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IA: AVALIAÇÃO E APLICABILIDADE DE NOVAS TECNOLOGIAS Djane Dallanora Patos de Minas – MG MANEJO REPRODUTIVO DE SUÍNOS • Há muito conhecimento consolidado a partir da década de 80... • E muitas quebras de paradigmas nos últimos anos! MANEJO REPRODUTIVO DE SUÍNOS • Algumas alterações ao longo dos últimos 5 anos... 1) Manejo de marrãs – 1) indução tardia da puberdade; 2) Sistema BEAR; 2) Protocolos de Inseminação artificial – 24 h de intervalo; 3) Técnica de IA – Inseminação Artificial Pós-Cervical; 1.1) Indução da puberdade • Contato olfativo, visual, auditivo e táctil, duas vezes ao dia, com um macho acima de 11 meses; Precoce -Fêmeas com 150-160 dias de idade; - IA no 3º ou 4º cio, 220-240 d Tardio -Fêmeas com 200 dias de idade; - IA no 1º ou 2º cio, 220-240 d. 1) O MANEJO DAS MARRÃS 1.1) Indução tardia da puberdade • Wettere et al (2005) - Aumentando a idade das leitoas ao primeiro contato com o macho melhora a sincronização da resposta de cio e não interfere no tamanho da leitegada. – Diminui os dias para entrada em cio: de 18,9 (161 d) para 8,3 (203 d); – Melhora o comportamento de cio e RTM; – Ausência de efeitos sobre morfologia do trato reprodutivo; – Eliminação gradativa das fêmeas dependentes do efeito macho precoce; 1) O MANEJO DAS MARRÃS LEITGIDGRUPO ³ 2 CIO ³ TOT. TOTALNASCIDOS ³ 26 ³ 1814 MEDIA ³ 14.85 ³ 13.79 SD ³ 2.80 ³ 3.36 DATAPARTO>=010709 E ATUALPARICAO=1 ID DATAPARTO ATUALPARICAO TOTALNASCIDOS LEITGIDGRUPO 017989 24/07/09 1 15 2 CIO 017992 31/07/09 1 16 2 CIO 017993 18/07/09 1 17 2 CIO 017928 14/07/09 1 13 2 CIO 017929 26/07/09 1 15 2 CIO 017988 1/08/09 1 20 2 CIO 017994 25/07/09 1 15 2 CIO 018074 30/07/09 1 10 2 CIO 018075 31/07/09 1 17 2 CIO 018078 30/07/09 1 16 2 CIO 017995 27/07/09 1 14 2 CIO 018069 31/07/09 1 16 2 CIO 018070 1/08/09 1 12 2 CIO 017879 19/07/09 1 14 2 CIO 14,85 NT IA no 2º cio 1) O MANEJO DAS MARRÃS Exposição ao macho – tradicional • macho adulto dentro da baia duas vezes ao dia e presença de uma pessoa estimulando a mesma fêmea que o cachaço estiver estimulando; 1.2) Exposição ao macho 1) O MANEJO DAS MARRÃS 1.2) Sistema BEAR 1) O MANEJO DAS MARRÃS • Com duas ou uma dose/dia, somente é possível obter excelentes resultados reprodutivos quando: – a fêmea inseminada apresenta boas condições de saúde geral e reprodutiva; – o manejo de diagnóstico de cio é adequadamente realizado; – a qualidade da dose inseminante é assegurada; – é usado sêmen de boa qualidade e fresco; Discussão sobre 1 ou 2 doses/dia 2) PROTOCOLOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Protocolos de inseminação – um diagnóstico de cio por dia e uma dose diária • a concentração das atividades de IA em um único turno; • economia de doses inseminantes e sptz/fêmea: redução de 3,4 para 2,1 doses (Castagna, 2001); Início do cio MANHÃ 1 dose 2 dose 3 dose 24 48 2) PROTOCOLOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL O diagnóstico de cio tem papel decisivo! Definição da hora 0; 2) PROTOCOLOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL • Mercat et al (1999) – Protocolo de 12 horas, volume de 90 mL, comparou 1,8 e 2,4 bilhões de sptz armazenadas por 1 ou 4 dias. 1 dia 4 dias Tpar 93% 87,6% NT 12,2 11,8 • aumento no tempo de conservação do sêmen promoveu uma queda na fertilidade independentemente do número de sptz na dose. 2.1) Uso de sêmen fresco 2) PROTOCOLOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Boonkusol, Saikhun and Ratanaphumma (2010) 2) PROTOCOLOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 3.1) Técnica de IA tradicional 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL • 3 a 5 