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Projeto de Produto

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1
PPRROOJJEETTOO DDEE PPRROODDUUTTOO 
 
 
I. INTRODUÇÃO AO PROJETO DE PRODUTO 
 
 
1. Conceitos e Importância do Projeto de Produto 
 
 
1.1.1 CONCEITO DE PRODUTO 
 
 
“Produto é um conjunto de atributos tangíveis e intangíveis que 
proporciona benefícios reais ou percebidos com a finalidade de 
satisfazer as necessidades e os desejos do consumidor.” 
(Semenick e Bamossy) 
 
“Produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado 
para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que possa satisfazer a 
um desejo ou necessidade.” 
(Kotler e Armstrong) 
 
“Produto significa a oferta de uma empresa que satisfaz a uma 
necessidade.” 
(McCarthy e Perreault Jr.) 
 
 
1.1.2 HIPÓTESES DE FUNDAMETAÇÃO DA HIERARQUIA DE 
NECESSIDADES DO CONSUMIDOR 
 
 
9 Temos diferentes necessidades que podem ser hierarquizadas 
segundo sua importância; 
 
9 Procuramos satisfazer a necessidade que nos pareça mais 
importante; 
 
9 Uma vez satisfeita a necessidade mais importante, procuramos 
satisfazer a necessidade seguinte. 
 
 
 
 
 
 
 2
1.1.3 DESAFIO DO MARKETING DE PRODUTO 
 
 
9 Se para os consumidores, a idéia de produto como satisfação ou 
benefício é fundamental, então, um produto deve ser a solução 
para uma necessidade, real ou latente. 
 
9 Como tornar o produto, que pode ser simples ou complexo, em 
uma solução vencedora para os clientes, qualquer que seja o 
nível de prioridade por eles estabelecido? 
 
 
1.1.4 PRODUTO X SERVIÇO 
 
 
9 É útil para o projeto de produto entender as características 
distintas dos produtos em diferentes níveis, ênfase e graus 
variados, no que tange aos aspectos físicos e de serviços. 
 
“Os produtos incluem objetos físicos, serviços, pessoas, locais, 
organizações, idéias, ou combinações desses elementos.” 
(Kotler e Armstrong) 
 
“Um produto pode ser um bem físico, um serviço ou 
uma mistura de ambos.” 
(McCarthy e Perreault Jr.) 
 
“Não há essa coisa de setores de serviços. Apenas em certos 
setores os componentes de serviços são mais importantes ou 
menos importantes do que nos demais. Todos atuam em 
serviços.” 
(Theodore Levitt) 
 
9 Os consumidores podem fazer uma análise dos atributos dos 
bens físicos antes de sua aquisição, através de uma prévia 
experimentação porque são tangíveis, verificando assim as 
diferenças entre as opções existentes no mercado; 
 
9 Dependendo da composição desses bens físicos, se não são 
perecíveis, podem ser estocados e/ou armazenados, facilitando 
sua padronização e conseqüentemente, sua produção; 
 
9 Isso diferencia os bens físicos dos serviços, que devem ser 
consumidos à medida que são prestados, bem como, a 
importância do consumidor final, seu grau de envolvimento, 
personalidade e estado de espírito ao consumi-los e avaliá-los. 
 3
 
 
1.2 Histórico, Importância e Desenvolvimento de Produto 
 
 
1.2.1 BREVE HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO 
 
 
9 No final da década de 80 e início de 90, foram desenvolvidos 
importantes projetos de pesquisa relacionados com a 
manufatura enxuta e a gestão do processo de desenvolvimento 
de produto. Estes primeiros, puramente analíticos, tornaram-se 
clássicos e geraram muitos conceitos que têm um escopo de 
aplicação mais amplo que uma abordagem específica e são 
empregados por grande parte das pessoas que estudam e 
trabalham com o desenvolvimento de produto, formando base de 
abordagem para gerenciar o processo. Nesta abordagem os 
autores dividem o processo de desenvolvimento de produto em 
três etapas maiores: 
 
• Estratégia de Desenvolvimento - onde apresenta uma 
estrutura para o planejamento e gerenciamento do portfólio 
dos projetos em andamento; 
 
• Gerenciamento do Projeto Específico - abordando o 
gerenciamento, liderança, tipos de interação entre 
atividades e outros assuntos relacionados com um projeto 
específico; 
 
• Aprendizagem - apresentando formas para garantir a 
melhoria do processo e a aprendizagem organizacional a 
partir da experiência com o projeto. 
 
9 Entre 1990 e 1996, para atingir o objetivo da busca de uma 
visão total da atividade de projeto e não mais as visões parciais 
de cada setor tecnológico específico, Stuart Pugh desenvolveu 
um modelo que ficou conhecido como Total Design: 
 
• Um conjunto de seis etapas interativas e aplicáveis a 
qualquer tipo de projeto, onde cada etapa é representada 
por um cilindro significando que nela são empregados um 
conjunto específico de conhecimentos compostos por 
diversas visões tecnológicas parciais. 
 
 
 4
• Somando os conceitos de Pugh e Taguchi, Don Clausing 
criou a Total Quality Development, dividindo o processo 
de desenvolvimento de produto em: 
 
ƒ Conceito; 
 
ƒ Design – divide em projeto dos subsistemas e 
projetos das partes; 
 
ƒ Preparação/Produção – divide em verificação do 
sistema, prontidão e produção piloto. 
 
9 Surge, então, uma abordagem mais sofisticada para engenharia 
simultânea através de Prasad, englobando diversos fatores em 
uma estrutura bastante independente das fases de um processo 
de desenvolvimento de produto, possuindo no seu centro a 
descrição dos quatro elementos de suporte que são os modelos, 
os métodos, as métricas e as medidas; estas fases são 
compostas em duas rodas: 
 
• Organização do Produto e Processo (Product and 
Process Organization Whell – PPO) – aborda os fatores 
que determinam o grau de complexidade do 
gerenciamento do desenvolvimento de produto e os 
fatores organizacionais; 
 
• Desenvolvimento de Produto Integrado (Integrated 
Product Development Wheel – IPD) – define de uma 
maneira bastante flexível a integração do processo de 
desenvolvimento do produto. 
 
