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Questões sobre Marx e Engels

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Relações Internacionais
Sociologia
	
 Marx e Engels Manifesto do partido Comunista.
1- Uma das principais linhas do Manifesto é a visão histórica de mudança social e do papel de luta de classes na história. Caracterize a sociedade capitalista tal como esta aparece na visão dos autores.
	Na visão dos autores, a sociedade capitalista é definida como um sistema que tem no lucro seu intuito principal, se utilizando de ideias de livre comércio que permitem aos detentores dos meios de produção a exploração da força de trabalho dos indivíduos que não possuíam meios de produção próprios, estes indivíduos vendiam sua força de trabalho em troca do salário pago a eles para que os mesmos existam como proletários. Esta sociedade é muito dinâmica e altamente desenvolvida, sendo caracterizada como uma sociedade de classes, marcada pela luta de classes, luta esta, que teria se iniciado devido à criação da propriedade privada dos meios de produção, que eram controlados pelos capitalistas burgueses, caracterizando assim, um sistema injusto que oprime os indivíduos não detentores de meios de produção e capital.
	Segundo os autores, a sociedade capitalista é palco de um antagonismo principal entre a classe dominante dos meios de produção (Burgueses) e o proletariado (trabalhadores que vendiam sua força de trabalho para sobreviver). A sociedade capitalista é marcada por paradoxos, pois segundo os autores, a própria existência do capital e a necessidade burguesa de acumulação e desenvolvimento cada vez maior das forças produtivas, gera a existência da massa do proletariado, que cada vez maior e mais forte, seria capaz de romper com o sistema vigente, dando início a uma revolução que extinguiria o capitalismo.
2 - Explique como se dá o processo de desumanização do trabalho tal como exposto pelos autores e descida como você vê esse processo na atualidade.
	A desumanização do trabalho, para Marx e Engels, se dá ao ponto em que o indivíduo é obrigado a vender sua força de trabalho em troca de salário para sobreviver, o trabalhador perde sua individualidade, sua sensibilidade, ou seja, vende seu próprio corpo, ao passo em que é explorado na busca incessante pelo lucro.
Os autores desenvolvem esta ideia de que o trabalho na sociedade capitalista é explorador e não humanizador, relacionando o aspecto desumanizador à utilização da maquinaria, que no modo de produção capitalista, reduz o trabalhador a um mero apêndice da grande máquina capitalista, que tem valor individual muito pequeno, podendo ser facilmente substituído. O trabalhador vai deixando de ser percebido como um corpo humano, enquanto se transforma em um mero objeto. A questão da maquinaria é importante, pois diferencia o modo de produção manufaturada, da indústria moderna. Na manufatura, as ferramentas são vistas como complementos do trabalhador, que apesar de ainda ser explorado pelo capitalista, tem certo grau de autonomia e importância na produção. Na indústria moderna, o trabalhador é reduzido a apenas uma pequena parte da grande máquina industrial automatizada, servindo apenas como pequenas ferramentas atuando de forma diminuída no processo de produção.
	Na atualidade este processo ainda ocorre de forma similar, principalmente no âmbito industrial. Porém a maneira que este processo é exercido é menos desenfreada e exploradora, se compararmos de forma geral ao período de revoluções industriais por exemplo.
3 - Outro tema atual é a globalização, discorra sobre como os autores tratam da globalização no texto e o que permanece atual nesta exposição.
	Segundo os autores, com o crescente controle dos meios de produção por parte da burguesia, se faz cada vez mais necessário a expansão e exploração de novos mercados para o escoamento dos produtos industrializados, assim, a exploração é expandida a nível global.
Porém essa nova pratica cosmopolita da sociedade capitalista teria implicações que permaneceriam presentes até os dias atuais. Um fator que foi de grande contribuição e continua sendo até a atualidade, foi o avanço tecnológico dos meios de comunicação e transporte. Partindo da invenção do telegrafo, passando pelas embarcações movidas a vapor, ferrovias, aviões, e que hoje podemos definir como o ápice dessas melhorias, a internet que em questões de segundos conecta duas ou mais pessoas em qualquer lugar do globo.
Além das melhorias nos meios de comunicação, os meios de produção também são frequentemente atualizados, fazendo com que produtos sejam produzidos com mais velocidade, em mais quantidade e com melhor qualidade. Esse processo aconteceu graças aos avanços tecnológicos e científicos que produziram máquinas com maior poder de automação; o que em contra partida implica diretamente na forma de trabalho do operador. Os operários com o passar do tempo eram menos necessários, o que os levou em um determinado momento da historia a serem substituídos por mulheres e crianças (que para o empregador, na época, custavam menos, aumentando sua obtenção de lucros).
Neste cenário de dinamismo intenso, a sociedade em geral sofre uma alteração no seu modo de organização, pois com a crescente demanda por produtos industrializados, há uma fuga em massa do trabalhador do campo para cidade, causando rapidamente um inchaço dos grandes centros. As consequências de toda essa mudança é a Superprodução, grandes quantidades de mercadoria em estoque. Sem o total aproveitamento dessa produção, parte da força produtiva é dispensada, assim o operário que consome parte destes produtos que produzem perde seu poder de consumo. Para contornar este cenário, inicia-se o processo civilizatório de abertura comercial de novos mercados. Este processo torna-se cíclico e requer sempre novos mercados, assim, o processo globalizador do capitalismo se torna paradoxal e insustentável, criando crises cada vez mais severas e cada vez mais difíceis de recuperar.

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