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DIREITO PENAL 1 - Caso concreto corrigido do 9 ao 15 (2015 . 2)

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DIREITO PENAL 
CC09
 1 - Carlos, não tendo habilitação, realiza em casa uma falsificação grosseira com base na carteira de um amigo (inclusive ficando borrada e com dados fora de ordem). Sendo parado em uma blitz policial dirigindo um carro seu devidamente vistoriado é solicitada sua habilitação, quando temerosamente ele entrega o documento falsificado, o que é imediatamente identificado pela autoridade. Sendo indiciado pelos crimes dos artigos 297 e 304 do CP, o que pode ser alegado em sua defesa? Justifique sua resposta. 
Pode ser alegado que se tratava de crime impossível. Verifica-se que se trata de falsificação grosseira, visivelmente perceptível, incapaz de ludibriar o policial. Entende-se que nessa hipotese ele só responderia pelo art 274.
2 - Lúcia, objetivando conseguir dinheiro, sequestra Marcos, jovem cego. Quando estava escrevendo um bilhete para a família de Marcos, estipulando o valor do resgate, Lúcia fica sabendo, pela própria vítima, que sua família não possui dinheiro algum. Assim, verificando que nunca conseguiria obter qualquer ganho, Lúcia desiste da empreitada criminosa e coloca Marcos dentro de um ônibus, orientando-o a descer do coletivo em determinado ponto. Com base no caso apresentado, assinale a afirmativa correta. (2013 ? FGV ? OAB)
 a) Lúcia deve responder pelo delito de sequestro ou cárcere privado, apenas. 
X b) Lúcia não praticou crime algum, pois beneficiada pelo instituto da desistência voluntária.
 c) Lúcia deve responder pelo delito de extorsão mediante sequestro em sua modalidade consumada. 
d) Lúcia não praticou crime algum, pois beneficiada pelo instituto do arrependimento eficaz. 
3 - Pretendendo matá-lo, Fulano coloca veneno no café de Sicrano. Sem saber do envenenamento, Sicrano ingere o café. Logo em seguida, Fulano, arrependido, prescreve o antídoto a Sicrano, que sobrevive, sem qualquer seqüela. Diante disso, é correto afirmar que se trata de hipótese de (2007 - VUNESP - OAB-SP) 
a) crime impossível, pois o meio empregado por Fulano era absolutamente ineficaz para obtenção do resultado pretendido. b) tentativa, pois o resultado não se consumou por circunstâncias alheias à vontade de Fulano. 
c) arrependimento posterior, pois o dano foi reparado por Fulano até o recebimento da denúncia. 
X d) arrependimento eficaz, pois Fulano impediu voluntariamente que o resultado se produzisse. Desenvolvimento
CC10
1 - Marcos, durante um bloco de carnaval, apertado para urinar e sem alternativas próximas, como banheiros químicos, vai para trás de um poste da forma mais discreta possível. Porém, ao terminar de urinar percebe o flagrante realizado por um guarda municipal. Sendo autuado pelo crime de ato obsceno previsto no art. 233 do CP, analisando os elementos do tipo penal, defina sua principal tese defensiva de forma justificada.
O artigo 233, do CP, pune a conduta de praticar ato obsceno em lugar público ou aberto ou exposto ao público. O ato há de ter conotação sexual. Marcos, diante da falta de alternativa em usar um banheiro químico próximo, procurou tão somente satisfazer suas necessidades fisiológicas, em local escondido, sem nenhuma conotação sexual. Sua conduta é considerada atípica, não podendo ele ser responsabilizado penalmente pelo crime do artigo 233, do CP. Ou seja falta o elemento normativo do tipo.
 2 - Segundo os estudos sobre os elementos constitutivos do tipo penal, marque a opção correta: 
a) os três elementos são cumulativos e estão presentes em todos os tipos 
X b) o elemento normativo precisa ser valorado para se alcançar seu atual significado 
c) o elemento objetivo trata do especial fim de agir do sujeito
d) o elemento subjetivo sempre é vago e indeterminado
 3 - Segundo os estudo sobre a teoria do delito é possível afirmar que o fato típico é: (2009 - MPE-SE - Técnico do Ministério Público)
 a) a modificação do mundo exterior descrita em norma legal vigente. 
b) a descrição constante da norma sobre o dever jurídico de agir.
 c) a ação esperada do ser humano em face de uma situação de perigo.