9 Desenvolve-se o Manual de Planejamento e Controle da 
Qualidade do Produto, dentro do conjunto de normas da QS 
9000, que possui uma estrutura que resume um conjunto de 
preocupações técnicas e um modelo suficientemente detalhado 
capaz de servir de base para intervenções no processo de 
estruturação e gerenciamento de desenvolvimento de produto. 
 
 
1.2.2 IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO 
 
 
9 Desenvolver produtos tem se tornado cada vez mais um dos 
processos-chave para a competitividade mercadológica, em 
virtude dos movimentos de aumento da concorrência, das rápidas 
 5
mudanças tecnológicas, da diminuição do ciclo de vida dos 
produtos e da exigência cada vez maior dos consumidores; 
 
9 Tudo isso, exige das empresas maior agilidade, produtividade e 
alta qualidade que dependem da eficiência e eficácia destas no 
processo; 
 
9 No início do processo de desenvolvimento do produto, há a 
seleção das maiores soluções criativas e o grau de incerteza é 
bem elevado, mas este vai se diluindo com o tempo; 
 
9 É um desafio gerenciar estas incertezas que envolvem o 
desenvolvimento do produto, onde as decisões de maior impacto 
têm que ser tomadas no momento em que existe um maior 
número de alternativas e grau de incerteza. 
 
“As decisões entre alternativas, no início do ciclo de 
desenvolvimento, são responsáveis 
por 85% do custo do produto final.” 
 
“O custo de modificação aumenta ao longo do ciclo de 
desenvolvimento, pois a cada mudança, um número maior de 
decisões já tomadas, podem ser invalidadas.” 
 
 
1.2.3 ASPECTOS QUE INFLUENCIAM NO DESENVOLVIMENTO DE 
PRODUTO 
 
 
9 O processo baseia-se num ciclo projetar-construir-testar, que 
geram atividades necessariamente interativas; 
 
9 É uma atividade multi-disciplinar, trazendo fortes barreiras culturais 
sobre a integração; 
 
 
9 Existe uma grande quantidade de ferramentas, sistemas, 
metodologias, soluções, etc.; desenvolvidas por profissionais e/ou 
empresas de diferentes áreas, que não interagem entre si; 
 
9Existem diversas “visões parciais” sobre o processo de 
desenvolvimento de produtos. 
 
 
 6
1.2.4 “VISÕES PARCIAIS” DO DESENVOLVIMENTO DE 
PRODUTO 
 
 
9 No campo de ensino e pesquisa, o desenvolvimento vinha sendo 
tratado de maneira isolada pelas diferentes áreas do conhecimento: 
 
¾ Profissionais da Engenharia tendem a pensar o 
desenvolvimento de produtos como atividades específicas de 
cálculos e testes; 
 
¾ Designers e Programadores Visuais como o resultado de 
estudos de conceito; 
 
¾ Administradores como algo mais abstrato, independente do 
conteúdo tecnológico e voltado para problemas organizacionais 
e estratégicos; 
 
¾ Especialistas em Qualidade como a aplicação de ferramentas 
específicas. 
 
9 Cada visão parcial é composta de uma linguagem e de 
determinados valores próprios e intrínsecos que dificultam a 
integração entre os diversos profissionais das áreas; 
 
9 Na prática, estas visões quando transportadas, podem levar a 
muitos problemas e ineficiências, porque qualquer 
desenvolvimento, mesmo com a maior hegemonia de um 
determinado conteúdo tecnológico, implica em conhecimentos 
destas visões; 
9 para um adequado resultado final; 
 
“O desenvolvimento de produto é um todo integrado que depende 
da consideração de diversos fatores ligados às mais diversas 
áreas de conhecimento, portanto, é necessário desenvolver uma 
visão holística com a construção de uma imagem única e integrada 
do processo para atingir o melhor resultado final.” 
 7
 
1.3 Processo de Desenvolvimento de Produto 
 
 
1,3,1 CONCEITOS DE PROCESSO DE 
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO 
 
 
“É o processo, a partir do qual, informações sobre o mercado são 
transformadas nas informações e bens necessários para a produção 
de um produto com fins comerciais.” 
(Clark & Fujimoto) 
 
“É a atividade sistemática necessária desde a identificação do 
mercado/necessidades dos usuários até a venda de produtos 
capazes de satisfazer estas necessidades – uma atividade engloba 
produto, processos, pessoas e organização.” 
(Pugh – Total Design) 
 
“É o processo de negócio compreendendo desde a idéia inicial e 
levantamento de informações do mercado até a homologação final do 
produto e processo e transmissão das informações sobre o projeto e 
o produto para todas as áreas funcionais da empresa.” 
(Grupo de Engenharia Integrada) 
 
 
1.3.2 CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO DE 
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO 
 
 
✔ Atividades/Fases – na abordagem da engenharia integrada e no 
modelo de referência, são identificadas sete fases: 
 
• Conceber Produto; 
 
• Conceituar Produto; 
 
• Projetar Produto; 
 
• Projetar Processo; 
 
• Homologar Produto; 
 
• Homologar Processo; 
 
• Ensinar Empresa. 
 8
 
✔ Recursos – são compostos por todos os conceitos/filosofias, 
métodos/técnicas e ferramentas/sistemas que podem ser 
aplicados no processo de desenvolvimento de produto. 
 
✔ Organização – refere-se não só à estrutura organizacional 
responsável e executora das atividades de desenvolvimento de 
produto, como também, aos elementos como cultura, qualificação 
profissional, formas de comunicação entre os indivíduos, etc., 
ligados aos aspectos de organização do trabalho. 
 
✔ Informação – dimensão que representa o fluxo de informação 
existente neste processo: os dados, sua estrutura e o formato 
como estes circulam (relatórios, fichas, telas de computador, etc.). 
 
