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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Unidade Acadêmica de Física Unidade Acadêmica de Engenharia Química Física Experimental II Allan S. Araújo, Guilherme de C. Lira, Thayane S. de Siqueira, Roseana Thays H. Camelo TURMA: 03 RELATÓRIO 11: CAMPO MAGNÉTICO DE UM E DOIS FIOS PARALELOS E LONGOS Campina Grande Maio de 2021 1. INTRODUÇÃO Os fios paralelos que conduzem corrente elétrica podem sofrer atração ou repulsão magnética. Isso dependerá dos sentidos da força e da corrente. Ampère fez estudos relacionados à força magnética produzida entre dois fios que conduzem energia elétrica. Em seus estudos, ele conseguiu determinar a intensidade do campo magnético produzido por essa corrente elétrica. Como podemos verificar na figura abaixo, a força magnética entre dois fios paralelos e separados por uma distância d pode ser determinada da seguinte maneira Inicialmente, devemos fazer os cálculos da intensidade do campo magnético B1 na posição do fio 2. Dessa forma, o campo produzido pela corrente i1 vale: Em seguida, podemos efetuar os cálculos do módulo da força magnética que atua sobre o fio 2 por meio da seguinte equação: F1 = B1.i2.L. Nessa equação, L é o comprimento do fio. Dessa forma, podemos ver que a força magnética que atua no fio 2 é dada pela seguinte relação: No vácuo, temos que µ = 4π.10-7 T.m/A. De tal modo, podemos dizer que o mesmo efeito ocorre para o campo magnético gerado pelo fio 2. Assim, o campo magnético criado pela corrente i2, na posição do fio 1, também produz uma força sobre a corrente i1. Essa força tem a mesma intensidade que a força F2, mas tem sentido contrário. Essas duas forças formam um par de ação e reação. https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/campo-magnetico.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/corrente-eletrica.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/fontes-campo-magnetico.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/campo-magnetico.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/campo-magnetico.htm 2. OBJETIVO Verificar a Lei de Ampére em relação ao campo magnético produzido por um fio longo e ao campo obtido pela superposição dos campos produzidos por dois fios longos e paralelos. Apresentar também a aplicação do princípio da indução (Lei de Faraday) na medição de campos magnéticos. 3. MATERIAL UTILIZADO - Um Fio Longo e Reto. - Dois fios paralelos longos e retos. - Fonte da tensão alternada - Amperímetro. - Multímetro. - Reostato. - Bobina de detecção (bobina de prova) 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Montagem com um fio longo: Montou-se o circuito conforme a Figura apresentada na apostila, mantendo cuidado para que o cabo de retorno esteja afastado da bobina. Então, ligou-se a fonte e estabeleceu uma corrente de 2,0 A no circuito, manipulando a fonte pelo o reostato. A bobina deve estar paralela ao fio e anotaram-se os parâmetros da bobina e o número de espiras. Foram feitas, então, as medidas da tensão induzida na bobina (ERMS) em função da distância r até o fio, variando em intervalos de 1,0 cm. Os resultados obtidos foram anotados na Tabela - I. Em seguida, fixou-se a bobina a uma distância de 2,5 cm do fio e mediu-se a tensão induzida ERMS em função da corrente IRMS no circuito. A corrente foi variada de 0,2 em 0,2 A. Os resultados obtidos foram anotados na tabela II. Montagem com dois fios paralelos e longos: De acordo com a Figura apresentada na Apostila montou-se o circuito com uma distância fixa de 20 cm entre os fios. Ligou-se a fonte e estabeleceu uma corrente de 2,0A no circuito, manipulando a fonte no reostato. Mediu-se então a tensão induzida ERMS em função da distância r até o fio 1, na região externa (região I), variando r de 1 em 1 cm. Os