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Radiologia do Tórax [RESUMO / QUESTÕES]

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Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
IMAGENOLOGIA DO TÓRAX 
 
1. QUAIS ESTRUTURAS SÃO VISUALIZADAS NO RAIO-X DE TÓRAX NORMAL? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. O QUE É SÍNDROME DE POLAND? COMO ELA É VISTA NA RADIOGRAFIA? 
A síndrome de Poland é uma deformidade rara que afeta a região torácica e é caracterizada pelo 
subdesenvolvimento ou ausência do músculo peitoral maior de um lado do corpo. Na radiografia é 
possível visualizar uma assimetria da transparência pulmonar, justamente devido à ausência do 
músculo peitoral de um lado, fazendo com que um lado fique mais radiotransparente que o outro. Isso 
deve ser confirmado pela tomografia. 
 
 
 
 
 
 
COSTELA 
(POSTERIOR) 
COSTELA 
(ANTERIOR) 
CLAVÍCULAS 
SEIO 
COSTOFRÊNICO 
BOLHA 
GÁSTRICA 
VÉRTEBRAS ESCÁPULA 
SEIO 
CARDIOFRÊNICO 
BIFURCAÇÃO 
TRAQUEAL 
SOMBRAS HILARES 
 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
3. QUAIS AS DIVISÕES DO MEDIASTINO? 
 
Mediastino superior: traquéia, esôfago, timo, grandes vasos (anteriormente), além de linfonodos. 
Mediastino inferior: 
–Mediastino anterior: parte do timo, gordura e alguns linfonodos. 
–Mediastino médio: pericárdio, coração, nervos frênicos, aorta ascendente, arco aórtico e tronco 
pulmonar. 
–Mediastino posterior: porção descendente da aorta, linfonodos, ducto torácico, nervo vago, 
gordura, veias ázigo e hemiázigo, esôfago e raízes nervosas. 
 
 
4. QUAIS OS CONTORNOS DO MEDIASTINO? 
Duas curvaturas à direita (VCS e AD) e três curvaturas à esquerda (AA, TP, VE) 
 
Índice cardiotorácico: o normal é que o maior diâmetro do coração não ultrapasse metade do diâmetro 
dos campos pleuropulmonares. 
 
5. O QUE É O SINAL DA VELA DE BARCO? 
É um sinal que evidencia a presença do 
timo na radiografia, presente somente 
em crianças. 
 
É uma imagem triangular no 
mediastino superior. 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
6. COMO SÃO DIVIDIDOS OS PULMÕES? 
Os pulmões são divididos pela pleura visceral em seus lobos à direita (lobo superior, lobo médio, 
e lobo inferior) e à esquerda (lobo superior e lobo inferior). 
 
Além desses, existem vários segmentos, mas o prof. falou que só pneumologista, cirurgião torácico 
ou radiologista precisa saber. 
 
7. QUAIS AS INCIDÊNCIAS DA RADIOGRAFIA SIMPLES DE TÓRAX? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISSURA 
OBLÍQUA 
FISSURA 
HORIZONTAL 
FISSURA 
OBLÍQUA 
PA – Postero-anterior 
 
Perfil 
 
Decúbito Lateral (Laurell) 
 
Oblíqua Anterior Direita (OAD) 
 
Oblíqua Anterior Esquerda (OAE) 
 
Ápico-lordótica 
 
Para 
avaliar 
fraturas 
nas 
costelas 
Para 
avaliar 
derrame 
pleural 
Para 
avaliar 
lesões 
em ápice 
pulmoar 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
8. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE UMA RADIOGRAFIA DE TÓRAX DE QUALIDADE? 
A radiografia de tórax deve mostrar todas as estruturas do tórax, não pode cortar as cúpulas 
diafragmáticas nem os ápices pulmonares. 
 
Um exame de qualidade deve preencher 03 critérios: 
1- Boa penetração: visualizar pelo menos três corpos vertebrais acima do botão aórtico. 
2- Centralização: verificada pelo alinhamento das clavículas. 
3- Adequada Inspiração: contar de 09-10 arcos costais posteriores ou 06-07 arcos costais anteriores. 
 
É preciso ter cuidado também com objetos ou estruturas extracorpóreas que podem simular lesões 
(botão, cabelo, broches...). 
 
9. QUAL A UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA DE TÓRAX? E DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA? 
A tomografia computadorizada é o método mais sensível para avaliação do parênquima 
pulmonar. É capaz de diferenciar características teciduais de lesões expansivas entre císticas, sólidas, 
adiposas... 
Já a ressonância magnética não tem utilidade para avaliar o parênquima pulmonar, sendo 
indicada para lesões de parede torácica. 
 
10. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE ALTERAÇÕES POR OCUPAÇÃO DO ESPAÇO AÉREO DOS PULMÕES? 
A ocupação ou substituição do espaço aéreo é denominada consolidação, e se traduz na radiografia 
e na TC como aumento da atenuação do parênquima pulmonar. Pode estar presente o broncograma 
aéreo que aparece hipertransparente no interior da consolidação. As principais causas de consolidação 
são infecções (ex: pneumonia), tumores (linfoma, carcinoma broncogênico), inflamações (sarcoidose), 
trauma (sangue). 
 
