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AULA 14 - GARANTINDO AS ROTINAS NA MATERNIDADE

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GARANTINDO AS ROTINAS NA MATERNIDADE 
Patos de Minas – MG 
Bruno Zinato Carraro 
Registros e tabulação de dados 
“O que não é medido não é gerenciado. 
Está à deriva.” 
 
Vicente Falconi 
ITENS DE AVALIAÇÃO DA MATERNIDADE 
• (%) de natimortos 
• (%) de leitões mortos na maternidade 
• peso e idade ao desmame 
• qualidade/sanidade dos leitões 
• n° leitões desmamados por porca 
• IDC (intervalo desmame – cio fértil) 
• escore corporal das fêmeas no desmame 
• Sanidade das fêmeas ao desmame (descarga vulvar, cascos) 
 
INFORMAÇÃO X AÇÃO 
Nem todos os índices são mensurados pelos softwares específicos 
• % toques 
• Duração do parto/intervalo 
entre leitões 
• Tipo de natimorto 
• % leitões nascidos pequenos 
• Horário parto das fêmeas 
induzidas 
• Uso de ocitocina (%) 
 
• % fêmeas febris após parto 
• % descargas vulvares 
patológicas 
• Causas de mortalidade 
• Data e Horário da 
mortalidade 
• Sanidade leitões (diarréias, 
artrites, onfalites) 
 
CONFIABILIDADE DOS DADOS 
Falha Descrição Exemplo 
 
Qualitativa 
Um evento é anotado 
dentro de uma categoria a 
qual não pertence 
Morte de leitão causada por diarréia 
apontada no relatório como refugo. 
 
Quantitativa 
A quantidade não é 
anotada corretamente 
Número de NM anotado abaixo do 
número existente. 
 
Intencional 
O responsável pela 
anotação age de má fé 
para alterar os índices 
Anotar NM intraparto como 
mortalidade periparto, encobrindo a 
falha no atendimento ao parto 
 
Coleta de dados (fator humano): 
 
Registros reais 
 
Registros falsos 
FALHAS NOS ÍNDICES DE PRODUÇÃO 
RELACIONADOS AOS PARTOS 
índices de produção 
irreais. 
índices de 
produção reais. 
FALHAS NOS ÍNDICES DE PRODUÇÃO 
RELACIONADOS AOS PARTOS 
Coleta de dados irreais: 
1- Falta de treinamento; 
2- Desmotivação; 
3- Cobranças excessivas para atingir as metas; 
4- Más relações interpessoais ( ou “má fé” ) 
FALHAS NOS ÍNDICES DE PRODUÇÃO 
RELACIONADOS AOS PARTOS 
Fetos mumificados: 
• Erros geralmente por falta 
de treinamento 
• Confusão com NM Pré-
Parto 
• Perda do material no 
ripado da maternidade 
• Alvo de 1,0 a 1,5% 
FALHAS NOS ÍNDICES DE PRODUÇÃO 
RELACIONADOS AOS PARTOS 
FALHAS NOS ÍNDICES DE PRODUÇÃO 
RELACIONADOS AOS PARTOS 
FETOS MUMIFICADOS 
LEITÕES NATIMORTOS 
1- Pré-parto: 
• Leitões estão formados a termo, 
sem sofrerem início de reabsorção. 
• A pele pode estar com alterações 
na cor (autólise), com intensidade 
variável (mais clara ou mais escura). 
• Córneas azuladas em autólise. 
• Normalmente o cordão umbilical já 
está em autólise. 
LEITÕES NATIMORTOS 
2- Intra-parto: 
• Leitões com conformação normal 
– morrem durante o parto. 
• Cordão umbilical sem alterações. 
• Presença de extensões 
cartilaginosas nos cascos – 
“chinelas”. 
• Pulmões com colorações 
púrpuras, afundam na água sem 
indicação de aeração. 
LEITÕES NATIMORTOS 
 
Pré-parto: ideal inferior a 1,0%. 
Valores superiores a 1%: suspeitas de causas infecciosas, ou falhas no manejo 
no final da fase gestacional. 
Intraparto: ideal entre 2,0 a 4,0%. 
Valores superiores a 5% deve-se melhorar o manejo de atendimento ao parto, 
minimizando as perdas. 
Pós-parto: ideal < 0,5%. 
Valores superiores a 0,5%: falta de assistência na fase neonatal ou lesões 
cerebrais decorrentes de anóxia durante o parto. 
Ficha de controle de parto 
Planilha de Controle de parto 
Ficha de Controle de mortalidade 
FICHA DE ATENDIMENTO AO PARTO 
 
