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Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB IMAGENOLOGIA DO TÓRAX 1. QUAIS ESTRUTURAS SÃO VISUALIZADAS NO RAIO-X DE TÓRAX NORMAL? 2. O QUE É SÍNDROME DE POLAND? COMO ELA É VISTA NA RADIOGRAFIA? A síndrome de Poland é uma deformidade rara que afeta a região torácica e é caracterizada pelo subdesenvolvimento ou ausência do músculo peitoral maior de um lado do corpo. Na radiografia é possível visualizar uma assimetria da transparência pulmonar, justamente devido à ausência do músculo peitoral de um lado, fazendo com que um lado fique mais radiotransparente que o outro. Isso deve ser confirmado pela tomografia. COSTELA (POSTERIOR) COSTELA (ANTERIOR) CLAVÍCULAS SEIO COSTOFRÊNICO BOLHA GÁSTRICA VÉRTEBRAS ESCÁPULA SEIO CARDIOFRÊNICO BIFURCAÇÃO TRAQUEAL SOMBRAS HILARES Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 3. QUAIS AS DIVISÕES DO MEDIASTINO? Mediastino superior: traquéia, esôfago, timo, grandes vasos (anteriormente), além de linfonodos. Mediastino inferior: –Mediastino anterior: parte do timo, gordura e alguns linfonodos. –Mediastino médio: pericárdio, coração, nervos frênicos, aorta ascendente, arco aórtico e tronco pulmonar. –Mediastino posterior: porção descendente da aorta, linfonodos, ducto torácico, nervo vago, gordura, veias ázigo e hemiázigo, esôfago e raízes nervosas. 4. QUAIS OS CONTORNOS DO MEDIASTINO? Duas curvaturas à direita (VCS e AD) e três curvaturas à esquerda (AA, TP, VE) Índice cardiotorácico: o normal é que o maior diâmetro do coração não ultrapasse metade do diâmetro dos campos pleuropulmonares. 5. O QUE É O SINAL DA VELA DE BARCO? É um sinal que evidencia a presença do timo na radiografia, presente somente em crianças. É uma imagem triangular no mediastino superior. Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 6. COMO SÃO DIVIDIDOS OS PULMÕES? Os pulmões são divididos pela pleura visceral em seus lobos à direita (lobo superior, lobo médio, e lobo inferior) e à esquerda (lobo superior e lobo inferior). Além desses, existem vários segmentos, mas o prof. falou que só pneumologista, cirurgião torácico ou radiologista precisa saber. 7. QUAIS AS INCIDÊNCIAS DA RADIOGRAFIA SIMPLES DE TÓRAX? FISSURA OBLÍQUA FISSURA HORIZONTAL FISSURA OBLÍQUA PA – Postero-anterior Perfil Decúbito Lateral (Laurell) Oblíqua Anterior Direita (OAD) Oblíqua Anterior Esquerda (OAE) Ápico-lordótica Para avaliar fraturas nas costelas Para avaliar derrame pleural Para avaliar lesões em ápice pulmoar Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 8. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE UMA RADIOGRAFIA DE TÓRAX DE QUALIDADE? A radiografia de tórax deve mostrar todas as estruturas do tórax, não pode cortar as cúpulas diafragmáticas nem os ápices pulmonares. Um exame de qualidade deve preencher 03 critérios: 1- Boa penetração: visualizar pelo menos três corpos vertebrais acima do botão aórtico. 2- Centralização: verificada pelo alinhamento das clavículas. 3- Adequada Inspiração: contar de 09-10 arcos costais posteriores ou 06-07 arcos costais anteriores. É preciso ter cuidado também com objetos ou estruturas extracorpóreas que podem simular lesões (botão, cabelo, broches...). 9. QUAL A UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA DE TÓRAX? E DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA? A tomografia computadorizada é o método mais sensível para avaliação do parênquima pulmonar. É capaz de diferenciar características teciduais de lesões expansivas entre císticas, sólidas, adiposas... Já a ressonância magnética não tem utilidade para avaliar o parênquima pulmonar, sendo indicada para lesões de parede torácica. 10. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE ALTERAÇÕES POR OCUPAÇÃO DO ESPAÇO AÉREO DOS PULMÕES? A ocupação ou substituição do espaço aéreo é denominada consolidação, e se traduz na radiografia e na TC como aumento da atenuação do parênquima pulmonar. Pode estar presente o broncograma aéreo que aparece hipertransparente no interior da consolidação. As principais causas de consolidação são infecções (ex: pneumonia), tumores (linfoma, carcinoma broncogênico), inflamações (sarcoidose), trauma (sangue). BRONCOPNEUMONIA PNEUMONIA LOBAR Opacidades mal definidas alveolares difusas Opacidades em LSD Sinal do Broncograma Aéreo EDEMA PULMONAR Opacidade central e bilateral, aumento da área cardíaca SARA (fase exsudativa) Infiltrado alvéolo-intersticial, bilateral e assimétrico NEM TODA CONSOLIDAÇÃO É PNEUMONIA! Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 11. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE ALTERAÇÕES POR REDUÇÃO DO ESPAÇO AÉREO DOS PULMÕES? A redução do espaço aéreo por colapso (ou colabamento) é denominada atelectasia, e se apresenta como um aumento da densidade no lado acometido, com desvio mediastinal e de traqueia para o mesmo lado, elevação da cúpula diafragmática e deslocamento das fissuras. A atelectasia pode ser completa ou parcial. Podem ocorrer por mecanismos compressivos (massas), obstrução (nódulo ou corpo estranho), aderências (sequela de infecção por TB), trauma torácico, etc. 12. O QUE É O SINAL DO S DE GONDEN? É a atelectasia do Lobo Superior Direito + massa peri-hilar na região pulmonar brônquica. Significa que uma massa tumoral causou a atelectasia do pulmão. ATELECTASIA EM PD Opacidade à direita, desvio mediastinal, espaços costais menores ATELECTASIA TOTAL DE PD ATELECTASIA EM LOBO SUPERIOR DIREITO LSD está todo colabado, além disso há desvio de mediastino ATELECTASIAS LAMINARES Opacidades lineares Atelectasias laminares não têm repercussão clínica. São causadas em pacientes pós- cirúrgicos que ficam sem se movimentar, ou pacientes com fratura de costela, aí dói e ele não expande o segmento na inspiração... São alterações discretas Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 13. O QUE É O SINAL DA SILHUETA? O sinal da silhueta ocorre quando estruturas de densidades semelhantes se tocam, passando a apresentar um contorno único. Nada mais é do que a perda do contorno da silhueta cardíaca por alguma lesão de mesma densidade localizadanos pulmões (lobo médio no PD, ou segmentos lingulares superior ou inferior no PE). 14. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE ALTERAÇÕES POR AUMENTO DO ESPAÇO AÉREO DOS PULMÕES? O aumento do espaço aéreo pode ser reversível (hiperinsuflação, por exemplo na asma ou mecanismos valvares) ou irreversível (enfisema pulmonar, por exemplo na DPOC em que há destruição do parênquima com ocupação daquele espaço por ar). Os achados incluem: aumento da transparência, aumento do diâmetro torácico antero-posterior, aumento dos espaços intercostais, retificação das cúpulas diafragmáticas e visualização da borda inferior do coração (coração em gota). Também podem ocorrer bronquiectasias, caracterizadas por dilatação irreversível da árvore brônquica. O aspecto no RX é de imagens ovaladas, hipertransparentes, circunscritas e de paredes espessas. Na TC, aparecem como imagens tubulares ou císticas com o sinal do anel de sinete e sinal do trilho de trem. Podem ser causadas por infecções, discinesia ciliar, tumores... SINAL DA SILHUETA EM LOBO MÉDIO DO PULMÃO DIREITO SINAL DA SILHUETA EM SEGMENTO LINGULAR DO PULMÃO ESQUERDO ENFISEMA PULMONAR Aumento da transparência pulmonar, com aumento dos EIC e coração em gota Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 15. QUAIS OS PRINCIPAIS PADRÕES IMAGENOLÓGICOS DAS DOENÇAS INTERSTICIAIS DO PULMÃO? Septal Não é normal ver os septos na tomografia, quando os septos são visíveis é sinal de espessamento de septos interlobulares. Pode ser secundário à edema, infiltração celular ou fibrose Faveolamento Opacidades mistas reticulares e císticas periféricas, com várias camadas. Reflete alterações de fibrose pulmonar que também causam bronquiectasias de tração e bronquiolectasias. Cístico Lesões pulmonares circunscritas contendo ar e de paredes bem definidas. Padrão comum em linfangioleiomiomatose (LSD em mulheres jovens) e histiocitose de células de Langerhans (difusa em homens) Nodular Opacidades ovaladas <3 cm, podendo evoluir para massas (> 3 cm). Pode se relacionar com hemangiomas, granulomas, residuais ou tumores pulmonares. Vidro fosco Aumento da opacidade pulmonar sem obscurecimento dos vasos pulmonares adjacentes (é o contrário do que acontece na consolidação). Resulta de anormalidades intersticiais mínimas, doença do espaço aéreo ou aumento do fluxo sanguíneo Perfusão em mosaico Áreas de opacidade mistas, com alternância de imagens de maior e menor intensidade. Ocorre geralmente por alterações de perfusão ou por doenças de vias aéreas (aprisionamento aéreo). Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 16. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO DERRAME PLEURAL? O derrame pleural caracteriza-se por presença de líquido no espaço pleural, separando os dois folhetos pleurais. Apresenta-se como uma região radiodensa, de contornos regulares que, quando livre, deposita-se nas bases pulmonares, obliterando os seios costofrênicos e os campos pulmonares formando o sinal da parábola de Damoiseau. Geralmente é preciso 200-300 mL para obliterar o seio costofrênico em ortostase Pode ser que o derrame pleural seja loculado ou encistado, quando associado a processo inflamatório ou fibrótico importante, formando opacidades que simulam massas no tórax. Opacidade de base pleural em terço superior e médio do pulmão esquerdo. Não dá pra dizer logo de cara que isso é um DP loculado, tem que pedir a TC para confirmar, porque tem que ver se não pode ser um tumor ali. OBLITERAÇÃO DO SEIO COSTOFRÊNICO PARÁBOLA DE DAMOISEAU IMAGEM HIPODENSA Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 17. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO PNEUMOTÓRAX? O pneumotórax se caracteriza pela presença de ar no espaço pleural. Se apresenta pela ausência de campos pulmonares na região. Existem sinais secundários que indicam gravidade do pneumotórax (pneumotórax hipertensivo) com desvio de mediastino para o lado oposto, rebaixamento do diafragma e alargamento dos espaços intercostais. Pode ser difícil de identificar, então uma tática para melhorar o exame é solicitar a radiografia em expiração. 18. QUAIS OUTRAS ALTERAÇÕES NA PLEURA PODEM SER VISUALIZADAS NA RADIOGRAFIA? A pleura também pode ser acometida por processos inflamatórios que promovem seu espessamento, e quando crônico, pode levar a um processo de calcificação (ex: asbestose). Além disso, o espaço pleural pode ser sede de lesão por contiguidade na caixa torácica e processos expansivos primários e secundários (ex: mesotelioma e metástases). AUMENTO DOS EIC DESVIO DO MEDIASTINO (contralateral) REBAIXAMENTO DO DIAFRAGMA PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO Com desaparecimento da trama vascular Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 19. QUAIS ALTERAÇÕES CARDÍACAS PODEM SER IDENTIFICADAS NA RADIOGRAFIA DE TÓRAX? Átrio direito Abaulamento da 2ª curvatura à direita, seu crescimento projeta o coração para a direita. Ventrículo direito Aumento do contato da área cardíaca com o esterno. Átrio esquerdo Sinal do duplo contorno atrial, por conta da projeção do AE na linha pericárdica direita. Ventrículo esquerdo O coração cresce lateralmente à esquerda e projeta-se inferiormente na cúpula diafragmárica. Ou seja, ocorre deslocamento do ápice para esquerda e para baixo (coração mergulhante) Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 20. COMO É IDENTIFICADO O TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP)? A tomografia é o padrão ouro para avaliação do TEP, mais especificamente a angiotomografia (AngioTC). Utilizando contraste, é possível visualizar o trombo dentro do vaso causando uma falha de enchimento (áreas que o contraste não entra). PATOLOGIAS TORÁCICAS 21. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA CONTUSÃO PULMONAR? A contusão pulmonar é uma lesão traumática do parênquima alveolar e intersticial, com presença de sangue e edema, mas não ocorre ruptura das paredes alveolares. O aspecto da imagem varia de infiltrado em vidro fosco a pequenas consolidações, dependendo do tamanho do traumatismo e da área afetada. É a clínica que vai guiar o diagnóstico, o aspecto é muito semelhante à uma pneumonia. Se o paciente sofreu um trauma torácico e apresenta esse aspecto no exame radiográfico, ele apresenta uma contusão pulmonar. A tomografia ao lado apresenta o aspecto em vidro fosco no parênquima pulmonar, junto com consolidação, pneumotórax à esquerda e um pequeno à direita, além de enfisema subcutâneo,portanto se trata de uma contusão extensa. RX – TÓRAX (Contusão pulmonar) TC – TÓRAX (Contusão pulmonar) Pneumotórax Enfisema subcutâneo Vidro fosco Consolidação Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 22. O QUE DIFERENCIA A CONTUSÃO DA LACERAÇÃO PULMONAR? A diferença é que na laceração ocorre dano da parede alveolar. O aspecto da imagem é clássico, apresentando áreas de consolidação com a presença de cistos que formam pneumatoceles traumáticas ou hematomas. TC evidencia duas áreas de laceração pulmonar, envolvidas por consolidação e atenuação em vidro fosco, que correspondem à contusão pulmonar. 