 
 
 
 
 
BRONCOPNEUMONIA PNEUMONIA LOBAR 
Opacidades mal definidas 
alveolares difusas Opacidades em LSD 
Sinal do Broncograma Aéreo 
EDEMA PULMONAR 
Opacidade central e bilateral, 
aumento da área cardíaca 
SARA (fase exsudativa) 
Infiltrado alvéolo-intersticial, 
bilateral e assimétrico 
NEM TODA 
CONSOLIDAÇÃO É 
PNEUMONIA! 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
11. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE ALTERAÇÕES POR REDUÇÃO DO ESPAÇO AÉREO DOS PULMÕES? 
A redução do espaço aéreo por colapso (ou colabamento) é denominada atelectasia, e se apresenta 
como um aumento da densidade no lado acometido, com desvio mediastinal e de traqueia para o 
mesmo lado, elevação da cúpula diafragmática e deslocamento das fissuras. A atelectasia pode 
ser completa ou parcial. Podem ocorrer por mecanismos compressivos (massas), obstrução (nódulo ou 
corpo estranho), aderências (sequela de infecção por TB), trauma torácico, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12. O QUE É O SINAL DO S DE GONDEN? 
É a atelectasia do Lobo Superior Direito + massa peri-hilar na 
região pulmonar brônquica. Significa que uma massa tumoral 
causou a atelectasia do pulmão. 
 
 
ATELECTASIA EM PD 
Opacidade à direita, desvio 
mediastinal, espaços costais menores 
ATELECTASIA TOTAL DE PD 
ATELECTASIA EM LOBO SUPERIOR DIREITO 
LSD está todo colabado, além disso há desvio de mediastino 
ATELECTASIAS LAMINARES 
Opacidades lineares 
Atelectasias laminares não 
têm repercussão clínica. São 
causadas em pacientes pós-
cirúrgicos que ficam sem se 
movimentar, ou pacientes 
com fratura de costela, aí dói 
e ele não expande o 
segmento na inspiração... 
São alterações discretas 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
13. O QUE É O SINAL DA SILHUETA? 
O sinal da silhueta ocorre quando estruturas de densidades semelhantes se tocam, passando a 
apresentar um contorno único. Nada mais é do que a perda do contorno da silhueta cardíaca por alguma 
lesão de mesma densidade localizadanos pulmões (lobo médio no PD, ou segmentos lingulares superior 
ou inferior no PE). 
 
 
 
14. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE ALTERAÇÕES POR AUMENTO DO ESPAÇO AÉREO DOS PULMÕES? 
O aumento do espaço aéreo pode ser reversível 
(hiperinsuflação, por exemplo na asma ou mecanismos valvares) 
ou irreversível (enfisema pulmonar, por exemplo na DPOC em que 
há destruição do parênquima com ocupação daquele espaço por ar). 
Os achados incluem: aumento da transparência, aumento do 
diâmetro torácico antero-posterior, aumento dos espaços 
intercostais, retificação das cúpulas diafragmáticas e 
visualização da borda inferior do coração (coração em gota). 
 
 
 
Também podem ocorrer bronquiectasias, caracterizadas por dilatação irreversível da árvore brônquica. 
O aspecto no RX é de imagens ovaladas, hipertransparentes, circunscritas e de paredes espessas. Na TC, 
aparecem como imagens tubulares ou císticas com o sinal do anel de sinete e sinal do trilho de trem. 
 
Podem ser causadas por infecções, discinesia ciliar, tumores... 
SINAL DA SILHUETA EM LOBO 
MÉDIO DO PULMÃO DIREITO 
SINAL DA SILHUETA EM SEGMENTO 
LINGULAR DO PULMÃO ESQUERDO 
ENFISEMA PULMONAR 
Aumento da transparência pulmonar, 
com aumento dos EIC e coração em gota 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
15. QUAIS OS PRINCIPAIS PADRÕES IMAGENOLÓGICOS DAS DOENÇAS INTERSTICIAIS DO PULMÃO? 
Septal 
Não é normal ver os septos na 
tomografia, quando os septos 
são visíveis é sinal de 
espessamento de septos 
interlobulares. Pode ser 
secundário à edema, infiltração 
celular ou fibrose 
Faveolamento 
Opacidades mistas reticulares 
e císticas periféricas, com 
várias camadas. Reflete 
alterações de fibrose pulmonar 
que também causam 
bronquiectasias de tração e 
bronquiolectasias. 
Cístico 
Lesões pulmonares 
circunscritas contendo ar e de 
paredes bem definidas. Padrão 
comum em 
linfangioleiomiomatose (LSD 
em mulheres jovens) e 
histiocitose de células de 
Langerhans (difusa em 
homens) 
 
Nodular 
Opacidades ovaladas <3 cm, 
podendo evoluir para massas 
(> 3 cm). Pode se relacionar 
com hemangiomas, granulomas, 
residuais ou tumores 
pulmonares. 
 
