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Revisão e Resumo - DIREITO DO TRABALHO II

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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
- Prescrição e Decadência: São institutos que tratam do efeito do tempo nas relações jurídicas. 
O decurso do tempo pode produzir a extinção ou a inexigibilidade de direitos, se aliados à inércia de seu titular. A fim de se promover a pacificação social, a SEGURANÇA E A CERTEZA NAS RELAÇÕES JURÍDICAS, o ordenamento jurídico muitas vezes limita no tempo tanto a exigibilidade dos direitos subjetivos (PRESCRIÇÃO) quanto o exercício dos direitos potestativos (DECADÊNCIA).
Definições:
a) PRESCRIÇÃO: é a perda da exigibilidade de um direito subjetivo em virtude da inércia do seu titular no prazo fixado em lei, art. 189 CC (direitos patrimoniais – ações condenatórias)
- obrigação prescrita não se extingue, apenas perde a força de ser exigível – transforma-se em obrigação natural (o direito prescrito não morre, o que morre é a sua exigibilidade).
b) DECADÊNCIA: perda do direito potestativo pela inércia do titular no período determinado em lei – a decadência, praticamente, mata o direito (direitos potestativos – ações constitutivas).
REGRAS:
- O art. 219, § 5º, do CPC, com redação dada pela Lei 11.280/2006, prevê que o Juiz pode/deve decretar a prescrição de ofício – cabimento no Direito do Trabalho. 
- alteração dos prazos (art. 192 CC) - Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
FATOS QUE AFETAM O PRAZO PRESCRICIONAL:
1) IMPEDIMENTO (não começa a correr) ou SUSPENSÃO (para e recomeça): 197 a 201 CCArt. 197. Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
I - pendendo condição suspensiva;
II - não estando vencido o prazo;
III - pendendo ação de evicção.
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.
- se prazo ainda não havia iniciado: impede o início
- se já havia iniciado: suspende (estanca, e depois recomeça da onde parou, pelo que lhe resta)
a) contra os incapazes de que trata o art. 3o (absolutamente incapazes) - CLT art. 440 – contra menor de 18 anos não corre prescrição = ao menor sucessor de empregado falecido – 198, I CC
b) contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios; e contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra;
2) INTERRUPÇÃO da prescrição:
- somente pode ocorrer uma vez – art. 202, caput, CC
- recomeça a correr (pelo seu todo) da data do ato que a interrompeu – art. 202, pu. CC
a) no processo do trabalho: não há cite-se - basta ajuizamento - pressupõe a realização da notificação citatória - questão da ação trabalhista arquivada: S. 268 (mesmos pedidos: “A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos”).
ATENÇÃO – ajuizou reclamação, seja no curso do contrato, seja depois de extinto, interrompe o prazo prescricional e devolve o prazo integral (BAUZINHO)
b) por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor – art. 202, VI, CC/02 (papel do Empregador ao empregado afirmando que deve determinada parcela, protesto judicial).
PRAZOS PRESCRICIONAIS TRABALHISTAS:
1. Trabalhador urbanos e rurais art. 7°, XXIX, CRFB - Início da contagem após a extinção do Contrato de Trabalho: após o Aviso Prévio – OJ 83/1: A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso prévio.
