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AVALIAÇÃO RADIOLOGICA DO TORAX-RESUMO

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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
INDICAÇÕES:
Indicado como um complemento ao raio-x
Avalia a forma e localização precisa de massas mediastinais, interpleural e pleural
Distingue estruturas vasculares de avasculares
Reconhecer tecido adiposo (diagnóstico de tumores com tecido adiposo ou exclusão de anormalidades quando o mediastino está aumentado por deposição lipídica)
Detecção de calcificação dentro de uma massa
Serve de guia para biópsias
As indicações patológicas comuns para a TC torácica: 
Lesões hílares (bronquiectasia - dilatação crônica dos brônquios ou dos bronquíolos, por processo inflamatório ou degenerativo) e mediastinais;
Aneurismas (Alargamento anormal da luz de um vaso sanguíneo);
Abscesso ou cisto (bolsa cheia de líquido);
Doença cardíaca e pericárdica;
Processos patológicos do tórax (ou seja, asbestose - doença causada pela geração do pó de amianto);
Dissecação da aorta;
Linfonodos aumentados ao avaliar a extensão de câncer e linfoma
Correlacionando: caracteriza nódulos como benignos ou malignos através da detecção de cálcio, tecido adiposo e uso de contraste
TÉCNICA
Meio de contrastes iodado ou baritado (avaliação de mediastino e hilos)
Normalmente obtidas imagens de ambos os pulmões e com janela mediastinal (duvida???Creio que seja os vários cortes que abrangem o mediastino)
Se o objetivo é avaliar lesões ósseas podem ser usados parâmetros ósseo
TC de alta resolução (cortes mais finos (0,5 e 2 mm) de intervalo poupa paciente de radiação) é tem sido aplicado na avaliação de doenças pulmonares
Imagens normais
Estruturas observadas nos pulmões normais: vasos sanguíneos, fissuras pleurais e as paredes dos brônquios maiores.
Vasos sanguíneos podem ser confundidos com nódulos pulmonares, porém os nódulos são mais periféricos, onde os vasos são menores.
Mediastino: corte transversal apresenta vantagem, distinguindo gordura, tecidos moles e vasos sanguíneos (auxilio de contraste)
Instruções para a realização do exame:
Deve-se informar ao médico a presença de alergias e eventuais dificuldades na realização de TCs anteriores.
Em caso de uso de contraste ou sedativo, o paciente deve permanecer em jejum absoluto 4 a 6 horas antes do exame.
Joias (metais) devem ser removidas.
Para que serve (resumo): a TC de tórax é indicada, em geral, para avaliação de lesões pulmonares, massas ou tumores no pulmão ou mediastino, para determinação do tamanho, forma e posição de órgãos intra-torácicos e para visualização de hemorragias ou coleções líquidas na cavidade pleural ou mediastinal. Diversas alterações podem ser detectadas, como: linfadenopatias, bronquiectasia, tumores, cistos e nódulos pulmonares, alguns estágios de câncer de esôfago, aneurisma de aorta torácica, efusão pleural, pneumonia e suas complicações, tamponamento cardíaco, edema pulmonar, dentre outras.
ULTRASSONOGRAFIA
É um procedimento não invasivo
Preferencialmente o transdutor convexo de baixa frequência (3-5 MHz)
Antes, um gel transparente, à base de água é aplicado sobre a pele para permitir o movimento suave do transdutor sobre a pele e para eliminar o ar entre a pele e o transdutor.
Confinado a demonstração de processos em contato com a parede torácica (diagnóstico diferencial líquido-sólido): efusão (derrame) pleural e massas pleurais
OBS: exsudato (observados em doenças inflamatórias, cancerosos, ou infecciosas) ou transudato (fluido que vazou de vasos sanguíneos ou linfáticos por várias razões)
Guia em procedimentos de biopsia e dreno (ex: guiar uma agulha durante toracocentese - punção da parede torácica para a remoção de fluidos)
Pode avaliar o movimento do diafragma
Não avalia processos situados mais centralmente dentro do tórax, pois o ar dentro dele absorve o ultrassom emitido
É possível introduzir uma sonda ultrassonográfica por meio de um endoscópio para visualizar estruturas imediatamente adjacentes ao esôfago, por exemplo, nódulos paraesofágicos e e a aorta descendente.