 
1.3.3 A DIFERENCIAÇÃO DO PRODUTO DENTRO DO 
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO 
 
 
9 O objetivo da diferenciação é buscar aumentar o valor do 
produto ou serviço oferecido ao cliente. 
 
9 Níveis de Diferenciação Possíveis: 
 
• Produto Genérico – nível que corresponde ao produto em 
seu sentido bruto ou generalizado, oferecendo uma nova 
maneira de satisfazer o mesmo desejo ou necessidade 
básica dos clientes (ex.: livro, relógio, carro, etc.); 
 
• Produto Esperado – nível onde há uma expectativa dos 
clientes em relação a algo que lhes pode ser oferecido a 
mais pelo produto esperado; mas, não servem para 
diferenciar um fornecedor do outro (ex.: acesso fácil ao 
posto de gasolina, possibilidade de comprar com cartão de 
crédito, etc.); 
 
• Produto Aumentado ou Ampliado – nível que é 
construído por todas as demais características e serviços 
extras que vão além daquilo que o cliente espera, ou seja, 
o valor extra; servindo, portanto, para fazer diferenciação 
entre os concorrentes, mas com o passar do tempo vão 
sendo copiados, tornando-se rotina e, no fim, 
simplesmente passam a ser aquilo que é esperado (ex.: 
self-service no posto de gasolina): 
 9
 
ƒ A análise das características do produto precisa 
relacioná-las com os benefícios que elas 
proporcionam; 
 
ƒ As medições conjuntas das características das 
estimativas adicionais de valor do produto para o 
consumidor e seus benefícios resultantes, podem ser 
muito úteis para o seu desenvolvimento. 
 
• Produto Potencial – nível que traduz a soma de todas as 
características e benefícios oferecidos, que é limitado 
apenas pela imaginação e criatividade do fornecedor (ex.: 
uma lavagem grátis a cada tanque cheio, alguns brindes 
não relacionados com gasolina e um serviço de 
atendimento completo do automóvel). 
 
9 À medida que os métodos de controle, garantia e 
gerenciamento da qualidade, tornam-se amplamente entendidos 
e adotados, a entrega de um produto com desempenho, 
conformidade e confiabilidade (um produto “de qualidade”, no 
sentido clássico da palavra) não será mais suficiente; 
necessitará de uma maior ênfase no produto ampliado e 
potencial como meio de agregar valor e seduzir o cliente, criando 
assim uma vantagem competitiva futura. 
 
9 Qualidade significa a adequação de um produto ou serviço à 
finalidade prevista e tem sido apontada como determinante 
principal do sucesso comercial, mas a percepção dela por parte 
do cliente pode não ser igual à do fabricante; 
 
9 A qualidade percebida (avaliações feitas pelos clientes quanto à 
qualidade do produto oferecido pelo fornecedor em relação às 
ofertas dos concorrentes) é o fator único e mais importante que 
afeta o desempenho em longo prazo de um negócio, mostrando 
que ela tem um impacto maior sobre o nível do retorno sobre o 
investimento (ROI), sendo mais eficaz no momento para 
aumentar a participação no mercado do que um preço mais 
baixo; 
 
9 As percepções de estilo, principalmente para produtos de grande 
apelo emocional, apresentam uma forte relação com a 
percepção da qualidade; 
 
 
 10
 
9 Formas de Diferenciação de Produtos Aumentados: 
 
• Criar uma marca específica com uma imagem e reputação, 
ambas favoráveis, para diferenciar de forma tangível o 
produto; 
 
• A marca ou logotipo pode ser uma indicação da 
procedência e uma e uma garantia do que esperar do 
produto, uma declaração de qualidade e um sinal de valor 
pelo dinheiro; 
 
• Os serviços na compra de muitos produtos, especialmente 
os considerados como bens duráveis, seja de consumo ou 
do tipo industriais; que não precisam, necessariamente, 
ser adicionais ao produto e em algumas circunstâncias 
uma redução pode agregar valor; 
 
• A prestação de um serviço de qualidade superior como 
meio de criar vínculo entre o fornecedor e o cliente pode 
ter conseqüências marcantes, tornando o cliente menos 
propenso a buscar outras fontes de fornecimento e, 
portanto, agindo como uma barreira contra a entrada de 
concorrentes; mas deve haver uma realização periódica 
de levantamentos do grau de satisfação avaliando o 
quanto o atendimento atende às expectativas, buscando 
meios para melhorá-lo; 
 
• Outros: instalação; disponibilidade de crédito; entrega 
rápida e dentro do prazo, quando prometido; e, garantia.9 Fatores que devem ser levados em conta ao escolher o tipo 
de diferenciação a adotar: 
 
• O valor agregado da diferenciação para o cliente; 
 
• O custo da diferenciação em relação ao valor agregado; 
 
• A probabilidade de o concorrente copiar a diferenciação e 
a velocidade em que isso ocorrerá; 
 
• O grau com que a empresa adota a inovação nos ativos de 
marketing da empresa. 
 
 
 11
 
II PROJETOS 
 
2.1 Projeto e Administração de Projeto 
 
 
2.1.1 CONCEITO DE PROJETO 
 
 
“Um projeto é um empreendimento temporário ou uma seqüência 
de atividades com começo, meio e fim programados, que tem por 
objetivo fornecer um produto ou serviço singular, dentro de 
restrições orçamentárias; e seu desempenho é avaliado pela 
medida em que essas três variáveis críticas de são atendidas.” 
(Maximiano – Administração de Projetos) 
 
“É a atividade que molda a forma física e o propósito 
(satisfação das necessidades dos consumidores) tanto de 
produtos e serviços, como dos processos que os produzem.” 
(Slack, Chambers e Jonston) 
 
“É uma atividade que começa com o conceito e termina com 
a tradução desse conceito em especificação de algo a ser 
criado.” 
(Slack, Chambers e Jonston) 
 
 
2.1.2 ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PROJETOS 
 
 
9 Em essência, é projeto uma atividade que se decide administrar 
como projeto, a partir daí deve-se designar um gerente de 
projeto e uma equipe de projeto para cuidar dessa atividade, 
preparar e executar um plano de projeto; 
 
9 Quando um projeto é proposto ou iniciado, três questões 
precisam ser respondidas de maneira que não deixem dúvidas: 
 
• Qual o produto será fornecido? 
(Qual é o escopo do projeto?); 
 
• Quando será fornecido? 
(Qual é o prazo do projeto?); 
 
• Quanto custará? 
(Qual é o orçamento do projeto?). 
 