- PARCIAL - 5 anos durante o contrato (S. 308, I - contados para trás do ajuizamento da ação e não do término do CT – “I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da data da extinção do contrato. II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988”)
- TOTAL - 2 anos após a extinção do Contrato de Trabalho
2. FGTS – S. 362 (I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato; II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014) (parcela PRINCIPAL - 2 e 30 anos - 23, p.3°, lei 8.036/90 - o FGTS se refere a parcelas já pagas ao longo do contrato - Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 709212, com repercussão geral reconhecida - Ficou decidido ser necessária a mitigação do princípio da nulidade da lei inconstitucional, com a consequente modulação dos efeitos da referida decisão, atribuindo-lhe efeitos ex nunc, tendo em vista a necessidade de segurança jurídica, por se tratar de modificação e revisão da jurisprudência adotada por vários anos no STF (bem como no TST), desse modo, “para aqueles [casos] cujo termo inicial da prescrição ocorra após a data do presente julgamento (13.11.2014), aplica-se, desde logo, o prazo de cinco anos. Por outro lado, para os casos em que o prazo prescricional já esteja em curso, aplica-se o que ocorrer primeiro: 30 anos, contados do termo inicial, ou 5 anos, a partir desta decisão. Assim se, na presente data, já tenham transcorrido 27 anos do prazo prescricional, bastarão mais 3 anos para que se opere a prescrição, com base na jurisprudência desta Corte até então vigente. Por outro lado, se na data desta decisão tiverem decorrido 23 anos do prazo prescricional, ao caso se aplicará o novo prazo de 5 anos, a contar da data do presente julgamento (13.11.2014)” (STF, Pleno, ARE nº 709.212/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes) X S. 206 (obrigação ACESSÓRIA - 2 e 5 anos - prescrita a parcela, prescrito estará o seu decorrente depósito fundiário).
3. Ações declaratórias - anotações na CTPS (efeito anexo à declaração de vínculo) – imprescritíveis - art. 11, p.1º, CLT Art. 11 - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve:  I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato; Il - em dois anos, após a extinção do contrato de trabalho, para o trabalhador rural. § 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social.
4. Férias – art. 149 CLT – começa a correr do fim do período concessivo, sem que o Empregador fixe as férias do empregado = lesão “Art. 149 - A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho”
5. Mudança de regime – S. 382 – de celetista para estatutário – começa a correr do dia da mudança.
DECADÊNCIA - regras gerais = prescrição + decretação de ofício
1. Inquérito judicial - 853 CLT e S. 403 STF - para o empregado estável, 30 dias contados da data em que o Empregador suspendeu o empregado;
- S. 62 - para o empregado que abandona o emprego, 30 dias da data em que o empregado pretendeu retornar. 
2. Plano de Demissão Voluntária – prazo decadencialfixado pelo Empregador para o empregado aderir ao plano – empregado que não aderiu, perde o direito!
INDENIZAÇÃO E FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO (FGTS)
INDENIZAÇÃO:
- Regime antigo (compensatório pelo tempo de serviço)
- até 10 anos: estabilidade imprópria – indenização (arts. 477  40% + 478  depósitos do FGTS).
- mais de 10 anos: estabilidade própria (decenal)
- Natureza jurídica desta antiga indenização = compensatória pelo tempo de serviço destinado ao Empregador – espécie de recompensa proporcional ao tempo de serviço destinado ao Empregador;
FGTS – Lei 5.107/66 e Decreto 59820/66 
- facultativo – nasceu facultativo e ficou obrigatório após a CRFB/88 – no sistema antigo, se o empregado pedisse demissão, não recebia nada a título de tempo de serviço; com o regime do FGTS, mesmo se demitindo, os depósitos ficam no fundo para saque futuro (Ex. 3 anos fora do sistema FGTS)
- objetivo: viabilizar a dispensa dos empregados que não tinham estabilidade; criar reserva de numerário para o empregado (SFH, aposentadoria, doença terminal, etc)
OPÇÃO:
I – simples (Lei 5.107/66):
- prazo: 365 dias para os e que já estavam trabalhando e para os admitidos após a lei
- por escrito (anotada na CTPS e ficha de registro)
- fora do prazo: a qualquer tempo, desde que homologada pela Justiça do Trabalho
- o empregado que já tinha estabilidade decenal, com a opção pelo novo regime (FGTS), ficava com regime misto (estabilidade + FGTS)
- o empregado que não tinha estabilidade também ficava com regime misto (477/478 + FGTS) 
II – opção retroativa (surgiu com a Lei 5958/73):
- com a concordância do Empregador – OJ transitória 39/1: A concordância do empregador é indispensável para que o empregado possa optar retroativamente pelo sistema do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
- limite: vigência da Lei 5.107/66 (pois antes disso não tinha FGTS) ou admissão (pois antes disso o cara não era e) 
- rural: não, pois só teve FGTS com a CF/88 de forma obrigatória
Obs: retratação da opção: possibilidade em 365 dias após a opção; declaração homologada pela JT; não poderia ter movimentado a conta de FGTS;
FGTS obrigatório – art. 7º, III, CF/88; Lei 8036/90- acaba com o conceito de não optante.
