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AN02FREV001/REV 4.0 51 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE BIOQUÍMICA CLÍNICA Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 52 CURSO DE BIOQUIMIA CLÍNICA MÓDULO II Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 53 MÓDULO II Esse tópico revê a anatomia do fígado, metabolismo hepático normal, testes bioquímicos para a avaliação da função renal. 4 FUNÇÃO HEPÁTICA 4.1 ANATOMIA DO FÍGADO O fígado é o maior órgão do corpo humano que atua como uma glândula do corpo humano pesa entre 1200 a 1600 g e se localiza no canto direito superior do abdômen, sob o diafragma. Divide-se em dois lobos, apresenta amplo aporte sanguíneo. Funciona como glândula exócrina, isto é, libera secreções em sistema de canais que se abrem em uma superfície externa. Atua também como glândula endócrina, uma vez que também libera substâncias no sangue ou nos vasos linfáticos. A sua estrutura fundamental é o hepatócito. 4.2 METABOLISMO HEPÁTICO NORMAL Funções do fígado: - Emulsificação de gorduras no processo digestivo, através da secreção da bile; - Síntese do colesterol; - Destruição das hemácias; - Síntese de proteínas do plasma; AN02FREV001/REV 4.0 54 - Lipogênese, a produção de triglicérides (gorduras); - Conversão de amônia em ureia; - Armazenamento e liberação de glicose; - Destoxificação de muitas drogas e toxinas. O fígado possui funções complexas e dinâmicas. Dentre as principais atividades realizadas por este órgão, está a formação e excreção da bile. As células hepáticas produzem em torno de 1,5 litros de bile por dia, descarregando-a através do ducto hepático. Outra função do tecido hepático é a transformação de glicose em glicogênio. Ligada a este processo, o fígado está envolvido na regulação e na organização de proteínas e gorduras em estruturas químicas utilizáveis pelo organismo por meio da concentração dos aminoácidos no sangue. Esse processo resulta na conversão em glicose para que seja utilizada pelo organismo no seu metabolismo. Nesse mesmo processo, ocorre a formação de um subproduto, a ureia, eliminada pelo rim. Paralelamente as funções já citadas existem ainda a elaboração da albumina, do fibrinogênio e isto tudo ao mesmo tempo em que ocorre a desintegração dos glóbulos vermelhos pelas células hepáticas. O tecido hepático realiza diversos processos simultaneamente, destruindo, reprocessando e reconstruindo. A produção de heparina e de vitamina A a partir do caroteno também são originadas no fígado. O fígado, além de produzir em seus processos diversos elementos vitais, ainda age como um depósito, armazenando água, ferro, cobre e as vitaminas A, vitamina D e complexo B. Participa também da regulação do volume sanguíneo, pois durante o seu funcionamento produz calor. É um importante órgão com ação antitóxica. O tecido hepático processa e elimina os elementos nocivos de bebidas alcoólicas, café, barbitúricos, gorduras entre outros. Além disso, possui um papel vital no processo de absorção de alimentos. AN02FREV001/REV 4.0 55 FIGURA 19 FONTE: Disponível em: <http://www.bioquimica.com.br/content/ABAAAAMFMAA/bioquimica-clinica>. Acesso em: 22 abr. 2011. 4.3 AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA DA FUNÇÃO HEPÁTICA Finalidade: - Identificar anormalidades de função hepática; - Determinar o tipo de anormalidade e auxiliar na identificação do local e o grau da lesão no órgão. - Auxiliar no prognóstico e acompanhamento do paciente com enfermidade hepática AN02FREV001/REV 4.0 56 4.4 MARCADORES LABORATORIAIS: Lesão; Colestase; Função (síntese/depuração). 4.5 TESTES BIOQUÍMICOS DE ROTINA ― Bilirrubina conjugada e não conjugada (marcador de lesão e de colestase); ― Fosfatase alcalina (marcador de colestase); ― γ-glutamiltransferase ou γ-GT (marcador de colestase); ― Aminotransferases ou transaminases (marcador de lesão); ― Albumina (marcador de lesão). 4.5.1 Bilirrubina A bilirrubina é derivada dos glóbulos vermelhos senescentes, mas também do turnover de outras proteínas que contém heme, como os citocromos. Cerca de 70% a 80% da bilirrubina são provenientes da destruição das hemácias que são removidas da circulação pelos macrófagos. A hemoglobina é metabolizada no baço e no sistema reticuloendotelial, sendo degradadas em heme e globina. Dessa forma, o ferro livre e a biliverdina são produzidos. A ação da enzima biliverdina redutase sobre a biliverdina gera a bilirrubina. A bilirrubina por sua vez, é pouco solúvel em soluções aquosas em valores de pH fisiológico. Então, esta bilirrubina recém-formada, circula no sangue ligado à albumina sérica (chamada de bilirrubina indireta, forma não conjugada). AN02FREV001/REV 4.0 57 Esta fração da bilirrubina liga-se tão fortemente à albumina sérica e a lipídeos que não se difunde livremente no plasma e, portanto, não aparece na urina. Da circulação a bilirrubina indireta é transportada pelo sistema porta até o fígado, onde penetra no hepatócito por dois mecanismos distintos: difusão passiva e endocitose. Uma vez dentro do hepatócito, a bilirrubina desliga-se da albumina e forma um complexo proteico com as chamadas proteínas Y e Z (também chamadas ligandinas). É então transportada para o retículo endoplasmático liso, onde se torna um substrato da enzima glicuronil transferase, dando origem a um diglicuronídeo conjugado (mono- e triglicuronídeos também são formados). A bilirrubina, agora já conjugada, denominada bilirrubina direta, sendo transportada até a membrana celular. Na face oposta aos sinusoides e próxima aos canalículos biliares, ela é excretada diretamente, alcançando o trato intestinal, onde é metabolizada pelas bactérias da flora intestinal, formando o stercobilinogênio. A maior parte deste stercobilinogênio é excretada nas fezes, outra parte é reabsorvida e eventualmente reexcretada na bile (circulação entero-hepática). Uma pequena quantidade é excretada pelos rins, sendo designado urobilinogênio. O aumento dos níveis de bilirrubina sérica reflete-se em uma cor amarela das escleras, das mucosas e da pele chamada de icterícia. É relativamente comum os recém-nascidos apresentarem icterícia. Cerca de 60% dos neonatos podem apresentar elevações na concentração de bilirrubina sérica. É possível correlacionar o aumento dos níveis séricos de bilirrubina com alterações em uma das etapas do seu metabolismo. Os níveis séricos da bilirrubina indireta são determinados pela velocidade de produção e pela velocidade de remoção dessa bilirrubina da circulação. Os distúrbios que alteram a capacidade de depuração do fígado estão ligados à captação e/ou conjugação hepática. Doenças que causam a hemólise dos eritrócitos, como na hemólise isoimune neonatal, geram uma grande produção de bilirrubina. Como as enzimas hepáticas do metabolismo da bilirrubina são pouco