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O PAPEL DA EJA NA SUPERAÇÃO DAS DESIGUALDADES EDUCACIONAIS NO BRASIL
Gleice Saldanha Ferreira¹ 
Graziela Ferreira Cassiano¹
Raquel Souza da Silva¹ 
Regiane Martins de Melo¹
Profa. Fabiana Ferreira Freitas²
	
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo analisar o papel da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na superação das desigualdades educacionais no Brasil, com ênfase no direito à educação, inclusão social e aprendizagem. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa e exploratória, buscando compreender as experiências de alunos e educadores da EJA e avaliar a eficácia das políticas públicas voltadas a essa modalidade de ensino. A metodologia inclui a análise de documentos acadêmicos e institucionais. Os resultados indicam que, apesar dos avanços na inclusão de jovens e adultos no sistema educacional, a EJA ainda enfrenta desafios, como a evasão escolar e as desigualdades regionais. A pesquisa aponta para a necessidade de fortalecer as políticas públicas e práticas pedagógicas para garantir o acesso e a permanência dos alunos, promovendo uma educação inclusiva e equitativa. A EJA, portanto, se apresenta como uma ferramenta essencial para a transformação social e a redução das desigualdades no Brasil.
Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos. Inclusão Social. Práticas Pedagógicas.
1. INTRODUÇÃO
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que visa garantir o direito à escolarização àqueles que, por diversas razões, não conseguiram concluir seus estudos na idade adequada (Freire, 1996). Sua institucionalização no Brasil ocorreu com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nº 9.394/1996, que passou a reconhecer formalmente essa forma de ensino como um instrumento fundamental de justiça social e cidadania, atendendo jovens a partir de 15 anos e adultos em defasagem educacional (Santos, 2021). 
Muitas pessoas enfrentaram obstáculos sociais, econômicos e culturais que impossibilitaram sua permanência na escola durante a infância ou adolescência. Neste contexto, a EJA se apresenta como uma oportunidade para retomar os estudos, promovendo inclusão social, qualificação profissional e elevação da autoestima dos sujeitos. Sobretudo, a modalidade amplia as possibilidades de inserção no mercado de trabalho, contribuindo para o desenvolvimento integral do indivíduo e sua valorização pessoal (Silva, 2022). 
Apesar de seu papel essencial, a EJA ainda enfrenta sérios desafios no Brasil. A evasão escolar é uma realidade persistente, agravada por fatores como a dificuldade de conciliar estudos com trabalho e vida familiar, ausência de políticas públicas consistentes, escassez de recursos e desigualdades regionais. Esses entraves comprometem o acesso e a permanência dos alunos, limitando o alcance da proposta de inclusão que fundamenta essa modalidade de ensino (Oliveira, 2021).
O Brasil também convive com elevados índices de analfabetismo entre adultos e idosos, revelando uma defasagem educacional histórica que a EJA busca corrigir. A modalidade representa, portanto, uma ação reparadora, oferecendo um caminho para que jovens, adultos e idosos retomem sua formação escolar com dignidade. Ao promover o retorno à escola, a EJA contribui para reduzir as desigualdades sociais e educacionais, reforçando o papel da educação como direito fundamental de todos (Ramos, 2021). 
Diante desse cenário, esta pesquisa propõe uma reflexão crítica sobre a importância da EJA como estratégia de combate às desigualdades educacionais no Brasil. Entendê-la como um espaço de formação, cidadania e transformação social é essencial para fortalecer políticas públicas que garantam o acesso, permanência e sucesso escolar de seus estudantes, valorizando a diversidade de trajetórias e promovendo uma educação inclusiva e equitativa.
 2. FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA 
A EJA representa uma alternativa legal de acesso à escolarização, fundamentada na Constituição Federal de 1988. Trata-se de um direito assegurado a todos os cidadãos — tanto aqueles que nunca tiveram acesso à educação quanto os que, por diferentes motivos, não conseguiram concluí-la em idade apropriada (Freire, 1996).
Este direito está garantido na implantação das leis de diretrizes e base da educação (Lei 9.394/1996), tanto pelo respeito à dignidade de cada um, a vivencia dos que sabem a importância da leitura e da escrita, na constituição federal está dito escrito que Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito é direito do cidadão e dever do estado, valendo esse direito para quem não tiveram acesso à educação na idade própria (Brasil, 1996).