X d) o comportamento humano descrito em lei como crime ou contravenção.
 e) a possibilidade prevista em lei do exercício de uma conduta ilícita.
CC11
1 Marcos, um terrível traficante, dirigindo seu carro reconhece um antigo desafeto seu numa moto parado no sinal de trânsito. Na intenção de matá-lo ou, ao menos, causar-lhe grave lesão, joga o carro sobre ele, atingindo-o, causando sua queda e lesões corporais graves. Porém, o que Marcos não sabia é que o referido motociclista estava emparelhado a um carro também parado no sinal e iniciava um assalto com a arma apontada para a vítima por de baixo da jaqueta. Com isso, Marcos acabou repelindo uma injusta agressão, porém, sem saber. Analisando os elementos constitutivos das descriminantes responda qual seria a responsabilidade penal de Marcos. Este poderia alegar alguma excludente de ilicitude? Justifique sua resposta.
A conduta de Marcos não tinha a finalidade de defender o direito de outrem, visto que desconhecia essa situação, portanto, a excludente de legítima defesa não poderá ser alegada, isso porque um dos requisitos da legítima defesa é o total conhecimento da situação justificante. No caso, Marcos atuou com o dolo de matar ou ferir gravemente seu desafeto, devendo ser responsabilizado penalmente por lesão corporal de natureza grave.
 2 - Considera-se em estado de necessidade quem: (2015 ? VUNESP - PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe)
 a) pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, ainda que nas circunstâncias seja exigível sacrifício. 
b) exclusivamente em situação de calamidade pública, pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
X c) pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se 
d) exclusivamente em situação de calamidade pública, pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio (excluído direito alheio), cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se e) pratica o fato para salvar de perigo iminente ou atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, ainda que nas circunstâncias seja exigível sacrifício.
 3 - Rivaldo ateou fogo em seu apartamento para receber o seguro correspondente. No entanto, não conseguiu sair do imóvel pelas portas e tentou escapar pela janela, com a utilização de uma corda, juntamente com a sua empregada Nair. A corda começou a romper-se e, em face da existência de perigo atual e inevitável para sua vida, fez Nair desprender-se da corda, cair e morrer, o que permitiu que descesse até o solo. Nesse caso, Rivaldo: (2013 - FCC - MPE-AM)
 a) não agiu em estado de necessidade, porque era razoável exigir-se o sacrifício do direito próprio em situação de perigo. 
b) agiu em estado de necessidade, porque não podia de outra forma salvar-se da situação de perigo. 
X c) não agiu em estado de necessidade, porque a situação de perigo foi provocada por sua vontade.
d) agiu em estado de necessidade, porque o perigo era atual e inevitável.
 e) agiu em estado de necessidade, porque o perigo era eventual e abstrato.
CC12
1 - Leandro, um policial militar em serviço, ao se deparar com dois elementos suspeitos na iminência de furtar um veículo efetua voz de prisão. Porém, um deles saca uma arma e dispara contra o policial, o qual a fim de repelir a agressão efetua dois disparos, os quais atingem, causando a morte do ladrão. O segundo, diante do flagrante tenta fugir, mas o policial corre atrás dele mandando que pare e diante da recusa de parar, Leandro efetua um disparo em sua perna, causando umalesão corporal permitindo a sua prisão. Com isto, analisando as duas situações, defina a responsabilidade penal de Leandro. Justifique sua resposta analisando as descriminantes. Justifique sua resposta.
Na primeira situação, embora o policial tenha matado um dos criminosos, não haverá crime, visto que o policial atuou em legítima defesa de sua vida, ao revidar uma injusta agressão. Na segunda situação se não há estrito cumprimento do dever legal, precisamente porque a lei proíbe à autoridade, aos seus agentes e a quem quer que seja desfechar tiros de revólver ou pistola contra pessoas em fuga. O policial deverá responder pelo crime de lesão corporal. 
