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Artigo Cientifico - DESAPOSENTAÇÃO (1)

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A CONSTITUCIONALIDADE DA DESAPOSENTAÇÃO
MERABE MONICE PEREIRA BICHARA*[1: * Acadêmica de Direito na Univale – Faculdades Integradas do Vale do Ivaí. Estagiária na Advocacia Bichara. e-mail <merabem@hotmail.com>]
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO. 2 HISTÓRICO 2.1Tese Desaposentação 3 DESAPOSENTAÇÃO 3.1Desaposentação e Decadência. 3.2Desaposentação e Valor da Causa 4 REAPOSENTAÇÃO COM BASE EM NOVO IMPLEMENTO DE REQUISITOS 5 ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL 6 CONCLUSÃO. REFERÊNCIAS
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo visualizar do que se trata a chamada desaposentação. Tema de repercussão geral que tem causado inúmeras discussões no âmbito jurídico. Esta pesquisa tem como proposta discutir as possibilidades do instituto da desaposentação e analisar as jurisprudências que versam sobre o assunto, algumas de forma a conceder e outras a impedir. Demonstrando, também, se a concessão de renúncia de aposentadoria para obter outra com valor mais vantajoso é constitucional ou se seria uma afronta à Carta Magna.
Palavras-chave: Aposentadoria; Desaposentação; Previdencia.
ABSTRACT
This paper aims to visualize what it is the call disretirement. General repercussion of topic that has caused much discussion in the legal framework. This research has the purpose to discuss the possibilities of disretirement Institute and analyze case law that deal with the subject, some in order to give and to prevent other. Showing, too, if the granting of retirement resignation for other more advantageous value is constitutional or whether it would be an affront to the Constitution.
Keywords: Retirement; Disretirement; Security
 
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho versa sobre a problemática da Desaposentação, nomenclatura adotada pela doutrina para identificar situação na qual um segurado do INSS já em gozo de aposentadoria visa a renúncia de seu atual benefício para que sejam incluídas novas contribuições realizadas pelo segurado posteriormente à concessão do benefício, buscando dessa forma um aumento em seu salário de benefício.
Atualmente inúmeros são os casos de trabalhadores que após aposentar-se não se desligam do mercado de trabalho, seja em decorrência de uma aposentadoria precoce, seja porque a renda auferida pelo benefício não é suficiente ou ainda simplesmente, porque não querer sentir-se inútil diante da sociedade.
No entanto, estes trabalhadores, em decorrência de exigência legal continuam a verter contribuições ao Regime Geral de Previdência Social, e muitas das vezes, em valores inclusive maiores do que o atual salário de benefício que vem auferindo em decorrência da aposentadoria.
Num primeiro momento temos que o sistema previdenciário por ser, como o próprio nome já diz, social, exigida a participação de toda a sociedade, com contribuições, independentemente de estar ou não aposentado, no entanto, de outro viés, temos que o sistema da seguridade social, por ser eminentemente contributivo, exigiria uma contraprestação do INSS para com o segurado em decorrência de suas contribuições.
Assim, frequentemente tem se discutido acerca da possibilidade ou não da renúncia ao benefício de aposentadoria para fins de uma nova aposentadoria, já que o Decreto 3.048/99 em seu artigo 181-B menciona que o benefício de aposentadoria é irreversível e irrenunciável.
De um lado, os que defendem o direito à desaposentação sustentam que a aposentadoria é um direito personalíssimo, patrimônio disponível do titular. O mais vantajoso dentro de um pressuposto legal (contrapartida às contribuições) harmoniza os princípios da dignidade humana e coaduna o bem-estar social. Com a permanência/retorno laborativo do aposentado, a contribuição continua compulsória ao RGPS (§3º, Art. 11, Lei nº. 8213/1991). A compensação financeira entre os regimes de previdência não afetará o princípio atuarial (Lei 9.796/1999).
Por outro lado, é entendimento de alguns que a aposentadoria contém natureza de ato administrativo vinculado e de interesse público; trata-se de um ato administrativo válido e eficaz e, portanto, inadmissível sua anulação, eis que inexiste ato ilegítimo e ilegal necessário para configurar tal hipótese. Ofensa ao princípio da alimentaridade da aposentadoria. A opção a uma primeira aposentadoria implica a renúncia expressa a qualquer outra no regime geral ou próprio. O Estado poderá invocar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada contra aposentado. 