 12
9 Uma atividade repetitiva, ou que tem duração contínua não é um 
projeto e sim uma atividade funcional ou programa; 
 
9 Na prática, alguns projetos não têm prazo exato para terminar, 
arrastam-se indefinidamente, terminam muito depois da data 
limite, ou começam sem definição clara das datas de início e de 
conclusão; 
 
9 Às vezes, um projeto precisa ser suspenso ou prorrogado, por 
causa de acidentes, eventos imprevistos, falta de recursos ou 
porque a estimativa do prazo foi incorreta; dificuldades estas, 
que podem ser contornadas em alguns casos, mas os prazos 
são inflexíveis em outros; 
 
9 Categorias Principais de Classificação dos Produtos dos 
Projetos: 
 
• Produtos Físicos – muitos projetos são atividades 
temporárias que, ao final das quais, um item tangível deve 
ser fornecido (ex.: casas, rodovias, veículos, etc.); 
 
• Conceitos – produtos conceituais são intangíveis, como 
idéias, roteiros de filmes, mapas, sistemas, organogramas, 
processos, plantas, desenhos, fórmulas e teorias; 
 
• Eventos – são produtos que consistem na realização de 
tarefas, serviços ou atividades, onde o projeto é a própria 
execução da atividade que, em geral, representa apenas a 
parte final de um conjunto de atividades de planejamento, 
organização e controle (ex.: planejar, organizar e realizar 
estudos, pesquisas e diagnósticos, cursos e seminários, 
reuniões e congressos); 
 
9 Todo projeto sempre combina elementos físicos, conceitos e 
serviços e o alcance do projeto é condicionado pelo montante de 
recursos financeiros disponíveis que, embora possa haver 
flexibilidade (porque as previsões não são infalíveis), sua 
conclusão dentro do orçamento e a minimização da margem de 
erro nas previsões orçamentárias deve ser sempre o objetivo 
prioritário da gestão de projetos; 
 
9 Nenhum projeto trabalha com previsões orçamentárias exatas, 
mas com estimativas de custos, cuja precisão depende do 
tempo investido no planejamento, portanto, é necessário 
planejar; 
 
 13
9 O custo de elaborar o orçamento aumenta quando a tecnologia 
é desconhecida ou há algum outro fator de incerteza no projeto; 
 
9 Quanto maior o desconhecimento do resultado ou do caminho 
para chegar até ele, maiores a incerteza (dificulta fazer 
previsões) e o risco; 
 
9 Um projeto complexo é aquele que apresenta grande número de 
variáveis para serem administradas (ex.: diversidade e volume 
de informações a serem processadas); 
 
9 Nem toda a atividade temporária (encomenda) chega a ser um 
projeto, nem precisa ser administrada como tal. 
 
 
2.1.3 CRITÉRIOS DE PROJETOS 
 
9 Critérios de Projeto dependem da natureza e das circunstâncias 
do exercício; 
9 Critérios de Projeto utilizados e Questões-chaves : 
 
Sendo pessimista, 
o que poderia 
“sair errado” 
se adotássemos 
a opção? 
Quais seriam as 
conseqüências 
“se tudo der errado”? 
 
=“risco de insucesso” 
de uma opção 
 
Viabilidade 
Quanto vale 
a pena? 
Queremos fazê-lo? 
Aceitabilidade Vulnerabilidade
Quais riscos 
corremos se as 
coisas saírem 
errado? 
O que pode dar errado? 
Queremos 
correr o risco? 
Quão difícil é? 
Podemos fazê-lo? 
Quais 
investimentos 
financeiros e 
gerenciais serão 
necessários? 
Qual 
retorno em 
melhoria de 
desempenho 
e financeiro?
Temos as 
habilidades ou 
qualidade dos 
recursos para 
realizar essa opção? 
Temos a 
capacidade 
organizacional ou 
quantidade de 
recursos para 
realizar essa opção? 
Temos os 
recursos 
financeiros 
para 
realizar essa opção? 
A opção satisfaz 
aos critérios de 
desempenho 
que o projeto está 
tentando atingir? 
Serão diferentes 
para projetos 
diferentes? 
A opção dá 
retorno 
financeiro 
satisfatório? 
Entendemos todas as 
conseqüências da 
adoção da opção? 
2.1.4 SIMULAÇÃO DO PROJETO 
 14
 
9 É uma das abordagens mais fundamentais para a tomada de 
decisões; 
 
9 Freqüentemente o projetista não está totalmente seguro das 
conseqüências de sua decisão; 
 
9 A simulação explora essas conseqüências sendo uma técnica 
preditiva e não otimizadora; 
 
9 Os gerentes podem ter idéias e explorar possibilidades por meio 
da “simulação” formalizada envolvida no uso de modelos de 
simulação; 
 
9 O “modelo” de simulação pode tomar muitas formas: 
 
• Pode ser feito um protótipo em vez da produção em 
manufatura que é usada para o produto real; 
 
• Simular o uso prolongado, o movimento e a distribuição 
aleatória de probabilidades; 
 
• Pode ser usado para prever onde o espaço físico poderia 
ficar excessivamente cheio ou onde poderia ser reduzido; 
etc. 
 
9 A simulação é especialmente útil no projeto de processos de 
operações muito complexas e pode resultar em economias 
substanciais; 
 
9 A realidade virtual está estabelecendo-se como uma ferramenta 
poderosa de projeto profissional tridimensional: 
 
• Proporciona ao projetista uma noção muito mais clara das 
posições relativas das partes individuais detalhadas do 
que é possível com representações bidimensionais 
estáticas; 
 
• Permite que outros (cliente ou usuário) possam visualizar e 
sugerir modificações para o projeto antes que seja 
realizado algum trabalho na entidade física em questão. 
 