2 - Acrásio encontrava-se detido em uma delegacia da polícia civil por ter ameaçado a vida de um terceiro. Lá, apresentou comportamento violento e incontido: debatia-se contra as grades, agredia outros detentos e dirigia impropérios contra os policiais. Após os outros detentos serem retirados da cela, Acrásio foi algemado, momento em que passou a provocar e a ofender Sinfrônio, policial que o guardava, que, em seguida, adentrou a cela e lhe desferiu vários golpes de cassetete, causando em Acrásio graves lesões (constatadas por laudo pericial), agressão que somente cessou após a intervenção de outro policial. Logo, a conduta do policial Sinfrônio: (2014 - FUNCAB - PC-MT - Investigador)
a) não configurou crime, haja vista estar sob a exclusão de ilicitude exercício regular do direito, em face das provocações e agressões verbais proferidas pelo detido. 
b) não configurou crime, haja vista estar sob a exclusão de ilicitude estado de necessidade, em face das provocações e agressões verbais proferidas pelo detido. 
X c) configurou o crime de tortura previsto no artigo 1º, § 1º, da Lei n° 9.455/1997. d) não configurou crime, haja vista estar sob a exclusão de ilicitude legítima defesa, em face das provocações e agressões verbais proferidas pelo detido. 
e) não configurou crime, haja vista estar sob a exclusão de ilicitude estrito cumprimento do dever legal, em face das provocações e agressões verbais proferidas pelo detido. 
3 - Jaime, objetivando proteger sua residência, instala uma cerca elétrica no muro. Certo dia, Cláudio, com o intuito de furtar a casa de Jaime, resolve pular o referido muro, acreditando que conseguiria escapar da cerca elétrica ali instalada e bem visível para qualquer pessoa. Cláudio, entretanto, não obtém sucesso e acaba levando um choque, inerente à atuação do mecanismo de proteção. Ocorre que, por sofrer de doença cardiovascular, o referido ladrão falece quase instantaneamente. Após a análise pericial, ficou constatado que a descarga elétrica não era suficiente para matar uma pessoa em condições normais de saúde, mas suficiente para provocar o óbito de Cláudio, em virtude de sua cardiopatia. Nessa hipótese é correto afirmar que: (FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado – XIII) 
a) Jaime deve responder por homicídio culposo, na modalidade culpa consciente. 
b) Jaime deve responder por homicídio doloso, na modalidade dolo eventual. 
c) Pode ser aplicado à hipótese o instituto do resultado diverso do pretendido. 
X d) Pode ser aplicado à hipótese o instituto da legítima defesa preordenada.
CC13
1 - Um Oficial de Justiça de serviço, cumprindo um mandado judicial numa comunidade carente é preso em flagrante por policiais pelo crime de porte ilegal de arma (art. 14 da lei 10.826/2003). Durante o inquérito restou demonstrado que a arma foi entregue pelo juiz a fim de garantir um mínimo de segurança ao agente público que, em outrora, já sofrera ameaças na referida comunidade que se encontra em área de risco, havendo, inclusive, acordo verbal com o comando policial para que os Oficiais não fossem abordados quando no cumprimento de suas funções. Assim, analisando a conduta do Oficial, ele responderá criminalmente ou haveria algum instituto jurídico penal a ser considerado? Responda analisando a culpabilidade da conduta. 
No caso, diante das circunstâncias mencionadas, pode-se alegar Obediência hierarquica e inexigibilidade de conduta diversa, que é uma causa supralegal de exclusão da culpabilidade, equivalendo dizer que ele não será punido. Há erro de permissão afastando potencial consciencia da ilicitude.