O objetivo geral deste artigo é informar a possível ou impossível constitucionalidade da desaposentação.
Trata-se de um artigo voltado a compreender as posições atualmente discutidas nos Tribunais sobre a desaposentação e procurar esclarecer ao leitor a constitucionalidade ou não deste instituto, uma vez que todos somos merecedores da cristalina justiça.
Sendo que, este trabalho se justifica pelo fato de que muitas pessoas têm sofrido pelo fato de estarem sendo injustiçados quanto ao benefício que estão recebendo. Infelizmente, muitos não compreendem a necessidade da desaposentação, por não saberem ao certo o que de fato significa este instituto. 
Não se pode deixar de tratar de um tema como este, ainda mais pelo fato de que no Brasil a justiça já é tardia. Processos demoram anos e até décadas para serem solucionados. Sendo assim, não se pode aceitar mais uma injustiça.
Portanto, é necessário tratar deste assunto, para que os leitores do artigo também possam opinar a respeito do assunto e procurar o que melhor se enquadra na cristalina justiça.
2 HISTÓRICO
Quando se trata do histórico da desaposentação, Daniel Machado da Rocha e Antonio José Savaris, dissertam de forma acertada sobre o assunto, dizendo o seguinte:
A lei n° 8.213/91 é uma adaptação da Lei Orgânica da Previdência social – LOPS – editada em 1960, que buscou dar cumprimento aos princípios da universalidade e uniformidade e equivalência das prestações devidas aos trabalhadores urbanos e rurais, permeada por regras de transição; Quando a LOPS veio à lume, segundo dados do IBGE, a expectativa de vida era inferior a 50 anos de idade, conforme dados do censo de 2010, os quais revelam um significativo aumento da expectativa de vida nas últimas décadas no Brasil, sendo que a concessão da aposentadoria por tempo de serviço reclamava o limite mínimo de 55 anos de idade, até 1962. Nesse contexto, a legislação previdenciária não tratava do tema, pois o legislador não poderia imaginar que essa situação seria socialmente relevante. (SAVARIS, 2014, p. 430)
Como demonstrado, a lei foi criada em determinado momento histórico, no qual a expectativa de vida era inferior 50 anos de idade, por isso, dificilmente, haveria previsão de que, após aposentar-se, o indivíduo continuaria trabalhando e contribuindo para a Previdência. Por este motivo não há legislação para a chamada desaposentação.
Ainda nesta esteira, Savaris e Rocha, tratam a respeito de que o regulamento da previdência não permite que haja renúncia de aposentadorias concedidas, senão vejamos:
O regulamento da previdência social (art. 181-B) veda a renúncia das aposentadorias concedidas de acordo com as regras do regime geral. No momento, a doutrina e a jurisprudência inclinam-se em reconhecer o instituto da desaposentação. O dissenso reside, principalmente, na amplitude do instituto, bem como na necessidade de devolver, ou não, os valores que foram recebidos enquanto o segurado desfrutou do benefício anterior. Se as aposentadorias, bem como estipulasse a obrigatoriedade de afastamento do mercado de trabalho, é possível que o problema jamais adquirisse a atual repercussão. Mas como o dilema existe, é necessário que sejam estabelecidos critérios que regulem esta situação. Como já ocorreu em outras situações, é possível que os critérios sejam fixados pelo Poder Judiciário e o Legislativo venha a acolher os referidos parâmetros. (SAVARIS e ROCHA, 2014, p.430)
O que acontece é que, existem muitos aposentados que continuam trabalhando e, consequentemente, contribuindo para a Autarquia, pois não há obrigação alguma de, após aposentar-se,o indivíduo afastar-se de seus afazeres laborais, neste caso, estes deveriam obter uma aposentadoria com valor maior, incluindo as contribuições após sua aposentadoria. Savaris e Rocha, ainda dissertam a respeito:
