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Fisiologia Humana - SISTEMA CIRCULATORIO completo

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Fisiologia Humana II – Nutrição UFGD – SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
O sangue vai fazer a função de levar todos os nutrientes necessários que as células 
necessitam, oxigênio, e também através da circulação leva todos os dejetos metabólicos das 
células que são os produtos finais, levando esses produtos para que sejam eliminados pelo 
sistema excretor. O sistema renal filtra o sangue separando os dejetos através da urina. E a 
pele também elimina pelo suor. E o sistema digestório excretando parte dos produtos, 
filtrando através do fígado. 
O sistema circulatório é composto por vasos e pelo coração. O coração representa o 
órgão que gera força propulsora para que o sangue e os líquidos corporais circulem. Pessoas 
com problemas de circulação fazem com que o sangue e/ou os líquidos corporais se 
acumulem ocorrendo o inchaço. 
O coração faz todo o processo de circulação bombeando o sangue, que sai com grande 
quantidade de pressão para distribuir pelo corpo e com isso os vasos vão diminuindo de 
tamanho até chegar a um nível microscópio de circulação. Tendo a macro circulação que são 
os vasos grandes e a micro circulação que são os vasos pequenos, levando nutrientes e 
removendo resíduos das células. Começando com macros, terminando em micros e voltando a 
macros. 
O sistema circulatório possui algumas funções homeostáticas, participa da regulação 
da Pressão Sanguínea Arterial (PSA), porque conforme estiver a força do bombeamento, a 
própria velocidade com que o coração está trabalhando vai afetar a pressão. 
O coração é uma estrutura muscular, músculo estriado cardíaco, mas a vasculatura é 
composta por músculos do tipo liso. Como é muscular, o coração e os vasos sofrem um 
processo chamado contração e relaxamento muscular. Conforme ocorre a contração e o 
relaxamento, o diâmetro dos vasos ora fica menor, ora fica maior e a mudança no diâmetro 
vai afetar a pressão. 
Mecanismos homeostáticos: quando o vaso está com alguma obstrução a pressão vai 
aumentar. Quando há alguma hemorragia, a pressão vai diminuir. 
Exercícios físicos não são recomendados para hipertensos porque vai fazer com que a 
pressão aumente ainda mais e a pessoa fica mais hipertensa, por isso deve evitar fazer força e 
levantar peso, porque assim vai fazer com que a respiração aumente e consequentemente a 
pressão também. 
Características do sistema circulatório: sistema fechado, porque o sangue não sai dos 
vasos, circula em série e alguns lugares vai circular em paralelo. No coração, a circulação é 
em série, porque o sangue chega de átrio para ventrículo, de ventrículo para artéria, de artérias 
para arteríolas, de arteríolas para capilares sanguíneos, de capilares para vênulas, de vênulas 
para veias, de veias para átrio, e assim por diante. É do tipo fechado e completo, porque não 
há misturas de sangues venoso e arterial. 
O coração funciona como uma bomba, é um órgão muscular, oco, que está localizado 
na região mediastino, atrás do esterno, entre as costelas. É dividido funcionalmente em 2 
corações, porque o que acontece no lado direito é o mesmo que acontece no lado esquerdo, 
mas o tipo de sangue é diferente de um lado para o outro. Por isso é separado em coração 
direito e coração esquerdo. Mas o que acontece em um, no mesmo momento acontece no 
outro. 
O coração é envolvido pelo pericárdio, miocárdio e endocárdio. O miocárdio é onde 
estão às fibras musculares contrateis que trabalham gerando forças na contração. 
Tanto o lado esquerdo quanto o direito é dividido em superiores - átrios, e inferiores - 
ventrículos. Sendo então átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo. 
O coração tem divisão por septos. Sendo o lado direito o venoso, ilustrado em azul e o 
lado esquerdo o arterial, representado em vermelho. O venoso é rico em dióxido de carbono e 
pobre em oxigênio, o arterial já é ao contrario, rico em oxigênio e pobre em dióxido de 
carbono. 
Débito cardíaco é quanto de sangue o coração vai bombear por minuto, vai depender 
de quanto de sangue que chega ao coração porque o coração não guarda sangue, à medida que 
o sangue chega e produz pressão, ele libera todos o sangue não acumulado que é chamado 
retorno venoso (levado por veias, não importando se é sangue arterial ou venoso). 
Os átrios se comunicam com o ventrículo através de válvulas que ora estão fechadas e 
ora estão abertas. Se fecham para deixar o sangue acumular e produzir pressão e abrem pra 
expulsar o sangue. Essas válvulas são chamadas átrios ventriculares - direita e esquerda que 
podem ser chamadas de tricúspide e bicúspide respectivamente. 
