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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS Prova 2 de Ca´lculo II -Per´ıodo :2015/1- Data :10/o6. Professor : Jailton Viana ALUNO : MATRI´CULA: TURMA: OBS:1- Favor desligar qualquer aparelho eletroˆnico , coloca´-lo dentro da Mochila e coloque a Mochila debaixo da cadeira. 2- Na˜o e´ permitido uso de calculadora . 3- Respostas sem justificativas na˜o sera˜o avaliadas. QUESTA˜O 1- Os catetos de um triaˆngulo retaˆngulo foram medidos com erros ma´ximo de 2% cada um. Determine o erro percentual ma´ximo no valor calculado da hipotenusa. OBS: Vejam exerc´ıcios do 49 ao 54 da pa´gina 966. Soluc¸a˜o : Sejam x e y os catetos do triaˆngulo retaˆngulo e z = √ x2 + y2 sua hipotenusa. Seja ∆z o erro acarretado no calculo da hipotenusa. Enta˜o o erro percentual na hipotenusa e´ dado por ∆zz e os erros percentuais nos catetos sa˜o ∆x x = 2 100 = ∆y y . Mas vimos em teoria que ∆z ≈ dz = zxdx+ zydy = zx∆x+ zy∆y = x√ x2+y2 ∆x+ y√ x2+y2 ∆x = xz∆x+ y z∆y = x z 2x 100 + y z 2y 100 = 2 100 x2+y2 z = 2 100 z2 z = 2 100z. Portanto, ∆z z ≈ 2100 = 2% QUESTA˜O 2- Se a equac¸a˜o exycos(xz) = x define x implicitamente como uma func¸a˜o diferencia´vel x = H(y, z) determine ∇H(y, z). OBS: Vejam exerc´ıcios do 30 ao 44 da pa´gina 976. Soluc¸a˜o 1: Temos que x = H(y, z)→ ∇H(y, z) = (∂x∂y , ∂x∂z ). Como x = exycos(xz) , enta˜o usando regra da cadeia e do produto e Derivando os dois lados da equac¸a˜o em relac¸a˜o a y temos que: ∂x ∂y = ∂ ∂y [eyxcos(zx)] = [y ∂x ∂y eyx + xeyx]cos(zx) + eyx[−z ∂x ∂y sen(zx)]⇐⇒ ∂x ∂y [1 + zeyxsen(zx)− yeyxcos(zx)] = xeyxcos(zx)⇐⇒ ∂x ∂y = xeyxcos(zx) 1 + zeyxsen(zx)− yeyxcos(zx) De modo ana´logo se calcula que ∂x ∂z = −xexysen(xz) 1 + zeyxsen(zx)− yeyxcos(zx) Soluc¸a˜o 2: Seja F (x, y, z) = exycos(xz)− x temos que a equac¸a˜o F (x, y, z) = 0 define x implicitamente como func¸a˜o x = H(y, z). Logo derivando a equac¸a˜o F (x, y, z) = 0 em relac¸a˜o a y via regra da cadeia temos: 0 = ∂F ∂x ∂x ∂y + ∂F ∂y ∂y ∂y + ∂F ∂z ∂z ∂y Mas temos que ∂y∂y = 1 e ∂z ∂y = 0. Substituindo na equac¸a˜o acima temos que: 0 = ∂F ∂x ∂x ∂y + ∂F ∂y (1) + ∂F ∂z (0) = ∂F ∂x ∂x ∂y + ∂F ∂y Isolando ∂x∂y obtemos que ∂x ∂y = − ∂F ∂y ∂F ∂x 2 Naturalmente esta fo´rmula so´ tem sentido nos pontos onde ∂F∂x nunca se anula. Use esta fo´rmula para comprovar o valor de ∂x∂y encontrado na soluc¸a˜o 1. Obviamente vale uma fo´rmula ∂x ∂z = − ∂F ∂z ∂F ∂x QUESTA˜O 3- Dois lados de um triaˆngulo crescem a uma taxa r cm/s . Se a a´rea permanece constante , a que taxa esta´ variando o aˆngulo entre eles quando o comprimento de um lado e´ 2r cm , o do outro lado e´ 3r cm e o aˆngulo entre eles tem medida pi4 radianos. OBS: Vejam exerc´ıcio 47 da pa´gina 976. Soluc¸a˜o : Sejam a = a(t) e b = b(t) os lados do triaˆngulo e θ = θ(t) o aˆngulo entre eles. Enta˜o a a´rea do triaˆngulo e´ dada por A = A(a(t), b(t), θ(t)) = a(t)b(t)senθ(t)2 . Segue pela regra da cadeia que dA