Sobre a desaposentação, é preciso situar o problema dentro das particularidades do nosso sistema previdenciário. No Brasil, como sabemos, não há atualmente obrigatoriedade de o cidadão aposentado afastar-se da atividade como requisito para receber o benefício. Por isso, é comum que as pessoas obtenham a aposentadoria sem abandonar o seu emprego. Em face de o segurado aposentado continuar obrigado a contribuir, e tenho em vista o grande número de segurados que se aposentaram com idade reduzida – considerando a inexistência de um limite mínimo de idade e um contexto no qual grassava o emprego de tempos fictos, bem como os reajustes das aposentadorias não atenderem as expectativas dos beneficiários – potencializou-se o número de trabalhadores que poderiam obter um benefício mais favorável, desde que o tempo de contribuição anterior à aposentadoria pudesse ser utilizado. Natural, portanto, que fosse engendrada uma tese jurídica destinada a viabilizar a obtenção de um benefício mais vantajoso. (SAVARIS e ROCHA, 2014, p. 429)
2.1 Tese da Desaposentação
No livro “Prática Processual Previdenciária”, os autores explicam o que é a tese da desaposentação como “o desfazimento da aposentadoria voluntária por vontade do titular (renúncia), para fins de aproveitamento do tempo utilizado naquela para fins de contagem para nova aposentadoria” (KRAVCHYCHYN, et al., 2014), ainda esclarecem que esta contagem para a nova aposentadoria pode ser “no mesmo ou em outro regime previdenciário, em razão da continuidade da atividade laborativa e, consequentemente, do período contributivo” (KRAVCHYCHYN, et al., 2014).
Em Revista de Previdência Social de 2013, p. 15, o autor deixa clara o significado da desaposentação da seguinte forma:
1. Consoante jurisprudência firmada pelas duas Turmas que compõem a Primeira Seção deste Tribunal, ressalvado o ponto de vista contrário do próprio relator, é possível a renúncia à aposentadoria por tempo de contribuição anteriormente concedida e a obtenção de uma nova aposentadoria, no mesmo regime ou em regime diverso, com a majoração da renda mensal inicial considerando o tempo de serviço trabalhado após a aposentação e as novas contribuições vertidas para o sistema previdenciário.
2. Fundamenta-se a figura da desaposentação em duas premissas: a possibilidade do aposentado renunciar à aposentadoria, por se tratar de direito patrimonial, portanto, disponível, e a natureza sinalagmática da relação contributiva, vertida ao sistema previdenciário no período em que o aposentado continuou em atividade após a aposentação, sendo descabida a devolução pelo segurado de qualquer parcela obtida em decorrência da aposentadoria já concedida administrativamente, por consistir em direito regularmente admitido. Precedentes do STJ.
3 DESAPOSENTAÇÃO
3.1 Desaposentação e Decadência
No livro supra citado os autores também esclarecem de forma circunspecta dizendo que a desaposentação é perfeitamente cabível, vez que ninguém deve ser obrigado a permanecer aposentado e, desta forma, “tem-se por objetivo a obtenção futura de benefício mais vantajoso, pois o beneficiário abre mão dos proventos que vinha recebendo, mas não do tempo de contribuição que teve averbado”. 
Acontece que, não cabe, de acordo com Kravchychyn (et. al.) classificar a desaposentação como uma revisão do ato de conceder o benefício. Sendo assim, é indevida a extensão do dispositivo no art. 103, caput, da Lei n.º 8.213/1991.
Tratando de não incidir o prazo de decadência, Marco Aurélio Sera Junior apresenta a fundamentação a seguir:
Mesmo que se considere a desposentação como uma forma de revisão de benefício previdenciário, não se recairia na figura prevista no art. 103 da LEI DE BENEFÍCIOS. É que ali se faz menção à revisão de benefícios, no prazo de dez anos, mas o pressuposto é a alteração de benefício por algum vício/invalidade, corrigindo-o.