expressas nos recém-nascidos, bebês podem não ser capazes de excretar as grandes quantidades de bilirrubina gerada pela quebra dos eritrócitos. A haptoglobina, responsável pela entrega da hemoglobina às células reticoendoteliais é usada clinicamente como um indicador do grau de hemólise intavascular. Pacientes com significativa hemólise intravascular possuem baixas ou nenhuma AN02FREV001/REV 4.0 58 concentração de haptoglobina plasmática, por exceder a capacidade de ligação do complexo hemoglobina-haptoglobina. Reforçamos que o aumento de bilirrubina indireta não induz a presença de bilirrubina na urina. As elevações de bilirrubina direta no soro podem ser atribuídas à doença hepática e/ou do trato biliar. As doenças do trato biliar podem ser ainda, intra ou extra-hepáticas. Os níveis séricos da bilirrubina direta são determinados pela capacidade de excreção da bilirrubina pelo fígado, ou seja, pela integridade fisiológica do hepatócito e da permeabilidade das vias biliares. Patologias que alterem essas funções cursam com aumento da bilirrubina direta e, muitas vezes, da bilirrubina indireta e com a presença de bilirrubina na urina. A seguir serão descritos as icterícias hemolítica, obstrutiva e hepatocelular. Metabolismo normal da bilirrubina: FIGURA 20 FONTE: MACHADO, Ana Paula Marques (autora). AN02FREV001/REV 4.0 59 4.5.1.1 Icterícia Hemolítica O fígado é capaz de conjugar e excretar por dia mais de 3000 mg de bilirrubina, cuja produção normal é de apenas 300 mg/dia. Em situações como na anemia falciforme, deficiência de G-6-P-desidrogenase e na malária, onde há lise maciça de eritrócitos, a produção de bilirrubina é mais alta do que a capacidade hepática de conjugá-la. Os níveis de bilirrubina não conjugada no sangue tornam-se aumentados, causando icterícia. FIGURA 21 FONTE: MACHADO, Ana Paula Marques (autora). AN02FREV001/REV 4.0 60 4.5.1.2 Icterícia Obstrutiva É o resultado da obstrução do ducto biliar. O tumor hepático ou cálculos biliares podem causar bloqueio dos ductos biliares impedindo a passagem de bilirrubina conjugada para o intestino. Os sintomas apresentados por estes pacientes são dor gastrintestinal, náuseas e as fezes apresentam-se claras. O fígado direciona a bilirrubina conjugada para o sangue causando a hiperbilirrubinemia. FIGURA 22 FONTE: MACHADO, Ana Paula Marques (autora). 4.5.1.3 Icterícia Hepatocelular A lesão dos hepatócitos pode causar aumento dos níveis sanguíneos de bilirrubina não conjugada. A cirrose e a hepatite são exemplos onde à lesão hepática afeta a conjugação da bilirrubina que não é eficientemente secretada para a bile, contudo se difunde para o sangue. O urobilinogênio aumenta na urina, pois a lesão AN02FREV001/REV 4.0 61 hepática diminui a circulação entero-hepática desse composto, permitindo que uma maior quantidade dele chegue ao sangue, onde é filtrado para a urina. A urina torna- se escura e as fezes uma cor de argila clara. Bilirrubina Bilirrubina Total Bilirrubina Direta Bilirrubina Indireta ICTERÍCIA HEMOLÍTICA: Aumentada Normal ou aumentada Aumentada ICTERÍCIA OBSTRUTIVA: Aumentada Aumentada Normal ou aumentada ICTERÍCIA HEPATOCELULAR Aumentada Aumentada Aumentada 4.5.1.4 Icterícia em Recém-nascidos Os bebês acumulam bilirrubina, pois a atividade da bilirrubina glicuroniltransferase hepática é baixa ao nascimento. ICTERÍCIA DO RECÉM-NASCIDO (CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS): Baixa atividade de bilirrubina glicuroniltransferase problemas de conjugação; Aumento nas taxas de bilirrubina de > 5 mg/dL/dia; Bilirrubina total superior a 12,9 mg/dL; Bilirrubina total superior a 15 mg/dL em prematuros; Bilirrubina direta superior a 1,5 mg/dL; Persistência de icterícia após 10° dia de vida; Persistência de icterícia após duas semanas de vida em prematuros. AN02FREV001/REV 4.0 62 4.5.2 Fosfatase Alcalina Fosfatase alcalina ou FAL é uma enzima relativamente inespecífica que catalisa a hidrólise de vários fosfomono ésteres em pH alcalino que está presente nas células que delineam os ductos biliares do fígado. Os níveis de FAL no plasma irão aumentar com grandes obstruções do ducto biliar, colestase intra-hepática ou doenças infiltrativas do fígado. FAL está presente no tecido ósseo e placentário, então ela está aumentada em crianças em crescimento (já que seus ossos estão sendo remodelados). Os valores de referência são de 40-150 U/L. Está amplamente distribuída nos tecidos humanos. Mucosa intestinal, fígado, túbulos renais, baço, ossos, leucócitos e placenta. A forma predominante no soro de adultos normais origina-se do fígado e esqueleto. Sua exata função é desconhecida. Parece estar associada ao transporte de lipídeos no intestino e com processos de calcificação óssea. HIPERFOSFATEMIA ALCALINA OBSTRUÇÃO HEPÁTICA: como a enzima está localizada na membrana dos canalículos biliares, a enzima está elevada no trato biliar. Lesões expansivas: carcinoma hepatocelular primário e matástases. Hepatite viral e cirrose. Fármacos: amoxilina, antifúngicos, benzodiazepínicos, eritromicina, esteroides, anabolizantes, estrógenos, inibidores da ECA, sulfoniluérias, anti- inflamatórios não esteroides. Outras desordens: mononucleose infecciosa, colangite e cirrose biliar primária. Fosfatase alcalina ou FAL AN02FREV001/REV 4.0 63 4.5.3. Gama-Glutamiltranspertidase (γGT) Catalisa a transferência do grupo γ-glutamil de um peptídeo para outro peptídeo ou aminoácidos produzindo aminoácidos γ-glutamil e cisteinil-glicina. Esta enzima também conhecida como Gama GT ou GGT está envolvida no transporte de aminoácidos e peptídeos através das membranas celulares, na síntese proteica e peptídica, na regulação dos níveis teciduais de glutation e no transporte de aminoácidos entre membranas. A gama GT é encontrada em vários tecidos como os rins o cérebro, o pâncreas, porém a maior quantidade de gama GT corpórea está presente nos hepatócitos. Embora razoavelmente específica para o fígado e por ser considerado um marcador mais sensível para lesões colestáticas que a fostatase alcalina, a gama glutamil transpeptidase pode estar elevada até mesmo em pequenos níveis subclínicos de disfunção hepática. Ela também pode ser útil em identificar a causa de uma elevação isolada da fosfatasealcalina. A GGT está aumentada em casos de toxicidade alcoólica (aguda e crônica). AUMENTO DA ATIVIDADE: enzima no soro é de origem do sistema hepatobiliar. - Obstrução intra-hepática e extra-hepática: cirrose, colestase, icterícia obstrutiva, colangite e colecistite. - Doenças hepáticas relacionadas ao álcool. - Hepatite infecciosa. - Neoplasmas. - Esteatose hepática. - Fibrose cística (mucoviscidose). - Câncer prostático - Outras causas: lúpus eritematoso sistêmico e hipertireoidismo. - Fármacos: basbitúricos, antimicrobianos e benzodiazepínicos. AN02FREV001/REV 