- rural passa a integrar o sistema com a CF/88
- centralização das contas na CEF (fundão) – CEF é o banco gestor único do FGTS
BASE DE CÁLCULO – remuneração (inclui gorjetas) + ALÍQUOTA: 8%, recolhida todo mês pelo E
SAQUES: art. 20 da Lei 8036/90 (incisos de I a XVI - ler)
ESTABILIDADE
Garantia de emprego (GÊNERO – 40% FGTS -> + fraca) X estabilidade (garantia de emprego ESPECÍFICA, que retira do Empregador o direito potestativo de dispensar o empregado -> + forte)
Classificação de garantia de emprego:
Própria (estabilidade)
Imprópria (40% FGTS)
Legal (imposta pela lei –> 10, II, ADCT) 
Convencional (criada pelas partes no CT ou Reg. Empr.)
Absoluta (quanto a qualquer tipo de dispensa, salvo a j. causa – decenal)
Relativa (protege da dispensa arbitrária – pode ser demitido por motivos: disciplinar, técn., econ. ou finan. – cipeiro – art. 165)
Definitiva (vitalícia – decenal)
Provisória (por um lapso de tp – gestante)
Reintegração: reparação in natura da lesão causada ao empregado estável (retorno do empregado estável ao seu antigo posto de trabalho com o recebimento dos atrasados) 
X
Readmissão: retorno do empregado ao seu antigo posto de trabalho sem o recebimento dos salários do período de afastamento (Lei de anistia - demissão política - L.8.878/94 e OJ 56 - transitória da SDI 1) ATENÇÃO: 495 –> fala em readmissão, mas é reintegração.
Casos (Empregados que precisam de inquérito devido a demissão com justa causa por falta grave):
Estabilidade decenal – art. 492 CLT - absoluta e definitiva
- inquérito judicial – necessário para configuração – opi judicis – tem que enquadrar a falta do decenal em alguma alínea do 482 CLT de forma robusta e incontestável
- dispensa obstativa – art. 499, p.3º CLT e S. 26 TST (cancelada) – semelhante ao art. 129 CC/02 – não se observa mais esta hipótese em vista do FGTS obrigatório desde 5/10/1988.
