pequena, na escala de átomo, que podemos ignorar a variação de ψ no seu interior e aceitar que a probabilidade procurada, P, é proporcional a densidade de probabilidade (ψ2, uma vez que ψ é real0 no ponto mul9plicada pelo volume, δV. Isto é, P α ψ2δV. Nos dois casos, δV = 1,0 pm3. (a) No núcleo, r = 0: P α e0 x (1,0 pm3) = (1,0) x (1,0 pm3) = 1,0 (b) À distância r = a, numa direção qualquer, P α e-‐2 x (1,0 pm3) = 0,14 x (1,0 pm3) = 0,14 Razão entre as probabilidades: 1,0/0,14 = 7,1 Para o He+, ψ é proporcional a e-‐2r/a. P no mesmo caso anterior??? Condições necessárias para a resolução da função de onda: 1. A função de onda ψ deve ter um único valor: não pode haver duas probabilidades para um elétron em uma mesma posição no espaço. 2. A função de onda ψ e sua primeira derivada devem ser con`nuas: a probabilidade deve ser definida em todas as posições no espaço e não pode mudar bruscamente de um ponto para outro. 3. A função de onda ψ deve aproximar de zero quando r se aproxima do infinito: para distâncias grandes do núcleo, a probabilidade deve torna-‐se cada vez menor a cada ponto. 1. A integral ψ *ψ dx =1∫ A probabilidade total de um elétron estar em algum lugar no espaço = 1 (normalização da função de onda) 5. A integral: ψAψB dτ = 0∫ Todos os orbitais em um átomo devem ser ortogonais um ao outro. Em alguns casos, isto significa que os orbitais devem ser perpendiculares, como px, py e pz. Normalização N 2 ψ *ψ dx =1∫ N = 1( ψ *ψ dx)1/2∫ A par?cula na caixa Sistema unidimensional δ 2ψ δx2 + 2m h12 [E −V (x)]ψ(x) = 0 Rearranjando Considerando V(x) = 0 δ 2ψ δx2 + 2mE h12 ψ(x) = 0 h1 = h/2π 0 ≤ x ≤ a 0 ax ∞ ∞ Com a restrição de que a par`cula só pode ser encontrada em 0 ≤ x ≤ a, significa que: Ψ(0) = ψ(a) = 0 Condição de contorno imposta pelo problema. Uma solução para a equação: δ 2ψ δx2 + 2mE h12 ψ(x) = 0 é: k = (2mE) 1/2 h1 = 2π (2mE)1/2 h h1 = h/2π A primeira condição de contorno requer que ψ(0) = 0, implicando que A = 0, uma vez que cos(0) = 1 e sen(0) = 0. A segunda condição é que: Ψ(a) = Bsenka = 0 O Valor B = 0 é excluído uma vez que nesse caso ψ(x) seria zero para qualquer valor de x. Ψ(x) = Acoskx + Bsenkx A outra escolha é: ka = nπ n = 1, 2, 3,……. Resolvendo essa equação para k: k = 2π (2mE) 1/2 h k2 = 8π 2mE h2 = n 2π 2 E = h 2n2 8ma2 n = 1, 2, 3, ….. Energia de uma par`cula livre confinada em uma caixa unidimensional A função de onda será: ψ(x) = Bsen(kx) = Bsen nπ xa n = 1, 2, 3, … Normalizando: B2 ψ 2 dx =1∫ B2 sen2 nπ xa0 a ∫ dx = B2. 12 a =1 B = (2a ) 1/2 ψn (x) = ( 2 a ) 1/2 sen(nπ xa ) Para 0 ≤ x ≤ a Ex.1: considere o butadieno, H2C=CHCH=CH2, o qual possui quatro elérons π. Embora o butadieno, assim como todos os polienos,não seja uma molécula linear, podemos assumir, para simplificar, que os elétrons π no butadieno movem-‐se ao longo de uma linha cujo comprimento pode ser es9mado como sendo igual a dois comprimentos de ligação c=c (2 x 135 pm) mais uma ligação C-‐C (154 pm) mais o raio de cada átomo de carbono terminal (2 x 77,0 pm = 154 pm), dando um total de 578 pm. Desta forma, podemos considerar que os elétrons π estão confinados em uma caixa com esse comprimento. Nesse modelo, a energia é: E = h 2n2 8ma2 n = 1, 2, 3, ….. Pelo princípio da exclusão de Pauli, os 4 elétrons π, ocuparão os dois primeiros níveis de energia A energia do primeiro estado excitado deste sistema para os 4 elétrons π é aqule na qual o elétron de n = 2 para n = 3. ΔE = h 2 8mea2 (32 − 22 ) me = 9,109 x 10-‐31 kg; a = 578 pm = 578 x 10-‐12 m ΔE = (6, 626x10 −34 J.s)2 8(9,109x10−31kg)(578x10−12m)2 (3 2 − 22 ) ΔE = 9,02 x 10-‐19 J λ = 200 nm O Butadieno tem uma absorção em 217 nm Ex. 2. β-‐caroteno Calcular o comprimento da transição de mais baixa energia para os elérons π Tamanho da caixa: (10 x 154) + (11 x 135) + (2 x 77,0) = 3.179 pm = 3,179 x 10 -‐9 m 11 ligações π = 22 elétrons π à 11 níveis de energia ΔE = (6, 626x10 −34 J.s)2 8(9,109x10−31kg)(3,179x10−9m)2 (12 2 −112 ) ΔE = 1,37 x 10-‐19 J ν = 2.06 x 1014 s-‐1 νexperimental = 6.03 x 1014 s-‐1 Ex. 3: Calcule a probabilidadede encontrar uma par`cula em uma caixa unidimensional de comprimento a entre os pontos 0 e a/2. P = ψ*(x)ψ(x)dx = 2a sen 2 nπ x a0 a/2 ∫0 a/2 ∫ dx Fazendo nπx/a = z: P = 2nπ sen 2z 0 nπ /2 ∫ dz = 2nπ x 2 − sen2x 4 0 nπ /2 P = 2nπ nπ 4 − sennπ 4 " # $ % & '= 1 2 A probabilidade de encontrar a par`cula no intervalo 0 ≤ x ≤ a é ½. δ 2ψ δx2 + 2mE h12 ψ(x) = 0 Tratando-‐se de uma equação de ordem 2, pode ser descrita como uma equação do 9po: X2 + C = 0 Onde: x2 = δ 2ψ δx2 C = 2mEh12 x = ± −2mEh12 = ± 2mE h12 i i = −1 Relação de Euler: eix = cosx + isenx δ 2ψ δx2 →ψ(x) = Acosθ +Bsenθ P = 2a a nπ sen 2z 0 nπ /2 ∫ dz = 2aanπ x 2 − sen2x 4 0 nπ /2 z = nπ xa dz = nπ a dx dx = anπ dz P = 2nπ nπ 4 − sennπ 4 = 1 2 Sen(nπ) = 0; n = 1, 2, ….
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