Vidro fosco 
Aumento da opacidade 
pulmonar sem obscurecimento 
dos vasos pulmonares 
adjacentes (é o contrário do que 
acontece na consolidação). 
Resulta de anormalidades 
intersticiais mínimas, doença do 
espaço aéreo ou aumento do 
fluxo sanguíneo 
Perfusão em 
mosaico 
Áreas de opacidade mistas, 
com alternância de imagens de 
maior e menor intensidade. 
Ocorre geralmente por 
alterações de perfusão ou por 
doenças de vias aéreas 
(aprisionamento aéreo). 
 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
16. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO DERRAME PLEURAL? 
O derrame pleural caracteriza-se por presença de líquido no espaço pleural, separando os dois 
folhetos pleurais. Apresenta-se como uma região radiodensa, de contornos regulares que, quando 
livre, deposita-se nas bases pulmonares, obliterando os seios costofrênicos e os campos pulmonares 
formando o sinal da parábola de Damoiseau. 
 
 
Geralmente é preciso 200-300 mL para obliterar o seio costofrênico em ortostase 
 
Pode ser que o derrame pleural seja loculado ou encistado, quando associado a processo 
inflamatório ou fibrótico importante, formando opacidades que simulam massas no tórax. 
 
 
Opacidade de base pleural em terço superior e médio do pulmão esquerdo. Não dá pra dizer logo de 
cara que isso é um DP loculado, tem que pedir a TC para confirmar, porque tem que ver se não pode 
ser um tumor ali. 
 
 
OBLITERAÇÃO DO 
SEIO COSTOFRÊNICO 
PARÁBOLA DE 
DAMOISEAU 
IMAGEM HIPODENSA 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
17. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO PNEUMOTÓRAX? 
O pneumotórax se caracteriza pela presença de ar no espaço pleural. Se apresenta pela ausência de 
campos pulmonares na região. 
 
 
 
Existem sinais secundários que indicam gravidade do pneumotórax (pneumotórax hipertensivo) 
com desvio de mediastino para o lado oposto, rebaixamento do diafragma e alargamento dos 
espaços intercostais. 
 
Pode ser difícil de identificar, então uma tática para melhorar o exame é solicitar a radiografia em 
expiração. 
 
18. QUAIS OUTRAS ALTERAÇÕES NA PLEURA PODEM SER VISUALIZADAS NA RADIOGRAFIA? 
A pleura também pode ser acometida por 
processos inflamatórios que promovem 
seu espessamento, e quando crônico, 
pode levar a um processo de calcificação 
(ex: asbestose). Além disso, o espaço 
pleural pode ser sede de lesão por 
contiguidade na caixa torácica e 
processos expansivos primários e 
secundários (ex: mesotelioma e 
metástases). 
 
AUMENTO DOS EIC 
DESVIO DO 
MEDIASTINO 
(contralateral) 
REBAIXAMENTO DO 
DIAFRAGMA 
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO 
Com desaparecimento 
da trama vascular 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
19. QUAIS ALTERAÇÕES CARDÍACAS PODEM SER IDENTIFICADAS NA RADIOGRAFIA DE TÓRAX? 
 
 
Átrio direito 
Abaulamento da 2ª curvatura à 
direita, seu crescimento projeta o 
coração para a direita. 
 
Ventrículo direito 
Aumento do contato da área 
cardíaca com o esterno. 
 
Átrio esquerdo 
Sinal do duplo contorno atrial, 
por conta da projeção do AE na 
linha pericárdica direita. 
 
Ventrículo esquerdo 
O coração cresce lateralmente à 
esquerda e projeta-se 
inferiormente na cúpula 
diafragmárica. Ou seja, ocorre 
deslocamento do ápice para 
esquerda e para baixo (coração 
mergulhante) 
 
 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
20. COMO É IDENTIFICADO O TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP)? 
A tomografia é o padrão ouro para avaliação do TEP, mais especificamente a angiotomografia 
(AngioTC). Utilizando contraste, é possível visualizar o trombo dentro do vaso causando uma falha de 
enchimento (áreas que o contraste não entra). 
 
 
PATOLOGIAS TORÁCICAS 
 
21. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA CONTUSÃO PULMONAR? 
A contusão pulmonar é uma lesão traumática do parênquima alveolar e intersticial, com 
presença de sangue e edema, mas não ocorre ruptura das paredes alveolares. O aspecto da imagem 
varia de infiltrado em vidro fosco a pequenas consolidações, dependendo do tamanho do 
traumatismo e da área afetada. 
 
 
 
 
É a clínica que vai guiar o diagnóstico, o aspecto é muito semelhante à uma pneumonia. Se o 
paciente sofreu um trauma torácico e apresenta esse aspecto no exame radiográfico, ele apresenta uma 
contusão pulmonar. A tomografia ao lado apresenta o aspecto em vidro fosco no parênquima pulmonar, 
junto com consolidação, pneumotórax à esquerda e um pequeno à direita, além de enfisema subcutâneo,portanto se trata de uma contusão extensa. 
 
 
RX – TÓRAX (Contusão pulmonar) TC – TÓRAX (Contusão pulmonar) 
Pneumotórax 
Enfisema 
subcutâneo 
Vidro fosco 
Consolidação 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
22. O QUE DIFERENCIA A CONTUSÃO DA LACERAÇÃO PULMONAR? 
A diferença é que na laceração ocorre dano da parede alveolar. O aspecto da imagem é clássico, 
apresentando áreas de consolidação com a presença de cistos que formam pneumatoceles traumáticas 
ou hematomas. 
 
