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tgp - teoria da ação

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Teoria da Ação
1. Apreensão conceitual
Direito de provocar à tutela jurisdicional: direito de pedir ao Judiciário que decida quem tem direito ao que – ex: quando um credor vai a juízo exigir pagamento de dívida de devedor inadimplente.
Direito à tutela jurisdicional: proteção concedida aos direitos reconhecidos por sentença judicial – ex: quando o juiz reconhece a existência da dívida, gera para o credor formas de exigir o pagamento, como a penhora de bens, por exemplo, ou seja, o Estado reconhece e garante seu direito.
O direito de pedir a tutela jurisdicional é público, autônomo (independe do direito material que será discutido), abstrato e instrumental. – Princípio implícito da plenitude do acesso à justiça.
2. Teoria das três identidades
O que torna cada processo único são suas partes, sua causa de pedir (os fatos que motivaram a provocação da tutela jurisdicional) e seu pedido. – Elementos objetivos da ação.
Existindo litispendência (se existe igual processo em curso) ou coisa julgada (se existe igual processo já decidido), o processo é extinto sem o conhecimento do mérito (análise do juiz).
3. Elementos da ação
3.1. Partes no polo ativo (autoras da ação) e no polo passivo (rés da ação).
Litisconsórcio voluntário ou não: existência de mais de uma parte em cada polo – ex: duas ou mais partes no polo ativo.
3.2. Objeto ou pedido
Objeto imediato (processual): o tipo de ação, se condenatória, cognitiva ou declaratória.
Objeto mediato (material): o pedido em si – ex: indenização .
3.3. Causa de pedir (fundamentação)
Causa de pedir remota ou mediata (fática): fatos que motivaram o processo – ex: batida que amassou para-choque do carro.
Causa de pedir próxima ou imediata (jurídica): as normas que se aplicam aos fatos para gerar o pedido – ex: direito à indenização por dano ao patrimônio.
4. Condições cumulativas para ação judicial
4.1. Legitimação para a causa: a parte deve ser titular do direito que está demandando e só ela pode demandá-lo. Em regra, qualquer pessoa que possua personalidade jurídica tem legitimação para suas causas. Como exceção, temos o nascituro, que não tem personalidade, mas tem legitimação para algumas causas, como reconhecimento de paternidade e pagamento de alimentos.
A legitimação é ordinária, quando o próprio titular do direito move o processo, ou extraordinária, quando ele delega ao substituto o direito de mover a ação em seu nome (apenas nos casos previstos no CPC).
4.2. Possibilidade jurídica do pedido: o pedido deve ser possível de ser realizado pelo Judiciário ex de pedidos impossíveis: cobrança de dívida relativa a tráfico de drogas, pena de morte etc.
4.3. Interesse processual ou de agir: não deve haver outro meio possível para a solução da lide.
Há ocasiões nas quais o interesse de agir desaparece durante o processo, configurando a situação de desinteresse superveniente – ex: processo que discute dívida já quitada, ou seja, no qual ocorreu perda de objeto/pedido (pagamento da dívida).
5. Oportunidades para decretação de carência do direito de ação (situação na qual falta alguma das condições de ação)
5.1. Na apreciação da liminar inicial, o juiz pode indeferi-la por carência.
5.2. No saneamento do processo (após réplica da parte em polo passivo), mediante alegação da parte.
5.3. Após a fase instrutória.
6. Classificação das tutelas jurisdicionais a serem pleiteadas
6.1. Cognitiva ou de conhecimento: quando se leva, pela primeira vez, uma lide ao Judiciário – ex: reconhecimento de dívida de devedor inadimplente.
6.2. Executiva ou executória: quando, já existindo um direito definido por sentença judicial, pede-se a tutela, a proteção dele – ex: execução dos bens do devedor.
6.3. De cautela ou acautelatória: quando, no curso de um processo de cognição ou de execução, se pede providências com relação a fatos que podem atrapalhar o curso do processo – ex: pedido de penhora de bens de devedor que se desfaz do patrimônio para evitar execução judicial em nome de dívida não paga.
7. Classificação trinaria ou tríplice das ações de cognição
7.1. Condenatória: cria uma obrigação de dar, fazer ou não fazer – ex: pagamentos de alimentos.
7.2. Constitutiva: produz sentença com efeitos jurídicos – ex: reconhecimento de paternidade altera o registro de nascimento.
7.3. Meramente declaratória: produz sentença que não terá efeitos jurídicos imediatos – ex: declaração de não incidência de imposto em determinada situação não cria obrigação para o Estado de não cobrá-lo, devendo o próprio contribuinte, de posse da sentença, requisitar por si a não cobrança do imposto junto ao Estado.
As ações condenatória e constitutiva são também declaratórias, e não meramente declaratórias. Elas possuem conteúdo declaratório e, além deste, geram obrigação ou outro tipo de efeitos jurídicos.
8. Classificação quinaria ou quíntupla
8.1. Meramente declaratória
8.2. Constitutiva
8.3. Cognitiva comum
8.4. Mandamental: gera uma obrigação que apenas o réu pode cumprir – ex: quando um devedor está inadimplente, seus bens podem ser penhorados pelo Estado (ação condenatória comum), mas quando uma greve é considerada ilegal pelo Judiciário, não é possível obrigar os profissionais a voltarem a trabalhar, apenas constrangê-los a tal atitude mediante aplicação de multa (ação mandamental).
8.5. Executiva ou de execução lato sensu: gera uma obrigação que será efetiva pela atuação de agentes estatais por meio de atos constritivos previstos no art. 1046 do CPC (penhora, depósito, arresto, sequestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário e partilha) – ex: despejo.
9. Classificação quanto ao rito do processo
9.1. Ordinário
9.2. Sumário (dos juizados)
9.3. Especial
Obs: Ubiratan não vai pedir detalhes de cada um deles.

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