resultados obtidos foram anotados na tabela III. Em seguida o mesmo procedimento foi feito para a região entre os dois fios (região II). Os resultados obtidos foram anotados na tabela IV. 5. RESULTADOS Dados: ● N= 1100 esp; ● a = 35,5 cm = 0,355 m; ● b = 0,84 cm = 0,0084 m ; Um fio longo: Com a IRMS e r variável – (IRMS = 2,0A) alternada: r(cm) 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 10,5 11,5 12,5 13,5 14,5 ERMS(mV) 15,2 10,8 8,6 6,9 5,8 4,9 4,1 3,4 3,0 2,6 2,3 2,0 1,7 Tabela – I Com r fixo e IRMS variável – (R = 2,5 cm): IRMS(A) 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 ERMS(mV) 2,6 4,1 5,8 7,3 9,1 10,2 19,9 13,4 15,3 Tabela – II Dois fios paralelos e longos: Com IRMS fixa e r variável em relação ao fio I. (IRMS = 2,0A) alternada: r(cm) 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 10,5 11,5 12,5 13,5 14,5 15,5 16,5 17,5 ERMS(mV) 16,1 11,1 8,7 7,2 5,8 5,0 4,2 3,8 3,5 3,5 2,8 2,8 2,4 2,2 2,1 2,0 Tabela – III: Região I Com IRMS fixa e r variável em relação ao fio I. (IRMS = 2,0A) alternada: r(cm) 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 10,5 11,5 12,5 13,5 14,5 15,5 16,5 17,5 ERMS(mV) 17,8 14,2 12,1 10,4 9,4 8,7 8,3 8,0 8,0 8,0 8,4 8,7 9,5 10,5 12,1 14,5 Tabela – IV: Região II Com os dados obtidos no experimento foram construídos quatro gráficos em papel milimetrado, Para as tabelas I, III e IV gráficos da forma ERMS x (-r) e para o tabela II gráfico da forma ERMS x IRMS. Após a construção determinou o NSEXP em cada gráfico e comparou com o valor teórico obtido. NSteo = 𝑁 * 𝑎 * 𝑏 = 1100 * 0, 355 * 0, 0084 = 3, 2802𝑚 2 Em relação ao gráfico 1 relacionado com a tabela - I, temos que: 𝐸 𝑅𝑀𝑆 = 𝐶 1𝑟 Onde C é o coeficiente de inclinação, dado por: e (f é a frequência𝐶 = 𝑁*𝑆*𝑤*µ*𝐼2π 𝑤 = 2π𝑓 da rede = 60Hz), assim o valor NSEXP é dado por: 𝑁𝑆 = 4, 1181 E o desvio percentual de NS: δ% = 0, 25% Em relação ao gráfico 2, podemos escrever que , onde D é o coeficiente de𝐸 𝑅𝑀𝑆 = 𝐷 * 𝐼 𝑅𝑀𝑆 inclinação assim o NSexp é dado por:𝐷 = 𝑁*𝑆*𝑤*µ*𝐼 2π𝑟 , 𝑁𝑆 = 2π𝐷𝑟𝑊*µ = 3, 7468 E o desvio percentual de NS: δ% = 9, 79% O valor da tensão induzida na bobina ERMS a 4,0 cm do fio para IRMS = 2,0A é dado por: 𝐸 𝑅𝑀𝑆 = 15, 7 𝑚𝑉 E o desvio percentual de ERMS comparado com o teórico em x = 4,0 cm: δ% = 1, 29% A expressão para a f.e.m., entre os fios para correntes contrárias é dada por: 𝐸 𝑅𝑀𝑆 = 12, 5 𝑚𝑉 Através do gráfico, o menor valor para a tensão induzida é: 10,5 mV O desvio percentual de ERMS comparado com o valor do gráfico é de: δ% = 19, 0% 6. CONCLUSÃO Foi possível observar o comportamento da f.e.m ou tensão induzida e do campo magnético em relação a um fio longo ou dois fios longos e paralelos, por meio da construção dos gráficos da variação dessa tensão em relação à variação de outras grandezas. Para o experimento de um fio os erros foram pequenos em relação ao do experimento de dois fios paralelos, esses desvios podem ser explicados por má leitura dos equipamentos, calibragem do multímetro, interferências externas e erros nos cálculos, além de erros na obtenção do produto NS. Os gráficos 1 e 2 formaram uma reta crescente, já o gráfico 3 uma curva. Lembrando que a tensão induzida em função ao inverso da distância que forma uma reta, ela em relação a distância forma uma curva. Para o experimento com dois fios longos, em que foram usadas correntes opostas passando nos dois fios, se as correntes estivessem no mesmo sentido, na região entre os fios o campo magnético resultante seria zero, pois, pela regra da mão direita e conhecendo a as características dos fios e das correntes de mesmo módulo, os campos teriam módulos iguais e sentidos opostos, logo vetorialmente se cancelariam. 7. REFERÊNCIAS - Apostila ofertada pelo professor; - Laboratório de Óptica Eletricidade e Magnetismo física experimental II / Pedro Luiz do Nascimento … [et al.]