O ultrassom pode ser utilizada para avaliar o fluxo sanguíneo para os órgãos torácicos (Sonda Doppler - avalia a velocidade e direcção do fluxo de sangue no vaso), coração e as suas válvulas (ecocardiograma).
Imagem US: http://www.interacaoexpress.com.br/wp-content/uploads/2013/06/APC-83-final-BX.pdf
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Vantagens:
ausência de radiação ionizante
maior resolução de contraste entre os tecidos normais e patológicos e na utilização de meios de contraste não iodados, principalmente os agentes a base de gadolínio (menor incidência de reações adversas e complicações)
Imagens nos 3 planos sem precisar reposicionar o paciente
Enfrenta dois grandes problemas:
Movimentação das estruturas torácicas, por conta dos batimentos cardíacos e respiração (técnicas rápidas amenizam esse problema)
Ampla interface entre o ar e o tecido do pulmão (utilização de novos meios de contraste, como o uso de gases nobres inalatórios amenizam esse problema)
Importante para caracterização da natureza da lesão (lesão hemorrágica, hematoma, cisto...)
Indicações: 
Avaliação do coração e grandes vasos: cardiopatia congênita, alterações do pericárdio, aneurisma e dissecação da aorta, tromboembolia pulmonar, coarctação da aorta (estreitamento da aorta em sua porção torácica descendente)
Avaliação do mediatino e parede torácica
Avaliação do câncer de pulmão
Avaliação de tumores neurogênicos (ideal)
Em resumo: Papel ainda pequeno no diagnóstico de doenças pulmonares, pleurais ou mediastinais, apesar de ter ser importante no diagnóstico de doenças cardíacas, aórticas e câncer pulmonar
RADIOGRAFIA DO TÓRAX
Consiste em uma incidência em PA e uma lateral, ambas realizadas em inspiração completa com o paciente em posição ereta
Roteiro para examinar radiografias torácicas:
Traçar o diafragma: superfícies superiores bem visíveis de um ângulo costofrênico ao outro, exceto onde o coração e mediastino estão em contato com o diafragma. O hemidiafragma direito é 2,5 cm mais alto que o esquerdo
Checar o tamanho e a forma do coração: diâmetro transverso do coração geralmente é menor que a metade do diâmetro torácico interno, porém comparar com radiografias anteriores é a melhor maneira de avaliar o tamanho
Checar a posição do coração e mediastino: a traqueia se situa na linha média ou levemente deslocada para a direita do ponto médio. Em média, 1/3 do coração localiza-se a direita da linha média.
Observar o mediastino: contorno do mediastino com o coração deve ser claramente observado, exceto onde o coração encontra-se com o diafragma. Em crianças pequenas o timo frequentemente é observado, não devendo ser confundido com patologia
Examinar as sobras do hilo: as sombras do hilo representam as artérias e as veias pulmonares. As paredes dos brônquios/linfonodos hilares geralmente não são visíveis
Examinar os pulmões: vasos sanguíneos, fissuras interlobares (se estiverem alinhadas com os feixes de raio-x, com a fissura horizontal mais facilmente observada em PA e a obliqua somente na Lateral), paredes de certos brônquios maiores que podem ser observados de topo. Não confundir músculo peitoral, mamas, tranças de cabelo, pois podem parecer nódulos. Comparar ambos os pulmões.
