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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. 
JOÃO, brasileiro, solteiro, professor, portador da cédula de identidade RG nº ..., inscrito sob o CPF sob o nº ..., residente e domiciliado no endereço completo, na cidade de Juiz de Fora/MG, com o seguinte endereço eletrônico ..., neste ato representado por seu procurador judicial adiante assinado, na ação de despejo cumulada com cobrança autuada sob o nº ..., a qual tramita perante a 2ª Vara Cível da Comarca do Juiz de Fora, que lhe move PEDRO, brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, portador da cédula de identidade RG nº ..., inscrito sob o CPF sob o nº ..., residente e domiciliado no endereço completo, na cidade de Rio de Janeiro/RJ, com o seguinte endereço eletrônico ..., vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, não se conformando com a decisão interlocutória, interpor, com fulcro no art. 1.015 e seguintes do Código de Processo Civil AGRAVO DE INSTRUMENTO pelas razões anexas.
Requer seja o presente recurso recebido em seu regular efeito devolutivo, bem como seja concedido o efeito suspensivo nos termos do art. 1.019, I do Código De Processo Civil face à probabilidade de provimento e do perigo de dano irreparável. 
Informa-se, ainda, a este Tribunal o nome e endereço dos advogados das partes:
1 – Advogado do agravante: Nome completo, OAB ..., endereço completo. 
2 – Advogado do agravado: Nome completo, OAB ..., endereço completo. 
Por fim, esclarece que o agravante que deixa de anexar as guias de preparo devidamente recolhidas em face do pedido de concessão dos benefícios da justiça gratuita.
	
Termos em que pede deferimento.
Local ..., Data ...
Advogado ...
OAB ...
AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. 
RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
Agravante: JOÃO nome completo. 
Agravado: PEDRO nome completo.
 
Egrégio Tribunal.
Colenda Câmara
I – Do cabimento e da tempestividade deste recurso. 
Justifica-se a interposição do presente Agravo de Instrumento, eis que a decisão impugnada se refere à decisão interlocutória que concedeu tutela provisória, na forma do inciso I do artigo 1.015 do Código de Processo Civil.
Ainda, o presente recurso é tempestivo, eis que interposto no prazo de 15 dias, contados da data da ciência da decisão, conforme a previsão do §5º do artigo 1.003 do Código de Processo Civil. Desta forma, o recurso foi protocolado dentro do prazo legal. 
II – Das razões recursais. 
O agravante firmou com o agravado contrato de locação de bem imóvel com a finalidade de residência, na avença ficou estipulado que o prazo de locação seria de 48 meses e o que o aluguel seria no valor de R$3.000,00 (três mil reais) por mês. Contudo, após 1 ano de regular cumprimento do acordo de vontades o agravante começou a passar por dificuldades financeiras, deixando de pagar o aluguel, fato este que levou o agravado a ajuizar ação de despejo com pedido liminar de tutela provisória para que o agravante fosse despejado imediatamente. 
Ao apreciar a inicial o juiz a quo deferiu a antecipação da tutela pleiteada pelo agravado e determinou que o agravante desocupasse o imóvel no prazo de 72 horas, sob pena de multa diária no valor de 2.000,00 (dois mil reais). Todavia, a decisão é equivocada, de plano pois ao deferir o pedido liminar de despejo o magistrado não concedeu ao agravante o prazo de 15 dias para purgar a mora, ignorando desta forma, o que prescreve o art. 59, §3º da Lei nº8.245/91. Desta forma, a decisão atacada deve ser reformada a fim de garantir o direito do locatário de, caso queira, purgar a mora no prazo de 15 dias. 
Ademais, verifica-se que a decisão atacada também erra ao estipular multa para o caso de descumprimento da ordem de despejo, já que a ordem em questão possui natureza executiva lato-sensu, isto é, caso o agravante se recuse a cumprir o estado deve se sub-rogar e cumprir a ordem, promovendo o despejo do locatário através do oficial de justiça. Em suma, se o próprio estado pode executar a ordem em caso de descumprimento a multa se mostra sem propósito e desproporcional, devendo a decisão ser anulada neste ponto para os fins de afastar a multa estipulada. 
Caso os ilustres desembargadores não entendam pela ilegalidade da multa, insta salientar que o valor arbitrado pelo juiz a quo é desproporcional e desarrazoado, uma vez que o valor do aluguel mensal perfaz o montante de R$3.000,00 (três mil reais) não é razoável que a multa diária seja estipulada em R$ 2.000,00 (dois mil reais). Com um valor tal exorbitante o descumprimento da ordem por um prazo curto de 3 dias acarretará uma multa equivalente a 2 meses de aluguel, o que inclusive aponta para o enriquecimento ilícito do agravado. Diante do exposto, caso não seja reconhecida a ilegalidade da multa com a consequente cassação da decisão, requer subsidiariamente seja reformada a decisão para fins de minorar o valor arbitrado de multa. 
III – Do efeito suspensivo. 
Conforme já demonstrado anteriormente, a decisão agravada ignorou a disposição legal do art. 59, §3º da Lei nº8.245/91 e aplicou uma multa ilegal ou, no mínimo, desproporcional. Desta forma, evidente a probabilidade de provimento do presente recurso. Outrossim, caso os efeitos da decisão em questão não sejam suspensos o agravante será despejado do imóvel onde reside, situação que causará inúmeros danos e embaraços ao agravante. Ademais, a suspensão da decisão é medida perfeitamente reversível e não causará qualquer dano ao agravado, uma vez que eventuais condenações patrimoniais poderão ser exigidas pelo locador. 
Em síntese, uma vez que está presente a probabilidade de provimento do recurso e o perigo de dano, requer seja concedido o efeito suspensivo, obstando os efeitos da decisão, como previsto pelo art. 1.019, I do Código De Processo Civil.
IV – Do pedido.
Diante do exposto, pede-se que:
a) seja deferido os benefícios da justiça gratuita ao agravante, nos termos do art. 98 do Código De Processo Civil, uma vez que este não possui condições de arcar com as custas processuais sem prejuízo de seu sustento. Para provar tal situação, junte-se aos autos a declaração de hipossuficiência nos termos do art. 99, §3º do Código De Processo Civil;
b) seja admitido o presente recurso, diante da demonstração do preenchimento dos pressupostos recursais;
c) seja o recurso recebido no seu regular efeito devolutivo, bem como seja concedido o efeito suspensivo para fins de obstar os efeitos da decisão até o final julgamento do agravo, já que estão presentes os requisitos da probabilidade de provimento e do perigo de dano. 
d) o agravado seja intimado para, em querendo, apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias;
e) ao final, seja dado provimento para reformar a decisão agravada e, consequentemente, conceder o prazo de 15 dias para que o agravante purgue a mora, bem como para anular a decisão no que se refere a multa aplicada de forma ilegal. Em relação a multa, requer subsidiariamente, caso não seja acolhido o pedido de cassação, a reforma da decisão para os fins de minorar o valor arbitrado.
O advogado que esta subscreve declara que as cópias das peças anexadas ao presente recurso, atendendo a exigência do artigo 1.017 do Código de Processo Civil, foram extraídas dos autos da Ação de Despejo, em trâmite perante a 2ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora/MG, processo nº ... e são autênticas, na forma prevista em lei.
Termos em que pede deferimento.
Local ..., Data ...
Advogado ...
OAB ...

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