 15
 
2.1.5 PROJETO ECOLÓGICO 
 
 
9 Em muitos países desenvolvidos, a legislação abrange padrões 
básicos que restringem o uso de materiais tóxicos, limitam 
descargas poluentes no ar e na água, protegem funcionários e o 
público de prejuízos de curto e longo prazo; 
 
9 Afeta, em sua maioria, o projeto e a operação de processos como 
o projeto dos próprios produtos. 
 
ASSUNTOS 
FUNDAMENTAIS QUESTÕES 
Fontes de 
materiais usadas 
em um produto 
Danificarão as florestas? Usarão minerais 
escassos? Explorarão o pobre ou usarão 
trabalho infantil? 
Quantidades e 
fontes de energia 
consumidas no 
processoAs garrafas de plásticos para bebidas 
consomem mais energia do que as de 
vidro? O calor rejeitado deve ser 
recuperado e usado na criação de peixes? 
Quantidade e tipo 
de material 
rejeitado que é 
gerado nos 
processos de 
manufatura 
Esse rejeito pode ser reciclado 
eficientemente ou deve ser queimado ou 
enterrado em aterros? O rejeito terá 
impacto de longo prazo no ambiente à 
medida que se decompõe e se libera? 
Tempo de vida do 
próprio produto 
Ex: se um produto tem vida útil de 20 anos 
consumirá menos recursos do que um que 
dura só 5 anos e deve ser substituído 4 
vezes no mesmo período. Mas o 1º pode 
exigir investimentos iniciais maiores e 
mostrar-se ineficiente na parte final de seu 
uso; entretanto, o 2º pode usar menos 
energia ou manutenção para funcionar. 
Descarte do 
produto após sua 
vida útil 
O produto supérfluo será difícil de descartar 
de forma ecológica? Poderia ser reciclado 
ou usado como fonte de energia? Poderia 
ser útil em condições de Terceiro Mundo? 
Poderia ser usado para beneficiar o 
ambiente? 
 
 
 
 
 16
2.1.6 OBJETIVOS DA ATIVIDADE DE PROJETO 
 
9 Pode ser vista como um processo de transformação da mesma 
forma que qualquer outra operação, podendo ser julgada em 
termos de qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e 
custo.Esses objetivos têm mais chances de serem satisfeitos se 
as atividades complementares do projeto do produto ou serviço 
e do projeto do processo forem coordenadas de alguma forma; 
 
9 A atividade de projeto precisa levar em conta questões 
ambientais, que incluem examinar a fonte e a sustentabilidade 
dos materiais, as fontes e quantidades de energia consumidas, a 
quantidade e o tipo de lixo produzido, a vida do produto em si e 
o estado final de vida do produto. 
 
2.1.7 PROGRAMA, SUBPROJETO E SISTEMA 
 
9 Programa, subprojeto e sistema, refletem a hierarquia no 
tamanho dos projetos que variam devido às diferenças no 
volume de recursos aplicados, criando problemas práticos de 
administração; 
 
9 Programa – é um grupo, família ou conjunto de projetos 
administrados de forma coordenada; os projetos de um 
programa podem andar em paralelo ou em seqüência; há 
programas que abrangem, além de projetos, atividades 
funcionais (ex.: programa de exploração ou pesquisa); 
 
9 A palavra programa também é usada como sinônimo de projeto; 
especialmente, projeto de grande porte, embora o mais usual 
seja considerar o projeto como uma divisão do programa; às 
vezes, designa-se como programa uma atividade funcional 
(como no caso de programa de pós-graduação), ou uma 
seqüência finita de atividades. 
 
9 Subprojeto – um subprojeto é uma parte de um projeto de 
grande porte (ex.: uma fase de um projeto, como o estudo da 
viabilidade de um novo empreendimento); 
 
9 Sistema – a palavra sistema é usada com freqüência na 
administração de projetos; às vezes é usada como sinônimo de 
subprojeto, para designar uma parte física de um 
empreendimento maior; também é empregada para indicar um 
conjunto relativamente complexo de atividades ou subprojetos. 
 
 
 
 17
2.2 Sistema de Gestão de Projetos 
 
 
2.2.1 GESTÃO DE PROJETOS (GUIDE TO THE PROJECT 
MANAGEMENT BODY OF KNOWLEDGE – PMBOK) 
 
• Integração (Project Integration Management) – trata de 
como elaborar, executar e corrigir um plano de projeto; 
 
• Escopo (Project Scope Management) – trata do 
planejamento, execução e modificação do produto do projeto; 
 
• Tempo (Project Time Management) – trata do planejamento, 
programação e controle das atividades que devem ser 
realizadas para que o produto possa ser fornecido; 
 
• Custos (Project Cost Management) – trata do planejamento 
dos recursos necessários para a execução das atividades e da 
elaboração e controle do orçamento do projeto; 
 
• Qualidade (Project Quality Management) – trata do 
planejamento, garantia e controle da qualidade do produto do 
projeto; 
 
• Recursos Humanos (Project Human Resourse 
Management) – trata do planejamento, organização e 
desenvolvimento da equipe do projeto; 
 
• Comunicações (Project Communications Management) – 
trata das informações necessárias para o gerenciamento do 
projeto e de sua documentação, desde o planejamento até o 
fechamento administrativo do projeto; 
 
• Riscos (Project Risk Management) – trata da identificação, 
análise, tratamento e controle dos riscos, ou seja, os eventos 
adversos que podem afetar negativamente o projeto; 
 
• Suprimentos (Project Procurement Management) – trata da 
aquisição de produtos e serviços de fornecedores, abrangendo 
o planejamento, execução, contratação e controle de compras. 
 18
 
 
2.2.2 ELEMENTOS DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE 
PROJETOS 
 
• Critérios para orientar a decisão de iniciar um projeto; 
 
• Critérios para definição de atividades como projeto; 
 
• Critérios para selecionar projetos entre várias propostas; 
 
• Fases do ciclo de vida do projeto; 
 
• Definição dos procedimentos para elaboração e 
encaminhamento de propostas e planos de projetos; 
 
• Instruções para organização de equipes; 
 
• Definição dos papéis e das responsabilidades dos participantes 
do processo; 
 
• Critérios para análise e aprovação; 
 
• Estrutura da organização; 
 
• Glossário. 
 