- pedido de demissão – art. 500 CLT – homologação de pedido de demissão de e estável só com assistência do sindicato ou do Min. Do Trabalho (da substância do ato – se não é tida por inexistente)
Dirigente sindical – art. 543 CLT e art. 8°, VIII CRFB - absoluta e provisória
- 3 proteções: 
não pode ser impedido do exercício de suas funções 
não pode ser transferido para lugar que lhe dificulte o desempenho de suas atribuições sindicais
c) estabilidade: do registro da candidatura até 1 ano após término do mandato (3 anos – art 522)
- registro e comunicação – 543, p.5º – comunicação por escrito em 24 horas pelo sindicato (também eleição e posse no mesmo prazo - S. 369, I TST)
- no curso do aviso prévio – não gera estabilidade – S. 369, V TST (provocada)
- pedido de demissão – art. 500 CLT –> requisitos = decenal
- dispensa: falta grave com inquérito judicial – art. 543, § 3° CLT = decenal (S. 379 TST)
Membros representantes dos trabalhadores no CNPS e CCFGTS - absoluta e provisória
- art. 3°, § 7° da Lei 8213/91 (CNPS – processo judicial = inquérito do decenal) e art. 3°, § 9° da Lei 8036/90 (CCFGTS – processo sindical = inquérito do decenal)
- titulares e suplentes (indicados pelas Centrais Sindicais) – da nomeação até um ano após o término do mandato (de 2 anos com possibilidade de uma recondução)
- demissão – art. 500 CLT = decenal = dirigente sindical
Servidores públicos da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, da administração direta, autarquias e fundações de direito público, pelo regime celetista – absoluta e definitiva
- Só para adm direta e indireta de direito público – não para SEM e EP – 173, p1º, II CRFB
- 390, I (art. 41 CF – adm. direta, autárquica e fundacional de Direito Público) X S. 390, II (SEM e EP – exceção -> EBCT -> OJ 247, II/1)
Acidente do trabalho – 118, Lei 8213/91 – absoluta e provisória
- cabimento: acidente do trabalho + doença profissional – arts. 20 e 21 da Lei 8213
- prazo de estabilidade: 12 meses após a cessação de auxílio-doença acidentário (1 ano após a alta)
- gozo de auxílio-doença é necessário – S. 378, II TST
- não há necessidade de inquérito, mas tem que enquadrar em alguma hipótese do 482 CLT
- S. 378, III, O empregado com CT por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/1991.
CIPA- relativa (possibilidade de dispensa - motivos disciplinar, técnico, econômico ou financeiro – 165 CLT e provisória (a partir do registro da candidatura até 1 ano após o término do mandato)
- só representantes dos empregados – art. 165 e art. 10, II, ”a” ADCT (Ñ para o presidente, pois é indicado pelo empregador)
- Prazo: mandato de 1 ano, permitida uma reeleição - § 3°, art. 164 (ver §§ 4° e 5°)
- Suplentes tem estabilidade – Súmula 339, I TST e Sum 676 STFSúmula 244 TST
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
 II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.
 III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
Gestante - 10, II, “b” ADCT (para a empregada gestante - para a doméstica, só com a Lei 11.324/06) – relativa (possibilidade de dispensa por motivos disciplinar, técnico, econômico ou financeiro = cipeiro – art. 165 CLT) e provisória (prazo: confirmação da gravidez até cinco meses após o parto)
- Mãe adotante = tem lic-matern, mas não tem estabilidade (não há concepção– 392-A, CLT).
- S. 244, I TST – independe de comunicação – é objetivo – está grávida, é estável
- durante o aviso prévio – goza de estabilidade – Lei 12.812/13 incluiu o art. 391-A, CLT
- S. 244, II TST - Durante o período da estabilidade terá direito a reintegração; após, só é devida a indenização do período da estabilidade, correspondente aos salários e demais verbas.
- S. 244, III TST - A empregada submetida a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego.
1.8. Membros representantes dos empregados em comissão de conciliação prévia (CCP) no âmbito das empresas ou grupo de empresas - art. 625-B, § 1° da CLT – absoluta (só por falta grave capitulada no 482 CLT) e provisória (não para as CCP de sindicato – 625-C, CLT).
- Mínimo de 2 e máximo de 10 membros – metade dos e, metade do E – só os representantes dos e (Titulares e suplentes – 625-B, p.1º) tem estabilidade da posse (o 625-B) até 1 ano após o término do mandato de 1 ano, permitida uma recondução.
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
PRINCÍPIOS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
1) Princípios da liberdade e autonomia sindical (constitucionalmente consagrados - 5º, XX CF)
- LIVRE CRIAÇÃO (8º, I, CF) - criação e autogestão - criar seus próprios estatutos - livre estruturação interna do sindicato + LIVRE FILIAÇÃO OU DESFILIAÇÃO (8º, V, CF) (as cláusulas de sindicalização forçada são incompatíveis com princípio da liberdade sindical - OJ 20 SDC).