23. COMO IDENTIFICAR FRATURAS NO TÓRAX? As fraturas estão relacionadas com o trauma direto e podem ser identificadas pela perda da continuidade da cortical óssea. É importante localizar essas fraturas porque elas podem acabar lesionando estruturas moles adjacentes, por exemplo, fraturas de arcos costais superiores podem causar lesão de vasos supra-aórticos e traqueia, já fraturas em arcos costais inferiores pode cursar com lesões do fígado e da cúpula diafragmática. A característica é a perda da continuidade óssea. Olha as costelas aí e segue o caminho delas, parece que tem um degrau, né? Mas a costela normal não tem degrau, se tiver é sinal de fratura. TC – TÓRAX (Laceração pulmonar) Pneumotórax Pneumotórax Laceração Laceração Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 24. O QUE É PNEUMOMEDIASTINO? O pneumomediastino caracteriza a presença de ar no interstício mediastinal. As lesões traumáticas torácicas superiores e da região cervical podem promover lesões e rupturas das estruturas das vias aéreas superiores, o que vai acarretar em dissecção do ar para o interstício adjacente e na dependência de sua localização e do órgão acometido (trauma esofágico e/ou traqueal/brônquico). 25. O QUE É ENFISEMA SUBCUTÂNEO? QUAIS AS CARACTERÍSTICAS? O enfisema subcutâneo corresponde à presença de ar no tecido celular subcutâneo e pode ser identificado pela presença de linhas hipertransparentes (ar) dentro das estruturas de partes moles extratorácicas. Ou aconteceu algum trauma na pele que fez o ar entrar, ou então algum trauma que perfurou o pulmão e permitiu a passagem de ar para o espaço pleural e para estruturas extratorácicas adjacentes. Isso não tem muito problema do ponto de vista de sintomatologia, mas é um indicativo de trauma de alto impacto. Diante disso, é preciso investigar outras lesões associadas com esse trauma de alto impacto. Enfisema subcutâneo Consolidação em LSE Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 26. O QUE SÃO HÉRNIAS DIAFRAGMÁTICAS? QUAIS AS MAIS FREQUENTES? São caracterizadas por falhas na composição da cúpula diafragmática, com deslocamento das estruturas do abdome para o tórax. As duas mais frequentes são: Morgagni: quando o defeito diafragmático é anterior, central e à direita, geralmente associado à herniação do fígado. Bochdaleck: quando o defeito é posterior e à esquerda, em que iremos observar na radiografia alças intestinais, localizadas na base do pulmão correspondente. Alça intestinal que subiu e foi parar no tórax. Aqui não herniou o fígado e sim a gordura. Herniou a gordura abdominal Herniação de uma estrutura colônica para dentro do tórax. Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 27. QUAIS OS PRINCIPAIS TIPOS DE ANOMALIAS CÍSTICAS CONGÊNITAS? As anomalias císticas congénitas torácicas fazem parte do conjunto dos cistos de duplicação do intestino primitivo, que estão relacionados com o brotamento prematuro de estruturas da árvore traqueobrônquica. Representam 10% das massas mediastinais e incluem, entre suas entidades, cistos broncogênicos, pericárdicos, entéricos e tímicos, linfangiomas e cistos de duplicação esofágica. Quase nunca tem como diferenciar o tipo de cisto pela imagem, o que a gente precisa saber mesmo é diferenciar o cisto de uma massa tumoral maligna. Broncogênicos Massas bem definidas, no mediastino ou no parênquima pulmonar, de localização mais comum subcarinal. O diagnóstico é feito através da TC ou RMN por uma densidade cística que não capta meios de contraste. Pericárdicos Geralmente localizadas no seio cardiofrênico direito, são frequentemente assintomáticas. Ocasionalmente, podem apresentar contorno retilíneo e formatos atípicos. Próximo passo é TC com contraste. Na imagem mostra uma lesão arredondada hipodensa que não realça pelo contraste. Então aqui você já sabe que é uma lesão cística mediastinal, provavelmente um cisto broncogênico, pela topografia. Linfangioma Lesão benigna congênita, caracterizada por focos de tecido linfático em padrão multicístico. É mais frequente nas regiões cervical e axilar. Em geral são lesões extensas, multicompartimentalizadas (vai da cervical e se estende até a puta que o pariu), com densidade líquida, e que se moldam de forma a não comprimir as estruturas adjacentes. É difícil de mexer aí, porque tem estruturas muito nobres aí perto, por isso algumas vezes tira só o excesso. Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 28. QUAL A DIFERENÇA ENTRE A HISTIOCITOSE X E A LINFANGIOLEIOMIOMATOSE? Ambas são doenças sistêmicas que podem evoluir com lesões císticas difusas do parênquima pulmonar. O padrão de imagem é basicamente o mesmo: múltiplas lesões císticas (lesões de conteúdo aéreo, amorfas e não muito grandes) do parênquima pulmonar. Histiocitose X: é um distúrbio do sistema reticuloendotelial que acomete principalmente adultos jovens e caracteriza-se por apresentar nódulos e cistos de localização predominante em lobos superiores, com consequente progressão para fibrose pulmonar. Linfangioleiomiomatose: é uma doença rara, de etiologia desconhecida, que afeta mulheres jovens no período fértil, e se caracteriza pela formação de cistos de paredes finas, distribuídos por todo o parênquima pulmonar, de localização preferencialmente central. Estas pacientes também podem exibir angiomiolipomas renais e linfonodomegalias retroperitoneais. 