 
 
TC evidencia duas áreas de laceração pulmonar, envolvidas por consolidação e atenuação em vidro 
fosco, que correspondem à contusão pulmonar. 
 
23. COMO IDENTIFICAR FRATURAS NO TÓRAX? 
As fraturas estão relacionadas com o trauma direto e podem ser identificadas pela perda da 
continuidade da cortical óssea. É importante localizar essas fraturas porque elas podem acabar 
lesionando estruturas moles adjacentes, por exemplo, fraturas de arcos costais superiores podem 
causar lesão de vasos supra-aórticos e traqueia, já fraturas em arcos costais inferiores pode cursar 
com lesões do fígado e da cúpula diafragmática. 
 
 
 
A característica é a perda da continuidade óssea. Olha as costelas aí e segue o caminho delas, 
parece que tem um degrau, né? Mas a costela normal não tem degrau, se tiver é sinal de fratura. 
 
 
 
 
 
 
TC – TÓRAX (Laceração pulmonar) 
Pneumotórax 
Pneumotórax 
Laceração Laceração 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
24. O QUE É PNEUMOMEDIASTINO? 
O pneumomediastino caracteriza a presença de ar no interstício mediastinal. As lesões 
traumáticas torácicas superiores e da região cervical podem promover lesões e rupturas das estruturas 
das vias aéreas superiores, o que vai acarretar em dissecção do ar para o interstício adjacente e na 
dependência de sua localização e do órgão acometido (trauma esofágico e/ou traqueal/brônquico). 
 
 
 
 
25. O QUE É ENFISEMA SUBCUTÂNEO? QUAIS AS CARACTERÍSTICAS? 
O enfisema subcutâneo corresponde à presença de ar no tecido celular subcutâneo e pode ser 
identificado pela presença de linhas hipertransparentes (ar) dentro das estruturas de partes moles 
extratorácicas. 
 
 
Ou aconteceu algum trauma na pele que fez o ar entrar, ou então algum trauma que perfurou 
o pulmão e permitiu a passagem de ar para o espaço pleural e para estruturas extratorácicas 
adjacentes. Isso não tem muito problema do ponto de vista de sintomatologia, mas é um indicativo de 
trauma de alto impacto. Diante disso, é preciso investigar outras lesões associadas com esse trauma 
de alto impacto. 
 
 
 
 
 
 
Enfisema subcutâneo 
Consolidação em LSE 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
26. O QUE SÃO HÉRNIAS DIAFRAGMÁTICAS? QUAIS AS MAIS FREQUENTES? 
São caracterizadas por falhas na composição da cúpula diafragmática, com deslocamento das 
estruturas do abdome para o tórax. As duas mais frequentes são: 
 
 Morgagni: quando o defeito diafragmático é anterior, central e à direita, geralmente associado 
à herniação do fígado. 
 
 
 
 
 Bochdaleck: quando o defeito é posterior e à esquerda, em que iremos observar na radiografia 
alças intestinais, localizadas na base do pulmão correspondente. 
 
 
 
 
 
 
Alça intestinal que 
subiu e foi parar no 
tórax. 
Aqui não herniou 
o fígado e sim a 
gordura. Herniou 
a gordura 
abdominal 
Herniação de uma 
estrutura colônica 
para dentro do 
tórax. 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
27. QUAIS OS PRINCIPAIS TIPOS DE ANOMALIAS CÍSTICAS CONGÊNITAS? 
As anomalias císticas congénitas torácicas fazem parte do conjunto dos cistos de duplicação do 
intestino primitivo, que estão relacionados com o brotamento prematuro de estruturas da árvore 
traqueobrônquica. Representam 10% das massas mediastinais e incluem, entre suas entidades, 
cistos broncogênicos, pericárdicos, entéricos e tímicos, linfangiomas e cistos de duplicação esofágica. 
Quase nunca tem como diferenciar o tipo de cisto pela imagem, o que a gente precisa saber 
mesmo é diferenciar o cisto de uma massa tumoral maligna. 
 
Broncogênicos Massas bem definidas, no mediastino ou 
no parênquima pulmonar, de localização 
mais comum subcarinal. O diagnóstico é 
feito através da TC ou RMN por uma 
densidade cística que não capta meios 
de contraste. 
 
Pericárdicos Geralmente localizadas no seio 
cardiofrênico direito, são frequentemente 
assintomáticas. Ocasionalmente, podem 
apresentar contorno retilíneo e formatos 
atípicos. 
 
Próximo passo é TC com contraste. Na 
imagem mostra uma lesão arredondada 
hipodensa que não realça pelo contraste. 
Então aqui você já sabe que é uma lesão 
cística mediastinal, provavelmente um cisto 
broncogênico, pela topografia. 
 
 
Linfangioma Lesão benigna congênita, caracterizada por 
focos de tecido linfático em padrão 
multicístico. É mais frequente nas regiões 
cervical e axilar. 
Em geral são lesões extensas, 
multicompartimentalizadas (vai da 
cervical e se estende até a puta que o pariu), 
com densidade líquida, e que se moldam 
de forma a não comprimir as estruturas 
adjacentes. 
 