2) Unicidade Sindical (8º, II, CF) (1 sindicato por base territorial – base territorial mínima do sindicato é de um município - registro obrigatório da entidade no Ministério do Trabalho – só para controle - Port 1237/03 - ato vinculado do Min Trab) X Conv 87/OIT – pluralidade sindical
3) Princípio da interveniência sindical obrigatória (8º, VI, CF) - A validade do processo negocial coletivo submete-se à NECESSÁRIA INTERVENÇÃO DO SINDICATO OBREIRO. Qualquer ajuste feito informalmente entre empregador e empregados (RI) terá caráter de mera cláusula contratual.
4) Princípio da criatividade jurídica - A negociação coletiva (ACT ou CCT) tem o real poder de criar norma jurídica, em harmonia com a normatividade heterônoma estatal.
5) Princípio da autonomia privada coletiva
Não se aplica o princípio da proteção ao hipossuficiente a nível coletivo (em tese, os sindicatos têm a mesma força – aqui, diferentemente do Direito Individual do Trabalho, cabe a arbitragem).
SINDICATO - "associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos interesses econ. ou profiss. de todos os que, como E, e, trab autônomos, ou profiss. liberais, exerçam, respectivamente, a mesma ativ ou profissão ou ativ ou profissões similares ou conexas" (511, caput, CLT).
ENQUADRAMENTO - o sindicato consiste em uma associação coletiva e de natureza privada. Existem padrões de agregação de trabalhadores a seus respectivos sindicatos:
1 - Sindicatos de categoria profissional ou sindicatos verticais – maioria no Brasil (CLT, art. 511, § 2o). É o que representa os trabalhadores de empresas de um mesmo setor de atividade produtiva ou prestação de sv. As empresas do mesmo setor, por sua via, formam a categoria econômica correspondente (enquadramento pela atividade do E – paridade – indústria, comércio, bancários, etc). E se o E faz 2 coisas: indústria e comércio? Vejo onde o e trabalha. E se o e faz tudo indistintamente?
2 - Sindicatos de categoria diferenciada ou sindicatos horizontais - agregados por identidade profissional (estatuto profissional próprio – OAB) ou apenas uma condição de vida singular (secretária em indústria = banco - professores, motoristas, aeronautas, etc) - CLT, art. 511, § 3o. ex. S. 257, do TST, não é bancário o vigilante contratado diretamente por banco ou por intermédio de empresas especializadas. Isso porque, o vigilante é considerado categoria profissional diferenciada, nos termos do art. 511, §3 º, da CLT, sendo sua atividade regida pela Lei nº 7.102/1983.
]
ESTRUTURAÇÃO: FEDERAÇÕES - conjugação de, pelo menos, cinco sindicatos da mesma categoria profissional, diferenciada ou econômica (534,CLT) X CONFEDERAÇÕES - conjugação de, pelo menos, três federações, respeitadas as respectivas categorias, tendo sede em Brasília (535,CLT) X CENTRAIS SINDICAIS, do ponto de vista social, político e ideológico, constituem entidades líderes do movimento sindical, que influem em toda a pirâmide regulada pela ordem jurídica (lei das Centrais – 11648/08).
RECEITAS SINDICAIS
1 - Contribuição sindical obrigatória ou imposto sindical (8º, IV CF/88 e arts. 578 a 610 CLT) - receita recolhida uma única vez, anualmente, em favor do sistema sindical, nos meses e montantes legalmente fixados, quer se trate de e, profissional liberal ou E. No caso do e, este sofrerá o respectivo desconto na folha de pg do mês de março, à base do salário equivalente a um dia de labor, repassada ao sindicato em abril.
2 - Contribuição confederativa (art. 8o, IV CF/88). O TST tem compreendido que a contribuição confederativa, criada pela assembléia geral do sindicato, somente é devida pelos trabalhadores sindicalizados, não sendo válida sua cobrança aos demais obreiros (PN 119 do TST e S. 666 STF).
