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CASAMENTO HOMOAFETIVO E OS DIREITOS HUMANOS


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Faculdade Aldete Maria Alves
Luccas Martins Lisboa
Matheus Henrique da Silva Vieira
O CASAMENTO HOMOAFETIVO E OS DIREITOS HUMANOS
Iturama, MG
2015
Luccas Martins Lisboa
Matheus Henrique da Silva Vieira
O CASAMENTO HOMOAFETIVO E OS DIREITOS HUMANOS
Artigo de opinião apresentado ao curso de Direito da Faculdade Aldete Maria Alves, como requisito parcial de avaliação na disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa I, ministrada pela Profa. Dra. Maria de Lourdes Pinheiro.
Iturama, MG
2015
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O CASAMENTO HOMOAFETIVO E OS DIREITOS HUMANOS
Luccas Martins Lisboa�
Matheus Henrique da Silva Vieira�
Os principais telejornais do país estão divulgando informações referentes ao casamento homoafetivo e a intolerância religiosa. Um assunto polêmico que vem ganhando destaque na mídia. Desse modo, surgem muitas discussões diante da sociedade e também do Direito brasileiro. 
 	Antigamente, a Igreja era majoritária. O Estado era extremamente vinculado à Igreja, pois ela possuía poder para exercer suas vontades sobre o Estado. O afastamento entre Igreja e o Estado foi um grande avanço na democracia, isto é, ocasionou um Estado laico, no qual a Igreja não poderia exercer poder político e o Estado não poderia exercer qualquer poder religioso. A laicidade concede ao indivíduo escolher suas convicções, mudá-las ou sequer escolher alguma. 
 	Atualmente, presenciamos uma sociedade que não consegue separar Estado de religião; assim como nos tempos antigos a religião tenta impor suas convicções diante da população, tentando cada vez mais legitimar suas doutrinas. 
 	Como é possível observar os casais homoafetivos já são uma realidade no Brasil e a constante luta das instituições religiosas para vetar o casamento entre as pessoas do mesmo sexo também avança rumo ao Senado. Relatam que, permitindo a execução deste ato, estariam ferindo alguns princípios que estão presentes em textos bíblicos, com isso, claramente disseminam uma visão preconceituosa dessa união. Será que a Bíblia pode ferir a laicidade do Estado brasileiro? 
É visível que os integrantes dessas instituições religiosas crescem cada vez mais dentro do Senado, favorecendo-as nessa luta de tentar impor suas convicções para toda a sociedade. É provável que com o crescimento desses representantes dentro do Senado os Direitos Humanos estejam ameaçados, uma vez que os princípios de algumas instituições religiosas ferem gravemente vários artigos da Constituição Federal. 	
 	Estando a salvo todos sem distinção no caput do artigo 5º da Constituição Federal não há porque qualquer instituição tentar impor suas vontades, principalmente quando se refere à distinção entre orientações sexuais. Imaginem o caos se cada instituição religiosa tentar adequar novas leis de acordo com cada uma de suas doutrinas? Provavelmente, o resultado seria tenebroso. 
 	Ser um Estado laico não significa que o Estado não vá possuir uma religião, pelo contrário, significa aceitar e garantir a liberdade de escolha de cada indivíduo para ter ou não uma religião, também garante aos indivíduos se vão ou se deixarão de se casar com uma pessoa do mesmo sexo. 
 	Portanto, independentemente da forma que as instituições religiosas veem o casamento homoafetivo, o Estado não trata a união dessas pessoas como abominação, conforme é alegado por muitas dessas instituições religiosas. Tais instituições devem fixar a ideia de que o amor existe dentro da união homoafetiva e a melhor escolha a ser tomada por elas é o respeito pela união das pessoas de mesmo sexo. Não cabe a essas instituições denominar onde existe amor, e sequer posicionar-se mediante a isto. 
Se duas pessoas do mesmo sexo se amam, e o Estado não os discrimina, as instituições, no mínimo, devem aceitar a escolha de cada indivíduo, ou seja, optar por aceitar as diferentes escolhas que cada indivíduo faz. Sendo assim, devem compreender esses indivíduos como pessoas humanas, independente de suas orientações sexuais. 
REFERÊNCIAS
LOREA, Roberto Arriada. Cidadania sexual e laicidade: um estudo sobre influência religiosa no poder político. 2008. 209f. Tese (Doutorado em Antropologia). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: <https://www.sertao.ufg.br/up/16/o/Tese_Roberto_Lorea.pdf>. 
Acesso em: 25 maio 2015.
 
MENCATO, Stephany. Intolerância religiosa e casamento gay. JurisWay, 2012. Disponível em: <http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=8983> Acesso em: 25 maio 2015. 
� Graduando em Direito, Faculdade Aldete Maria Alves/FAMA, Iturama/MG. � HYPERLINK "mailto:luccaslisboa@icloud.com" �luccaslisboa@icloud.com� 
� Graduando em Direito, Faculdade Aldete Maria Alves/FAMA, Iturama/MG. � HYPERLINK "mailto:matheus.fcv@hotmail.com" �matheus.fcv@hotmail.com