29. O QUE É SEQUESTRO PULMONAR? É uma anomalia congênita em que há uma área de parênquima pulmonar não funcionante, que não se comunica com a árvore traqueobrônquica, e apresenta um suprimento sistêmico. O aspecto radiográfico é de uma massa nos lobos inferiores, geralmente à esquerda, onde o estudo tomográfico vai mostrar o suprimento sistêmico. Ele se classificaem: intralobar (quando é recoberto pela pleura visceral) e extralobar (quando tem revestimento pleural próprio). TC - Histiocitose X TC - Linfangioleiomiomatose Suprimento arterial sistêmico Sequestro em LIE Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 30. O QUE É ENFISEMA LOBAR CONGÊNITO? É uma hiperdistensão de um lobo, podendo exercer efeito compressivo com as estruturas adjacentes. A evolução radiológica vai de uma massa, geralmente, nos lobos superiores no neonato e lobo médio, que se torna hipertransparente logo após o nascimento, e promove abaulamento das fissuras. Na TC visualiza-se um pulmão espontaneamente hiperdistendido, sem lesões císticas associadas. O pulmão nasce colabado, por isso que a evolução radiológica começa com aspecto de uma massa e depois, quando o pulmão se torna mais cheio de ar, adquire aspecto mais hipertransparente. 31. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA PNEUMONIA LOBAR? Caracteriza-se pela presença de um patógeno, que dá início a sua infecção dentro do alvéolo, geralmente pela aspiração de gotículas infectadas, depositando-se adjacente à pleura, promovendo a formação de um exsudato que se vai espalhando e preenchendo os alvéolos, assumindo, assim, um aspecto consolidativo lobar. Tanto na TC, quanto na radiografia, o aspecto é de uma consolidação homogénea, envolvendo um segmento ou um lobo do pulmão. Os patógenos mais comuns são Streptococcus pneumoniae (70%), Klebsiella pneumoniae e Legionella Pneumophila. No caso de infecções por Klebsiella ainda apresenta uma produção excessiva de exsudato, que se caracteriza radiologicamente com uma pneumonia lobar com abaulamento da cissura (pneumonia do lobo pesado). RX – Pneumonia Lobar RX – Pneumonia por Klebsiella Opacidade bem definida acometendo terço superior/médio do pulmão direito, com broncograma aéreo de permeio Pneumonia do lobo pesado Abaulamento da cissura Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 32. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA BRONCOPNEUMONIA? Caracteriza-se por inflamações em placas, acometendo vários focos de consolidação, com tendência à confluência e esparsos no parênquima. O aspecto radiográfico é de opacidades algodonosas difusas, é como se fossem vários chumaços de algodão, sendo também visualizados na TC, opacidades em vidro fosco e nódulos centrolobulares associados. A diferença é que a doença acomete pacientes jovens e idosos e é frequentemente multibacteriana. O patógeno mais comum é o Staphylococcus aureus, sendo, geralmente, associado à formação de abscessos, derrame pleural e disseminação hematogênica. 33. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA PNEUMONIA INTERSTICIAL? É definida como processo inflamatório que acomete a parede dos alvéolos, os septos interlobulares e o tecido de sustentação do parênquima. Os agentes mais comuns são Mycoplasma pneumoniae e Pneumocystis jirovecii (Pneumocystis carinii), bem como infecções virais. O aspecto radiológico é de um padrão reticular ou reticulonodular difuso, sendo o envolvimento alveolar raro. Na TC os aspectos por imagem podem variar de septos, vidro fosco, cistos, opacidades irregulares, nódulos ou consolidações. Fica nesse aspecto rendilhado, como se colocasse uma rede por cima do parênquima normal. Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 34. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO ABSCESSO PULMONAR? O abscesso é uma cavidade secundária a um processo infeccioso piogênico. Desse modo, o abscesso é uma complicação de uma consolidação pulmonar. Os patógenos mais comumente envolvidos são Staphylococcus e Klebisella. O aspecto radiológico característico dos abscessos é a presença de cavitação, que pode ou não estar circundada por um processo consolidativo. 35. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA INFECÇÃO MILIAR NOS PULMÕES? Acontece quando o patógeno está distribuído na corrente sanguínea, o que promove sua distribuição de maneira quase uniforme no pulmão, podendo existir um predomínio basal em decorrência de maior fluxo sanguíneo e maior área nesta região. O exemplo mais comum é a tuberculose miliar, em que o aspecto radiológico é de micronódulos difusos e simétricos. O abscesso pode estar cheio de pus, e aí aparece como uma massa nodular inespecífica. Se o abscesso tiver comunicação com a árvore traqueobrônquica, drena seu conteúdo e aparece como uma lesão arredondada de paredes espessas, com conteúdo aéreo e podendo apresentar nível hidroaéreo. Abscesso Consolidação (em volta do abscesso) Pequeno nível hidroaéreo Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 36. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA TUBERCULOSE PULMONAR? A tuberculose pulmonar, causada pelo M. tuberculosis, é dividida em primária (ocorre em indivíduos que ainda não tiveram contato com o bacilo, sendo, portanto, mais comum em crianças) e secundária (desenvolve-se a partir de uma nova infecção – reinfecção exógena – ou da reativação de bacilos latentes – reinfecção endógena). Na primoinfecção, a bactéria atinge o alvéolo, onde vai desencadear uma reação inflamatória pela sua proliferação, que culmina em atrair macrófagos que vão tentar conter o processo infeccioso, formando o nódulo de Ghon. Se o processo inflamatório contiver a lesão, ocorrerá a formação de um granuloma, nestes casos, a maioria dos pacientes nem apresenta sintomas ou estes aparecem de forma frusta e inespecífica (febre e astenia). Estes nódulos evoluem para uma calcificação distrófica, resultando na radiografia e na TC como um pequeno nódulo homogeneamente calcificado. Contudo, se não houver contenção a lesão evolui para um processo consolidativo focal que vai disseminar o bacilo por via geralmente linfática, originando linfonodomegalias mediastinais. O conjunto do nódulo de Ghon + disseminação linfática + linfonodomegalias é denominado complexo de Rankhe. Esses gânglios podem-se calcificar e o processo inflamatório se resolve, ou podem fistulizar-se para um brônquio adjacente e determinar a disseminação broncogênica da tuberculose. Com a expansão das lesões destrutivas, os bacilos atingem os vasos sanguíneos e disseminam-se para o pulmão e outros órgãos. Na forma secundária ou pós-primária, a infecção irá surgir após um período de latência do primeiro contato com o bacilo, que, desta vez, vai-se alojar nos ápices pulmonares, evoluindo para um processo consolidativo que cavita, forma um exsudato inflamatório (caseum) que é expelido ao encontrar um brônquio, dando o aspecto típico de consolidação com lesões cavitadas de paredes espessas. Nódulo calcificado (granuloma) Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por ImagemMedicina - UFOB O exsudato da TB pode disseminar-se para os bronquíolos, originando o aspecto de nódulos centrolobulares, que caracteriza a disseminação broncogênica, representada na TC pelo aspecto de "árvore em brotamento”. Com a evolução do processo inflamatório, vão surgir áreas de fibrose pulmonar que culminam por promover atelectasias lineares, infiltrado reticular que promove tração das estruturas brônquicas (bronquiectasias de tração) e mediastinais, com elevação dos hilos pulmonares. 37. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA HISTOPLASMOSE? A histoplasmose é uma infecção causada principalmente pelo Histoplama capsulatum, geralmente associada à inalação de poeira ou de sedimentos das fezes de morcegos e pombos. A infecção é na maioria das vezes, subclínica, permanecendo na radiografia simples um pequeno nódulo pulmonar (às vezes múltiplos) ou linfonodos calcificados. Quando a doença progride, há surgimento de uma inflamação granulomatosa semelhante à tuberculose, com os mesmos achados de consolidações cavitadas, derrames pleurais e linfonodomegalias. Uma apresentação incomum é mediastinite fibrosante, em que o processo inflamatório e suas sequelas evoluem a tal ponto que resultam em estenose do esôfago, da veia cava, da aorta e das artérias pulmonares. Ninguém pensa em histoplasmose logo de cara, depende da clínica. Se tiver fezes de morcego e pombo, marca logo histoplasmose. TC - Árvore em brotamento Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 38. O QUE É ASPERGILOSE? É uma infecção na maioria das vezes causada pelo Aspergíllus fumigattus, que