É difícil de mexer aí, porque tem estruturas 
muito nobres aí perto, por isso algumas 
vezes tira só o excesso. 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
28. QUAL A DIFERENÇA ENTRE A HISTIOCITOSE X E A LINFANGIOLEIOMIOMATOSE? 
Ambas são doenças sistêmicas que podem evoluir com lesões císticas difusas do parênquima 
pulmonar. O padrão de imagem é basicamente o mesmo: múltiplas lesões císticas (lesões de 
conteúdo aéreo, amorfas e não muito grandes) do parênquima pulmonar. 
 
 
 
 
 Histiocitose X: é um distúrbio do sistema reticuloendotelial que acomete principalmente adultos 
jovens e caracteriza-se por apresentar nódulos e cistos de localização predominante em lobos 
superiores, com consequente progressão para fibrose pulmonar. 
 
 Linfangioleiomiomatose: é uma doença rara, de etiologia desconhecida, que afeta mulheres 
jovens no período fértil, e se caracteriza pela formação de cistos de paredes finas, distribuídos por 
todo o parênquima pulmonar, de localização preferencialmente central. Estas pacientes também 
podem exibir angiomiolipomas renais e linfonodomegalias retroperitoneais. 
 
29. O QUE É SEQUESTRO PULMONAR? 
É uma anomalia congênita em que há uma área de parênquima pulmonar não funcionante, que 
não se comunica com a árvore traqueobrônquica, e apresenta um suprimento sistêmico. O 
aspecto radiográfico é de uma massa nos lobos inferiores, geralmente à esquerda, onde o estudo 
tomográfico vai mostrar o suprimento sistêmico. Ele se classificaem: intralobar (quando é recoberto 
pela pleura visceral) e extralobar (quando tem revestimento pleural próprio). 
 
 
 
TC - Histiocitose X TC - Linfangioleiomiomatose 
Suprimento arterial 
sistêmico 
Sequestro em LIE 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
30. O QUE É ENFISEMA LOBAR CONGÊNITO? 
É uma hiperdistensão de um lobo, podendo exercer efeito compressivo com as estruturas 
adjacentes. A evolução radiológica vai de uma massa, geralmente, nos lobos superiores no neonato e 
lobo médio, que se torna hipertransparente logo após o nascimento, e promove abaulamento das 
fissuras. Na TC visualiza-se um pulmão espontaneamente hiperdistendido, sem lesões císticas 
associadas. 
 
O pulmão nasce colabado, por isso que a evolução radiológica começa com aspecto de uma massa e 
depois, quando o pulmão se torna mais cheio de ar, adquire aspecto mais hipertransparente. 
 
31. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA PNEUMONIA LOBAR? 
Caracteriza-se pela presença de um patógeno, que dá início a sua infecção dentro do alvéolo, 
geralmente pela aspiração de gotículas infectadas, depositando-se adjacente à pleura, promovendo a 
formação de um exsudato que se vai espalhando e preenchendo os alvéolos, assumindo, assim, um 
aspecto consolidativo lobar. Tanto na TC, quanto na radiografia, o aspecto é de uma consolidação 
homogénea, envolvendo um segmento ou um lobo do pulmão. 
Os patógenos mais comuns são Streptococcus pneumoniae (70%), Klebsiella pneumoniae e 
Legionella Pneumophila. No caso de infecções por Klebsiella ainda apresenta uma produção 
excessiva de exsudato, que se caracteriza radiologicamente com uma pneumonia lobar com 
abaulamento da cissura (pneumonia do lobo pesado). 
 
 
 
 
 
RX – Pneumonia Lobar RX – Pneumonia por Klebsiella 
Opacidade bem definida acometendo terço 
superior/médio do pulmão direito, com broncograma 
aéreo de permeio 
Pneumonia do lobo pesado 
Abaulamento da cissura 
Radiologia e Thomás R. Campos 
Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 
32. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA BRONCOPNEUMONIA? 
Caracteriza-se por inflamações em placas, acometendo vários focos de consolidação, com 
tendência à confluência e esparsos no parênquima. O aspecto radiográfico é de opacidades 
algodonosas difusas, é como se fossem vários chumaços de algodão, sendo também visualizados na 
TC, opacidades em vidro fosco e nódulos centrolobulares associados. A diferença é que a doença 
acomete pacientes jovens e idosos e é frequentemente multibacteriana. 
O patógeno mais comum é o Staphylococcus aureus, sendo, geralmente, associado à formação 
de abscessos, derrame pleural e disseminação hematogênica. 
 
 
 
33. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA PNEUMONIA INTERSTICIAL? 
É definida como processo inflamatório que acomete a parede dos alvéolos, os septos 
interlobulares e o tecido de sustentação do parênquima. Os agentes mais comuns são Mycoplasma 
pneumoniae e Pneumocystis jirovecii (Pneumocystis carinii), bem como infecções virais. 
O aspecto radiológico é de um padrão reticular ou reticulonodular difuso, sendo o envolvimento 
alveolar raro. Na TC os aspectos por imagem podem variar de septos, vidro fosco, cistos, opacidades 
irregulares, nódulos ou consolidações. 
 