bilhões de sptz/dose; • 80-100 ml de volume/dose; • 2-4 inseminações por cio; 65,8 10,3 91,8 12,6 91,1 12,5 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Taxa de parto NT 1 x 109 2 x 109 3 x 109 Watson e Behan, 2002 3.1) Técnica de IA tradicional 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 3.2) Variações na técnica de IA - IAPC Tradicional Pós-cervical (IAPC) 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 12,1 10,3* 12,2 12,6 12,3 12,5 0 2 4 6 8 10 12 14 IAU IAT Leitões nascidos totais 88,7 66,2 92,6 91,5 91,8 91,3 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 IAU IAT Taxa de parição 1 bilhão 2 bilhões 3 bilhões 3.2) IAPC Watson & Behan (2002)- 3.000 fêmeas; 0-24 h; 80 mL 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Dallanora et al (2004) - 600 fêmeas, protocolo de 12-24- 36 h. IAU 1,5 bi - 60 mL; IAT 3 bi – 90 mL 3,6 94,9 11,6 4,3 94,3 11,8 0 20 40 60 80 100 Retorno ao cio Taxa de parição Nascidos totais Leitões nascidos totais IAU IAT 3.2) IAPC 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Bennemann et al (2004) - protocolo de 24h. Dihel (2006) - protocolo de 24h; IAU 1 bi – 25 a 35 mL – taxa de parição acima de 92% e nascidos totais acima de 12,5 leitões; Tratamento Taxa de prenhez Taxa de parição ajustada Nascidos totais 0,5 bi/ 20 mL 95,4% 92,7% 11,3 3 bi/ 90 mL 97,9% 95,1% 12,1 3.2) IAPC 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Técnica consolidada na rotina prática: - 50 a 60 mL na dose inseminante; - 1 a 1,5 bilhões de sptz/dose; - protocolo de 24 h; - não utilizar macho no momento da IA; 3.2) IAPC 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 3.2) IAPC • Vantagens: Aumenta o número de nascidos Diminui o tempo de inseminação Melhora o aproveitamento de machos de alta performance Reduz o consumo de diluente 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 3.2) IAPC • Vantagens: (Dallanora, 2004; Bennemann et al., 2005) (Watson e Behan, 2002; Dallanora, 2004) 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Aumenta o número de nascidos Diminui o tempo de inseminação Melhora o aproveitamento de machos de alta performance Reduz o consumo de diluente Por que é possível utilizar menos sptz? Sptz – 20 milésimos de mm Extensão do catéter - 20 cm 10.000 vezes o tamanho do sptz Pessoa de 1,80m tivesse que nadar 18.000 m em alguns minutos! Velocidade do sptz - 1 cm/ 5 min 3.2) IAPC 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 3.2) IAPC 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL • Importância do macho e da CIA! 168 254 454 0 100 200 300 400 500 Fêmeas atendidas por macho Protocolo Tradicional (3bi) Protocolo 24 hs (3bi) IA uterina (1bi) 3.2) IAPC 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 3.2) IAPC – cuidados na utilização • Não utilizar o macho no momento da IAPC; • Não utilizar em marrãs e primíparas; • Lesões de cérvix e útero; • Perdas de espermatozóides (sêmen para lubrificar pipeta, resto de sêmen no cateter); • Comparação de métodos de determinação da concentração; • Variaçãoentre doses produzidas; • Achados de campo (uso de doses “normais” divididas em duas); • Escala de produção; 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Barreira anatômica da cérvix do suíno (cortes transversais sequenciais) 3.2) IAPC Não utilizar macho no momento da IA – parece existir mais facilidade quando não há presença do macho; 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 3.2) IAPC Não utilizar em marrãs e primíparas – ainda não há técnica disponível que garanta o mesmo desempenho; Martinez et al. (2001) não conseguiram realizar a IAU em 10,3% das leitoas e tiveram dificuldade média a alta em mais 20,7%, sendo que a mesma dificuldade só foi relatada em 2,9% das pluríparas. Diehl (2005), menos de 55% das primíparas tiveram grau baixo de dificuldade e mais de 70% das pluríparas, indicando que há mais dificuldade nas fêmeas mais jovens. 