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AGRAVO DE INSTRUMENTO E OUTROS - RECURSOS - PROCESSO CIVIL

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AGRAVO
(arts. 1015 o 1020 do CPC/2015)
O agravo cabe, em primeira instância, contra as decisões interlocutórias que versam sobre as questões abaixo – atos de cunho decisório que não põem fim ao processo:
Tutelas provisórias {gênero do qual são espécies a tutela de urgência (arts. 300 ao 310) e a tutela de evidência (art. 311)} - medidas urgentes, que no litígio não podem esperar a sentença a ser proferida pelo magistrado, ou seja, quando houver uma situação de risco ao provimento final em razão da demora – ex.: retirada do nome de um devedor do SPC; impedimento de dedução de parcela do empréstimo consignado diretamente no salário; impedimento de comercialização de um bem sob determinada marca; bloqueio de matrículas de imóveis.
Mérito do processo. (ex.: liberação de uma garantia, etc)
Rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
Incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
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e) Rejeição, acolhimento ou revogação da gratuidade da justiça;
f) Exibição ou posse de documento ou coisa;
g) Exclusão de litisconsorte;
h)Rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio (litisconsórcio multitudinário);
i) Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
j) Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
k) Redistribuição do ônus da prova – art. 373, parágrafo 1º;
l) Outros casos expressamente referidos em lei – ex.: sentença declaratória de falência;
m) Decisões proferidas na fase de liquidação ou cumprimento de sentença;
n) No processo de execução;
o) No processo de inventário
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O agravo de instrumento deve ser dirigido diretamente ao Tribunal, por petição escrita, cujos requisitos, conforme o art. 1016 do CPC/2015 são os seguintes:
Nome das partes;
Exposição do fato e do direito;
Razões do pedido de reforma ou invalidação da decisão;
O próprio pedido;
Nome e endereço completo dos advogados constantes do processo – Atenção: O agravante deve informar nome e endereço não apenas do seu advogado mas também do advogado do agravado.
O juízo de retratação é inerente ao agravo.Se houver retratação caberá ao prejudicado, caso queira, interpor agravo.
O Agravo de Instrumento poderá ser enviado pelo correio – com AR, por fax/transmissão de dados ou pelo protocolo integrado (art. 1017, parágrafo 2º do CPC/2015.
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Conforme o art. 1017 do CPC/2015 a petição de agravo de instrumento será instruída com:
Cópia da petição inicial;
Cópia da contestação;
Cópia da petição que ensejou a decisão agravada;
Cópia da decisão agravada;
Cópia da certidão de intimação da decisão agravada ou outro documento que comprove a tempestividade do recurso (15 dias)
Cópia das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
Declaração de inexistência desses documentos feita pelo advogado do agravante;
Outras peças que o agravante reputar úteis;
Comprovante do pagamento das custas e do porte de retorno.
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Na falta de cópia das peças exigidas (art. 1017, parágrafo 3º), ou havendo algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, o Relator determinará a intimação do recorrente, na pessoa de seu advogado, para que no prazo de 5 dias venha sanear o vício, complementando a documentação exigida (art. 932, parágrafo único do CPC/2015).
Não atendida a determinação, considera-se inadmissível o recurso.
Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados, as peças serão juntadas quando protocolada a petição original - vide lei específica no slide a seguir.
Se o processo for eletrônico, ficam dispensadas as peças referidas nos incisos I e II do art. 1017 do CPC/2015, podendo o agravante juntar outros documentos que considere úteis para compreensão da controvérsia.
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Presidência da República - Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.800, DE 26 DE MAIO DE 1999.
 Permite às partes a utilização de . sistema de transmissão de dados
 para a prática de atos processuais.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o É permitida às partes a utilização de sistema de transmissão de dados e imagens tipo fac-símile ou outro similar, para a prática de atos processuais que dependam de petição escrita.