 
 
Fica nesse aspecto rendilhado, como se colocasse uma rede por cima do parênquima normal. 
Radiologia e Thomás R. Campos 
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34. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO ABSCESSO PULMONAR? 
O abscesso é uma cavidade secundária a um processo infeccioso piogênico. Desse modo, o 
abscesso é uma complicação de uma consolidação pulmonar. Os patógenos mais comumente 
envolvidos são Staphylococcus e Klebisella. 
O aspecto radiológico característico dos abscessos é a presença de cavitação, que pode ou não 
estar circundada por um processo consolidativo. 
 
 
 
35. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA INFECÇÃO MILIAR NOS PULMÕES? 
Acontece quando o patógeno está distribuído na corrente sanguínea, o que promove sua 
distribuição de maneira quase uniforme no pulmão, podendo existir um predomínio basal em 
decorrência de maior fluxo sanguíneo e maior área nesta região. 
O exemplo mais comum é a tuberculose miliar, em que o aspecto radiológico é de micronódulos 
difusos e simétricos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O abscesso pode estar cheio de pus, e 
aí aparece como uma massa nodular 
inespecífica. 
Se o abscesso tiver comunicação com 
a árvore traqueobrônquica, drena seu 
conteúdo e aparece como uma lesão 
arredondada de paredes espessas, 
com conteúdo aéreo e podendo 
apresentar nível hidroaéreo. 
Abscesso 
Consolidação 
(em volta do 
abscesso) 
Pequeno nível 
hidroaéreo 
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36. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA TUBERCULOSE PULMONAR? 
A tuberculose pulmonar, causada pelo M. tuberculosis, é dividida em primária (ocorre em 
indivíduos que ainda não tiveram contato com o bacilo, sendo, portanto, mais comum em crianças) e 
secundária (desenvolve-se a partir de uma nova infecção – reinfecção exógena – ou da reativação de 
bacilos latentes – reinfecção endógena). 
Na primoinfecção, a bactéria atinge o alvéolo, onde vai desencadear uma reação inflamatória pela 
sua proliferação, que culmina em atrair macrófagos que vão tentar conter o processo infeccioso, 
formando o nódulo de Ghon. Se o processo inflamatório contiver a lesão, ocorrerá a formação de um 
granuloma, nestes casos, a maioria dos pacientes nem apresenta sintomas ou estes aparecem de 
forma frusta e inespecífica (febre e astenia). Estes nódulos evoluem para uma calcificação distrófica, 
resultando na radiografia e na TC como um pequeno nódulo homogeneamente calcificado. 
 
 
Contudo, se não houver contenção a lesão evolui para um processo consolidativo focal que 
vai disseminar o bacilo por via geralmente linfática, originando linfonodomegalias mediastinais. 
O conjunto do nódulo de Ghon + disseminação linfática + linfonodomegalias é denominado complexo 
de Rankhe. Esses gânglios podem-se calcificar e o processo inflamatório se resolve, ou podem 
fistulizar-se para um brônquio adjacente e determinar a disseminação broncogênica da tuberculose. 
Com a expansão das lesões destrutivas, os bacilos atingem os vasos sanguíneos e disseminam-se para 
o pulmão e outros órgãos. 
Na forma secundária ou pós-primária, a infecção irá surgir após um período de latência do primeiro 
contato com o bacilo, que, desta vez, vai-se alojar nos ápices pulmonares, evoluindo para um 
processo consolidativo que cavita, forma um exsudato inflamatório (caseum) que é expelido ao 
encontrar um brônquio, dando o aspecto típico de consolidação com lesões cavitadas de paredes 
espessas. 
 
Nódulo calcificado 
(granuloma) 
Radiologia e Thomás R. Campos 
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O exsudato da TB pode disseminar-se para os bronquíolos, originando o aspecto de nódulos 
centrolobulares, que caracteriza a disseminação broncogênica, representada na TC pelo aspecto de "árvore 
em brotamento”. 
 
Com a evolução do processo inflamatório, vão surgir áreas de fibrose pulmonar que culminam por 
promover atelectasias lineares, infiltrado reticular que promove tração das estruturas brônquicas 
(bronquiectasias de tração) e mediastinais, com elevação dos hilos pulmonares. 
 
37. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA HISTOPLASMOSE? 
A histoplasmose é uma infecção causada 
principalmente pelo Histoplama capsulatum, 
geralmente associada à inalação de poeira ou de 
sedimentos das fezes de morcegos e pombos. A infecção 
é na maioria das vezes, subclínica, permanecendo na 
radiografia simples um pequeno nódulo pulmonar (às 
vezes múltiplos) ou linfonodos calcificados. 
Quando a doença progride, há surgimento de uma 
inflamação granulomatosa semelhante à 
tuberculose, com os mesmos achados de consolidações 
cavitadas, derrames pleurais e linfonodomegalias. Uma 
apresentação incomum é mediastinite fibrosante, em 
que o processo inflamatório e suas sequelas evoluem a 
tal ponto que resultam em estenose do esôfago, da veia 
cava, da aorta e das artérias pulmonares. 
Ninguém pensa em histoplasmose logo de cara, depende da clínica. Se tiver fezes de morcego e 
pombo, marca logo histoplasmose. 
 