dt = ∂A ∂a da dt + ∂A ∂b db dt + ∂A ∂θ dθ dt = bsenθ 2 da dt + asenθ 2 db dt + abcosθ 2 dθ dt Num instante t0 temos que a = 3r , b = 2r e θ = pi 4 . Ale´m disso , como a a´rea fica constante enta˜o dA dt = 0. Substituindo tudo isto na equac¸a˜o e usando que senpi4 = cos pi 4 = √ 2 2 temos 0 = 2r 2 √ 2 2 r + 3r 2 √ 2 2 r + 3r.2r 2 √ 2 2 dθ dt Isolando dθdt na equac¸a˜o obtemos que dθ dt = −5 6 . QUESTA˜O 4- Sejam F (x, y, z) diferencia´vel no ponto p e v = (−4, 3, 0). Se a derivada direcional de F no ponto p na direc¸a˜o de v vale −3 e ‖∇F (p)‖ = 3 , determine ∇F (p). OBS: Vejam exerc´ıcio 71 da pa´gina 988 e o TEOREMA 14.6.5 da pa´gina 983. Soluc¸a˜o : O menor valor da derivada direcional DuF (p) ocorre quando u = − ∇F (p)‖∇F (p)‖ e o menor valor e´ −‖∇F (p)‖. No nosso caso temos que Para u = v‖v‖ vale DuF (p) = −3 = −‖∇F (p)‖. Isto implica em v‖v‖ = u = − ∇F (p)‖∇F (p)‖ e assim, ∇F (p) = −‖∇F (p)‖‖v‖ v = −3 5 (−4, 3, 0) = (12 5 , −9 5 , 0) QUESTA˜O 5- Sejam F (x, y, z) = xyz e L(x, y, z) = 2x + 3y + 5z + d a aproximac¸a˜o linear local de F no ponto p. Se p 6= (0, 0, 0) e p esta´ no primeiro octante de R3 qual o valor de d ? OBS: Vejam os exerc´ıcios do 43 ao 48 da pa´gina 967. Soluc¸a˜o : Sendo F diferencia´vel no ponto p = (x0, y0, z0) enta˜o vimos que L(x, y, z) = Fx(p)(x− x0) + Fy(p)(y − y0) + Fz(p)(z − z0) + F (p) = Fx(p)x+ Fy(p)y + Fz(p)z + [F (p)− Fx(p)x0 − Fy(p)y0 − Fz(p)z0]. Mas temos por hipo´tese que L(x, y, z) = 2x+ 3y + 5z + d. Logo : Fx(p)x+ Fy(p)y + Fz(p)z + F (p)− Fx(p)x0 − Fy(p)y0 − Fz(p)z0 = 2x+ 3y + 5z + d Da´ı temos o sistema y0z0 = Fx(p) = 2 (1) x0z0 = Fy(p) = 3 (2) x0y0 = Fz(p) = 5 (3) d = x0y0z0 − 2x0 − 3y0 − 5z0 (4) Segue disto que nenhuma coordenada de p pode ser zero e como p esta´ no primeiro octante temos x0, y0 e z0 > 0. Das equac¸o˜es (1), (2) e (3) tiramos p = (x0, y0, z0) = ( √ 30 2 , √ 30 3 , √ 30 5 ) e substituindo na equac¸a˜o (4) temos d = −2 √ 30 QUESTA˜O 1 EXTRA- Seja f : R→ R diferencia´vel e z = f(x2 + y2). Mostre que y ∂z∂x − x ∂z∂y = 0 3 OBS: Vejam os exerc´ıcios do 56 ao 62 da pa´gina 977. Soluc¸a˜o : Chame u = u(x, y) = x2 + y2. Enta˜o z = f(u(x, y)). Da´ı pela regra da cadeia temos ∂z∂x = f ′ (u)∂u∂x = f ′ (u)2x e ∂z ∂y = f ′ (u)∂u∂y = f ′ (u)2y Assim y ∂z∂x − x ∂z∂y = yf ′ (u)2x− xf ′(u)2y = 2xyf ′(u)− 2xyf ′(u) = 0 QUESTA˜O 2 EXTRA- Marque V para Verdadeiro e F para falso justificando sua resposta . (a) (V )- O menor valor poss´ıvel para a derivada direcional de F no ponto p e´ −‖∇F (p)‖. (b) (V )- Se L(x, y) e´ a aproximac¸a˜o linear local de F (x, y) no ponto p enta˜o F (p) = L(p). (c) (V )- Se as equac¸o˜es rcos(θ)− x = 0 e rsen(θ)− y = 0 definem r e θ implicitamente como func¸o˜es diferencia´veis de x e y enta˜o ∂r ∂x = cos(θ). (d) ( F)- Se F (x, y) for diferencia´vel no ponto p enta˜o a derivada direcional de f no ponto p na direc¸a˜o do vetor u = (0, 1) e´ a derivada parcial ∂F∂x (p). Justificativas : (a)OBS: Vejam o TEOREMA 