3 - Contribuição assistencial ou de solidariedade - recolhimento aprovado por convenção ou acordo coletivo, para desconto em folha de pagamento, para financiar a ativ assistencial do sind (513, "e",CLT). O TST tem considerado inválidas quanto aos não sindicalizados = contribuição confederativa – seria uma bitributação - mesmo escopo da contr. sind obrigatória (PN 119 do TST e OJ 17 SDC).
4 - Mensalidade sindical ou estatutária - mensalidade cobrada estritamente dos associados do sindicato destinada a financiar a gestão e os serviços sociais do sindicato (dentista, médico, quadra de esportes, churrasqueira).
MECANISMOS PARA SOLUÇÃO DE CONFLITOS COLETIVOS
1) Autocomposição - ocorre quando as partes coletivas contrapostas ajustam suas divergências de modo autônomo, celebrando documento pacificatório, que é o diploma coletivo negociado. CCT e ACT.
2) Heterocomposição - ocorre quando as partes coletivas contrapostas, não conseguindo ajustar, autonomamente, suas divergências, entregam a um terceiro o encargo da resolução do conflito. São a arbitragem, a mediação, a conciliação judicial e a jurisdição (dissídio coletivo).
3) Autotutela - ocorre quando o próprio sujeito coletivo busca afirmar, unilateralmente, seu interesse, impondo-o à parte contestante e à própria comunidade que o cerca (a greve e o locaute).
NEGOCIAÇÃO COLETIVA - é uma das modalidades de autocomposição, muito próxima da transação. CCT e o ACT (Art. 611, § 1o CLT)
- Vigência. OJ 322/1, nos termos do art. 614, § 3º da CLT é de dois anos o prazo máximo de vigência da CCT e do ACT.
Permanência ou não dos preceitos da negociação coletiva nos contratos individuais - 2 posições:
- ADERÊNCIA POR ULTRATIVIDADE - os dispositivos dos ACT e CCT aderem aos contratos de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante NOVA negociação coletiva REVOGADORA – IGNORA-SE O PRAZO ASSINADO NA NEGOCIAÇÃO COLETIVA EM VIGOR (S. 277 TST – NOVA REDAÇÃO) (MAJORITÁRIA).
- ADERÊNCIA LIMITADA PELO PRAZO - os dispositivos dos ACT e CCT vigoram no prazo assinado, não aderindo indefinidamente aos contratos de trabalho (HOJE É MINORITÁRIA).
ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO NO D. COLETIVO (modalidades de heterocomposição)
- ARBITRAGEM - somente é válida quanto a direitos patrimoniais disponíveis. Não cabe no Direito Individual do Trabalho (questão da indisponibilidade dos direitos trabalhistas). Já no Direito Coletivo do Trabalho, há expressa previsão constitucional da figura da arbitragem. Segundo o § 1o. do art. 114 da CF/88: Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
Lei 9.307/96, art. 1o. O resultado da solução do conflito pela arbitragem consuma-se pelo laudo arbitral, que é o ato pelo qual o árbitro decide o litígio trazido a seu exame  sentença.
A Lei de Greve também fez menção à arbitragem:"frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recurso via arbitral é facultada cessação coletiva do trabalho" (3o, Lei de Greve). Mencionou também essa lei, "a participação em greve suspende o CT, devendo as relações obrigacionais durante o período ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho" (7o, Lei de Greve).
- MEDIAÇÃO: dentre as modalidades de heterocomposição, é a conduta pela qual um terceiro, imparcial em face dos interesses contrapostos, aproxima as partes conflituosas, auxiliando-as e, até mesmo, instigando sua composição, que há de ser decidida, porém, pelas próprias partes. Ou seja, é mera técnica de auxílio externo à resolução de conflitos, pela qual um terceiro cumpre o papel de sugerir consenso sobre um resultado final pacificatório. O mediador apenas contribui para o diálogo.