2 - Beltrano e Ciclano saem juntos para comemorar o sucesso obtido em concurso público. Beltrano não pode ingerir em hipótese alguma bebida alcoólica. Entretanto, Ciclano coloca às escondidas álcool no refrigerante de Beltrano. Ao tomar o refrigerante, Beltrano perde a capacidade de se comportar conforme o direito e de entender inteiramente o caráter ilícito de seus atos. Totalmente fora de si, Beltrano quebra uma garrafa na cabeça de Ciclano que falece. Considerando o exposto, é correto afirmar:( 2014 – IPAD - Prefeitura de Recife - Agente de Segurança Municipal - Guarda Municipal)
 X a) Beltrano esta isento de pena porque no momento que ceifou a vida de Ciclano encontra-se em situação de inimputabilidade.
 b) Beltrano não cometeu nenhum crime, visto que está amparado pela excludente de estado de necessidade 
c) Beltrano responderá por homicídio, pois a embriaguez em nenhuma hipótese o isenta de pena. 
d) Beltrano responderá por homicídio visto que deveria ser mais cuidadoso para não ingerir bebida alcoólica 
e) Beltrano está isento de pena porque agiu sob coação irresistível. 
3 - Joaquim, mediante um soco desferido contra o rosto da frágil Maria, obrigou-a a assinar um cheque no valor de R$ 5.000,00, utilizando-o para saldar uma dívida em um comércio, sabendo que não existia tal importância no banco. O cheque foi depositado e devolvido. Assim, Maria: (FUNCAB - 2013 - PC-ES - Escrivão de Polícia) 
a) praticou o crime de estelionato (fraude no pagamento por meio de cheque). 
b) não praticou crime, pois estava sob coação física irresistível. 
X c) não praticou crime, pois estava sob coação moral irresistível. 
d) não praticou crime, pois estava sob estado de necessidade. 
e) não praticou crime, pois estava sob legítima defesa.
CC14
1 - VII Exame Unificado - OAB – Larissa, senhora aposentada de 60 anos, estava na rodoviária de sua cidade quando foi abordada por um jovem simpático e bem vestido. O jovem pediu-lhe que levasse para a cidade de destino, uma caixa de medicamentos para um primo, que padecia de grave enfermidade. Inocente, e seguindo seus preceitos religiosos, a Sra. Larissa atende ao rapaz: pega a caixa, entra no ônibus e segue viagem. Chegando ao local da entrega, a senhora é abordada por policiais que, ao abrirem a caixa de remédios, verificam a existência de 250 gramas de cocaína em seu interior. Atualmente, Larissa está sendo processada pelo crime de tráfico de entorpecente, previsto no art. 33 da lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006. Considerando a situação acima descrita e empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente, responda: qual a tese defensiva aplicável à Larissa?
A tese defensiva aplicável é a de que Larissa agiu em erro de tipo essencial incriminador, instituto descrito no art. 20 caput do CP, pois desconhecia circunstância elementar descrita em tipo penal incriminador. Ausente o elemento Típico, qual seja, o fato de estar transportando drogas, faz com que, nos termos do dispositivo legal, se exclua o dolo, mas permita-se a punição por crime culposo e, como o dispositivo legal do art. 33 da Lei n. 11.343/06 não admite a modalidade culposa, o fato se tornaria atípico.
2 - MPE-SP - 2012 - MPE-SP - Promotor de Justiça Motorista que, em estacionamento, se apodera de veículo pertencente a terceiro supondoo seu, em decorrência de absoluta semelhança entre os automóveis, incide em 
a) erro de proibição.
 X b) erro de tipo.
 c) crime impossível.
 d) erro determinado por terceiro.
 e) erro na execução. 
3 - TJ-DFT - 2005 - TJ-DF - Juiz - Objetiva Assinale a alternativa correta nas questões a seguir: Augusto, pretendendo matar Caio, realiza disparos de arma de fogo em sua direção, ferindo-o e causando-lhe lesões corporais, mas, por erro na execução,também acerta Cícero, que estava próximo, matando-o. Está correta a denúncia que:
 a) imputa a Augusto os crimes de lesão corporal e homicídio em concurso material;
 b) imputa a Augusto os crimes de lesão corporal e homicídio em concurso formal; 
c) imputa a Augusto os crimes de tentativa de homicídio e homicídio em concurso material; 
X d) imputa a Augusto os crimes de tentativa de homicídio e homicídio em concurso formal.