2.2.3 GRUPOS DE PROCESSOS DE ADMINISTRAR PROJETOS 
(PMBOK) 
 
• Processos de Início (initiating processes) – reconhecimento 
da necessidade e do compromisso de iniciar um projeto ou 
uma fase de um projeto; 
 
• Processos de Planejamento – definição de um esquema para 
atender à necessidade que motivou o início do projeto; 
 
• Processos de Execução – coordenação de pessoas e outros 
recursos para realizar o plano 
 
• Processos de Controle – monitoramento e avaliação do 
progresso e implementação de ações corretivas para garantir a 
realização dos objetivos; 
 
• Processos de Encerramento – aceitação formal do resultado 
do projeto ou fase do projeto e conclusão dos trabalhos. 
 19
2.2.4 CICLO DE VIDA DO PROJETO 
 
 
9 O ciclo de vida é a seqüência de fases que vão do começo ao fim 
de um projeto; 
 
9 O entendimento do ciclo de vida permite a visualização sistêmica 
do projeto, desde o seu início até a conclusão, facilitando o estudo 
e a aplicação das técnicas de administração de projetos. 
 
 
 
Identificação e 
Esclarecimento 
de 
N
Planejamento 
do Projeto 
2.2.5 FASES PRINCIPAIS DO CICLO DE VIDA DO PROJETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ecessidades 
Controle do 
Projeto 
Execução do 
Projeto 
Conclusão do 
Projeto 
 
 
Entrega: 
No final do projeto, o produto é 
apresentado ao cliente. 
 
 
Desenvolvimento: 
O produto é gradativamente elaborado. 
Desenho ou Projeto do Produto: 
O modelo mental transforma-se em um 
desenho detalhado d produto; 
Eventualmente é feito um protótipo ou 
maquete do produto. 
Descoberta da Idéia ou Visão do Produto:
Surge uma idéia de projeto da inspiração de 
um processo criativo; 
A idéia transforma-se em um modelo mental 
ou representação do produto. 
 20
 
2.3 Administração do Ciclo de Vida do Projeto: 
 
 
2.3.1 PLANEJAMENTO DO PROJETO 
 
 
9 Elaboração de um Plano – com as informações sobre o produto 
que se pretende alcançar e estimativas de prazo e do custo para 
chegar até ele; 
 
9 Planejamento dos Prazos e Custos – com base na previsão das 
atividades a serem realizadas e dos recursos a serem aplicados 
no projeto; 
 
9 Filtro (se o projeto nasceu da encomenda feita por um cliente) – 
análise e eventual aprovação do plano; 
 
9 Início do Projeto – os recursos previstos são adquiridos e 
disponibilizados para que as atividades possam ser realizadas;9 Final das Atividades do Projeto – o produto é entregue. 
 
 
2.3.2 SOBREPOSIÇÃO DE PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO 
 
 
9 O planejamento de um projeto não é um processo totalmente 
distinto de sua execução, nem confinado a um momento 
específico do projeto, é contínuo e anda em paralelo com o 
processo de execução; 
 
9 Antes que termine uma fase do ciclo, a próxima fase pode ser 
iniciada, este processo é chamado de fast-tracking 
(aproximadamente acelerado) e sua eficácia, depende da 
qualidade do planejamento; 
 
9 O detalhamento progressivo dos planos, à medida que novas 
fases se aproximam, chama-se rolling wave planning 
(aproximadamente, planejamento em ciclos). 
 21
2.3.3 ROTEIRO PRÁTICO, MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS, EXECUÇÃO 
E ENCERRAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO DO PROJETO 
 
 
9 Roteiro Prático – administrar um projeto significa planejar, 
organizar, executar e controlar as seguintes fases do seu ciclo: 
 
• Preparar o Projeto – conceber o produto e fazer a 
estimativa do tempo e dos recursos necessários, fazendo 
um plano básico com as definições preliminares de 
escopo, prazo e custo; 
 
• Mobilizar os Recursos – detalhando o plano básico e 
adquirindo os recursos necessários para realizar as 
atividades; 
 
• Realizar as Atividades – executando o plano e 
controlando o projeto do ponto de vista do desempenho 
técnico, das atividades e do custo; 
 
• Encerrar o Projeto – apresentando o produto, fazendo 
balanços, desmobilizando os recursos e preparando-se 
para um novo ciclo de vida. 
 
9 Mobilização dos Recursos: 
 
• Detalhamento dos planos básicos; 
 
• Identificação, recrutamento, organização e orientação 
das pessoas que trabalharão no projeto ou ampliação da 
equipe que ajudou a preparar os planos iniciais; 
 
• Providenciar para que os recursos materiais estejam 
disponíveis no momento necessário; 
 
• Assegurar a colaboração de todos os fornecedores de 
serviços ou recursos previstos para o projeto; 
 
• Tomar todas as providências necessárias para que o 
projeto comece com segurança no momento planejado. 
 
 
 
 
 
 22
9 Realização das Atividades: 
 
• A execução do projeto consiste em realizar as atividades 
e aplicar os recursos previstos no plano, incluindo o 
processo de controle que é uma estratégia para 
administrar as variações em relação aos planos e garantir 
a realização dos objetivos, possibilitando a própria 
mudança dos planos no escopo, prazo e custos para a 
conclusão do produto. 
 
9 Encerramento do Projeto: 
 
• Este momento depende da natureza do projeto, de como foi 
definido deu ciclo de vida no processo de planejamento, 
onde alguns terminam com a entrega do produto ou serviço, 
outros incluem uma fase de testes do produto e podem 
incluir um período de manutenção; 
 
• Compreende uma série de atividades de natureza 
administrativa, como a desmobilização e realocação da 
equipe e dos demais recursos, a homologação do produto 
em organismos de regulamentação e o fechamento e a 
apresentação das contas, entre outras. 
 23
 
 
2.4 Projeto de Produtos/Serviços e Processo 
 
 
2.4.1 IMPACTO DO PROJETO DE PRODUTO/SERVIÇO 
E PROCESSO NOS OBJETIVOS DE DESEMPENHO 
 
 
Objetivos de 
Desempenho 
Influência de um bom projeto 
de produto/serviço 
Influência de um bom 
projeto de processo 
 
 
Qualidade 
 
Pode eliminar tanto falhas 
potenciais como aspectos 
“propensos a erros” do produto 
ou serviço 
Pode prover os recursos 
adequados para produzir o 
produto ou serviço conforme 
suas especificações de 
projeto 
 