 Trata-se do artigo 208 da constituição federal deste 1988 estabelece a educação como direito fundamental e dever do estado, reforçado que todas as pessoas de diferentes idades, raça e cor, tem o direito a aprendizagem. A modalidade EJA na educação do campo é tratada como grande conquista na história no campo da educação fortalecendo a pratica social, um dos seus pontos de convergência no processo da história da educação brasileira descobrimos referência ao descaso para que os aproxima no tange as políticas públicas e revelar sua vez (Freire, 1996; Brasil, 2000).
[...] caráter subalterno atribuído pelas elites dirigentes à educação de negros escravizados, índios reduzidos, caboclos migrantes e trabalhadores braçais... [uma vez que] com especial razão negros e índios não eram considerados como titulares do registro maior da modernidade. Uma igualdade que não reconhece qualquer forma de discriminação e de preconceito com base em origem, raça, sexo, cor, idade, religião e sangue, entre outros. Fazer a reparação desta dívida inscrita em nossa história social e na vida de tantos indivíduos, é um dos fins da EJA (Brasil, 2000, p. 33-34). 
De acordo com o artigo 4º da LDB, a educação básica obrigatória e gratuita é direito público subjetivo, assegurado inclusive àqueles que não a concluíram na idade própria, devendo o Ensino Fundamental e Médio ser ofertado com respeito (Brasil, 1996). 
A persistência de enormes contingentes de pessoas jovens e adultas analfabetas ou com baixa escolaridade não pode ser analisada de maneira isolada, mas sim como mais um indicador da desigualdade no Brasil e da falta de acesso aos direitos básicos de cidadania, portanto, como causa e consequência da pobreza e da exclusão social (Haddad, 2017, p. 142)
A modalidade EJA quebra o preconceito social e cultural em diversos aspectos, incentivando cada vez mais alunos a alcançar a escolaridade, proporcionando, através da educação, o exercício da cidadania, alvejando cada vez mais um lugar de destaque no mercado de trabalho, que se mostra cada vez mais exigente quanto à qualificação profissional (Santos, 2021).
Art. 1º – [...] reafirmamos que apenas o desenvolvimento centrado no ser humano e a existência de uma sociedade participativa, baseada no respeito integral aos direitos humanos, levarão a um desenvolvimento justo e sustentável. A efetiva participação de homens e mulheres em cada esfera da vida é requisito fundamental para a humanidade sobreviver e enfrentar os desafios do futuro. Art. 2º – A educação de adultos, dentro desse contexto, torna-se mais que um direito: é chave para o século XXI; é tanto consequência para o exercício da cidadania como condição para uma plena participação na sociedade. [...] é um poderoso argumento em favor do desenvolvimento ecológico sustentável, da democracia, da justiça, da igualdade entre os sexos, do desenvolvimento socioeconômico e científico, além de ser um requisito fundamental para a construção de um mundo onde a violência cede lugar ao diálogo e à cultura de paz baseada na justiça [...] (UNESCO, 2015, n.p.).
Este contexto nos mostra a educação ampliada durante ao longo da vida, não esgotando a escolarização e difundindo a aprendizagem de formas sistemáticas em formas de práticas sociais, familiares, religiosas, culturais, de trabalho e lazer, nos trazendo cultura letrada e escrita, nos modernizando com novas tecnologias, aumentando a qualidade na educação (Freire, 1996). Em 1996 aLDB reduziu a idade mínima p concluir o supletivo de Ensino Fundamental e Médio para 15 e 18 anos, anteriormente era de 18 a 21 anos., reinserindo jovens e adultos excluídos precocemente do sistema educacional, acelerando a sua escolaridade (Brasil, 1996; Haddad, 1997). 
[...] A formação assim pensada contribui para a integração social do educando, o que compreende o mundo do trabalho, sem resumir-se a ele, assim como compreende a continuidade de estudos. Em síntese, a oferta organizada se faz orientada a proporcionar a formação de cidadãos-profissionais capazes de compreender a realidade social, econômica, política, cultural e do mundo do trabalho, para nela inserir-se e atuar de forma ética e competente, técnica e politicamente, visando à transformação da sociedade em função dos interesses sociais e coletivos — especialmente os da classe trabalhadora (Brasil, 2006, n.p.).