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL • Lesões de cérvix e útero: presença de sangue no momento da retirada da pipeta: – Dallanora (2004) - 9,5%; – Watson & Behan (2002) - 1,8%; – Bennemann et al. (2005) - 8,5%; – Dihel (2005) - 20,6% (pipeta que não era presa na cérvix); 15,2% (pipeta utilizada por Bennemann et al. (2005). Dallanora (2004) - retorno ao cio: 13,8% vs 2,6% 3.2) IAPC 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL • Perdas de sptz: – Resíduo de sêmen no cateter; – Lubrificação da pipeta com sêmen; – Sobras nas bisnagas; 3.2) IAPC 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL • Métodos de determinação da concentração – Câmara de Neubauer; – Espermodensímetro; – Automatizadas: fotômetro e CASA; 3.2) IAPC 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL • Uso de doses “normais” divididas em duas – Lembrar que o limite para redução do desempenho reprodutivo está entre 0,5 e 1 bilhão; 3.2) IAPC 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL • Escala de produção – Empresas com menos de 50 machos, não parece ser viável – granja de 1.000 matrizes (10 machos – 3 machos!). 3.2) IAPC 3) TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Ainda não há preditores confiáveis da fertilidade do macho suíno! 4.1 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) • Induzir e sincronizar o momento da ovulação a fim de realizar inseminações em momentos pré-definidos; – Eliminar o diagnóstico de estro! – Reduzir o número de IAs/fêmea; 4) USO DE MÚLTIPLAS INSEMINAÇÕES O QUE HÁ DE NOVIDADE? 4.1) Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) • Indutores mais eficientes da ovulação: – hCG; – Análogos de GnRH; – pLH; Até o momento, os melhores resultados de IATF são obtidos com o uso de gonadotrofinas e LH suíno (pLH). 4) USO DE MÚLTIPLAS INSEMINAÇÕES O QUE HÁ DE NOVIDADE? 4.1) Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) C as sa r et a l ( 20 05 ) Tratamento N Hora da aplicação Momento da IA Taxa de parto (%) Nascidos totais eCG pLH Controle 131 Não Não 5 dias pós- desmame* 68,7 11,1 eCG 111 Desmame Não 5 dias pós- desmame* 69 10,7 pLH 113 Não 80 h após desmame 36 e 44 h após pLH 81,4 a 10,3 eCG+pLH 110 Desmame 80 h após desmame 36 e 44 h após pLH 84,2 b 10,3 eCG+pLH** 102 Desmame 80 h após desmame 36 h após pLH 86,1 b 10,6 * uma IA pela manhã e outra a tarde. ** Uma dose de IA, independente se a fêmea estava em cio ou não. 4) USO DE MÚLTIPLAS INSEMINAÇÕES O QUE HÁ DE NOVIDADE? • Candini et al (1999) – 600 UI eCG - 24h após desmame; – 5 mg pLH - 80h após desmame; • Todas as fêmeas ovularam entre 32-40 h após o pLH com desvio padrão de 3,6 h. • Grupo controle a média foi de 63,7 h e desvio padrão de 20h. • Custo: – eCG+hCG – 5mL – R$13,62 – pLH – 4 mL – R$13,34 R$ 26,96/fêmea 4.1) Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) 4) USO DE MÚLTIPLAS INSEMINAÇÕES O QUE HÁ DE NOVIDADE? CONSIDERAÇÕES FINAIS • O desempenho reprodutivo é multifatorial; – Machos; – Dose inseminante; – Qualidade das matrizes; – Nutrição e sanidade; – Estrutura da granja; • Ações gerenciais também impactam no desempenho reprodutivo (reposição e descarte, treinamento de equipes, investimento em tecnologias); • Aplicabilidade do conhecimento técnico gerado; Grata pela atenção! djane@integrall.org 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
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