. - Campina Grande: Maxgraf Editora, 2019. ANEXOS ANEXO A - Preparação experimental 1. Uma corrente alternada é uma corrente I(t) = Io.sen (ωt), onde ω = 2f (f = “frequência”). a) Esboce o gráfico da função I(t). Plotagem da função para I0 = 1, e f = 0.5 e) Calcule o valor médio quadrático dessa função no intervalo (0,T/2). (T = período; T = 1/f). f) Se colocarmos agora no circuito um amperímetro de corrente contínua que valor serálido. Observação: O valor médio quadrático dessa função no intervalo (a,b) é: 2. Use a lei de Ampère e calcule o Campo Magnético de um Fio Longo e Reto, situado à distância r do fio, estando sobre a influência de uma corrente I. B = [(μo*I) / (2r)] 3. Usando a Lei de Faraday ε = - dØ/dt e a expressão para o fluxo dØ = B.dS, obtenha a expressão para a f.e.m., induzida em uma bobina de N voltas de área s a uma distância r do fio. Use a corrente alternada da questão 1. Fluxo magnético na superfície da bobina é: Onde: ds = é o vetor elemento de área, sempre perpendicular à superfície, “saindo” da mesma. θ = é o ângulo formado por B e ds Para uma bobina de N voltas O produto NS é denominado “área efetiva” da bobina de detecção. Se o campo é variável com o tempo, há a indução de uma força eletromotriz nos terminais da bobina de detecção igual a: Substituindo, . ou onde Os multímetros e amperímetros para corrente e tensão alternadas indicam valores RMS, sendo assim, Daí, onde a) Como você espera que se comporte essa f.e.m., se você varia a distância da bobina ao fio? Faça um esboço desse gráfico. Varia com o inverso da distância. b) Tome um ponto fixo sobre uma linha de campo. Como se comporta B neste ponto com o tempo? A força de campo tende a aumentar ou diminuir conforme o deslocamento do ponto. c) Qual a frequência de B e da f.e.m, no item anterior? A frequência de B é a frequência da corrente. 4. Obtenha as expressões para o campo magnético devido a dois fios retilíneos paralelos e longos separados por uma distância d e percorridos por correntes iguais e opostos. E nas região I fora dos fios e na região II entre os fios. Campo devido a dois fios quando I1 = I2: Na região - ∞ < r < 0: Na região 0 < r < d: Na região d < r < ∞: Campo devido a dois fios quando I1 キ I2: 5. Obtenha a expressão para a f.e.m induzida da questão 4, usando a Lei de Indução Magnética. , logo:ϵ = − 𝑁𝑆 𝑑𝐵𝑑𝑡 Para a região I: ϵ 𝑅𝑀𝑆 = 𝑁𝑆 µ 0 .ω 2.π ( 1 𝑟 − 1 𝑟+𝑑 ) Para a região II: ϵ 𝑅𝑀𝑆 = 𝑁𝑆 µ 0 .ω 2.π ( 1 𝑟 + 1 𝑑−𝑟 ) Para a região III: ϵ 𝑅𝑀𝑆 = 𝑁𝑆 µ 0 .ω 2.π ( 1 𝑟−𝑑 − 1 𝑟 ) 6. Na questão entre dois fios paralelos e longos separados por uma distância d e percorridos por correntes iguais e opostas, o campo é dado por: B = ((μoI)/2).(1/r+1/(d-r)) a) Calcule dB/dr para obter o mínimo da função. b) Onde fica localizado este mínimo? No ponto crítico, a derivada no ponto equivale a 0. Logo: c) Esboce o gráfico do campo que você espera obter para a região entre os dois fios, em função da posição. Para μo = I = d = 2, o gráfico ficará da seguinte forma 10 – Justifique a possibilidade do cálculo da superposição de Campo Magnético. Em um sistema de dois fios paralelos e longos, o campo magnético de cada um deles atuará em um sentido determinado, o qual poderá variar de acordo com 3 regiões. Dessa forma o cálculo do campo resultante dependerá da região em que será realizado. ANEXO B - Gráficos Gráfico 1: Escala em r(cm): 𝑀 𝑟 = 18018−0 = 10 𝐿 𝑟 = 10𝑥 Passo: ∆𝑙 𝑥 = 10𝑚𝑚 Degrau: ∆𝑙 𝑥 = 10∆ 𝑥 ∆ 𝑥 = 1 𝑐𝑚 Escala em (mV):ε 𝑀 𝑒 = 17017−0 = 10 𝐿 𝑒 = 10𝑥 Passo: ∆𝑙 𝑦 = 10𝑚𝑚 Degrau: ∆𝑙 𝑦 = 10∆ 𝑦 ∆ 𝑦 = 1 Gráfico 2: Escala em r(cm): 𝑀 𝑟 = 18018−0 = 10 𝐿 𝑟 = 10𝑥 Passo: ∆𝑙 𝑥 = 10𝑚𝑚 Degrau: ∆𝑙 𝑥 = 10∆ 𝑥 ∆ 𝑥 = 1 𝑐𝑚 Escala em (mV):ε 𝑀 𝑒 = 18018−0 = 10 𝐿 𝑒 = 10𝑥 Passo: ∆𝑙 𝑦 = 10𝑚𝑚 Degrau: ∆𝑙 𝑦 = 10∆ 𝑦 ∆ 𝑦 = 1
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