 
Rapidez 
Pode especificar produtos que 
podem ser feitos rapidamente 
(ex: usando princípios de 
projeto modular) ou serviços 
que evitam demoras 
desnecessárias 
Pode movimentar materiais, 
informações ou clientes por 
meio de cada estágio do 
processo sem demoras 
 
Confiabilidade 
Pode ajudar a tornar previsível 
cada estágio do processo ao 
exigir processos padronizados e 
previsíveis 
Pode fornecer tecnologia e 
pessoal que são 
intrinsecamente confiáveis 
 
 
Flexibilidade 
 
Pode permitir variações que 
proporcionam uma gama de 
produtos ou serviços oferecidos 
aos clientes 
Pode prover recursos que 
podem ser modificados 
rapidamente de forma a criar 
uma gama de produtos ou 
serviços 
 
Custo 
Pode reduzir custos de cada 
peça componente do produto ou 
serviço e também reduzir o 
custo de combiná-los 
Pode assegurar alta 
utilização de recursos e, 
portanto, processos 
eficientes de baixo custo 
 
 24
2.4.2 PROJETOS DE PRODUTOS/SERVIÇOS E PROCESSOS 
SÃO INTER-RELACIONADOS E DEVEM SER TRATADOS 
SIMULTANEAMENTE 
 
 
 
Os produtos e serviços devem 
ser projetados de forma que 
possam ser produzidos 
eficazmente 
Os processos devem ser 
projetados de forma que possam 
produzir todos os produtos e 
serviços que venham a ser 
lançados pela operação 
Decisões tomadas durante o 
projeto do produto ou serviço 
terão um impacto sobre o 
processo que os produz 
e vice-versa 
Projeto 
de 
Produto 
ou 
Serviço 
Projeto 
do 
Processo 
que 
produz 
o produto
2.4.3 PROJETO COMO UM PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO 
Recursos a 
serem 
transformados 
 
Informação técnica 
Informação de 
marketing 
Informação de tempo
Recursos 
transformados 
 
Equipamento de teste
e projeto 
Pessoal de projeto 
e técnico 
Entrada Saída
Atividade
de 
Projeto 
Projetos acabados 
(que são ou possuem): 
 
Alta Qualidade: 
livres de erros que 
atendem suas finalidades 
de forma eficaz e criativa; 
Produzidos com Rapidez: 
que evoluem do conceito à 
especificação detalhada num 
curto prazo de tempo; 
Entregues com Confiabilidade:
que são entregues 
conforme prometido; 
Produzidos com Flexibilidade:
que incorporam as últimas idéias
que surgiram durante o processo;
Baixo Custo: 
produzidos sem o 
consumo excessivo de recursos.
 
 
 25
9 O Funil do Projeto: redução progressiva do número de 
alternativas até que o projeto final seja obtido. 
 
 
 Grande número de 
 opções de projeto 
Filtros de avaliação 
e escolha 
 
 
 
 Tempo 
 
 
 
 Um 
 projeto 
Incerteza 
em 
relação ao
projeto 
final 
 
Certeza 
em 
relação 
ao 
projeto
final 
Tempo 
Um 
projeto
 
 
 
2.4.4 A ATIVIDADE DE PROJETO EVOLUI DA CONCEPÇÃO 
Á ESPECIFICAÇÃO 
 
 
9 O Custo de mudar-se a concepção de alguém 
a respeito de algum detalhe do projeto: 
 
• Na maior parte das etapas de projeto, o custo de mudar uma 
decisão implica a necessidade de algum modo de repensar e 
recalcular os custos da conseqüência da mudança; 
 
• Ainda no início da atividade de projeto, antes que demasiadas 
decisões fundamentais tenham sido tomadas, os custos de 
mudança são relativamente baixos; 
 
• Rapidamente, entretanto, à medida que o projeto progride, as 
decisões inter-relacionadas e cumulativas que são tomadas 
tornam-se cada vez mais dispendiosas para serem mudadas. 
 26
 
 
2.4.5 EFEITO VOLUME-VARIEDADE NO PROJETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Baix
Sistema Específico ContínuoGeral-mente 
centralizado 
Alta Projeto de 
Processo 
Baixo Alto 
 
Tarefa Propósito 
Geral 
Intermi-
tente 
Pode ser 
descentra-
lizado 
Baixa Projeto de 
Produto ou 
Serviço 
Alto o 
Habilidade de 
Funcionários 
Tecnologia 
de Processo 
Fluxo Localização Padroni-
zação de 
Produto 
ou 
Serviço 
Ênfase de 
Projeto na 
Operação 
Variedade Volume 
O impacto em diferentes aspectos das atividades de projeto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27
III ASPECTOS FUNDAMENTAIS DO PROJETO DE PRODUTO3.1 A Criatividade e sua Importância para o Projeto de Produto 
 
 
9 Questões que são influenciadas pela criatividade de 
designers envolvidos na atividade de projeto: 
 
• A qualidade final das soluções únicas de projeto que emergem 
no final do funil do projeto vai depender de como o processo de 
redução das opções é gerenciado; 
 
• Depende também do conjunto inicial de opções. 
 
• A falta de criatividade (inovação) é vista como um sério risco, 
entretanto, a criatividade pode ser muito cara e envolve: 
 
ƒ Explorar possibilidades muitas vezes improváveis e muitas 
vão morrer quando provarem ser inadequadas. 
 
 
• Questões que são influenciadas pela criatividade de 
designers envolvidos na atividade de projeto: 
 
ƒ A qualidade final das soluções únicas de projeto que 
emergem no final do funil do projeto vai depender de como o 
processo de redução das opções é gerenciado; 
 
ƒ Depende também do conjunto inicial de opções. 
 
• A falta de criatividade (inovação) é vista como um sério 
risco, entretanto, a criatividade pode ser muito cara e 
envolve: 
 
ƒ Explorar possibilidades muitas vezes improváveis e muitas 
vão morrer quando provarem ser inadequadas. 
 