4.0 64 4.5.4 Aminotransferases ou Transaminases 4.5.4.1 . Alanina transaminase (ALT) Alanina transaminase (ALT), também chamada transaminase glutâmica pirúvica sérica ou TGP, é uma enzima presente no citoplasma dos hepatócitos. O tempo de meia vida é de 47+ ou – 10 horas. Quando há lesão celular, a ALT atinge a corrente sanguínea e seus níveis séricos podem, portanto, ser mensurados. A ALT aumenta drasticamente em lesões hepáticas agudas, como na hepatite viral ou overdose de paracetamol. Os valores de referência são de 0 - 50 U/L. 4.5.4.2 Aspartato transaminase (AST) Aspartato transaminase (AST), também chamada de transaminase glutâmica oxalacética sérica ou TGO é similar à ALT presente na mitocôndria e citoplasma dos hepatócitos. Seu tempo de meia vida é de 17 + ou – 5 horas. Está aumentada na lesão hepática aguda, mas também está presente nas hemácias e musculo esqueléticos e cardíacos, não sendo então uma enzima específica do fígado. A proporção entre a AST e a ALT é, às vezes, útil para diferenciar as causas da lesão hepática. Os valores de referência são de 0 – 45 U/L. Em dano hepatocelular leve a forma predominante no soro é a citoplasmática, enquanto em lesões graves há liberação da enzima mitocondrial, elevando a relação AST/ALT. Hepatite viral aguda: Na fase aguda a ALT (TGP) geralmente apresenta atividade maior que a AST (TGO). Relação AST/ALT menor que 1. Cirrose: a atividade da AST (TGO) geralmente é maior que a da ALT (TGP). Relação AST/ALT maior que 1. AN02FREV001/REV 4.0 65 4.5.5 Albumina Albumina é uma proteína feita especificamente pelo fígado. É o principal constituinte da proteína total; a fração restante é chamada de globulina (incluindo as imunoglobulinas). Os níveis de albumina estão diminuídos em doenças crônicas do fígado, como a cirrose. Também estão diminuídos na síndrome nefrótica, na qual a albumina é perdida através da urina. Desnutrição ou estado de catabolismo de proteína também pode levar a uma hipoalbuminemia. A meia-vida da albumina é aproximadamente 20 dias. As albuminas não são consideradas um fator muito especial para detectar a função hepática, já que os fatores de coagulação são muito mais sensíveis. Os valores de referência são de 30-50 g/L. (3,3-4,6 g/dL). 4.6 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1- Coloque V para verdadeiro e F para falso: (...) Os distúrbios que alteram a capacidade de depuração do fígado estão ligados à formação de células β hepátcas. (...) O fígado funciona como glândula exócrina, isto é, libera secreções em sistema de canais que se abrem numa superfície externa. (...) O aumento dos níveis de bilirrubina sérica reflete-se numa cor amarela das escleras, das mucosas e da pele chamada de icterícia. (...) Os níveis de albumina estão diminuídos em doenças crônicas do fígado, como a cirrose. (...) Pacientes com doenças hepáticas podem apresentar aumento dos teores de ureia plasmática e redução das funções lipídicas. AN02FREV001/REV 4.0 66 Complete as lacunas: 2- Umas das principais atividades do funcionamento ....................... do fígado é a ................ e excreção da bile. (A) reconstrutor e dinâmico – formação (B) dinâmico e complexo – formação (C) reconstrutor e dinâmico – degradação (D) complexo e reconstrutor – degradação (E) dinâmico e regulador – degradação 3- Albumina é uma proteína feita especificamente pelo fígado, sendo o principal constituinte da proteína total, a fração restante é chamada de: (A) globulina (incluindo as imunoglobulinas) (B) aminoácidos γ-glutamil e cisteinil-glicina (C) hepatócito. (D) lipogênese (E) células hepáticas Repostas: 1) (F)- (V)- (V)- (V)- (F) 2) B 3) A AN02FREV001/REV 4.0 67 Esse tópico revê a anatomia, testes laboratoriais e a patologias relacionadas ao funcionamento do pâncreas. 5 FUNÇÃO PANCREÁTICA O pâncreas humano é um importante órgão gastrointestinal acessório, que pesa menos de 100g. A localização deste órgão é na parede posterior do abdome, atrás do estômago, entre o duodeno e o baço. FIGURA 23 O pâncreas é dividido em quatro partes: cabeça, colo, corpo e cauda. Cabeça: fica do lado direito do duodeno. Colo: é curto (1,5-2,0cm) e está situado após a cabeça do pâncreas. Corpo: continua a partir do colo. Cauda: prolonga-se até o baço. O ducto pancreático principal começa na cauda e se estende até a cabeça do pâncreas, onde na maioria das vezes se une ao ducto colédoco, para formar a ampola hepatopancreática (Ampola de Valter). FONTE: Margarida de Mello Aires, Fisiologia, 2008 p.853. Essa por sua vez se abre na parte descendente do duodeno. Estes ductos contêm esfíncteres na parte terminal que controlam o fluxo de bile (produto secretado pelo fígado e armazenado na vesícula biliar) e de suco pancreático (produzido pelas células acinares e ductais). A Ampola de Valter fica muito próxima AN02FREV001/REV 4.0 68 ao ducto biliar comum e por isso pacientes que tem pancreatite, às vezes, tem algumas manifestações hepáticas e vice-versa, em função da proximidade. Este órgão possui funções secretoras endócrinas e exócrinas. A secreção endócrina está relacionada à síntese de hormônios. A secreção exócrina é formada de um componente aquoso, que é rico em bicarbonato (HCO3-) e ajuda a neutralizar os conteúdos duodenais. Além disso, a secreção exócrina contém enzimas que realizam a digestão dos carboidratos, das proteínas e das gorduras. A cada dia o pâncreas secreta cerca de1 litro de suco pancreático (10 vezes a sua massa). Tanto sinais neurais quanto hormonais controlam a secreção pancreática exócrina desencadeada pela presença de ácido e produtos da digestão no duodeno. O pâncreas é inervado por ramos do nervo vago e pelo sistema nervoso entérico. As fibras vagais formam sinapses com os neurônios colinérgicos dentro do pâncreas e inervam as células acinares e as ilhotas. Os nervos simpáticos pós- ganglionares provenientes dos plexos celíacos e mesentérico superior inervam os vasos sanguíneos pancreáticos. A secreção do suco pancreático é estimulada pela atividade parassimpática e inibida pela atividade simpática. Os reflexos gastropancreáticos e enteropancreáticos são mediados pela continuidade do sistema nervoso entérico desses segmentos do trato gastrointestinal com o sistema nervoso entérico no pâncreas que inerva as células ductais e as acinares As células ductais são as principais responsáveis pela elaboração do componente aquoso do suco pancreático, sendo o hormônio secretina o principal estimulador fisiológico desta produção. As secreções das células acinares constituem o componente enzimático do suco pancreático. Esse componente contém enzimas importantes para a digestão de todas as classes principais de alimentos. Se as enzimas pancreáticas estiverem ausentes, lipídeos, proteínas e carboidratos são mal absorvidos. Uma das principais