A desaposentação não é pretensão de revisão de benefício incorretamente lançado, posto que pressuponha, ao contrário, a higidez e legalidade do primeiro vínculo previdenciário. Trata-se de hipótese diversa: a busca de novo e melhor benefício previdenciário, por situação fática alterada apta a diferenciar e majorar o valor da aposentadoria (novas contribuições previdenciárias, idade mais elevada e menor tempo de expectativa de vida, critérios que profundamente impactam o cálculo do fator previdenciário e da própria RMI). (apud KRAVCHYCHYN, et al., 2014, p.329)
	Assim sendo, o Kravchychyn (et. al.) afirma o seguinte: 
[...] de forma apropriada, a Primeira Seção do STJ em Repetitivo acabou por firmar a orientação de que o prazo decadencial previsto no art. 103 da Lei de Benefícios da Previdência Social não se aplica aos casos de desaposentação (Resp 1.1348.301, Rl. Min, Arnaldo Esteves Lima, julgado em 27.11.2013). (KRAVCHYCHYN, et al., 2014, p.329)
3.2 Desaposentação e Valor da Causa
Entre Juizados Especiais Federais e Varas Comum da Justiça Federal, tem-se gerado divergências nas ações de desaposentação sobre as exigências requeridas para a apuração do valor da causa. Kravchychyn (et. al.) entendem que, nas ações que versam sobre desaposentação:
[...] o valor da causa, para fins de definição da competência, deve corresponder à soma das parcelas vencidas e 12 (doze) parcelas vincendas do benefício cujo deferimento se requer, acrescida do montante cuja devolução venha a ser exigida para a desaposentação pretendida. Este último montante deve ser considerado, independentemente de ser requerido expressamente pelo segurado no petição inicial, pois integra a controvérsia e o proveito econômico buscado. Neste sentido: TRF4, 3.ª Seção, CC n.º 5002464-40.2012.404.0000, Rel. Des. Federal Rogério Favreto, DE 29.3.2012. (KRAVCHYCHYN, et al., 2014, p.330)
Ainda dissertando sobre o valor da causa segue precedentes do REF da 2.ª Região:
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO E AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. VALOR DA CAUSA INFERIOR A 60 SALÁRIOS MÍNIMOS. JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. RECURSO DESPROVIDO.
I - A questão relativa à devolução dos valores recebidos a título de desaposentação não influenciará na apuração do valor da causa, isto porque, conforme consignado na decisão agravada, deve o valor da causa guardar correspondência com o benefício econômico pretendido pelo demandante, na data da distribuição da ação.
II - O valor da causa corresponde a diferença entre o valor do benefício pretendido, subtraído do valor que o beneficiário recebe atualmente, multiplicado por 12. Assim, mesmo que o valor da nova aposentadoria seja o do teto dos benefícios previdenciários, o valor da causa não corresponde ao necessário para manter a competência da Vara previdenciária;
III - Agravo interno desprovido. (AG 201002010173550, 1ª Turma Especializada, Rel, Des, Federal Aluisio Gonçalves de Castro Mender E-DJF2R 3.3.2011).
4 REAPOSENTAÇÃO COM BASE EM NOVO IMPLEMENTO DE REQUISITOS
Existem casos de o segurado continuar trabalhando mesmo recebendo aposentadoria, as vezes este segurado contribui por mais quinze anos e acaba por completar novo período de carência após o jubilamento. 
Kravchychyn (et. al.) disserta, acertadamente, sobre o assunto:
Por, exemplo, o segurado obteve aposentadoria por tempo de serviço/contribuição com 50 anos de idade e continuou contribuindo. Ao completar 65 anos de idade terá preenchido os requisitos para a concessão da aposentadoria por idade. 
Nesta hipótese, entendemos cabível a substituição da aposentadoria recebida pelo segurado com intuito de obter uma nova prestação mais vantajosa, tendo em vista a vedação à acumulação dos dois benefícios. (KRAVCHYCHYN, et al., 2014, p.330)
Existem muitos juristas que têm defendido a desaposentação, porém com a necessidade de devolução dos proventos recebidos, o que é, obviamente, inviávelna maioria dos casos. Kravchychyn (et. al.) é contrário à esta tese, pois diz que “o segurado não irá utilizar o tempo de contribuição e a carência do benefício anterior” (KRAVCHYCHYN, et al., 2014)
Jurisprudência do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, demonstra precedentes favoráveis:
PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONAL. ARGUIÇÃO DE INCONSTUCIONALIDADE. ART. 18, § 2º, DA LEI 8.213/91. APOSENTADORIA POR IDADE. NOVO IMPLEMENTO DA CARÊNCIA. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE SEM REDUÇÃO DE TEXTO.