Brinco AM1111 Parição 3 
Data 30/6/2007 
Hora 
início 08:30 
Hora 
final 12:05 
 Turno Manhã 
Hora, classe e peso 
1 8:45 vivo 1,900 11 11:30 vivo 1,700 21 
2 9:08 vivo 1,750 12 22 
3 9:18 vivo 1,980 13 23 
4 9:50 vivo 2,100 14 24 
5 10:10 nat 2 1,970 15 25 
6 10:15 vivo 1,600 16 vivos 9 
7 10:22 vivo 1,400 17 nat 1 0 
8 10:30 vivo 1,500 18 nat 2 1 
9 10:55 mum 0,300 19 mum 1 
10 11:15 vivo 1,800 20 totais 11 
 Peso da leitegada 18 kg Peso médio vivos 1,747 
Peso médio leitegada 1,636 
Induzido? Sim Ocitocina? Não Toque? Sim 
 Hora Hora 9:50 
Medicação Sim 9:50 (nome medicamento e dose) 
Parteiro Chico 
 
Nat 1-pré-parto nat 2- intraparto 
 
DADOS TABULADOS A PARTIR DA FICHA DE PARTO 
• concentração dos partos induzidos (horários); 
• percentual de utilização de ocitocina; 
• percentual de intervenções manuais (toque); 
• duração média dos partos; 
Ficha de acompanhamento de mortalidade na maternidade 
Sala 4 
Data média de 
parto 20/jun 
 
Data Matriz 
Causa 
provável 
idade 
(d) Horário Turno* OBS Funcionário 
20/jun VD 1505 
má formação 
congênita 0 11:10h dia sacrificado Carlos 
22/jun AZ 2109 esmagamento 2 19:40h noite João 
23/jun AZ 1911 esmagamento 3 12:00h dia 
intervalo 
de almoço Bruno 
23/jun BR 1405 Diarréia 3 15:20h dia Bruno 
24/jun AZ 2109 Inanição 4 5:00h noite João 
... 
 
 
 
 
 
 
 
DADOS TABULADOS A PARTIR DA 
FICHA DE ACOMPANHAMENTO 
• distribuição da mortalidade por causa provável; 
• data da mortalidade; 
• mortalidade por turno; 
• mortalidade por funcionário; 
 
ATENDIMENTO AO PARTO 
Atendimento ao parto? 
SINAIS DE PARTO 
Sinais Tempo antes do parto 
Edema vulvar 4 dias 
Complexo mamário ingurgitado 48-24 h 
Secreção serosa escassa 48-24 h 
Secreção leitosa em gotas (70%) 12 h 
Secreção leitosa em jatos (94%) 6 h 
Fonte: Sobestiansky, 1999 
Fonte: Sobestiansky, 1999 
MATERIAIS PARA ATENDIMENTO AO PARTO 
MATERIAIS PARA ATENDIMENTO AO PARTO 
a) papel toalha absorvente para secagem do leitão; 
b) tesoura para o corte do cordão umbilical: limpa e desinfetada e bem afiada; 
c) cordão de algodão: mantido embebido em solução desinfetante; 
d) solução desinfetante para o umbigo: acondicionada em recipiente fechado e com 
capacidade para pequenos volumes. 
e) Ocitocina injetável 
f) antibiótico injetável para matriz em caso de toque 
g) luvas de toque dentro de suas embalagens 
h) solução lubrificante estéril para toque 
i) relógio e caneta para anotações 
j) seringas e agulhas (40 x 15) 
 A) contrações abdominais freqüentes e vigorosas associadas 
com inquietação e sem o nascimento de qualquer leitão por um 
período prolongado (superior a 40 minutos ???) 
 
 B) interrupção das contrações abdominais e uterinas após o 
nascimento de um leitão que exigiu muita força e energia da 
fêmea ou durante um parto prolongado e difícil 
PARTOS DISTÓCICOS 
INTERVENÇÃO NO PARTO 
Partos demorados com contração: 
• Massagear a fêmea 
• Fazê-la deitar do outro lado 
• Estimulá-la com leitões 
• Toque 
 
Procedimentos para toque vaginal: 
• Lavar o posterior da fêmea 
• Limpar rigorosamente mãos e braços (unha) 
• Utilizar luvas e lubrificantes 
• Introduzir e retirar lentamente a mão 
 
 
 
 
 
 
 
NASCIMENTO DE LEITÃO 
OBSERVAR (40 MINUTOS)* 
NASCIMENTO DE LEITÃO SEM NASCIMENTO 
NORMALIDADE OBSERVAR EXISTE CONTRAÇÃO NÃO EXISTE CONTRAÇÃO 
-Mudar a matriz de posição 
-Massagear o abdômen 
NASCIMENTO DE LEITÃO 
 
SEM NASCIMENTO 
 
NORMALIDADE OBSERVAR TOQUE 
Estímulo a secreção endógena de ocitocina: 
massagem de tetos e amamamentação de leitões 
NASCIMENTO DE LEITÃO NÃO EXISTE CONTRAÇÃO 
APLICAR OCITOCINA 
SEM NASCIMENTO NASCIMENTO DE LEITÃONORMALIDADE OBSERVAR 
NORMALIDADE OBSERVAR TOQUE 
 