é um patógeno livre e comum no ambiente. Seu acometimento pulmonar está relacionado com patologias prévias, como atopia, infecção por BK ou Stafilococcus, ou doença imunológica. As manifestações radiológicas da aspergilose podem ser divididas em três formas: 1- Aspergiloma: ou bola fúngica, consiste em um aglomerado de hifas e detritos celulares no interior de uma cavidade pulmonar preexistente. Os outros tipos costumam acometer pacientes imunocomprometidos e possuem padrão mais difuso. Só que o prof disse que não ia cobrar na prova: 2- Aspergilose broncopulmonar alérgica: é uma infecção associada à reação inflamatória imunológica tipos I e III, que acontece em pacientes asmáticos. Há predominância do envolvimento das vias aéreas proximais (medular do pulmão), onde já existe lesão de mucosa pela asma, promovendo piora destas lesões com excesso na produção de muco. O aspecto por imagem consiste em consolidações geralmente apicais, impactação de muco na árvore brônquica proximal (aspecto em dedos de luva) e, às vezes, atelectasia pela presença de tampões de muco. 3- Aspergilose invasiva: associada a uma primoinfecção pelo fungo em pacientes com algum grau de déficit inflamatório ou imunológico, permitindo ao fungo alcançar o parênquima, como em pacientes transplantados. Pode-se apresentar como focos de consolidação lobar ou broncopneumonia e também múltiplos nódulos. Estes achados são associados à presença de um halo de opacidade em vidro fosco adjacente, que corresponde a uma inflamação hemorrágica. 39. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA CANDIDÍASE? Candida albicans é um patógeno da flora oral que geralmente causa monilíase (pop. “sapinho”) em pacientes imunocomprometidos, ele pode, por via hematogênica, alcançar os pulmões e promover a formação de múltiplos nódulos (aspecto miliar) ou consolidações em bases com aspecto necrosante, que evoluem para a formação de pequenos abscessos. É a mesma bosta do padrão de uma pneumonia. Mais uma vez, o que diferencia é a clínica. Em um paciente imunocomprometido, tem que pensar em candidíase. O aspecto característico é de uma imagem hipotransparente ovalada no interior de uma cavidade com ar em volta (sinal do crescente) e móvel a mudanças de decúbito. O paciente teve uma tuberculose antes, escavou e ficou lá o buraco. Depois o Aspergíllus e coloniza esse buraco. Sinal do crescente Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 40. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DA PNEUMOCISTOSE? A pneumocistose é uma infecção oportunista, causada pelo fungo unicelular Pneumocystis jiroveci. A infecção é por inalação dos esporos. Clinicamente, caracteriza-se por uma dissociação clinico-imagenológica (a radiografia pode ser normal, só que o paciente tem dispneia acentuada). 41. QUAL O ASPECTO DAS NEOPLASIAS PULMONARES? O aspecto por imagem mais comum das neoplasias pulmonares está representado pelos nódulos, podendo ser único ou múltiplos. Mas lembrando que câncer no pulmão não vai ser só nódulo, por exemplo, tem o carcinoma bronquíolo-alveolar que é igualzinho à uma pneumonia. 42. O QUE PRECISA SER AVALIADO NUMA LESÃO NODULAR DO PULMÃO? Contornos (regulares ou irregulares, espiculado, mal definido) Densidade (partes moles, cálcica, lipídica) Tamanho Na imagem: lesão nodular, de contornos regulares e bem definidos, localizado em terço inferior do pulmão esquerdo. 43. QUAIS OS CRITÉRIOS RADIOLÓGICOS DE BENIGNIDADE DE UM TUMOR? 1. Presença de gordura. 2. Calcificações grosseiras. 3. Ausência ou mínimo crescimento em exames seriados de controle Na imagem: lesão nodular de contornos irregulares (porque não é redondinha) e bem definidos (porque dá pra ver onde começa e onde termina), com calcificações grosseiras em seu interior e com presença de gordura. É um nódulo benigno, nesse caso um hamartoma. Todo nódulo pulmonar solitário tem indicação de TC, justamente para identificar esses critérios de benignidade, como por ex. a presença ou não de gordura. Rx não pega, mas tem como ver na tomografia. O aspecto por imagem à TC pode variar, mas predomina a presença de opacidades em vidro fosco com distribuição geográfica, associadas a cistos de paredes finas. Aqui de novo a clínica. É preciso pensar em pneumocistose em pacientes imunocomprometidos. Calcificação Gordura Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 44. O QUE SÃO GRANULOMAS RESIDUAIS? Granulomas residuais são a maior causa de lesão nodular em exames de rotina de tórax, e são decorrentes, em quase sua totalidade, de sequela de primoinfecção por BK. 45. O QUE LEVA A SUSPEITAR QUE UM TUMOR PULMONAR É MALIGNO? Contornos irregulares ou espiculados, com densidade de partes moles e que captem o meio de contraste endovenoso. Todavia é o acompanhamento das lesões que apontará para tal prognóstico, uma vez que lesões expansivas malignas tendem a apresentar um tempo de duplicação rápido (em média 18 meses). Na imagem: nódulo irregular, de contornos espiculados, compatível com adenocarcinoma. 46. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DOS CARCINOMAS PULMONARES? Os achados radiográficos vão depender da localização do tumor, do seu tamanho e da sua histologia (que reflete seu grau de agressividade). Estes achados incluem: Alargamento hilar: pode representar o tumor por si próprio ou as linfonodomegalias metastáticas. Obstrução de vias aéreas: levando à atelectasia, pelo crescimento tumoralendobrônquico ou pela compressão extrínseca por lesões volumosas. Massas periféricas: podem sofrer degeneração central e cavitar, apresentando uma superfície interna irregular. Também pode haver acometimento pleural, extensões ósseas (por contiguidade ou disseminação hematogênica) e consolidações. Granuloma residual Nódulo Granuloma residual: lesão nodular de contornos regulares e bem definidos, totalmente calcificados. Certeza que isso aí é um granuloma residual. Nódulo suspeito: lesão nodular de contornos irregulares, mas bem definidos. Sem calcificação grosseira e de tamanho grande. Alargamento mediastinal no lado esquerdo Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 47. QUAIS AS PRINCIPAIS PATOLOGIAS MEDIASTINAIS? 48. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO TIMOMA? O timoma ou carcinoma de timo é o processo neoplásico da glândula tímica. É a mais comum neoplasia primária do timo e o tumor mais frequente desse compartimento, compreendendo, aproximadamente, 20% das massas mediastinais em adultos. Incide na 5ª e na 6ª décadas de vida, sendo pouco frequente abaixo de 40 anos de idade. Não há relação com sexo e raça. Existe uma importante relação do timoma com a miastenia gravis. Radiologicamente caracteriza-se por uma massa heterogênea em mediastino anterior, com realce pelo meio de contraste. Ao exame radiográfico, costuma-se verificar um alargamento do mediastino superiormente. 4 “T”s do Mediastino Superior: Timoma Tireóide Teratoma Terrível Linfoma Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 49. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO BÓCIO DA TIREÓIDE? O bócio da tireóide é causado pelo aumento do tecido tireoidiano que pode migrar inferiormente e obliterar o mediastino superior. Pode apresentar sinais de compressão dos órgãos adjacentes e acarretar sintomas, como dispneia, disfagia ou rouquidão. O RX mostra abaulamento do mediastino antero-superior. A TC evidencia lesão expansiva grande com calcificação adjacente, causando deslocamento de traqueia. 50. O QUE É TERATOMA? O teratoma é uma neoplasia de células germinativas, com predominância de elementos ectodérmicos. Sua caracterização ao exame radiográfico pode ser facilitada pela presença de tecidos estranhos à região, como dentes, calcificações, elementos gordurosos e císticos. Cerca de 5-8% dos linfomas apresentam componente mediastinal. 51. QUAIS ACHADOS PODEM SER VISTOS NO MEDIASTINO MÉDIO? Linfonodomegalias: envolvendo diversos sítios, pode estar relacionada com doenças linfoproliferativas. Aneurismas de aorta: caracterizam-se pela dilatação anormal do vaso e podem envolver desde sua emergência no ventrículo esquerdo até a bifurcação aortoilíaca Radiologia e Thomás R. Campos Diagnóstico por Imagem Medicina - UFOB 52. QUAIS ACHADOS PODEM SER VISTOS NO MEDIASTINO POSTERIOR? Tumores neurogênicos (neurofibromas, schwanomas): se apresentam como lesões expansivas, de contornos regulares e realce homogéneo pelo meio de contraste, de topografia paravertebral, geralmente com relação com o forame de conjugação. A hematopoiese extramedular é considerada um mecanismo fisiológico compensatório, que ocorre quando a medula óssea é incapaz de suprir a demanda corporal de células sanguíneas. Caracteriza-se pela formação de tecido hematopoiético em topografia paravertebral. Geralmente, ocorre em pacientes com hemoglobinopatias ou doenças adquiridas. Isso aqui não é neoplasia. Nada mais é que um aumento de tamanho dos arcos costais na região paravertebral posterior. Se apresenta como essas massas aí, típicas de hematopoiese extramedular.
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