Art. 2o A utilização de sistema de transmissão de dados e imagens não prejudica o cumprimento dos prazos, devendo os originais ser entregues em juízo, necessariamente, até cinco dias da data de seu término.
Parágrafo único. Nos atos não sujeitos a prazo, os originais deverão ser entregues, necessariamente, até cinco dias da data da recepção do material.
Art. 3o Os juízes poderão praticar atos de sua competência à vista de transmissões efetuadas na forma desta Lei, sem prejuízo do disposto no artigo anterior.
Art. 4o Quem fizer uso de sistema de transmissão torna-se responsável pela qualidade e fidelidade do material transmitido, e por sua entrega ao órgão judiciário.
Parágrafo único. Sem prejuízo de outras sanções, o usuário do sistema será considerado litigante de má-fé se não houver perfeita concordância entre o original remetido pelo fac-símile e o original entregue em juízo.
Art. 5o O disposto nesta Lei não obriga a que os órgãos judiciários disponham de equipamentos para recepção.
Art. 6o Esta Lei entra em vigor trinta dias após a data de sua publicação.
 Brasília, 26 de maio de 1999; 178o da Independência e 111o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Renan Calheiros
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Interposto o recurso, o agravante poderá juntar aos autos do processo a cópia da petição de agravo de instrumento e da relação de documentos que a instruíram, bem como do comprovante da interposição – art. 1018 do CPC/2015.
Se o processo não for eletrônico essa providência é obrigatória, devendo ser adotada no prazo de 3 dias a contar da interposição do Agravo de Instrumento.
Se descumprida e alegada pelo agravado, conduzirá à inadmissibilidade do agravo de instrumento.
A finalidade é permitir ao juízo a quo exercer o juízo de retratação.
Se o juiz que proferiu a decisão vier a reformá-la, o Relator considerará prejudicado o Agravo de Instrumento.
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Conforme o art. 932, ao relator incumbe não conhecer do recurso se inadmissível, prejudicado, ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida (inciso III); bem como negar provimento àquele que contrariar:
Súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio Tribunal;
Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recurso repetitivo;
Entendimento firmado em incidente de resolução de demanda repetitiva ou de assunção de competência.
Ainda nos termos do art. 1019 do CPC/2015, recebido o Agravo de Instrumento o Relator poderá atribuir efeito suspensivo ou, em antecipação de tutela, deferir total ou parcialmente a pretensão recursal, fato que será comunicado ao juiz prolator da decisão recorrida (inciso I).
Ordenará a intimação do agravado para responder no prazo de 15 dias, sendo-lhe facultado juntar as peças ou documentos que entenda necessários.
O relator deverá abrir vista ao Ministério Público nos casos em que ele intervenha.
A seguir o Relator solicitará dia para julgamento, que deverá ocorrer em prazo não superior a um mês.
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AGRAVO INTERNO
(art. 1021 do CPC/2015)
É aquele que cabe, para o respectivo órgão colegiado, contra as decisões unilaterais do relator, que, de plano, não conhece do recurso, conhece e lhe dá provimento ou conhece e lhe nega provimento.
Na petição de agravo interno, o agravante deverá impugnar especificadamente os fundamentos da decisão agravada (parágrafo 1º ).
Deve ser dirigido ao Relator, no prazo de 15 dias;
o mesmo de que disporá o agravado para manifestação, podendo o relator exercer o juízo de retratação. Se não o fizer o recurso será examinado pela mesma turma julgadora (órgão colegiado) a quem caberia o julgamento do agravo de instrumento (parágrafo 2º). 
O Relator não pode se limitar a reproduzir os fundamentos anteriormente utilizados (parágrafo 3º). Se for considerado manifestamente inadmissível ou improcedente, em votação unânime, será imposta multa ao agravante de 1% a 5% do valor atualizado da causa (parágrafo 4º).
A interposição de qualquer outro recurso fica condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda e do beneficiário da justiça gratuita, que farão o pagamento ao final (parágrafo 5º).

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