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Universidade Federal da Bahia Instituto de Física FIS123 – Física Geral e Experimental III-E EXPERIÊNCIA 10 BALANÇA DE CORRENTE Luciano Pereira Marcel Lobão Salvador Novembro de 2015 Objetivo Estudo da interação entre campos de indução magnética produzidos por imã permanente e correntes elétricas e a atuação da força de Lorentz sobre cargas em movimento. Lista de Materiais ● Balança de equilíbrio com vernier; ● Imã permanente em formato de “U”; ● Fonte de corrente contínua; ● Peso; ● Fitas condutoras flexíveis; ● Placas de circuito (12,5 mm, 25 mm, 50 mm e 50 mm com duas voltas). Metodologia e Discussão dos Resultados O experimento se constituiu em apoiar as placas de circuito, representados na figura 1, pendurados no peso, com a parte horizontal entre as barras do imã em “U” sem deixar o circuito tocar no imã, como representado na figura 2. Figura 1: Placas de circuito de 25mm, 50 mm e 50 mm com duas voltas. Figura 2: Arrumação da placa de circuito com o imã em “U”. A partir dessa configuração, a balança foi equilibrada a partir de um nível e da sua tara. Foi verificado que, com um aumento da corrente, surge uma força magnética puxando circuito para baixo, ao inverter o imã ou a corrente, nota-se uma mudança no sentido da força. Esse resultado está de acordo com a teoria. Esta afirma que a força num fio imerso num campo magnético que apresenta uma corrente elétrica é dada pela equação ���⃗ = � ∫ ������⃗ � ���⃗ � � , que, para um fio retilíneo num campo uniforme, é simplificada em � = �.�.�. Assim, uma mudança no sinal de � (corrente) ou � (campo magnético) acarreta numa mudança de sinal da força. Numa segunda parte do experimento, foram feitas medições com cada placa de circuito, verificando a massa correspondente medida na balança em função a corrente no circuito. Com a massa correspondente, podemos calcular a força total aplicada no circuito (massa correspondente medida multiplicada pela aceleração da gravidade). Subtraindo esse valor da massa inicial (valor medido sem a influência de uma corrente) obtemos o valor da força magnética aplicada ao circuito. As tabelas de 1 a 4 apresentam os dados das medidas para o circuito com condutor de 12,5 mm, 25 mm, 50 mm e 50 mm com duas voltas respectivamente. Os gráficos correspondentes estão nos anexos 1 e 2. � (A) � (g) �� = �� − � (mN) 0 73.95 0.0000 0.25 73.96 0.0987 0.5 74 0.4935 0.75 74.03 0.7896 1 74.06 1.0857 1.25 74.07 1.1844 1.5 74.1 1.4804 1.75 74.12 1.6778 2 74.13 1.7765 2.25 74.16 2.0726 2.5 74.18 2.2700 Tabela 1: Determinação da força resultante utilizando o condutor de 12,5 mm. � (A) � (g) �� = �� − � (mN) 0 74.31 0.0000 0.25 74.36 0.0005 0.5 74.43 0.0012 0.75 74.47 0.0016 1 74.53 0.0022 1.25 74.58 0.0027 1.5 74.62 0.0031 1.75 74.67 0.0036 2 74.72 0.0040 2.25 74.77 0.0045 2.5 74.8 0.0048 Tabela 2: Determinação da força resultante utilizando o condutor de 25 mm. � (A) � (g) �� = �� − � (mN) 0 73.27 0.0000 0.25 73.37 0.0010 0.5 73.5 0.0023 0.75 73.56 0.0029 1 73.67 0.0039 1.25 73.75 0.0047 1.5 73.83 0.0055 1.75 73.94 0.0066 2 74.02 0.0074 2.25 74.11 0.0083 2.5 74.2 0.0092 Tabela 3: Determinação da força resultante utilizando o condutor de 50 mm. � (A) � (g) �� = �� − � (mN) 0 81.25 0.0000 0.25 81.45 0.0020 0.5 81.65 0.0039 0.75 81.84 0.0058 1 82.02 0.0076 1.25 82.2 0.0094 1.5 82.4 0.0114 1.75 82.56 0.0129 2 82.64 0.0137 2.25 82.93 0.0166 2.5 83.1 0.0183 Tabela 4: Determinação da força resultante utilizando o condutor de 2x50 mm. De acordo com a teoria, a força magnética num fio condutor retilíneo imerso perpendicularmente em um campo magnético uniforme é dada pela equação � = �.�.�. Dessa forma, para um mesmo campo magnético e para um comprimento de fio (L) constante, teremos uma relação linear entre a força e a corrente, o que se mostrou verdadeiro nos gráficos apresentados nos anexos 1 e 2. As equações apresentadas nos gráficos foram obtidas através do método dos mínimos quadrados. As curvas obtidas para os circuitos de 12,5 mm, 25 mm, 50 mm e 50 mm com duas voltas, respectivamente, foram � = �,����.� + �,�����, � = �,���.� + �,����, � = �,����.� + �,���� e � = �,����.� + �,����. Sendo essas equações correspondentes a equação apresentada acima, o coeficiente angular corresponde ao campo magnético multiplicado pelo comprimento do fio. A partir disso obtivemos um valor de campo magnético igual a � = 0,0740 ± 0,0035 mT. A partir das medidas da força magnética com a maior corrente disponibilizada pelo gerador (2,5 A), obtivemos um gráfico da força variando com o comprimento do fio (gráfico 1). A partir do coeficiente angular (produto do campo magnético com a corrente), foi calculado o campo magnético do imã como sendo 0,080 mT. Esse valor tem uma discrepância de 7,5% com o outro calculado, o que indica que ainda é uma boa aproximação do campo magnético do imã em “U”. Gráfico 1: Força magnética variando com o comprimento do fio. O gráfico apresentado, assim como os dos anexos 1 e 2, está de acordo com a teoria, com justificativa similar. Conclusão Com o experimento foi possível calcular o campo magnético do imã utilizado e validar a teoria com os resultados experimentais. Notou-se durante a execução do experimento que a aproximação de campo magnético uniforme é de grande precisão, havendo poucas, ou até desprezíveis não uniformidades no campo. Anexo I Gráfico da força magnética (FB) x corrente (i) para os circuitos de 12,5 mm, 25 mm, e 50 mm. Anexo II Gráfico força magnética (FB) x corrente (i) para o circuito de 50 mm com duas voltas. y = 0,0009x + 3E-05 y = 0,002x + 0,0001 y = 0,0036x + 0,0002 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 FB ( m N ) i (A) FB X i 12.5 mm 25 mm 50 mm Linear (12.5 mm) Linear (25 mm) Linear (50 mm) y = 0,0072x + 0,0003 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 00.000 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 FB ( m N ) i (A) FB X i 2*50 mm Linear (2*50 mm)
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