14.6.5 da pa´gina 983. A afirmac¸a˜o e´ verdadeira, pois o menor valor da derivada direcional Du(p) e´ −‖∇F (p)‖, o qual ocorre quando u = − ∇F (p)‖∇F (p)‖ . Por outro lado, o maior valor de Du(p) e´ ‖∇F (p)‖, o qual ocorre quando u = ∇F (p)‖∇F (p)‖ . Assim a media aritime´tica dos dois valores e´ zero. (b)OBS: Vejam as fo´rmulas (14) e (15) das pa´ginas 964 e 965 respectivamente. A afirmac¸a˜o e´ verdadeira, pois se p = (x0, y0, z0) enta˜o: L(x, y, z) = Fx(p)(x− x0) + Fy(p)(y − y0) + Fz(p)(z − z0) + F (p) Logo L(p) = L(x0, y0, z0) = Fx(p)(x0 − x0) + Fy(p)(y0 − y0) + Fz(p)(z0 − z0) + F (p) = F (p). (c)OBS: Vejam o exerc´ıcio 63 item (a) da pa´gina 977. A afirmac¸a˜o e´ verdadeira, ja´ que como x = rcos(θ) e y = rsen(θ) enta˜o x2 + y2 = r2. Assim, pela regra da cadeia segue que 2r ∂r∂x = 2x = 2rcosθ ⇒ ∂r∂x = cosθ. (d)OBS: Vejam as fo´rmulas (10) e (11) da pa´gina 982. A afirmac¸a˜o e´ falsa, ja´ que como F e´ diferencia´vel em p enta˜o DuF (p) = ∇F (p) • u = (∂F∂x (p), ∂F∂y (p)) • (0, 1) = ∂F∂y (p). Em memoria ao John Nash. Algumas Contribuic¸o˜es de Nash a` evoluc¸a˜o intelectual da humanidade. a- Teoria de equilibrio geral - economia matema´tica b- Teoria dos jogos estrate´gicos - Basicamente e´ a teoria matema´tica sobre atitudes mais racionais poss´ıveis numa jogo de riscos (mercado financeiro , guerra eletroˆnica, espionagem, estrate´gias de guerra e etc- veja o problema de estrate´gia dos prisioneiros abaixo) c- Topologia diferencial/geometria diferencial( Toda variedade Riemanniana compacta, conexa e sem bordo pode ser isometrica- mente mergulhada em algum espaco Rn munido da me´trica euclidiana ). Nash tem seu lugar na calc¸adada fama matema´tica pelo item c. Tem seu lugar na calc¸ada da fama da economia pelos items a e b, mas principalmente pelo item a. E eu diria que ele tem um lugar na calc¸ada da fama dos Governos, servic¸os secretos , ageˆncias de espionagem e comandandos militares devido ao item b. O dilema dos prisioneiros O Dilema dos Prisioneiros e´ um jogo de estrate´gia muito famoso que representa bem o que e´ encontrar a melhor estrate´gia de sobreviveˆncia. Resumidamente, a esto´ria e´ a seguinte: Dois suspeitos, A e B, sa˜o presos pela pol´ıcia. A pol´ıcia na˜o tem provas suficientes para os condenar, enta˜o separa os prisioneiros em salas diferentes e oferece a ambos o mesmo acordo: 1. Se um dos prisioneiros confessar (trair o outro) e o outro permanecer em sileˆncio, o que confessou sai livre enquanto o cu´mplice silencioso cumpre 10 anos. 2. Se ambos ficarem em sileˆncio (colaborarem um com ou outro), a pol´ıcia so´ pode condena´-los a 1 ano cada um. 3. Se ambos confessarem (tra´ırem o comparsa), cada um leva 5 anos de cadeia. Cada prisioneiro faz a decisa˜o sem saber a escolha do outro - eles na˜o podem se comunicar. Como o prisioneiro vai reagir? Existe algum decisa˜o racional a tomar? Hasta la vista !
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