1. De acordo com a sistemática vigente, o segurado aposentado que continuar a exercer atividade vinculada ao Regime Geral de Previdência Social deve recolher as contribuições previdenciárias correspondentes, fazendo jus apenas ao salário-família e à reabilitação profissional, quando empregado, nos termos do art. 18, § 2º, da Lei nº 8.213/91. Inviável em princípio, pois, a concessão de nova aposentadoria com aproveitamento de tempo posterior à inativação.
2. Para a concessão de aposentadoria por idade urbana, devem ser preenchidos dois requisitos: a) idade mínima (65 anos para o homem e 60 anos para a mulher) e b) carência – recolhimento mínimo de contribuições (sessenta na vigência da CLPS/84 ou no regime da LBPS, de acordo com a tabela do art. 142 da Lei 8.213/91).
3. Não se exige o preenchimento simultâneo dos requisitos etário e de carência para a concessão da aposentadoria, visto que a condição essencial para tanto é o suporte contributivo correspondente. Precedentes do Egrégio STJ, devendo a carência observar a data em que completada a idade mínima.
4. O idoso que preenche o requisito carência para a obtenção de aposentadoria considerando somente o cômputo de contribuições vertidas após a obtenção de aposentadoria por tempo de serviço/contribuição não pode ser discriminado pelo fato de ter contribuído; sendo a aposentadoria por idade estabelecida fundamentalmente em bases atuariais, a ele deve a lei, pena de inconstitucionalidade, reservar tratamento idêntico àquele que ingressou no RGPS mais tarde.
5. Inquestionável a natureza atuarial do requisito carência exigido para a concessão da aposentadoria urbana por idade, fere a isonomia negar o direito ao segurado que, a despeito de já aposentado, cumpre integralmente a carência após o retorno à atividade. Não tivesse ele exercido qualquer atividade anteriormente, faria jus ao benefício. Assim, não pode ser prejudicado pelo fato de, depois de aposentado, ter novamente cumprido todos os requisitos para uma nova inativação.
6. Reconhecimento da inconstitucionalidade do § 2º do artigo 18 da Lei 8.213/91, sem redução de texto, para que sua aplicação seja excluída nos casos em que o segurado, desprezadas as contribuições anteriores, implementa integralmente os requisitos para a obtenção de nova aposentadoria após a primeira inativação.
7. Como o § 2º do artigo 18 da Lei nº 8.213/91 claramente estabelece que o segurado que permanecer em atividade não fará jus a prestação alguma da Previdência Social, exceto ao salário-família e à reabilitação profissional, a hipótese é de reconhecimento de inconstitucionalidade sem redução de texto. A interpretação conforme a constituição não tem cabimento quando conduz a entendimento que contrarie sentido expresso da lei. (TRF4, ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 2009.72.00.009007-2, CORTE ESPECIAL, DES. FEDERAL RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA, POR MAIORIA, D.E. 14.05.2012) – grifos da autora. 
Nessa mesma esteira, os autores entendem que “a referida tese poderá também ser invocada em outras hipóteses, como na pensão por morte e na aposentadoria por invalidez, caso o segurado tenha um novo período contributivo mais favorável após a aposentadoria” (KRAVCHYCHYN, et al., 2014)
5 ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL
A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais, em sede de jurisprudência, possui firme entendimento em sentido de que há possibilidade da desaposentação. Tal tese encontra tutela em já cediça posição do STJ (Superior Tribunal de Justiça), na qual é verificada a tese de que o benefício previdenciário é ato jurídico disponível por parte do segurado, como se verifica no REsp (Recurso Especial) abaixo transcrito:
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO. DIREITO DISPONÍVEL. RENÚNCIA. POSSIBILIDADE. MINISTÉRIO PÚBLICO. INTERVENÇÃO OBRIGATÓRIA. PESSOA IDOSA. COMPROVAÇÃO DE SITUAÇÃO DE RISCO. NECESSIDADE. ART. 43 DA LEI Nº 10.741/2003. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. INVIABILIDADE.SÚMULA Nº 7/STJ. RECURSO DESPROVIDO. 
I - Conforme entendimento desta Corte Superior, o direito à Previdência Social envolve direitos disponíveis dos segurados. Por tal motivo, é possível que o segurado renuncie à aposentadoria, como objetivo de aproveitamento do tempo de contribuição e posterior concessão de novo benefício, muitas vezes mais vantajoso. 