proteases pancreáticas é a tripsina. Esta protease é secretada no suco pancreático na forma de zimogênio inativo (tripsinogênio), que é especificamente ativado pela enteropeptidase, secretada pela mucosa duodenal. O suco pancreático contém também amilase que é secretada na forma ativa que cliva as moléculas de amido em oligossacarídeos. O suco pancreático contém ainda certo número de enzimas digestivas de lipídeos, ou lípases. AN02FREV001/REV 4.0 69 Os estímulos neurais e hormonais desencadeiam a secreção do suco pancreático. A estimulação dos ramos vagais para o pâncreas intensifica a secreção. A ativação das fibras simpáticas inibe a secreção pancreática, parcialmente pela redução do fluxo sanguíneo para o pâncreas. A secretina e a CCK, hormônios liberados pela mucosa duodenal, estimulam a secreção dos componentes aquosos e enzimáticos, respectivamente. A CCK também desencadeia a liberação de acetilcolina nos terminais nervosos no pâncreas. Controle da secreção pancreática exócrina durante as fases cefálica, gástrica e intestinal. Fase Estímulo de secreção Mediador ou mecanismo Cefálica Gástrica Intestinal Visão, cheiro, paladar da comida Distensão do estômago Duodeno ácido pH<4,5), aminoácidos e ácidos graxos, Ca Impulsos nervosos vagais e entéricos estimulam as células acinares e ductais Reflexos vagovagais e gastropancreáticos estimulam as células acinares e ductais Secretina estimula as céluals ductais. A CCK estimula o ramo aferente dos reflexos vagovagais às células acinares e ductais. Reflexos enteroepáticos estimulam as células acinares e ductais 2+ Distensão do duodeno, hipertonicidade no jejuno A gastrina, responsável por estimular a secreção pancreática durante a fase cefálica, é liberada pela mucosa do antro gástrico em resposta aos impulsos vagais. Na fase intestinal da secreção, certos componentes do quimo no duodeno e parte superior do jejuno evocam a secreção pancreática. O ácido no duodeno e na parte superior do jejuno desencadeia a secreção de um grande volume de suco pancreático com baixa concentração de enzimas, sendo o hormônio secretina o principal mediador dessa resposta ao ácido. A distensão do duodeno evoca um AN02FREV001/REV 4.0 70 reflexo neural (reflexo duodenopancreático) e os reflexos vagovagais que promovem a secreção pancreática. A presença de peptídeos e de certos aminoácidos no duodeno desencadeia a secreção de um suco pancreático rico em componentes enzimáticos. Os ácidos graxos e os monoglicerídeos no duodeno também desencadeiam a secreção do suco pancreático rico em proteínas. O hormônio CCK é o mais importante mediador fisiológico do componente enzimático do suco pancreático. A CCK potencializa o efeito estimulatório da secretina sobre os ductos, enquanto a secretina tem o mesmo efeito de potencialização da CCK sobre as células acinares. Algumas das patologias que podem ocorrer neste órgão são: Pancreatite crônica: Lesão de longa data, onde há maior período até o surgimento dos sintomas; Pancreatite aguda: muito grave e possui duas formas: Edematosa: Cerca de 80% dos pacientes agudos desenvolvem esta forma da patologia; Hemorrágica: Grave, pois o paciente apresenta rápida necrose e hemorragia do órgão, conduzindo a grande mortalidade. Os sintomas que podem surgir são dor epigástrica intensa, vômito, febre e distensão abdominal. As causas de pancreatite podem ser devido a infecções, obstrução do ducto, hepatite, álcool e traumatismo. A inativação da tripsina dentro das células acinares, pode provocar um processo de autodigestão, o que pode causar a pancreatite. As enzimas pancreáticas consistem principalmente em amilase para a digestão de amido, lípase para a digestão de lipídeos e tripsina para a digestão das proteínas. As doenças intrínsecas do parênquima pancreático ou a obstrução do ducto pancreático por tumor ou por doença em área adjacente podem causar diminuição ou ausência completa das secreções pancreáticas. Esta falta resulta secundariamente no aparecimento de sintomas em consequência da carência dessas importantes enzimas digestivas. AN02FREV001/REV 4.0 71 5.1 AMILASE A alfa-amilase consiste em dois grupos de isoenzimas: pancreática (produzido no pâncreas) e salivar (produzido pelas glândulas salivares). Cada grupo, por sua vez, consiste em mais de uma isoenzima. O fracionamento das isoenzimas é útil, pois a elevação da isoenzima tipo salivar sem aumento da isoenzima do tipo pancreática, sugere uma fonte de amilase não pancreática. Algumas condições podem reproduzir dosagens normais ou baixas de amilase sérica. A administração de glicose provoca redução do nível sérico de amilase sérica, devendo-se aguardar 2 horas depois do paciente ter-se alimentado para determinar os níveis séricos de amilase. A lipemia produz uma redução artificial dos valores da amilase quando são utilizadas as metodologias mais atuais. Na necrose hemorrágica maciça, pode não haver elevação dos níveis séricos de amilase, visto que não há células funcionantes para produzi-la. 5.2 AMILASE URINÁRIA A determinação da amilase urinária pode ser útil, sobretudo quando os níveis séricos da enzima estão normais ou equivocadamente elevados. Em geral, a excreção urinária de amilase aumenta dentro de 24 horas após a amilase sérica e, de regra, permanece anormal durante 7 a 10 dias após a normalização da concentração sérica. Porém, deve-se levar em conta a influência da função renal. Existem pacientes que apresentam amilase aumentada e não possuem nenhuma doença pancreática. Este aumento de amilase sérica é denominado macroamilasemia. Isso ocorre porque as moléculas de amilase se ligam a algumas proteínas, em geral imunoglobulinas. Dessa maneira, as moléculas tornam-se muito grandes para serem filtradas pelo glomérulo e acabam acumulando no sangue. Essa é uma condição intrínseca de alguns indivíduos. AN02FREV001/REV 4.0 72 Tabela de associação dos níveis séricos da amilase e condições clínicas. Aumentada Diminuída Normal Pancreatite aguda (níveis urinários refletem alterações séricas de 6- 10 horas). Destruição acentuada e extensa do pâncreas (p. ex., pancreatite aguda fulminante, pancreatite crônica avançada, fibrose cística avançada) Pacientes com recaída de pancreatite crônica Exacerbação aguda da pancreatite crônica Dano hepático grave (p.ex., hepatite, intoxicação, queimaduras extensa) Pacientes com hipertrigliceridemia (interferência técnica com o teste) Aumentada Diminuída Normal Pancreatite aguda induzidas por drogas (p.ex., corticosteroides, etanol...) Litíase ou carcinoma Interferências metodológicas por drogas (p.ex., citrato e oxalato, diminuição da atividade de ligação com os íons cálcio) Frequentemente normal nos pacientes com pancreatite alcoólica aguda Espasmo esfincteriano induzido por drogas (p. ex., opiáceos), onde se observa aumento da amilase a níveis de 2 a 15 vezes o normal. Combinação entre obstrução parcial mais estimulação provocada por drogas. Obstrução comum do ducto biliar Colecistite aguda Complicações de pancreatite (pseudocisto, ascite). Trauma pancreático (lesão abdominal) Doença intestinal isquêmica ou perfuração. AN02FREV001/REV 4.0 73 Ruptura esofagiana Úlcera péptica perfurada ou penetrante Período pós-operatório de cirurgia abdominal. Envenenamento ou ingestão aguda de altas quantidades de álcool. Doença das glândulas salivares (Caxumba, inflamações supurativas, radiação). Tumores malignos (especialmente pulmão, ovários, pâncreas, além de mama e cólon); geralmente valores >25 vezes o limite superior da normalidade, o que raramente é visto na pancreatite. Aumentada Diminuída Normal Insuficiência renal avançada. Macroamilasemia Outros exemplos de doença hepática crônica é a cirrose, queimaduras, gravidez, cisto ovariano, cetoacidose diabética, cirurgia torácica recente. 