INTERVENÇÃO 
 
MATRIZ X LEITÃO 
 
“O toque a curto prazo pode parecer melhor para os leitões, pois diminui 
o risco de incidência de nascidos mortos intraparto, entretanto toda a 
intervenção predispõe a problemas na matriz e, conseqüentemente, 
arrisca-se a viabilidade das leitegadas e da própria vida reprodutiva da 
fêmea,em favor de um ou outro leitão salvo no parto” 
 
 
 
 
 
 
 
PARTO 
CONDIÇÕES PARA PARTOS COMPLICADOS 
ORDEM DE PARTO 
Ordem de parto % toque 
 1 14,6 
 2 16,4 
 3 a 5 18,1 
 6 a 10 33,2 
Mellagi, 2007 
Necessidade de toque de acordo com a OP 
CONDIÇÕES PARA PARTOS COMPLICADOS 
ESTAÇÃO DO ANO 
 Estação do ano % toque 
 Outono 10,8 
 Inverno 7,9 
 Primavera 14,2 
 Verão 47,8 
Mellagi, 2007 
Necessidade de toque de acordo com a estação do ano 
COLOSTRO 
• Importância (energia, imunidade) 
• Tempo 
• Uniformização de consumo 
CONCENTRAÇÃO(MG/ML) IG DURANTE A LACTAÇÃO 
IMUNOGLOBULINAS 
(Smith, Martineau e Bisaillon, 1992) 
1,2 1,1 1,3 
1,5 1,6 
1,8 
2,2 
3,1 
3,6 
4,9 
1 
0,7 
0,5 0,4 
0,4 
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
1 3 5 7 14 21 28 35 42
IgA
IgM
IgG
Concentração 
Dias de Lactação 
EFEITO DA ORDEM DE NASCIMENTO NA CONCENTRAÇÃO 
DE ANTICORPOS EM LEITÕES DE 12 HORAS DE VIDA 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Birth order
Ig 
af
te
r 1
2 h
ou
rs
 (m
g/m
l)
Ordem de Nascimento 
Ig
 a
p
ó
s 
12
 h
o
ra
s 
– 
m
g
/m
l 
T
H
O
R
U
P
 (
20
09
) 
EFEITO DO PESO AO NASCER NA CONCENTRAÇÃO DE 
ANTICORPOS EM LEITÕES DE 12 HORAS DE VIDA 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
Weight, kilo
Ig 
af
te
r 1
2 h
ou
rs
 (m
g/m
l) 
Ig
 a
p
ó
s 
12
 h
o
ra
s 
– 
m
g
/m
l 
Peso ao Nascer (kg) 
T
H
O
R
U
P
 (
20
09
) 
 
507200316N º de leitões
76,368,575,6Máximo (mg/ml)
3,33,96,9Mínimo (mg/ml)
9,210,612,5Desvio Padrão
24,831,032,6Média deconcentração de Ig
(mg/ml)
Rebanho 3Rebanho 2Rebanho 1
Concentração de Imunoglobulinas no soro (IgG) em 1.024 leitões de 3 
Rebanhos
507200316N º de leitões
76,368,575,6Máximo (mg/ml)
3,33,96,9Mínimo (mg/ml)
9,210,612,5Desvio Padrão
24,831,032,6Média deconcentração de Ig
(mg/ml)
Rebanho 3Rebanho 2Rebanho 1
Concentração de Imunoglobulinas no soro (IgG) em 1.024 leitões de 3 
Rebanhos
Nielsen, Kjærsgaard, Kristensen, 2004 
UNIFORMIZAÇÃO DA INGESTÃO DE COLOSTRO 
20
25
30
35
40
45
50
Ig 12t Ig 24t Ig 48t
Ig
 k
on
c.
 (m
g/
m
l)
Nr. 1-7
Nr. 8-12
Nr. 13-18
ORDEM DE NASCIMENTO X INGESTÃO DE COLOSTRO 
Thorup (2011) 
0
5
10
15
20
25
30
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Order of birth
Mo
rta
lity
 du
rin
g l
ac
tat
ion
, 
pe
rc
en
t
EFEITO DA ORDEM DE NASCIMENTO SOBRE 
A MORTALIDADE NA MATERNIDADE: 
 
AUXÍLIO À MAMADA 
MANEJO DE UNIFORMIZAÇÃO DE COLOSTRO 
Manter no máximo sete 
leitões mamando durante 
o parto, fechando os 
primeiros a mamar no 
escamoteador. 
 
 
 
 
MANEJO DE UNIFORMIZAÇÃO DE COLOSTRO 
Manter no máximo sete 
leitões mamando durante 
o parto, fechando os 
primeiros a mamar no 
escamoteador. 
 
 
 
 
Após o término do 
parto soltar todos 
leitões para mamar. 
 
MANEJO DE UNIFORMIZAÇÃO DE COLOSTRO 
Agradecemos 
sua atenção! 
 
bruno@integrall.org 
integrall.org

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