Nas desigualdades regionais, observa-se que as regiões Norte e Nordeste concentram a maior porcentagem de analfabetos no Brasil entre pessoas com mais de 15 anos. Em contrapartida, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentam índices menores de analfabetismo, resultado de um processo histórico iniciado no século XVIII com o ciclo da mineração, o plantio do café e a industrialização de diversos setores. Esses fatores proporcionaram um aquecimento econômico mais significativo nessas regiões, garantindo maiores investimentos no sistema educacional (Silva, 2022).
Dados do Censo Escolar revelam que, entre 2019 e 2023, as matrículas na EJA diminuíram de 3.273.668 para 2.589.815, representando uma queda de aproximadamente 20,9%. Essa redução é ainda mais acentuada no Ensino Médio, onde as matrículas passaram de 1.336.085 em 2019 para números ainda mais baixos nos anos seguintes, evidenciando um cenário preocupante para a permanência de jovens e adultos na educação básica (Machado, 2025).
As distorções idade-série e idade-conclusão afetam a maioria dos alunos da EJA, especialmente quando se considera o quadro de jovens infratores entre 18 e 29 anos. Estes, frequentemente provenientes de contextos de escolarização precária, ao serem privados de liberdade, também perdem a oportunidade de acessar a educação, devido à insuficiência de atendimento no sistema penitenciário. Isso configura uma nova forma de exclusão, uma vez que a educação não é oferecida aos apenados na maioria dos estabelecimentos prisionais, violando o dever do Estado (Paiva, 2007).
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem um impacto significativo nos contextos socioeconômicos, proporcionando a indivíduos de baixa escolaridade oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional. Ao melhorar os níveis de alfabetização e qualificação, a EJA contribui para a redução das desigualdades sociais e econômicas, promovendo a inclusão e a cidadania ativa (Santos, 2021, p.112).
Não havendo indicadores que monitoram a competência dos alunos matriculados na EJA, o governo federal propõe um indicador, o exame nacional para certificação de competência de jovens e adultos (ENCCEJA), sendo um exame voluntario e gratuito. A EJA conforme aplicada como modalidade de ensino num país de dimensões gigantescas e difíceis acessos para os alunos vem tendo pequenos avanços, como a implantação de atividades remotas, o controle e pratica docente, e a segurança alimentar e recuo com o descaso de políticas públicas educacionais que e explicado pelas características sociais, econômicas e culturais do seu público (Lameira, 2024). 
Figura 1 - Sala de aula cheia demonstra demanda por educação de adultos no Brasil
Fonte: Machado (2025).
A imagem de uma sala de aula da EJA cheia de alunos comprova a relevância dessa modalidade de ensino para a população adulta brasileira. Ela demonstra que, quando disponibilizada com estrutura adequada, a EJA atende a uma demanda real de trabalhadores e adultos que buscam completar sua formação básica.
Essa cena evidencia que a EJA cumpre três funções essenciais:
a) Garante o direito constitucional à educação para quem não pôde estudar na idade regular;
b) Qualifica mão-de-obra, contribuindo para o desenvolvimento econômico;
c) Promove inclusão social ao reduzir desigualdades educacionais.
A presença de alunos na foto mostra a necessidade de manter e ampliar investimentos nessa modalidade, que é estratégica para combater o analfabetismo funcional e melhorar indicadores educacionais do país.
3. MATERIAIS E MÉTODO
A pesquisa adota uma abordagem qualitativa e exploratória, com o objetivo de compreender o impacto da EJA na superação das desigualdades educacionais no Brasil. A coleta de dados será realizada por meio de análise bibliográfica de livros, artigos acadêmicos e documentos institucionais. Essas entrevistas visam explorar as experiências e desafios dos participantes, fornecendo uma compreensão profunda do contexto social e educacional da EJA.
A análise dos dados será feita por meio da técnica de análise de conteúdo, permitindo a identificação de categorias relacionadas às dificuldades enfrentadas pelos alunos e à eficácia das políticas públicas voltadas à EJA. A pesquisa visa, assim, fornecer insights sobre como a EJA pode ser aprimorada para garantir a inclusão social, reduzir as desigualdades educacionais e promover o direito à educação para jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1 – Estudos que evidenciam o papel da EJA na inclusão e justiça social
	Autor e Ano
	Título do Estudo
	Resultados Observados
	Freire (1996)
	Pedagogia da autonomia
	Defende uma educação libertadora que valoriza o saber do educando e promove inclusão.