5.3 LIPASE O pâncreas é a principal fonte de lipase. A presença de colipase e sais biliares são necessários para atividade catalítica e para maior especificidade da lipase pancreática. A lipase sérica é inibida por proteínas, sais biliares e fosfolipídeos. A colipase atua para reverter esta inibição. Tanto a lipase quanto a colipase são secretadas pelo pâncreas e, dessa maneira, estão presentes no soro. A colipase está presente no sangue de pacientes com pancreatite, mas em AN02FREV001/REV 4.0 74 concentrações variáveis e usualmente abaixo do normal ou abaixo da quantidade necessária para ativar completamente a lipase pancreática. Para determinar exatamente e completamente a atividade da lipase pancreática em pacientes com pancreatite é essencial adicionar colipase ao conjunto de reagentes. O nível de lipase sérica é considerado mais específico do que o nível de amilase para a lesão pancreática. Os níveis de lipase aumentam um pouco mais tarde do que a amilase sérica, começando dentro de 3-6 horas, com observação de um pico mais frequentemente dentro de 24 horas. A lipase permanece anormal por mais tempo e normalmente retornam ao normal dentro de 7 a 10 dias. A lipase é excretada por filtração através dos glomérulos renais, após ser filtrada, a maior parte da enzima é reabsorvida pelos túbulos proximais dos rins e catabolizada em outro local. A determinação da lipase urinária não é atualmente utilizada. A avaliação da sensibilidade e especificidade na determinação da lipase sérica para a pancreatite aguda tem demonstrado uma considerável variação da sensibilidade e especificidade. Alguns consideram a lipase muito sensível e específica para doença pancreática aguda. A insuficiência renal constitui o distúrbio não pancreático (menor especificidade) mais frequentemente associado a níveis elevados de lipase sérica. A presença de lipemia produz níveis séricos falsamente diminuídos de lipase e amilase. Tabela de associação dos níveis séricos da lipase e condições clínicas. Aumentados Diminuídos Normais Pancreatite aguda Interferência metodológica (p.ex., presença de hemoglobina, cálcio iônico) Caxumba Úlcera péptica perfurada ou penetrante Os níveis séricos de lípase podem ser mais baixos em recém- nascidos Obstrução do ducto por litíase, espasmo esfincteriano induzido por drogas, combinação de obstrução parcial mais estimulação por droga Macroamilasemia Pancreatite crônica AN02FREV001/REV 4.0 75 Colecistite aguda Obstrução do intestino delgado Infarto intestinal Insuficiência renal aguda e crônica Alcoolismo Cetoacidose diabética Pancreatite aguda induzida por droga Interferência metodológica por drogas Doença crônica do fígado A amilasemia e a lipasemia podem estar elevadas em várias doenças abdominais que cursam com abdome agudo. No entanto, acredita-se que, quando há aumento destas enzimas acima de três vezes o limite superior de referência (LSR), associado a quadro clínico característico (dor abdominal, hipersensibilidade, náuseas e vômitos), o diagnóstico de pancreatite aguda (PA) deve ser considerado. Estudos que avaliaram, concomitantemente, amilasemia e lipasemia para o diagnóstico da PA, apresentam resultados conflitantes com relação à sensibilidade e a especificidade de cada uma dessas enzimas. Além disso, a determinação simultânea da amilase e da lipase em alguns estudos demonstrou o aumento da sensibilidade no diagnóstico da PA, mas outros estudos não observaram vantagens nessa associação. Os resultados de um estudo prospectivo realizado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), Uberlândia, MG, demonstrou que no primeiro dia de internação, 37 pacientes (97%) com pancreatite aguda ou com pancreatite crônica agudizada tiveram aumento dos níveis séricos de amilase e lipase acima do limite superior de referência e somente um paciente apresentou as duas enzimas normais. Para o diagnóstico de pancreatite aguda ou pancreatite crônica agudizada, a sensibilidade da amilase (92%) e da lipase (92%) foi alta quando se considerou qualquer aumento acima do limite superior de referência e diminuiu à medida que se aumentou o nível de corte. Isso ocorreu porque os níveis elevados de amilase e/ou lipase puderam ser encontrados também em pacientes com doenças das vias biliares e úlcera gastroduodenal perfurada, sem evidências de PA. AN02FREV001/REV 4.0 76 5.4 TRIPSINA SÉRICA IMUNORREATIVA A tripsina é produzida exclusivamente pelo pâncreas. No soro, uma proporção considerável da tripsina encontra-se ligada a alfa-1-antitripsina, enquanto certa quantidade é também complexada com alfa-2-macroglobulina. Em condições normais, a atividade da tripsina no soro (determinadas por técnicas atuais de radioimunensaio) não representa, na realidade, a tripsina, e sim o seu precursor, o tripsinogênio. Na presença de doença pancreática aguda, ocorre ativação do tripsinogênio para formar a tripsina. Os níveis de tripsina sérica imunorreativa (TIS) apresentam- se elevados em 95-100% dos pacientes com pancreatite aguda ou com exacerbação aguda da pancreatite crônica. Os níveis de TIS também estão aumentados em 80- 100% dos pacientes com insuficiência renal. Existem dados insuficientes e divergentes da TIS em distúrbios não pancreáticos. Alguns pesquisadores registram resultados normais em pacientes com cirrose e doença do trato biliar, enquanto outros observam elevações em mais da metade dos pacientes com cálculos do ducto comum e em 6-16% dos pacientes com cirrose. Pesquisadores detectaram ainda, valores elevados em pacientes com infecções virais, como a caxumba. Em um estudo, 50% dos pacientes com carcinoma pancreático apresentam valores elevados, enquanto 19% tiveram valores subnormais. Considera-se a determinação da tripsina imunorreativa um teste diagnóstico da função pancreática exócrina. A concentração da tripsina imunorreativa