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FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA
 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS III 
NOME: Henrique Tulio Martins Tolentino
3° PERÍODO
ATIVIDADE ACADÊMICA
TIC´s – Úlceras de membro inferior – SEMANA 7
GUANAMBI/BA 
2022
PERGUNTA: 
Quais as diferenças, do ponto de vista clínico, das úlceras de membro inferior de origem ARTERIAL e VENOSA?
RESPOSTA: 
As úlceras, conhecidas popularmente como feridas, são lesões caracterizadas pela destruição da epiderme com extensão para a d erme e que podem alcançar a hipoderme ou tecidos mais profundos. Visto isso, as úlceras localizadas nos membros inferiores (MI) possuem elevada importância clínica, pois estão se apresentado mais nos serviços de saúde. Suas principais causas são a insuficiência arterial – relacionada à doença arterial periférica (DAP) – e a insuficiência venosa, por causa do aumento de casos de aterosclerose e obesidade. Desse modo, caso lesões ulcerativas sejam visualizadas durante a inspeção, deve haver uma investigação durante o exame físico sobre como essa se caracteriza – localização, tamanho, perfusão sanguínea e profundidade da ferida – para a descoberta de sua etiologia, permitindo, assim, a escolha do tratamento mais adequado. Essas úlceras de MI podem ser arteriais ou venosas, e cada uma possui uma apresentação clínica especifica. Em relação às úlceras arteriais, costumam ser resultado da DAP, a qual resulta de placas de ateroma localizadas em regiões de extremidades, causando a redução do fluxo sanguíneo para essas áreas e consequentemente pode haver necrose do tecido e úlceras nas pernas. Quanto aos fatores de risco, tem-se diabetes, hipertensão, aterosclerose diagnosticada em outros locais, idade avançada, dislipidemia e tabagismo. Além disso, suas manifestações clínicas incluem queixa de claudicação intermitente ou dor nos MI em repouso , devido a isquemia que prejudica o fluxo sanguíneo para a musculatura. As feridas podem ser profundas, com tendão ou osso exposto, e geralmente se localizam nas extremidades distais, como os dedos dos pés ou em áreas de pressão, como maléolos, calcanhar e canela. Elas possuem uma borda “perfurada” e bem demarcada, as vezes com tecido necrosado sobreposto, e costumam ser bastante dolorosas. Ainda no exame físico, o paciente pode apresentar diminuição da densidade do cabelo, pulsos periféricos diminuídos ou ausentes e uma pele fina e brilhante. Na avaliação dessas úlceras deve ser realizado o teste de Buerger, que consiste na elevação das pernas a 45° por 1 minuto, em que o comprometimento vascular é sustentado pela apresentação de palidez prolongada. Ademais, o índice tornozelo-braquial (ITB) também deve ser feito, assim, quando há um resultado de 0,8 pode sinalizar para DAP e um maior que 1,2 mostra a ausência de vasos compressíveis. Por fim, ainda tem-se como exames complementares a angiografia e o doppler arterial. Quanto às úlceras venosas, as feridas crônicas mais comuns, são causadas por doença venosa crônica, em que há presença de uma dilatação venosa ou alterações funcionais, como refluxo venoso, de duração prolongada. Seus fatores de risco compreendem idade avançada, sexo feminino, gravidez, histórico de trombose venosa profunda, obesidade e permanecer em pé por muito tempo. No que tange ao seu quadro clínico, pode existir dor leve a moderada, edema, varicosidades venosas, telangiectasias dos pés e tornozelos e descoloração marrom da parte inferior das pernas e pés. As úlceras de origem venosa são tipicamente rasas, com bordas irregulares e exsudato fibrinoso amarelo recobrindo o leito da ferida. É localizada na área conhecida como “polaina” da perna, do meio da panturrilha até o tornozelo, em que a face medial acima do maléolo medial ou lateral é o local mais comum. Pode haver também hemossiderina, que é a descoloração marrom da extremidade das pernas e pés, e lipodermatosclerose, caracterizada pelo endurecimento e fibrose da área inferior da perna medial, poder ser eritematosa e dolorosa. Seu diagnóstico é feito pelo exame clínico, que inclui a realização do ITB e palpação dos pulsos, para que haja exclusão de úlcera mista, garantindo a perfusão adequada antes da compressão. Caso necessário, pode ser realizado ainda a ultrassonografia duplex, a qual avaliará refluxo e obstrução nas veias.
REFERÊNCIAS: 
BOWERS, S., FRANCO, E.. Chronic Wounds: Evaluation and Management. American family physician, v. 101, n. 3, p. 159–166, 2020. 
NESCHIS, David G., GOLDEN, Michae l A., MD. Clinical features and diagnosis of lower extremity peripheral artery disease. UpToDate, 2021.
 PETERSEN, Marta J., MD. Approach to the differential diagnosis of leg ulcers. UpToDate, 2020.

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