	Ramos (2021)
	Educação para jovens e adultos (EJA) no Brasil
	Aponta a EJA como ação reparadora de desigualdades históricas e raciais.
	Silva (2022)
	A educação de jovens e adultos no contexto brasileiro
	Relata desigualdades regionais e impacto do contexto histórico no acesso à educação.
	Haddad (2017)
	Educação de pessoas jovens e adultas
	Destaca a exclusão educacional como reflexo da desigualdade social brasileira.
	Santos (2021)
	Impactos socioeconômicos da educação de jovens e adultos
	Mostra que a EJA contribui para inclusão, empregabilidade e autoestima dos estudantes.
	Machado (2025)
	EJA perde força no Brasil: 198 mil alunos deixam sala de aula em 2024
	Informa queda significativa de matrículas, especialmente no Ensino Médio da EJA.
	Oliveira (2021)
	Educação de jovens e adultos no Brasil: desafios e perspectivas
	Aponta evasão escolar como obstáculo persistente à efetividade da EJA.
	Lameira (2024)
	Inclusão social do ensino da EJA e suas contribuições para a redução das desigualdades
	Analisa avanços e limites da EJA como política pública inclusiva.
	Brasil (2006)
	Programa de integração da educação profissional ao ensino médio – PROEJA
	Destaca a importância da articulação entre educação básica e formação profissional.
Fonte: Própria autoria (2025).
A EJA constitui uma estratégia fundamental para enfrentar as desigualdades educacionais no Brasil, especialmente ao possibilitar o retorno à escolarização de indivíduos excluídos do sistema regular de ensino. De acordo com Freire (1996), essa modalidade deve ser pautada pela valorização da experiência dos educandos e pela construção de uma prática pedagógica libertadora. Para Ramos (2021), a EJA atua como instrumento de reparação histórica, assegurando o direito à educação como forma de promover justiça social e inclusão.
Essa inclusão, entretanto, ainda é marcada por significativas disparidades regionais e estruturais. De acordo com Silva (2022), as regiões Norte e Nordeste concentram os maiores índices de analfabetismo entre adultos, reflexo de um histórico de negligência educacional e investimentos desiguais. Haddad (2017) complementa essa análise ao afirmar que o analfabetismo deve ser entendido como expressão da exclusão social, sendo simultaneamente causa e consequência da pobreza. Já Santos (2021) ressalta que a EJA tem um impacto direto na qualificação profissional, na autoestima dos sujeitos ena ampliação de suas oportunidades de participação cidadã.
Contudo, o cenário recente revela um retrocesso no fortalecimento da EJA. Conforme Machado (2025), cerca de 198 mil alunos deixaram de frequentar a EJA apenas no ano de 2024, demonstrando a perda de força dessa modalidade no país. Para Oliveira (2021), essa evasão está associada a fatores como a dificuldade de conciliar estudo com trabalho e responsabilidades familiares, além da fragilidade das políticas públicas voltadas para esse público. Lameira (2024) reforça que o enfraquecimento da EJA também se deve à escassez de recursos didáticos, alimentação escolar e apoio pedagógico, comprometendo o processo de ensino-aprendizagem.
De igual modo, o ENCCEJA tem se consolidado como instrumento para avaliar o desempenho de estudantes da EJA. Segundo o Ministério da Educação (Brasil, 2006), o ENCCEJA visa garantir o reconhecimento formal das aprendizagens adquiridas, contribuindo para a conclusão dos estudos e a reinserção no mundo do trabalho. Essa certificação, de acordo com Santos (2021), é importante para que os egressos da EJA possam acessar melhores oportunidades profissionais e exercer plenamente sua cidadania, reduzindo as desigualdades históricas enfrentadas por esse grupo.