está muito elevada em pacientes com pancreatite aguda e pancreatite crônica reincidente. A determinação seriada da atividade da tripsina imunorreativa demonstrou que o grau e a duração da elevação seguiam o mesmo padrão característico da amilase sérica. Entretanto, foram observados pacientes com aumento de 2 a 5 vezes da amilase sérica sem evidência de lesão pancreática e com uma atividade da tripsina imunorreativa normal. Por essa razão, este teste pode complementar testes utilizados para discriminar lesões pancreáticas. A tripsina imunorreativa tem sido também utilizada para auxiliar no diagnóstico de fibrose cística (FC). Estes pacientes normalmente apresentam AN02FREV001/REV 4.0 77 manifestações digestivas, na sua maioria, secundárias à insuficiência pancreática (IP). A obstrução dos canalículos pancreáticos por tampões mucosos impede a liberação das enzimas para o duodeno, determinando má digestão e má absorção de gorduras, proteínas e hidratos de carbono. A IP está presente em aproximadamente 75% dos fibrocísticos ao nascimento, em 80-85% até o final do primeiro ano, e em 90% na idade adulta. Os pacientes que não desenvolvem insuficiência pancreática têm melhor prognóstico, pois conseguem manter um melhor estado nutricional. A confirmação da insuficiência pancreática pode sugerir fibrose cística, uma vez que grande parte dos fibrocísticos desenvolve esta insuficiência. Por isso, é importante quantificar a sua intensidade, para melhor adequar a terapia de reposição enzimática. Existem vários métodos descritos para avaliar a função exócrina do pâncreas e dentre estes está à dosagem da Tripsina imunorreativa (TIR). Admite-se que o aumento da tripsina seja secundário ao refluxo de secreção pancreática, provocado pela obstrução dos ductos pancreáticos. A dosagem de TIR é um indicador indireto da doença, pois avalia apenas a integridade da função pancreática. As proporções de falso-positivos e falso-negativos são relativamente elevadas. Apesar das controvérsias, este teste está sendo implantado no Brasil como parte do teste do pezinho ampliado para triagem neonatal da fibrose cística. Quando o teste for positivo (valores acima do padrão adotado, 70 ou 140 ng/ml), deverá ser repetido num intervalo de 15-30 dias, e caso persista positivo, o paciente deverá ser submetido ao teste do suor, para confirmar o diagnóstico de fibrose cística. O teste com a Tripsina imunorreativa negativo não exclui fibrose cística com suficiência pancreática. Esse tópico revê um breve estudo sobre as enzimas conceitos e suas ações sobre as células, distribuição e importância diagnóstica, descrição sobre Infarto Agudo do Miocárdio e exames correlacionados. AN02FREV001/REV 4.0 78 6 FUNÇÃO CARDÍACA 6.1 ENZIMAS São proteínas com propriedades catalisadoras sobre as reações que ocorrem em sistemas biológicos. Possuem elevado grau de especificidade sobre o substrato. Aceleram reações específicas sem serem alteradas ou consumidas durante o processo. Seu estudo tem importância clínica. Em algumas doenças as atividades de certas enzimas são medidas principalmente no plasma sanguíneo de eritrócitos ou tecidos. Todas as enzimas presentes no corpo humano são sintetizadas. 6.2 TIPOS DE ENZIMAS INTRACELULARMENTE: ⇒ ENZIMAS PLASMA ESPECÍFICAS: enzimas ativas no plasma, utilizadas no mecanismo de coagulação sanguínea e fibrinólise. ⇒ ENZIMAS SECRETADAS: são secretadas normalmente na forma inativa e após a sua ativação atuam extracelularmente. ⇒ ENZIMAS CELULARES: normalmente apresentam baixos teores séricos que aumentam quando são liberadas a partir de tecidos lesados por alguma doença. Isso permite inferir a localização e a natureza das variações patológicas em alguns órgãos tais como: fígado e pâncreas. As meias-vidas das enzimas teciduais após liberação no plasma apresentam grande variabilidade. Podendo variar de horas até semanas. AN02FREV001/REV 4.0 79 Em condições normais as atividades enzimáticas permanecem constantes, refletindo o equilíbrio entre esses processos. Modificações nos níveis de atividade enzimática ocorrem em situações onde esse balanço é alterado. A elevação na atividade enzimática é devido a: AUMENTO NA LIBERAÇÃO DE ENZIMAS PARA O PLASMA: Como consequência de lesão celular extensa; proliferação celular e aumento de renovação; aumento da síntese enzimática; obstrução de ductos. REDUÇÃO DA REMOÇÃO DE ENZIMAS DO PLASMA DEVIDO À INSUFICIÊNCIA RENAL: Síntese enzimática reduzida, deficiência congênita de enzimas; variantes enzimáticas com baixa atividade biológica. Alterações em atividades enzimáticas fornecem indicadores sensíveis de lesão ou proliferação celular. Essas modificações ajudam a detectar e localizar a lesão tecidual, monitorar o tratamento e o progresso da doença. Grande número de enzimas liberado das células durante a renovação celular normal. Essas enzimas quase sempre atuam intracelularmente e não têm função fisiológica no plasma. Em indivíduos saudáveis o nível dessas enzimas é constante e representa um estado de equilíbrio, no qual a velocidade de liberação dessas enzimas no plasma pelas células danificadas é equilibrada por uma velocidade igual de remoção do plasma. A presença de atividade enzimática elevada no plasma pode indicar lesão tecidual, que é acompanhada pela liberação aumentada de enzimas intracelulares. AN02FREV001/REV 4.0 80 FIGURA 24 FONTE: Disponível em: <http://www.bioquimica.com.br/content/ABAAAAMFMAA/bioquimica- clinica>. Acesso em: 22 abr. 2011. Liberação de enzimas a partir de células normais e de células doentes ou expostas a um trauma. Algumas enzimas são inespecíficas, mas algumas são tecido-específicas. 6.3 QUADRO DISTRIBUIÇÃO DE ALGUMAS ENZIMAS E IMPORTÂNCIA DIAGNÓSTICA Distribuição de algumas enzimas e importância diagnóstica: Enzima Principal Fonte Principal Aplicação Clínica Amilase Glândulas Salivares, pâncreas, ovários. Enfermidades Pancreáticas Transaminases Fígado, músculo esquelético,coração, rim, erotrócitos Doenças do parênquima hepático, infarto do miocárdio, doença muscular PSA Próstata Carcinoma de próstata Creatinoquinase Músculo esquelético, cérebro, coração, músculo liso Infarto do miocárdio, enfermidades musculares. Fosfatase ácida Próstata, eritrócitos Carcinoma de próstata Fosfatase alcalina Fígado, osso, mucosa intestinal, placenta, rim Enfermidade hepatobiliar, alcoolismo Lactato desidrogenase Coração, fígado, músculo esquelético Infarto do miocárdio, hemólise, doenças do parênquima hepático Lípase Pâncreas Enfermidades pancreáticas AN02FREV001/REV 4.0 81 FIGURA 25 Enzimas intracelulares aparecem no plasma em consequência da renovação celular normal. Níveis plasmáticos das enzimas intracelulares aumentados em razão da lesão celular ou a proliferação celular. FONTE: Disponível em: <http://www.bioquimica.com.br/content/ABAAAAMFMAA/bioquimica-clinica>. Acesso em: 22 abr. 2011. 