TC - Árvore em brotamento 
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38. O QUE É ASPERGILOSE? 
É uma infecção na maioria das vezes causada pelo Aspergíllus fumigattus, que é um patógeno 
livre e comum no ambiente. Seu acometimento pulmonar está relacionado com patologias prévias, 
como atopia, infecção por BK ou Stafilococcus, ou doença imunológica. 
As manifestações radiológicas da aspergilose podem ser divididas em três formas: 
1- Aspergiloma: ou bola fúngica, consiste em um aglomerado de hifas e detritos celulares no interior 
de uma cavidade pulmonar preexistente. 
 
 
 
Os outros tipos costumam acometer pacientes imunocomprometidos e possuem padrão mais difuso. Só 
que o prof disse que não ia cobrar na prova: 
 
2- Aspergilose broncopulmonar alérgica: é uma infecção associada à reação inflamatória 
imunológica tipos I e III, que acontece em pacientes asmáticos. Há predominância do envolvimento das 
vias aéreas proximais (medular do pulmão), onde já existe lesão de mucosa pela asma, promovendo 
piora destas lesões com excesso na produção de muco. O aspecto por imagem consiste em 
consolidações geralmente apicais, impactação de muco na árvore brônquica proximal (aspecto em 
dedos de luva) e, às vezes, atelectasia pela presença de tampões de muco. 
3- Aspergilose invasiva: associada a uma primoinfecção pelo fungo em pacientes com algum grau de 
déficit inflamatório ou imunológico, permitindo ao fungo alcançar o parênquima, como em pacientes 
transplantados. Pode-se apresentar como focos de consolidação lobar ou broncopneumonia e também 
múltiplos nódulos. Estes achados são associados à presença de um halo de opacidade em vidro fosco 
adjacente, que corresponde a uma inflamação hemorrágica. 
 
39. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA CANDIDÍASE? 
Candida albicans é um patógeno da flora oral que geralmente 
causa monilíase (pop. “sapinho”) em pacientes 
imunocomprometidos, ele pode, por via hematogênica, alcançar os 
pulmões e promover a formação de múltiplos nódulos (aspecto 
miliar) ou consolidações em bases com aspecto necrosante, que 
evoluem para a formação de pequenos abscessos. 
É a mesma bosta do padrão de uma pneumonia. Mais uma vez, 
o que diferencia é a clínica. Em um paciente imunocomprometido, tem que pensar em candidíase. 
 
O aspecto característico é de uma imagem 
hipotransparente ovalada no interior de 
uma cavidade com ar em volta (sinal do 
crescente) e móvel a mudanças de 
decúbito. 
 
O paciente teve uma tuberculose antes, 
escavou e ficou lá o buraco. Depois o 
Aspergíllus e coloniza esse buraco. 
 
Sinal do crescente 
 
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40. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA PNEUMOCISTOSE? 
A pneumocistose é uma infecção oportunista, causada pelo fungo unicelular Pneumocystis 
jiroveci. A infecção é por inalação dos esporos. Clinicamente, caracteriza-se por uma dissociação 
clinico-imagenológica (a radiografia pode ser normal, só que o paciente tem dispneia acentuada). 
 
 
 
41. QUAL O ASPECTO DAS NEOPLASIAS PULMONARES? 
O aspecto por imagem mais comum das neoplasias pulmonares está representado pelos nódulos, 
podendo ser único ou múltiplos. Mas lembrando que câncer no pulmão não vai ser só nódulo, por 
exemplo, tem o carcinoma bronquíolo-alveolar que é igualzinho à uma pneumonia. 
 
 
42. O QUE PRECISA SER AVALIADO NUMA LESÃO NODULAR DO PULMÃO? 
 Contornos (regulares ou irregulares, espiculado, mal definido) 
 Densidade (partes moles, cálcica, lipídica) 
 Tamanho 
 
Na imagem: lesão nodular, de contornos regulares e bem definidos, 
localizado em terço inferior do pulmão esquerdo. 
 
 
 
 
43. QUAIS OS CRITÉRIOS RADIOLÓGICOS DE BENIGNIDADE DE UM TUMOR? 
1. Presença de gordura. 
2. Calcificações grosseiras. 
3. Ausência ou mínimo crescimento em exames seriados 
de controle 
Na imagem: lesão nodular de contornos irregulares (porque 
não é redondinha) e bem definidos (porque dá pra ver onde 
começa e onde termina), com calcificações grosseiras em 
seu interior e com presença de gordura. É um nódulo 
benigno, nesse caso um hamartoma. 
Todo nódulo pulmonar solitário tem indicação de TC, justamente para identificar esses critérios de 
benignidade, como por ex. a presença ou não de gordura. 
Rx não pega, mas tem como ver na tomografia. 
O aspecto por imagem à TC pode variar, mas 
predomina a presença de opacidades em vidro 
fosco com distribuição geográfica, associadas a 
cistos de paredes finas. 
Aqui de novo a clínica. É preciso pensar em 
pneumocistose em pacientes imunocomprometidos. 
 
Calcificação 
Gordura 
Radiologia e Thomás R. Campos 
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44. O QUE SÃO GRANULOMAS RESIDUAIS? 
Granulomas residuais são a maior causa de lesão nodular em exames de rotina de tórax, e são 
decorrentes, em quase sua totalidade, de sequela de primoinfecção por BK. 
 