Checar integridade de costelas, clavículas, coluna e tecidos moles: presença de ambas as mamas nas mulheres. A redução no volume de tecidos moles leva a uma maior radiotransparencia, e não deve ser confundido com doença pulmonar, os mamilos também não devem ser confundidos com nódulos pulmonares. Dobras da pele, comuns em idosos e crianças, podem ser confundidas com pneumotórax
Avaliar a qualidade técnica da radiografia: centralização, incidência. Uma radiografia com exposição correta é aquela na qual as costelas e colunas atrás do coração podem ser identificadas, não estando os pulmões muito penetrados. Uma radiografia bem centralizada tem as terminações mediais das clavículas equidistantes das vértebras torácicas.
PNEUMONIA
Doença infecciosa do parênquima pulmonar profundo, que se caracteriza pela obliteração dos espaçosalveolares por células inflamatórias ou fibrina. Pode ter várias causas (vírus, bactéria, fungo, toxinas)
Broncopneumonia: vias aéreas envolvidas com preenchimento dos ácinos adjacentes, originando um padrão nodular e consolidação esparsa; perda de volume associada. Opacidade multifocal e limites definidos pelos septos lobulares. Pode refletir um transbordamento das secreções infectadas de tuberculose ou cavidades de abscessos bacterianos
Pneumonia Lobar: consolidação homogênea limitada pelas cissuras, com ou sem broncograma aéreo (visualização do ar no interior dos brônquios intrapulmonares). Sem perda de volume. É a manifestação mais comum na pneumonia adquirida na comunidade.
Pneumonia Esférica (redonda): Áreas de consolidação mal definidas, com ou sem broncograma aéreo. Mais frenquente na infância e pode evoluir para pneumonia lobar.
Pneumonia Intersticial: espessamento peribrônquico disseminado e opacidades intersticiais, geralmente associado a áreas de colapso subsegmentar. Aspecto de “vidro fosco”. As causas mais comuns são as infecções virais e por M. pneumoniae.
TUBERCULOSE PULMONAR
Primária
Mycobacterium tuberculosis
Geralmente na infância
Desenvolve-se no foco de Ghon, na periferia do pulmão (regiões média e superior)
Em geral, opacidade pequena, com aumento dos linfonodos hílares ou mediastinais
Esse quadro chama-se complexo primário, em que ao haver cura frequentemente calcifica e permanece visível por toda a vida
A maioria dos pacientes apresentam poucos sintomas (febre, tosse, mal estar) ou são assintomáticos
Pode estar presente com derrame pleural
Disseminação:
Via árvore brônquica: leva a bronquiopneumonia tuberculosa, com consolidação em manchas ou lobar, frequentemente envolve mais de um lobo, podendo ser bilateral além de produzir cavitações (formação de bolhas ou cavidades num líquido submetido a mudanças bruscas de pressão).
Via corrente sanguínea: resultando em tuberculose miliar, na qual existem inúmeros pequenos nódulos nos pulmões, com aproximadamente o mesmo tamanho e bem definidos. Um derrame pleural pode estar presente. Vale ressaltar que nos estágios iniciais a radiografia do tórax pode estar normal.
Pós Primária
Usual em adultos, acredita-se ser uma reinfecção
Sintomas: tosse, hemoptise, perda de peso, sudorese noturna e mal estar.
Acomete, em geral, porções postero-superiores do pulmão (segmento apical e posterior dos lobos superiores e segmento apical dos lobos inferiores)
Lesões iniciais são múltiplas pequenas áreas de consolidação bilaterais mal definidas e pode evoluir para cavitações (surgem espaços aéreos arredondados – translúcidos; circundados por opacidades pulmonares)
Tem as mesmas vias de disseminação (broncopneumonia ou tuberculose miliar)
A cura ocorre com fibrose e calcificação, todavia a calcificação pode ocorrer com a doença em atividade
Ambas tem como padrão ouro o raio x de rotina
A tuberculose pode estar em fase ativa ou inativa, sendo muito difícil esse diagnostico. Sinais valiosos na fase ativa: desenvolvimento de novas lesões e demonstração de cavidades. Quanto mais definidas as sombras e quanto maior a calcificação, menor será a possibilidade de doença em atividade.

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