6.4 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM) DESCRIÇÃO: necrose irreversível do miocárdio, que resultam em trombose em uma lesão preexistente da parede vascular ou rotura de uma placa aterosclerótica em artéria coronária importante. Primeiramente ocorre uma isquemia, redução ou falta do fluxo sanguineo em algum tecido. Diante de uma isquemia grave e prolongada no miocárdio, segue-se o IAM. A gravidade está relacionada à artéria coronária obstruída, ao grau de circulação colateral e as exigências de oxigênio do tecido suprido pela artéria. Alguns marcadores bioquímicos cardíacos são empregados no intuito de auxiliar o diagnóstico em pacientes suspeitos de terem desenvolvido infarto agudo AN02FREV001/REV 4.0 82 do miocárdio, além de diferenciar outras patologias como a angina, a embolia pulmonar e a insuficiência cardíaca congestiva. Segue abaixo os marcadores mais utilizados: TGO LDH CKT CKMB CK-MASSA Troponina 6.5 INDICAÇÃO DA DOSAGEM DE MARCADORES CARDÍACOS ⇒ Diagnóstico diferencial de dor torácica; ⇒ Detecção precoce de IAM; ⇒ Seguimento e prognóstico do paciente com IAM; ⇒ Método não invasivo para detectar reperfusão coronariana; ⇒ Detecção de infarto antigo (>72h); ⇒ Detecção de reoclusão/reinfartamento; ⇒ Determinação da extensão do infarto. 6.6 IMPORTÂNCIA ⇒ 40% dos pacientes com IAM são diagnosticados tardiamente; ⇒ 5-13% dos pacientes recebem alta erroneamente; 10-26% morrem; ⇒ Eletrocardiograma inicial não detecta >40% dos pacientes com IAM; AN02FREV001/REV 4.0 83 ⇒ Enzimas cardíacas (CK ou CK-MB) não diagnosticam precocemente 50% dos pacientes com IAM; ⇒ Eletrocardiograma + Enzimas não diagnostica >25% dos pacientes com IAM. 6.7 MARCADORES BIOQUÍMICOS DE LESÃO MIOCÁRDICA 6.7.1 Creatinoquinase (CK) A creatinoquinase (CK) é uma enzima que desempenha importante papel na geração de energia para o metabolismo muscular catalisando a fosforilação reversível da creatina pela adenosina trifosfato (ATP) com a formação de creatinafosfato. Está presente, predominantemente no tecido muscular, mas é também encontrada no tecido cerebral. A CK apresenta-se como um dímero composto de duas subunidades (B ou cérebro e M ou muscular), que são separadas em três formas moleculares distintas. CKCK-BB: encontrada predominantemente no cérebro. Raramente está presente no sangue. CK-MB: forma híbrida, predominante no miocárdio. Corresponde a menos de 6% do total. CK-MM: predominante no músculo esquelético. Corresponde a mais de 95% do total. CORRELAÇÕES CLÍNICAS DA CK A concentração sérica da CK é dependente da idade, sexo, raça, massa muscular e atividade física. AN02FREV001/REV 4.0 84 Homens têm níveis mais elevados que mulheres e, negros têm níveis maiores que os brancos. Os níveis em outros grupos raciais não diferem da população branca. A massa muscular constitui outro fator independente que influencia os níveis de CK. Durante a vida adulta, os níveis de CK aumentam discretamente com a idade para declinar na velhice. Elevações transitórias da CK são observadas após trauma muscular, injeções intramusculares, procedimentos cirúrgicos e exercício físico. A atividade da CK pode estar elevada no hipotiroidismo. A CK sérica eleva-se também na polimiosite, na dermatomiosite, no traumatismo muscular, na miocardite, intoxicação por cocaína, na distrofia muscular e no infarto agudo do miocárdio. Valores muito elevados podem ser encontrados após crises convulsivas. Valores diminuídos da CK são encontrados nos estágios precoces da gestação, em pessoas com vida sedentária, durante períodos prolongados de repouso no leito e quando há perda importante da massa muscular. CREATINOQUINASE TOTAL CKT IMPORTÂNCIA CLÍNICA: marcador precoce para indicar lesões em músculo cardíaco e esquelético DETECÇÃO NO SORO/PLASMA: a concentração de CK se eleva 4-8 horas após o início da dor precordial (mesmo que a CKMB). Atinge picos dentro de 12-14 horas. Retorna ao normal em 3-4 dias. DESVANTAGENS: Presente no tecido muscular cardíaco e esquelético. ISOENZIMA DE CK: CK-BB É a menor fração de CK, sua elevação não é comum. Sua elevação ocorre em distúrbios do SNC ISOENZIMAS DE CK: CKMM E MACRO Corresponde a mais 95% do total AN02FREV001/REV 4.0 85 Sua elevação usualmente se deve a lesões no músculo esquelético ou a hipóxia. MACROENZIMA TÍPICA (MACROQUINASE) É uma isoenzima de CK (em gerial CK-BB) de alta massa molecular que pode causar falsos resultados (positivos ou negativos) no diagnóstico de IAM. Representa menos de 2% de todas as isoenzimas em estudos eletroforéticos. ISOENZIMAS DE CK: CKMB Corresponde a <6% do total, altera-se mais comumente na presença de dano miocárdio é mais específica para diagnóstico de necrose miocárdica, sendo sua curva característica, obtida pela dosagem seriada, padrão para diagnóstico de IAM. A CK-MB começa a elevar-se em 4-8h a partir da dor precordial, atingindo o máximo em 12-24h, retornando ao normal em 48-72h. Pacientes que atingem o pico máximo rapidamente (8-12h) têm melhor prognóstico do que aqueles que demoram a alcançar o pico (24h). 6.7.2 Lactato Desidrogenase (LDH) É amplamente distribuída em todas as células do organismo, concentrando- se mais especialmente no miocárdio, rim, fígado, hemácias e músculos. É uma enzima da classe das oxidorredutases que catalisa a oxidação reversível de lactato a piruvato, em presença da coenzima NAD+ Lactato + NAD Piruvato+ NADH que atua como doador ou aceptor de hidrogênio. + + H+ AN02FREV001/REV 4.0 86 Está presente no citoplasma de todas as células do organismo. Sendo rica no miocárdio, músculo esquelético, rim e eritrócitos. ISOENZIMAS LDH Vários tecidos possuem LDH. Aumento dos teores séricos é um achado inespecífico. É possível obter maiores informações pela separação de suas isoenzimas. Cada isoenzima é um tetrâmero formado por quatro subunidades chamadas de H para a cadeia polipeptídica cardíaca e M para a cadeia polipeptídica muscular esquelética. A hemólise produzida durante a coleta e/ou manipulação do sangue eleva as frações LDH-1 e LDH-2. FIGURA 26 - FORMAS ESPECÍFICAS DE LDH EM TECIDOS ADULTOS DE RATO FONTE: GAW, Allan. Bioquímica Clínica. 2. ed. Guanabara Koogan. Isoenzimas da lactato desidrogenase. O conteúdo da isoenzima LDH varia por tecido. UTILIDADE DIAGNÓSTICA: seus valores encontram-se elevados em todas as situações em que ocorre grande destruição celular. Ex.: anemia hemolítica, infarto agudo do miocárdio, infarto pulmonar, doenças musculares, lesões hepáticas, neoplasias primárias ou secundárias (metastásicas), hepatites. LDH 1 LDH 2 LDH 3 LDH 4 LDH 5 AN02FREV001/REV 4.0 87 FIGURA 27 - PADRÕES DE DENSITOMETRIA DAS ISOENZIMAS LDH NO SORO NORMAL E EM CONDIÇÕES PATOLÓGICAS FONTE: Gaw, Allan. Bioquímica Clínica. 