II - O só fato de ser pessoa idosa não denota parâmetro suficiente para caracterizar a relevância social a exigir a intervenção do Ministério Público. Deve haver comprovação da situação de risco, conforme os termos do artigo 43 da Lei nº 10.741/2003, sob pena de obrigatória intervenção do Ministério Público, de forma indiscriminada, como custos legis em toda em qualquer demanda judicial que envolva idoso. 
III - É inviável, em sede de recurso especial o reexame de matéria fático-probatória, tendo em vista o óbice contido no Verbete Sumular nº 7/STJ: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial. "IV - Recurso conhecido, mas desprovido.
(STJ - REsp: 1235375 PR 2011/0026718-8, Relator: Ministro GILSON DIPP, Data de Julgamento: 12/04/2011, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 11/05/2011) – grifos da autora
Porém, malgrado permita, em tese, o instituto da desaposentação é permito, com a exigência de que o segurado faça a devolução dos valores recebidos na primeira aposentadoria, para ter o direito de nova aposentadoria. Restou assentado tal entendimento, é o que consta no Pedido de Uniformização de Lei Federal n.º 200782005011332, sendo a ementa transcrita abaixo:
 
PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. DESAPOSENTAÇÃO. EFEITOS EXTUNC. NECESSIDADE DE DEVOLUÇÃO DOS VALORES JÁ RECEBIDOS. DECISÃO RECORRIDA ALINHADA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA TNU. IMPROVIMENTO. 
1. Cabe Pedido de Uniformização quando demonstrado que o acórdão recorrido contraria jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça. 
2. A Turma Nacional de Uniformização já firmou o entendimento de que é possível a renúncia à aposentadoria, bem como o cômputo do período laborado após a sua implementação para a concessão de novo benefício, desde que haja a devolução dos proventos já recebidos. Precedentes: PU 2007.83.00.50.5010-3, Rel. Juíza Federal Jacqueline Michels Bilhalva,DJ 29.09.2009 e PU 2007.72.55.00.0054-0, Rel. Juiz Federal Sebastião OgêMuniz, DJ 15.09.2009; TNU, PU 2006.72.55.006406-8, Rel. Juíza Federal RosanaNoya Alves Weibel Kaufmann, j. 02.12.2010.3. Pedido de Uniformização conhecido e não provido.
(TNU, Relator: JUIZ FEDERAL JOSÉ ANTONIO SAVARIS, Data de Julgamento: 02/08/2011)
Sem embargo, analisando a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre o mote, já há uma apreciação favorável à asserção defendida pelos segurados, quanto à dispensabilidade da necessidade de devolução do benefício recebido. Como em recentes julgamentos, nos AgRg-REsp 1228090 e AgRg 1217131, de acordo com o Superior Tribunal Federal não tem obrigação o segurado de devolver os valores já arguidos. Julgamentos supracitados abaixo mencionados:
PREVIDENCIÁRIO. DESAPOSENTAÇÃO. RENÚNCIA À APOSENTADORIA. DEVOLUÇÃO DE VALORES. DESNECESSIDADE. RECONHECIMENTO DE REPERCUSSÃO GERAL PELO STF. SOBRESTAMENTO DO FEITO. IMPOSSIBILIDADE. EXAME DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL. DESCABIMENTO.
1. O reconhecimento da repercussão geral pela Suprema Corte não enseja o sobrestamento do julgamento dos recursos especiais que tramitam neste Superior Tribunal de Justiça. Precedentes.
2. Inviável o exame, na via do recurso especial, de suposta violação a dispositivos da ConstituiçãoFederal, porquanto o prequestionamento de matéria essencialmente constitucional, por este Tribunal, importaria usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal.
3. Descabe falar em adoção do procedimento previsto no art. 97 da Constituição Federal nos casos em que esta Corte decide aplicar entendimento jurisprudencial consolidado sobre o tema, sem declarar inconstitucionalidade do texto legal invocado.
4. Agravo regimental improvido.
(AgRg no REsp 1228090/RS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 31/05/2011, DJe 10/06/2011).