A GREVE NO DIREITO COLETIVO (Art. 9°, CRFB e Lei 7783/89)
Definição: mecanismo de AUTOTUTELA de interesses. É exercício direto das próprias razões, mecanismo de pressão contra o E, acolhido pela ordem jurídica. O art. 2o da Lei 7.783/89, a "greve é a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de sv a E".
Objetivo: Art. 9º. É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
1º.Corrente – RESTRITIVA – só interesses profissionais da categoria (teria o mesmo teor reivindicatório da negociação coletiva frustrada)
2º.Corrente – AMPLIATIVA – Mauricio Godinho Delgado – admite objetivos mais amplos (políticos – derrubar um deputado; sociais – greve de solidariedade de metroviários a rodoviários, etc)
Natureza jurídica - é um direito fundamental de caráter coletivo, resultante da autonomia privada coletiva inerente às sociedades democráticas. (o judiciário trabalhista não declara a legalidade ou ilegalidade da greve, apenas sua abusividade ou não – S. 189 TST)
Requisitos para a viabilidade do movimento grevista:
a) ocorrência de REAL TENTATIVA DE NEGOCIAÇÃO, antes de deflagrada a greve (3o, caput, Lei de Greve);
b) APROVAÇÃO pela RESPECTIVA ASSEMBLÉIA de trabalhadores (art. 4o, Lei de Greve);
c) AVISO PRÉVIO DE GREVE de, no mínimo, 48 horas à parte adversa (E envolvidos ou o respectivo sindicato), nos termos do parágrafo único do art. 3o da Lei de Greve e, no mínimo, de 72 hs em se tratando de serviços ou atividades essenciais, nos termos do art. 13 da Lei;
d) respeito das nec. inadiáveis da comunidade (9o, § 1o, CF/88, c/c arts. 10, 11 e 12, CLT) - OJ 38 SDC
e) MANUTENÇÃO DE EQUIPES de e com o propósito de assegurar os SVs cuja paralisação resulte em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da E (art 9º da lei de greve)
SV OU ATIV ESSENCIAIS devem ser assegurados aos indivíduos (manut. do mínimo); 
art. 10, Lei de Greve: I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; II - assistência médica/hospitalar; III – distr. e comercialização de medicamentos/alimentos; IV - funerários; V - transporte coletivo; VI - captação e tratamento de esgoto e lixo; VII - telecomunicações; VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; IX - processamento de dados ligados a sv essenciais; X - controle de tráfego aéreo; XI - compensação bancária. 
Direitos dos grevistas:
a) utilização de meios pacíficos de persuasão (art. 6o, Lei de Greve);
b) arrecadação de fundos por meios lícitos (idem);
c) livre divulgação do movimento (idem);
d) proteção contra dispensa por parte do E, eis que o CT encontra-se suspenso (7º, Lei 7.783/89).
e) proteção contra contratação de substitutos pelo E (art. 7o, parágrafo único, Lei n. 7.783/89) – exceção - quando não são formadas equipes de manutenção de bens e sv cuja paralisação possa causar prejuízo irreparável, ou que sejam essenciais à futura retomada das atividades da empresa (art. 9, Lei de Greve).
LOCAUTE ou LOCKOUT - é a paralisação provisória das atividades da empresa, estabelecimento ou seu setor, realizada por determinação do E, com o objetivo de exercer pressão sobre os trabalhadores, frustrando negociação coletiva ou dificultando o atendimento a reivindicações coletivas obreiras.
A diferença específica do locaute em face de outras paralisações lícitas da empresa encontra-se em sua essência, no objetivo socialmente malicioso. A lei proíbe expressamente o locaute (17, Lei n. 7.783/89)
Efeitos jurídicos do locaute: 1) o período de afastamento será considerado como interrupção do CT, conforme P.U. do art. 17 da Lei da Greve + 2) constitui falta do E por descumprimento do contrato, de acordo com as circunstâncias do caso concreto, poderá ensejar a ruptura contratual por j. causa do E (483, d) CLT).

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