CC15
1 - VI Exame Unificado da OAB – 2012 Ao chegar a um bar, Caio encontra Tício, um antigo desafeto que, certa vez, o havia ameaçado de morte. Após ingerir meio litro de uísque para tentar criar coragem de abordar Tício, Caio partiu em sua direção com a intenção de cumprimentá-lo. Ao aproximar-se de Tício, Caio observou que seu desafeto bruscamente pôs a mão por debaixo da camisa, momento em que achou que Tício estava prestes a sacar uma arma de fogo para vitimá-lo. Em razão disso, Caio imediatamente muniu-se de uma faca que estava sobre o balcão do bar e desferiu um golpe no abdome de Tício, o qual veio a falecer. Após análise do local por peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, descobriu-se que Tício estava tentando apenas pegar o maço de cigarros que estava no cós de sua calça. Considerando a situação acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. a) Levando-se em conta apenas os dados do enunciado, Caio praticou crime? Em caso positivo, qual? Em caso negativo, por que razão? 
 Não, pois atuou sob o manto de descriminante putativa, instituto previsto no art. 20, parágrafo 1º do CP, uma vez que supôs, com base em fundado receio, estar em situação de legítima defesa. Como se limitou a dar uma facada, a sua reação foi moderada, não havendo que se falar em punição por excesso.
b) Supondo que, nesse caso, Caio tivesse desferido 35 golpes na barriga de Tício, como deveria ser analisada a sua conduta sob a ótica do Direito Penal? 
Ainda que tenha procurado se defender de agressão que imaginou estar em vias de ocorrer, Caio agiu em  excesso doloso, devendo, portanto,  responder por homicídio doloso, na forma do artigo 23, parágrafo único, do CP.
2 - 2014 – FUNDEP - DPE-MG - Defensor Público Ao passar próximo ao estoque de uma loja de roupas, um dos vendedores viu que havia ali um incêndio de grandes proporções. Naquela situação, correu em direção à porta do estabelecimento que, por ser estreita, estava totalmente obstruída por um cliente que entrava no local. Desconhecendo o incêndio e achando que estava sofrendo uma agressão, o cliente reagiu empurrando o vendedor, que lhe desferiu um soco. Os empurrões do cliente, assim como a agressão do vendedor produziram recíprocas lesões corporais de natureza leve. Na hipótese, é CORRETO afirmar: 
X a) que o vendedor agiu em estado de necessidade e o cliente, em legítima defesa putativa. 
b) que o vendedor agiu em estado de necessidade putativo e o cliente, em legítima defesa. 
c) que o vendedor agiu em legítima defesa e o cliente, em estado de necessidade. 
d) que o vendedor agiu em legítima defesa putativa e o cliente, em estado de necessidade putativo. 
3 - TRT 22 PI - 2013 - TRT - 22ª Região (PI) - Juiz do Trabalho Na praia de Jerivá, interior de Pindorama, onde ainda não havia chegado o telefone celular 3G e nem a televisão, morava Josefa, uma moça portadora de deficiência mental, que não tinha o discernimento do que era certo e errado e nem tinha capacidade de agir conforme esse entendimento, mas que desempenhava normalmente suas atividades. Ajudava a mãe na cozinha e na lavagem de roupas. Ela tinha um namorado, Pedro, com quem começou a manter relações sexuais. O namoro era consentido pelos pais de Josefa, no entanto esta apareceu grávida e Pedro não quis assumir o casamento. Os pais foram à Delegacia de Jenipapo, cidade próxima, na qual o Delegado indiciou Pedro por estupro de vulnerável. Pedro disse que, diante do consentimento dos pais e do apoio da comunidade, não podia prever, nas circunstâncias, que a sua atitude era crime. A alegação de Pedro constitui qual figura de exclusão da criminalidade: 
a) legítima defesa;
 X b) erro de proibição;
 c) erro de tipo; 
d) erro sobre a pessoa; 
e) estado de necessidade

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