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. RENÚNCIA À APOSENTADORIA. DESAPOSENTAÇÃO.  NOVA APOSENTADORIA NO PRÓPRIO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. DEVOLUÇÃO DOS VALORES PERCEBIDOS.
DESCABIMENTO. O JULGAMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO PELO STF NÃO VINCULA ESTE SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PREQUESTIONAMENTO DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INVIABILIDADE. REGIMENTAL IMPROVIDO.
1. As decisões proferidas em sede de recurso extraordinário pelo Supremo Tribunal Federal não têm efeito vinculante.
2. Consoante disposto no art. 105 da Carta Magna, o Superior Tribunal de Justiça não é competente para se manifestar sobre suposta violação de dispositivo constitucional, sequer a título de prequestionamento.
3. O agravante não trouxe qualquer argumento capaz de infirmar a decisão que pretende ver reformada, razão pela qual ela há de ser mantida.
4. Agravo regimental a que se nega provimento”
(AgRg no REsp 1217131/SC, Rel. Ministro ADILSON VIEIRA MACABU (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RJ), QUINTA TURMA, julgado em 15/02/2011, DJe 04/04/2011)
	No Tribunal Regional Federal da segunda região, a Primeira Turma Especializada autoriza a desaposentação, sem a necessidade de devolução dos valores percebidos a título de aposentadoria, conforme julgamento proferido na AC - APELAÇÃO CIVEL – 505057 e cuja ementa é a seguinte:
“PREVIDENCIÁRIO.DESAPOSENTAÇÃO. POSSIBILIDADE DE RENÚNCIA AO BENEFÍCIO. AUSÊNCIA DE VEDAÇÃO LEGAL. DIREITO DE NATUREZA PATRIMONIAL E, PORTANTO, DISPONÍVEL. INEXISTÊNCIA DE OBRIGATORIEDADE DE DEVOLUÇÃO DOS PROVENTOS RECEBIDOS. VERBA DE CARÁTER ALIMENTAR. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECURSO DO INSS DESPROVIDO. I – A inexistência de dispositivo legal que proíba a renúncia ao benefício previdenciário legalmente concedido deve ser considerada como possibilidade para a revogação do benefício a pedido do segurado. II – A desaposentação atende de maneira adequada aos interesses do cidadão. A interpretação da legislação previdenciária impõe seja adotado o entendimento mais favorável ao beneficiário, desde que isso não implique contrariedade à lei ou despesa atuarialmente imprevista, situações não provocadas pelo instituto em questão. III – Da mesma forma, o fenômeno não viola o ato jurídico perfeito ou o direito adquirido, preceitos constitucionais que visam à proteção individual e não devem ser utilizados de forma a representar desvantagem para o indivíduo ou para a sociedade. A desaposentação, portanto, não pode ser negada com fundamento no bem-estar do segurado, pois não se está buscando o desfazimento puro e simples de um benefício previdenciário, mas a obtenção de uma nova prestação, mais vantajosa porque superior. IV – Quanto à natureza do direito em tela, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é assente no sentido de que a aposentadoria é direito personalíssimo, o que não significa que seja direito indisponível do segurado. A par de ser direito personalíssimo, tem natureza eminentemente de direito disponível, subjetivo e patrimonial, decorrente da relação jurídica mantida entre segurado e Previdência Social, logo, passível de renúncia, independentemente de aceitação da outra parte envolvida, revelando-se possível, também, a contagem de tempo para a obtenção de nova aposentadoria, no mesmo regime ou em outro regime previdenciário. Precedentes. V – O Superior Tribunal de Justiça já decidiu que o ato de renunciar ao benefício não envolve a obrigação de devolução de parcelas, pois, enquanto perdurou a aposentadoria, o segurado fez jus aos proventos, sendo a verba alimentar indiscutivelmente devida. Precedentes. VI – Apelação cível desprovida”
O TRF-3 possui precedentes autorizando a desaposentação mediante a devolução dos valores recebidos pelo segurado, mas também possui julgados impedindo a concessão de desaposentação, mesmo com a mencionada devolução:
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. AGRAVO DO ARTIGO 557, § 1º, DO CPC. RENÚNCIA A BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA A FIM DE UTILIZAR O TEMPO DE SERVIÇO POSTERIOR NA OBTENÇÃO DE JUBILAÇÃO MAIS VANTAJOSA.