2. ed. Guanabara Koogan. A LDH aumenta no soro 8-12h após o infarto, atingindo pico máximo entre 24-48h, esses valores permanecem elevados por 7 a 12 dias. As isoenzimas apresentam alterações em várias enfermidades que refletem a natureza dos tecidos envolvidos. Aumento de LDH-3 ocorre com frequência em carcinomas. Níveis de LDH-5 são úteis na detecção de desordens hepáticas e desordens do músculo esquelético. No IAM tem-se aumento de LDH-1 e LDH-2. Elevações de atividade de LDH na urina de 3 a 6 vezes estão associadas com glomerulonefrite crônica, lupus eritematoso sistêmico, nefroesclerose diabética e câncer de bexiga e rins. Em condições normais a atividade da LDH no liquor é bem menor que a encontrada no plasma sanguíneo. Valores podem aumentar em presença de hemorragia ou lesão da barreira hematoencefálico, por ex. causada por meningite bacteriana. Valores de referência para LDH (U/L) Soro 95 a 225 Urina 42 a 98 Liquor 7 a 30 AN02FREV001/REV 4.0 88 6.7.3 Aminotransferases ou Transaminases 6.7.3.1 Alanina transaminase (ALT), também chamada transaminase glutâmica pirúvica sérica ou TGP, é uma enzima presente no citoplasma dos hepatócitos. Quando há lesão celular, a ALT atinge a corrente sanguínea e seus níveis séricos podem, portanto, ser mensurados. A ALT aumenta drasticamente em lesões hepáticas agudas, como na hepatite viral ou overdose de paracetamol. Os valores de referência são de 0 - 50 U/L. Alanina transaminase (ALT) 6.7.3.2 Aspartato transaminase (AST), também chamada de transaminase glutâmica oxalacética sérica ou TGO é similar à ALT presente na mitocôndria dos hepatócitos. Está aumentada na lesão hepática aguda, mas também está presente nas hemácias e musculos esqueléticos e cardíacos, não sendo então uma enzima específica do fígado. A proporção entre a AST e a ALT é, às vezes, útil para diferenciar as causas da lesão hepática. Os valores de referência são de 0 – 45 U/L. As reações catalisadas por aminotransferases exercem papéis centrais tanto na síntese quanto síntese quanto na degradação de aminoácidos. A atividade mais elevada da AST (TGO) é no miocárdio, fígado, músculo esquelético, com pequenas quantidades nos rins, pâncreas, baço, cérebro, pulmões e eritrócitos. Aspartato transaminase (AST) AN02FREV001/REV 4.0 89 AS TRANSAMINASES ESTÃO ELEVADAS EM: DOENÇAS HEPATOBILIARES: hepatite viral aguda, outras hepatites, cirrose de qualquer etiologia, mononucleoses infecciosa, colestase extra-hepática aguda. INFARTO DO MIOCÁRDIO: ao redor de 6-8h após o infarto a atividade sérica da AST (TGO) começa a se elevar, atingindo o pico máximo entre 18-24h, retornando aos valores normais ao redor do 5°dia. A AST não se altera na angina pectoris, pericardite e enfermidade vascular miocárdica. 6.7.4 Mioglobina É uma heme-proteína de ligação do oxigênio presente no músculo esquelético e cardíaco. Compreende cerca de 2% da proteína total do músculo e está localizada no citoplasma. Após uma lesão isquêmica da fibra muscular, a mioglobina é liberada precocemente na circulação, razão pela qual sua dosagem ajuda o médico no diagnóstico de infarto do miocárdio. Inicia a elevação em torno de 2h após a dor precondrial e seus picos são atingidos dentro de 5-12h retornando ao normal entre 24-36h após o infarto. Não determina definitivamente o IAM, necessita de confirmação. Não é específica para o músculo cardíaco. Pode ser de esquelético. ESTÁ AUMENTADA: dano muscular esquelético, após cirurgia, exercício intenso, lesão do músculo esquelético, atrofia muscular progressiva, insuficiência renal grave, aplicação de injeção intramuscular e cocaína. 6.7.5 São proteínas do complexo de regulação miofibrilar, que não estão presentes no músculo liso. Não são detectadas em indivíduos normais, sendo que Troponina AN02FREV001/REV 4.0 90 sua elevação, mesmo mínima, pode significar algum grau de lesão miocárdica (microinfartos). Uma dosagem negativa de troponina não afasta diagnóstico de IAM, devendo-se repetir essa avaliação após 10 a 12 horas do início dos sintomas. Seu principal papel no diagnóstico de IAM decorre de seu valor preditivo negativo (variando de 83% a 98%). Existem três subunidades: troponina T, troponina I e troponina C. Duas têm interesse na lesão cardíaca: Troponina T cardíaca (TnTc) Troponina I cardíaca (TnIc) São mais específicas para o IAM que a CK-MB. Aparecem 4-6h após IAM (mesmo tempo da CK). Picos em 12-18h, permanecendo elevado por até 10-12 dias. FIGURA 28 FONTE: Disponível em: <http://www.iacs.com.br/txt/inf122.htm>. Acesso em: 16 maio 2011. 6.8 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1- O pâncreas possui funções secretoras endócrinas e exócrinas. A secreção endócrina está relacionada ............................ A secreção exócrina é formada de um componente aquoso, que é rico em bicarbonato (HCO3-) e ajuda a neutralizar ........................... (A) excreção de hormônio – os estímulos pancretáticos (B) secreção de hormônio – os conteúdos pancretáticos AN02FREV001/REV 4.0 91 (C) excreção de hormônio – secreção duodenais (D) à síntese de hormônios – os conteúdos duodenais (E) à síntese de hormônios – os estímulos duodenais 2- As células ductais são as principais responsáveis pela .......................... do componente aquoso do suco pancreático, sendo o hormônio .................. o principal estimulador fisiológico desta produção. (A) elaboração – secretina (B) dissolvição – renina (C) dissolvição – gastrina (D) elaboração – gastrina (E) elaboração – secretina 3- Pode-se dizer que as enzimas: (A) são proteínas que aceleram reações específicas sem serem alteradas ou consumidas durante o processo (B) são hormônios que aceleram reações específicas sem serem alteradas ou consumidas durante o processo (C) são aminoácidos complexos que aceleram reações específicas sofrendo alteração ou consumo durante o processo (D) são imunoglobulinas que aceleram reações específicas sem serem alteradas ou consumidas durante o processo (E) são proteínas que reduzem a velocidade de reações específicas sem serem alteradas ou consumidas durante o processo. 4- A creatinoquinase (CK) é uma enzima que desempenha importante papel na ............................... para o metabolismo muscular............................ a fosforilação reversível da creatina pela adenosina trifosfato (ATP) com a formação de creatinafosfato. (A) queima de energia – catalisando (B) geração de energia – catalisando (C) geração de energia – modificando (D) geração de energia – dificultando AN02FREV001/REV 4.0 92 (E) queima de energia – dificultando 1) D 2) E 3) A 4) B FIM DO MÓDULO II 4TFosfatase alcalina ou FAL 4.5.4.14T. Alanina transaminase (ALT) 4.5.4.2 4TAspartato transaminase (AST) 4.5.5 4TAlbumina 6.7.3.1 4TAlanina transaminase (ALT) 6.7.3.2 4TAspartato transaminase (AST)
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