5. CONCLUSÃO
Este estudo teve como objetivo analisar o papel da EJA na superação das desigualdades educacionais no Brasil. A pesquisa evidenciou que, apesar dos avanços nas políticas públicas e da importância da EJA como instrumento de inclusão social, a modalidade enfrenta desafios persistentes que dificultam a efetiva inclusão dos alunos. A evasão escolar, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, bem como as desigualdades estruturais, continuam sendo obstáculos significativos à eficácia da EJA.
Os resultados indicam que a EJA é importante para o combate ao analfabetismo e à exclusão social, proporcionando uma oportunidade de resgatar o direito à educação e garantir uma formação que possibilite a inclusão no mercado de trabalho. Todavia, é necessário fortalecer as políticas públicas, ampliar a oferta de recursos e assegurar uma abordagem pedagógica que valorize as vivências e a diversidade dos educandos.
A pesquisa também apontou a importância de iniciativas como o ENCCEJA, que oferece uma certificação de competências e possibilita a reintegração dos egressos ao sistema educacional e ao mercado de trabalho. A EJA, assim, se configura como um potente mecanismo de transformação social, que pode contribuir significativamente para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Contudo, para que a modalidade cumpra plenamente seu papel, é necessário que o Estado e a sociedade se comprometam com o fortalecimento das políticas educacionais, garantindo a efetividade do direito à educação para todos os brasileiros, independentemente de sua idade, origem ou trajetória de vida.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 10 abr. 2025.
BRASIL. Ministério da Educação. Programa de integração da educação profissional ao ensino médio na modalidade de educação de jovens e adultos – PROEJA: documento base. Brasília, DF: SETEC/MEC, fev. 2006. Acesso em: 10 abr. 2025.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer CNE/CEB nº 11/2000: Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos. Brasília, DF: CNE/CEB, 2000. Acesso em: 11 abr. 2025.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
HADDAD, S. A educação de pessoas jovens e adultas e a nova LDB. In: BRZEZINSKI, I. (Org.). LDB interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo: Cortez, 1997. p. 106–122.
HADDAD, Sérgio. Educação de pessoas jovens e adultas. 30ª Reunião da ANPEd, 2017. Disponível em: https://anped.org.br. Acesso em: 10 abr. 2025.
LAMEIRA, Lanna Valéria da Costa. Inclusão social do ensino da EJA e suas contribuições para a redução das desigualdades. Educação, v. 29, n. 140, nov. 2024. DOI: 10.69849/revistaft/th1024121012451.
MACHADO, Odaiz. EJA perde força no Brasil: 198 mil alunos deixam sala de aula em 2024. Portal Tri, Canguçu, 10 abr. 2025. Disponível em: https://www.portaltri.com.br/noticias/34447/eja-perde-forca-no-brasil-198-mil-alunos-deixam-sala-de-aula-em-2024. Acesso em: 12 abr. 2025.
OLIVEIRA, Maria de. Educação de jovens e adultos no Brasil: desafios e perspectivas. São Paulo: Editora Educação, 2021. Disponível em: https://editoraeducacao.com.br/livro/eja-desafios-e-perspectivas. Acesso em: 10 abr. 2025.
PAIVA, J. Direito à educação para quem? 2007. Disponível em: http://forumeja.org.br/rj/sites/forumeja.org.br.rj/files/Direito___educa__o_para_quem_Jane_Paiva.pdf. Acesso em: 12 abr. 2025.
RAMOS, Lílian Queiroz. Educação para jovens e adultos (EJA) no Brasil: historiando no processo. 2021. 38 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Pedagogia) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2021. Disponível em: https://repositorio.pucgoias.edu.br. Acesso em: 11 abr. 2025.
SANTOS, Ana. Impactos socioeconômicos da educação de jovens e adultos. São Paulo: Editora Educação, 2021. Disponível em: https://editoraeducacao.com.br/livro/impactos-eja. Acesso em: 12 abr. 2025.
SILVA, João da. A educação de jovens e adultos no contexto brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Acadêmica, 2022. Disponível em: https://editoracademica.com.br/eja-contexto. Acesso em: 11 abr. 2025.
UNESCO. Declaração Universal sobre Educação de Adultos. Paris: UNESCO, 2015. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000245179_por. Acesso em: 10 abr. 2025.
 
1 Nome das acadêmicas
2 Nome da Professora Mediadora
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Pedagogia) – Prática do Módulo I – 14/04/25
	
	
	
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