 28
 
3.2 A Ergonomia Aplicada ao Projeto de Produto 
 
 
9 Características Desejáveis do Produto: 
 
• Qualidade Técnica – deve-se considerar a eficiência com que 
o produto executa a função (mecânica, elétrica, eletrônica ou 
química), o rendimento da convenção de energia, a ausência 
de ruídos e vibrações, a facilidade de limpeza e manutenção, 
etc. 
 
• Qualidade Ergonômica – é a que garante uma boa interação 
do produto com o usuário; incluindo a facilidade de manuseio, 
adaptação antropométrica, fornecimento claro de informações, 
facilidades de “navegação”, compatibilidades de movimentos e 
demais itens de conforto e segurança. 
 
• Qualidade Estética – é a que proporciona prazer ao 
consumidor; envolvendo a combinação de formas, cores 
materiais, texturas, acabamentos e movimentos, para que os 
produtos sejam considerados atraentes e desejáveis, aos olhos 
do consumidor. 
 
 
9 Equilíbrio entre as Qualidades: 
 
• Deve haver uma grande interação entre as três qualidades do 
produto e, sempre que possível, devem ser solucionadas de 
forma integrada, desde a fase de concepção do produto ou 
sistema. 
 
• Quando o projeto básico desse produto ou sistema já estiver 
definido, fica mais difícil de “injetar” as soluções ergonômicas e 
estéticas a posteriori. 
 
 29
 
9 Bens de Capital e Bens de Consumo: 
 
 
• Bens de Capital: são usados por organizações em alguma 
atividade produtiva, operadas por trabalhadores especialmente 
treinados e têm, em volta deles várias pessoas que apóiam seu 
funcionamento, usados de forma diferente daquela que foi 
programada pela empresa e prevista por seus fabricantes. A 
qualidade técnica é dominante em seu projeto e a sua 
renovação é ditada principalmente pelos avanços tecnológicos. 
 
• Bens de Consumo: são usados por indivíduos, geralmente no 
âmbito doméstico, seu uso e manutenção não é tão regular 
quanto aos bens de capital, muitas vezes usados de forma 
errada, por pessoas que não foram treinadas para a sua 
operação e manutenção (crianças, pessoas idosas, portadores 
de deficiências); estão sujeitos a um uso mais irregular, menos 
sistemático e não-previstos pelo fabricante. 
 
 
 
 
 30
 
9 Princípios do Projeto Universal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31
9 Princípios da Usabilidade: 
 
 
 32
 
9 Características Físicas: 
 
• A usabilidade pode ser melhorada com a alteração de algumas 
características físicas do produto, como dimensões, pesos, 
formas, resistências e outras; com o objetivo de adaptá-lo às 
características do usuário ou do grupo de usuários (em relação 
à média da população; ou, à um dos extremos inferior ou 
superior; bem como, às faixas ou ao usuário final), inclusive 
com mecanismos de regulagem. 
 
9 Características Cognitivas: 
 
• Referem-se aos conhecimentos do usuário sobre o modo de 
usar o produto, baseando-se em suas experiências anteriores. 
 
9 Participação da Ergonomia nas Diversas Etapas do 
Desenvolvimento de Produto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33
3.3 O Conhecimento do Cliente no Processo de 
Desenvolvimento de Produto 
 
 
9 As grandes corporações têm departamentos de pesquisa e 
desenvolvimentos formais que: 
 
• Pegam aquilo que pode ser aprendido da pesquisa básica 
(conhecimento científico geral sem nenhum uso comercial); 
 
• Envolvem-se em pesquisa aplicada (conhecimento específico 
que pode ter usos comerciais); 
 
• Trabalham rumo a projeto e desenvolvimento de novos 
produtos e serviços e processos de produção. 
 
 
3.4 Estrutura do Produto 
 
 
9 Uma vez definido o produto ou a alteração, este deve ser 
documentado. As formas mais usuais de documentação são 
 
• Explosão: faz-se um desenho do produto explodido. 
 
 
 
 
 34
• Diagrama de Montagem: define-se a seqüência de montagem 
do produto. 
 
 
• Estrutura Analítica: define-se a composição do produto em 
seus níveis hierárquicos. 
 
 
• Lista de Materiais (BOM – Bill of Material): listam-se todos os 
materiais que compõem o produto. 
 
	CAP_1_PROJETO_DE_PRODUTO.pdf
	CAP_2_PROJETO_DE_PRODUTO.pdf
	 Integração (Project Integration Management) – trata de como elaborar, executar e corrigir um plano de projeto; 
	 Escopo (Project Scope Management) – trata do planejamento, execução e modificação do produto do projeto; 
	 Tempo (Project Time Management) – trata do planejamento, programação e controle das atividades que devem ser realizadas para que o produto possa ser fornecido; 
	 Custos (Project Cost Management) – trata do planejamento dos recursos necessários para a execução das atividades e da elaboração e controle do orçamento do projeto; 
	 Qualidade (Project Quality Management) – trata do planejamento, garantia e controle da qualidade do produto do projeto; 
	 Recursos Humanos (Project Human Resourse Management) – trata do planejamento, organização e desenvolvimento da equipe do projeto; 
	 Comunicações (Project Communications Management) – trata das informações necessárias para o gerenciamento do projeto e de sua documentação, desde o planejamento até o fechamento administrativo do projeto; 
	 Riscos (Project Risk Management) – trata da identificação, análise, tratamento e controle dos riscos, ou seja, os eventos adversos que podem afetar negativamente o projeto; 
	 Suprimentos (Project Procurement Management) – trata da aquisição de produtos e serviços de fornecedores, abrangendo o planejamento, execução, contratação e controle de compras. 
	2.2.2 ELEMENTOS DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE PROJETOS 
	 Critérios para orientar a decisão de iniciar um projeto; 
	 Critérios para definição de atividades como projeto; 
	 Critérios para selecionar projetos entre várias propostas; 
	 Fases do ciclo de vida do projeto; 
	 Definição dos procedimentos para elaboração e encaminhamento de propostas e planos de projetos; 
	 Instruções para organização de equipes; 
	 Definição dos papéis e das responsabilidades dos participantes do processo; 
	 Critérios para análise e aprovação; 
	 Estrutura da organização; 
	 Glossário. 
	CAP_3_PROJETO_DE_PRODUTO.pdf

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