I - É pacífico o entendimento esposado por nossos Tribunais no sentido de que o direito ao benefício de aposentadoria possui nítida natureza patrimonial e, por conseguinte, pode ser objeto de renúncia.
II - Possível a desaposentação se os proventos de aposentadoria já percebidos forem ser restituídos à Previdência Social de forma imediata, para se igualar à situação do segurado que decidiu continuar a trabalhar sem se aposentar, com vista a obter um melhor coeficiente de aposentadoria e coibir a obtenção de vantagem financeira sem respaldo na lei.
III - Agravo interposto pelo INSS na forma do artigo 557, § 1º, do
Código de Processo Civil, improvido. (AC - APELAÇÃO CÍVEL – 1636956).
PREVIDENCIÁRIO - DESAPOSENTAÇÃO - DECADÊNCIA - DEVOLUÇÃO DOS VALORES - IMPOSSIBILIDADE - CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 18, § 2º, DA LEI N. 8.213/91 - RENÚNCIA NÃO CONFIGURADA. RESTITUIÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES. ILEGITIMIDADE DO INSS.
I - O pedido inicial é de renúncia a benefício previdenciário e não de revisão de sua renda mensal inicial, não havendo que se falar em decadência. Preliminar rejeitada. 
II - Os arts. 194 e 195 da Constituição, desde sua redação original, comprovam a opção constitucional por um regime de previdência baseado na solidariedade, onde as contribuições são destinadas à composição de fundo de custeio geral do sistema, e não a compor fundo privado com contas individuais. 
III - O art. 18 da Lei 8213/91, mesmo nas redações anteriores, sempre proibiu a concessão de qualquer outro benefício que não aqueles que expressamente relaciona. O § 2º proíbe a concessão de benefício ao aposentado que permanecer em atividade sujeita ao RGPS ou a ele retornar, exceto salário-família e reabilitação profissional, quando empregado. Impossibilidade de utilização do período contributivo posterior à aposentadoria para a concessão de outro benefício no mesmo regime previdenciário. Alegação de inconstitucionalidade rejeitada. 
IV - As contribuições pagas após a aposentação não se destinam a compor um fundo próprio e exclusivo do segurado, mas todo o sistema, sendo impróprio falar em desaposentação e aproveitamento de tais contribuições para obter benefício mais vantajoso. 
V - Não se trata de renúncia, uma vez que o apelante não pretende deixar de receber benefício previdenciário. Pelo contrário, pretende trocar o que recebe por outro mais vantajoso, o que fere o disposto no art. 18, § 2º, da Lei n. 8.213/91.
VI - A desaposentação não se legitima com a devolução dos valores recebidos porque não há critério para a apuração do quantum a ser devolvido, impedindo a preservação do equilíbrio financeiro e atuarial do sistema. VII - O aposentado que volta a trabalhar é segurado obrigatório, justificada a contribuição previdenciária na solidariedade que norteia o sistema. VIII - Ilegitimidade ativa do INSS para a devolução dos valores recolhidos após a aposentação, tendo em vista a criação da Receita Federal do Brasil, pela Lei 11.457/2007.IX - De ofício, extinto o processo, sem resolução do mérito, relativamente ao pedido alternativo, tendo em vista a ilegitimidade ativa do INSS, nos termos do art. 267, VI, do CPC. Apelação improvida”. (AC - APELAÇÃO CÍVEL – 1391991)
6 CONCLUSÃO
	Portanto, de todo o quanto exposto, é possível verificar-se que a questão é extremamente controversa sob o ponto de vista jurídico, razão pela qual a jurisprudência nacional não encontra unidade sobre a matéria,havendo posicionamentos divergentes entre as diversas cortes federais encarregadas de julgar questões previdenciárias, cabendo aguardar-se a palavra final da Suprema Corte sobre o tema.
REFERÊNCIAS
ROCHA, Daniel Machado da, SAVARIS, José Antonio. Curso de Direito Previdenciário. Curitiba: Alteridade Editora, 2014.
JEFFERSON LUIS KRAVCHYCHYN ... [et al.]. Prática Processual Previdenciária. 5. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2014.

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