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SÍNTESE DO PROCESSO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS PELO PROCESSO DE BIOAUMENTO OU BIOACUMULAÇÃO NAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO

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SÍNTESE DO PROCESSO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS PELO PROCESSO DE BIOAUMENTO OU BIOACUMULAÇÃO NAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO.
Encontramos na história da humanidade relatos da preocupação com os esgotos gerados pela população. Como referência relativa ao esgotamento sanitário, temos registo de uma forma muito rudimentar de evitar doenças de veiculação hídrica o afastamento dos esgotos pelo que conhecemos de a Cloaca Máxima de Roma, construída no século 6 antes de Cristo, que consistiu no primeiro sistema de esgoto planejado implantado no mundo daquela época. 
Esta recebia parte dos esgotos domésticos das áreas adjacentes ao fórum Romano e propiciava a drenagem superficial de uma área bem maior, cujo objetivo, na época, era o controle da malária. Porém, esse processo não tratava o esgoto, apenas o afastava dos dejetos do centro Romano.
No processo de tratamento de esgoto não basta apenas afastar o esgoto, este tem que ser coletado através dos ramais domiciliares, transportado através das redes coletoras de esgoto e tratado por meio das ETE’s – Estações de Tratamento de Esgoto. 
Somente no início do século XX é que tivemos um avanço considerável de novas técnicas para o sistema de coleta, transporte e tratamento de esgotos, através das engenharias sanitária e hidráulica, que vieram propiciar a melhoria dos sistemas. 
Neste mesmo propósito o estudo da microbiologia ambiental facilitou muito os processos e a eficiência no tratamento de efluentes líquidos domésticos e não domésticos. Sem contar que, a legislação ambiental, hoje, exige cada vez mais uma maior qualidade e eficiência de tratabilidade nas ETE’s – Estações de Tratamento de Esgoto, pelo processo biológico das águas residuais.
O mercado atual, aliado às leis ambientais, condicionou a capacidade produtiva de empresas com os programas de qualidade total, certificação ambiental, exigindo uma maior fiscalização para melhorar a qualidade ambiental nos grandes centros, sem degradar o meio ambiente.
Aliado a todo esse sistema, os avanços da biotecnologia propiciaram o surgimento das chamadas tecnologias inovativas de tratamento de esgotos, cujo processo é aplicado ao tratamento de resíduos orgânicos, em estado sólido ou líquido, visando alterar suas propriedades físico-químicas, fazendo com que seu lançamento e descarte nos corpos receptores possa agredir o mínimo possível.
Como processo de tratamento destaca-se o de bioaumento, também chamado de bioacumulação, cujo processo é o de inoculação de microrganismos naturais e desejáveis, cientificamente selecionados para incrementar a população microbiana normalmente encontrada em uma ETE. Este processo aumenta a eficiência dos processos biológicos naturais, melhorando a qualidade da água ou abaixando os custos operacionais em estações de tratamento. Os microrganismos metabolizam os poluentes e produzem C02 e água como resíduo de seus processos metabólicos.
Estes efluentes se caracterizam como sendo a mistura complexa de materiais e substâncias residuárias diversas, que irão requerer, para sua degradação, a presença de uma variedade de culturas bacterianas especificas para os compostos a serem de gradados, objetivando-se um eficiente tratamento.
Nem sempre essa diversidade e quantidade de microrganismos se apresentam em elevada atividade degradativa.
A utilização de blends no processo, adicionadas às unidades biológicas de tratamento, estão diretamente relacionadas com a correta determinação das doses a serem aplicadas, sempre que se considera a necessidade de uma aplicação de choque quando do início do programa de bioaumentação para posterior diminuição nas dosagens de manutenção apropriada, aplicadas rotineiramente.
Uma Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) tem por objetivo reduzir seu conteúdo orgânico, inorgânico e microbiano. Esse processo diminui os riscos que eles representam à saúde pública e, principalmente o meio ambiente, uma vez que o homem é parte integrante desse meio.
O processo de tratamento preserva, não só a integridade dos solos, dos recursos hídricos, mas, também, garante a qualidade da água que virá a ser utilizada nos processos de agricultura, da indústria e como recreação.
É fato é que a poluição e a contaminação dos rios pelo lançamento de esgotos domésticos e industriais levam a morte de todas as formas biológicas e consequentemente o desequilíbrio ecológico.
As ETE’s desempenham um papel fundamental no tratamento de efluentes, não só domésticos, mas industrial. 
Entre os diversos processos de tratamento de esgotos, há nível primário e secundário, podemos destacar os seguintes:
1 – Os Decantadores – Estes são componentes de nível primário, são tanques onde os esgotos permanecem em repouso durante cinco a quinze dias, isso dependendo da composição do efluente a ser tratado. Neste compartimento, a parte sólida decantável deposita-se no fundo sob a forma de lodo. Esse lodo é arrastado por processo mecânico até os tanques digestores, onde se acumula e produz grande quantidade de gás que pode ser utilizado, como por exemplo, na cozinha. Esse sistema primário recebe o nome de “tanque Imhoff” que é formado pelo dacantador e pelo sistema de digestores.
2 – As Lagoas de Oxidação – Essas lagoas são reservatórios de pouca profundidade, onde o esgoto é depositado e fica aí retido também de 5 a 15 dias. Ocorre nessas lagoas o que chamamos de “ciclo do nitrogênio”, fenômeno que ocorre pela incidência da ação do calor solar. Esse processo nada mais é do que o ar atmosférico agindo sobre o esgoto ali depositado, provocando o surgimento de bolhas de oxigênio e permitindo a proliferação de bactérias aeróbicas presentes nos efluentes. Por sua vez essas bactérias digerem a matéria orgânica, transformando-a em lodo (mineralizando-a);
3 – Processo de Gradeamento – Este já pertence ao nível secundário que consiste em sistema de gradeamento para retirar os resíduos sólidos, isto é, o lixo que vem junto com o esgoto, mesmo que passando progressivamente por malhas cada vez mais finas;
4 – Caixas de Areia – Estas têm a finalidade de retirar toda a areia no processo secundário, que são carreadas pelos sistemas coletores de esgoto devido ao mau uso das redes coletoras de esgoto, onde as águas pluviais estão ligadas juntamente com os ramais de esgoto domiciliares. Recebem o nome de “desarenadores”, sendo um importante sistema separador absoluto das águas pluviais e residuais;
5 – Tanque de Aeração – Também pertencendo ao nível secundário de tratamento, os resíduos líquidos do esgoto passam por este tanque, composto de vários misturadores que funcionam como batedores (processador de alimentos). Sua finalidade é oxigenara a água permitindo o desenvolvimento de bactérias aeróbicas que consomem o oxigênio.
Portanto, cada vez mais se faz necessário o aprimoramento dos sistemas de tratamento de esgotos nos grandes centros industriais. As novas pesquisas na área da microbiologia, aliadas aos novos sistemas e processos de tratamento de esgotos domésticos e industriais, que venham a mitigar o impacto ambiental, fará com que tenhamos um planeta melhor, um futuro melhor e, acima de tudo, que possamos garantir às futuras gerações uma qualidade de vida mais sustentável.
Referências Bibliográficas:
AZEVEDO, Neto – Sistemas de Esgotos Sanitários, CETESB, Capítulo19, 1977.
CARVALHO, Rodrigues e VENDRAMINI, Maria – Princípios Básico do Saneamento do Meio, Senac, 10ª Ed., São Paulo, 2010.
TSUTIYA, Milton Tomoyuki e SOBRINHO, Pedro Além – Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário, 3ª Ed.,Rio de Janeiro, ABES, 2011.
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