 
 
45. O QUE LEVA A SUSPEITAR QUE UM TUMOR PULMONAR É MALIGNO? 
Contornos irregulares ou espiculados, com 
densidade de partes moles e que captem o meio de 
contraste endovenoso. Todavia é o acompanhamento 
das lesões que apontará para tal prognóstico, uma vez 
que lesões expansivas malignas tendem a apresentar 
um tempo de duplicação rápido (em média 18 meses). 
 
Na imagem: nódulo irregular, de contornos 
espiculados, compatível com adenocarcinoma. 
 
46. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DOS CARCINOMAS PULMONARES? 
Os achados radiográficos vão depender da localização do tumor, do seu tamanho e da sua histologia 
(que reflete seu grau de agressividade). Estes achados incluem: 
 
 Alargamento hilar: pode representar o tumor 
por si próprio ou as linfonodomegalias 
metastáticas. 
 Obstrução de vias aéreas: levando à 
atelectasia, pelo crescimento tumoralendobrônquico ou pela compressão extrínseca 
por lesões volumosas. 
 Massas periféricas: podem sofrer degeneração 
central e cavitar, apresentando uma superfície 
interna irregular. 
 
Também pode haver acometimento pleural, extensões ósseas (por contiguidade ou disseminação 
hematogênica) e consolidações. 
Granuloma residual 
Nódulo 
Granuloma residual: lesão nodular de 
contornos regulares e bem definidos, 
totalmente calcificados. Certeza que 
isso aí é um granuloma residual. 
Nódulo suspeito: lesão nodular de 
contornos irregulares, mas bem 
definidos. Sem calcificação grosseira e 
de tamanho grande. 
Alargamento mediastinal 
no lado esquerdo 
Radiologia e Thomás R. Campos 
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47. QUAIS AS PRINCIPAIS PATOLOGIAS MEDIASTINAIS? 
 
 
48. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO TIMOMA? 
O timoma ou carcinoma de timo é o processo neoplásico da glândula tímica. É a mais comum 
neoplasia primária do timo e o tumor mais frequente desse compartimento, compreendendo, 
aproximadamente, 20% das massas mediastinais em adultos. Incide na 5ª e na 6ª décadas de vida, 
sendo pouco frequente abaixo de 40 anos de idade. Não há relação com sexo e raça. Existe uma 
importante relação do timoma com a miastenia gravis. 
 
 
 
Radiologicamente caracteriza-se por uma massa heterogênea em mediastino anterior, com 
realce pelo meio de contraste. Ao exame radiográfico, costuma-se verificar um alargamento do 
mediastino superiormente. 
 
 
 
 
 
 
4 “T”s do Mediastino Superior: 
Timoma 
Tireóide 
Teratoma 
Terrível Linfoma 
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49. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO BÓCIO DA TIREÓIDE? 
O bócio da tireóide é causado pelo aumento do tecido tireoidiano que pode migrar inferiormente 
e obliterar o mediastino superior. Pode apresentar sinais de compressão dos órgãos adjacentes e 
acarretar sintomas, como dispneia, disfagia ou rouquidão. 
 
 
 
O RX mostra abaulamento do mediastino antero-superior. A TC evidencia lesão expansiva grande com 
calcificação adjacente, causando deslocamento de traqueia. 
 
50. O QUE É TERATOMA? 
O teratoma é uma neoplasia de células germinativas, com predominância de elementos 
ectodérmicos. Sua caracterização ao exame radiográfico pode ser facilitada pela presença de tecidos 
estranhos à região, como dentes, calcificações, elementos gordurosos e císticos. Cerca de 5-8% 
dos linfomas apresentam componente mediastinal. 
 
51. QUAIS ACHADOS PODEM SER VISTOS NO MEDIASTINO MÉDIO? 
 Linfonodomegalias: envolvendo diversos sítios, pode estar relacionada com doenças 
linfoproliferativas. 
 Aneurismas de aorta: caracterizam-se pela dilatação anormal do vaso e podem envolver desde 
sua emergência no ventrículo esquerdo até a bifurcação aortoilíaca 
 
 
 
 
 
 
 
 
Radiologia e Thomás R. Campos 
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52. QUAIS ACHADOS PODEM SER VISTOS NO MEDIASTINO POSTERIOR? 
Tumores neurogênicos (neurofibromas, schwanomas): se apresentam como lesões expansivas, de 
contornos regulares e realce homogéneo pelo meio de contraste, de topografia paravertebral, geralmente 
com relação com o forame de conjugação. 
 
A hematopoiese extramedular é considerada um mecanismo fisiológico compensatório, que ocorre 
quando a medula óssea é incapaz de suprir a demanda corporal de células sanguíneas. Caracteriza-se 
pela formação de tecido hematopoiético em topografia paravertebral. Geralmente, ocorre em 
pacientes com hemoglobinopatias ou doenças adquiridas. 
 
 
Isso aqui não é neoplasia. Nada mais é que um aumento de tamanho dos arcos costais na região 
paravertebral posterior. Se apresenta como essas massas aí, típicas de hematopoiese extramedular.

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