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Revisão de Direito Penal – Parte Geral Por Thomaz Paixão, Acadêmico de Direito da Uninassau, Recife/PE. Escolas Penais: Escola Clássica e Escola Positivista. Escola Clássica: Via o criminoso como pessoa, que deliberadamente, infringiu as regras impostas pelo Estado. Princípio: Princípio da proporcionalidade. Direito Penal de Fato: Punir o ato, não, a pessoa. Obs: Atualmente é este o conceito que vigora em matéria penal e, segundo a quase unanimidade de autores, o único compatível com um Estado Democrático de Direito. Escola Positivista: Via o criminoso como produto social, que não agia deliberadamente, mas por falta de opção. Princípio: Preventivo. Criação da Antropologia Criminal: Ciência auxiliar do Direito Penal. Visava a redução do crime, defesa social, entre outros. Direito Penal do Autor: Punir a pessoa com mais intensidade que o fato. Princípios do Direito Penal: [1] Anterioridade, [2] Irretroatividade, [3] Retroatividade Benéfica, [4] Humanidade, [5] Devido Processo Legal, [6] Culpabilidade, [7] Personalidade, [8] Proporcionalidade, [9] Intervenção Mínima e [10] Legalidade. Anterioridade: Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem previa cominação legal (Art. 2º, CP). Irretroatividade: A Lei não poderá retroagir. Retroatividade Benéfica: A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu (Art. 5º, § XL, CF). Humanidade: Benevolência coletiva incluindo os infratores da lei, ou seja, não os excluindo da sociedade. Devido Processo Legal: Justa punição ao acusado, assegurado o princípio da dignidade humana. Culpabilidade: Ninguém será penalmente punido se não tiver agido com dolo ou culpa. Personalidade: Significa que a punição em matéria penal não deve ultrapassar o delinquente. Proporcionalidade: Pena harmônica à gravidade da infração penal cometida, sem exagero ou compaixão excessiva. Intervenção Mínima: Aplicação do Direito Penal como última opção na vida do indivíduo. Legalidade: Não há crime, nem punição, sem previa definição legal (Art. 5º, § XXXIX, CF). Aplicação da Lei Penal No Tempo: Aplica-se a lei penal vigente exatamente no mesmo dia, ainda, que a sentença venha a ser proferida posteriormente. Extratividade: [1] Retroatividade e [2] Ultratividade. Retroatividade: Antes da vigência (fato) Ultratividade: Após a vigência (sentença) Lei Excepcional ou Temporária: Aplica-se ao fato praticado durante sua vigência Tempo do Crime: Momento da ação ou omissão, inda que seu resultado seja posterior. Aplicação da Lei Penal No Espaço: Aplica-se a lei penal na área na qual o Estado exerce sua soberania, sua fronteira marcada por mares, rios, também o mar territorial. Teorias: [1] Atividade, [2] Resultado, [3] Mista/Ubiqua. Atividade: Local do delito onde foi praticado o crime. Resultado: Local do crime onde ocorreu o resultado. Mista/Ubiqua: Local do crime onde há conduta e resultado. Territorialidade: Aplicação da lei penal brasileira aos delitos cometidos dentro do Brasil. Exceções: [1] Imunidade diplomática e consular; [2] Imunidade parlamentar; [3] Extraterritorialidade. Imunidade diplomática e consular: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional (Art. 5º, caput, CP) Imunidade parlamentar: Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos Art. 53, caput, CF). Extraterritrialidade: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro (Art. 7º, CP). Extraterritorialidade: Aplicação da lei brasileira fora do território nacional, isto é, no estrangeiro. Princípio da Bandeira: Aplica-se a lei do Estado em que está registrada a embarcação ou aeronave ou cuja bandeira ostenta aos delitos praticados em seu interior (Art. 7º, § II, c, CP). Teoria do Crime: O crime é o fato típico, ilícito e culpável. Típico: Ajuste perfeito do fato com o tipo, exata correspondência do fato praticado com a descrição legal existente (ver princípio da legalidade). Objetividade: Não se limita a descrever o natural (juízo de valor). Subjetividade: Pertence ao mundo de representação do autor (circunstancias). Tipo do Injusto: Ação ou omissão, resultado, nexo causal e a tipicidade. Tipicidade: [1] Núcleo do tipo, [2] Elemento objetivo, [3] Elemento subjetivo, [4] Elemento normativo. Núcleo do tipo: Conduta/verbo Elemento objetivo: Resultado/descrição Elemento subjetivo: Nexo causal/vontade Elemento normativo: Tipicidade Omissão Própria e Imprópria: Relação de causalidade Omissão Própria: Independe do resultado para sua consumação, pois não é condição sine qua non para sua consumação. Trata-se de uma obrigação coletiva. Omissão Imprópria: O dever de agir é obrigatório por lei a determinadas pessoas (garante). A omissão impropria é condição sine qua non para consumação de fato típico. Nexo de Causalidade: Relação entre a conduta e o resultado gerador de fato típico. Ação ou omissão advém do resultado.
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