Válvulas semilunares são as válvulas entre átrios e artérias. A aórtica está localizada 
na saída do ventrículo esquerdo para a aorta, possibilitando o fluxo sanguíneo entre a luz 
dessas duas estruturas. E a pulmonar está localizada na saída do ventrículo direito para a 
artéria pulmonar, possibilitando o fluxo sanguíneo entre a luz dessas duas estruturas. 
Nos tecidos é produzido como metabolismo principal da respiração aeróbia o oxigênio 
que vai participar das reações metabólicas, na produção de energia, sendo o principal resíduo 
o dióxido de carbônico que é produzido em todas as células. O dióxido de carbônico vai sair 
dos tecidos pela circulação, nos capilares, e vai para as vênulas e logo depois vai para as 
veias, chegando ao coração pelas veias cavas superiores e inferiores. Passando pelo átrio 
direito, pela válvula tricúspide e vai para o ventrículo direito. Do ventrículo direito vai para o 
pulmão pela artéria pulmonar, onde ocorrem as trocas metabólicas, e volta por vênulas e vai 
para o coração pelas veias pulmonares, passando pela válvula bicúspide e indo para o 
ventrículo esquerdo, saindo para os tecidos dos sistemas pela artéria aorta. 
Lado esquerdo – Sangue arterial vai ter mais Oxigênio. 
Lado direito – Sangue venoso vai ter mais Dióxido de Carbono. 
Artérias – arteríolas – capilares sanguíneos – vênulas- veias. 
 Pequena circulação: sai do ventrículo direito, tipo venoso, pela artéria pulmonar, vai 
para o pulmão para que ocorram as trocas metabólicas e volta para o átrio esquerdo, 
tipo arterial, pelas veias pulmonares. 
 Grande circulação: sai do ventrículo esquerdo, tipo arterial, pela artéria aorta, vai para 
os sistemas onde ocorrem as trocas metabólicas, e volta para o átrio direito, tipo 
venoso, pelas veias cavas superiores e inferiores. 
Os átrios tem que ter pressão para mandar para os ventrículos, e os ventrículos tem que 
ter pressão para mandar para os sistemas. O ventrículo direito só até os pulmões, já o 
ventrículo esquerdo vai para todo o corpo. A parede do ventrículo esquerdo é mais espessa 
que a do ventrículo direito, porque o trajeto que o sangue tem que fazer através do ventrículo 
esquerdo é maior do que o direito. 
 
O valor da pressão arterial representado por 12/8 ou 120/80 mmHg*. O 120 é a maior 
pressão, e 80 é a menos pressão. Sendo a sístole (contração) e a diástole (relaxamento). Tanto 
o ventrículo e o átrio fazem sístole e diástole. Quando os átrios fazem sístole, os ventrículos 
fazem diástole simultaneamente. E quando os átrios fazem diástole, os ventrículos fazem 
sístole. Quando o átrio direito faz sístole, o esquerdo também faz sístole. E quando o 
ventrículo faz diástole, o esquerdo também faz. *Milímetros de Mercúrio 
 A pressão maior é a Pressão Arterial Sistólica (PAS) – 120 mmHg. Gerada por 
ventrículos. 
 A pressão menor é a Pressão Arterial Diastólica (PAD) – 80 mmHg. Gerada por 
átrios. 
As células se comunicam entre si através de junções comunicantes que chamam de 
sincício porque o sinal elétrico que se propaga pelas massas tem que ser uniforme entre os 
átrios, para que o sinal seja sincronizado. Osdiscos intercalares são para unir uma célula e 
outra. 
Potencial elétrico vai depender da permeabilidade ou da condutância da membrana a 
determinados íons, conforme essa permeabilidade da membrana for maior ou menor, esses 
íons tem a facilidade de atravessar a membrana e vão produzir o potencial de ação. No caso 
do coração, o potencial de ação é responsável pelo ciclo cardíaco (sístoles e diástoles). 
Célula contrátil é a célula do músculo, da capa miocárdica, que vai fazer a contração e 
o relaxamento. 
E a célula auto excitável faz parte do sistema que vai produzir a resposta do porque o 
coração bate sem retorno do sistema nervoso, ele gera um auto ritmo, por isso que elas 
também são chamadas de células auto rítmicas ou células auto excitáveis. Essas células são 
fibras musculares cardíacas modificadas, tem canais iônicos diferentes das células contráteis e 
por isso são chamadas sistemas de condução intrínsecos. 
Por isso que a representação gráfica da célula contrátil é diferente da célula auto 
excitável, mas um depende do outro. 
A fibra muscular tem esse nome devido ser alongada, mas é a mesma coisa que célula. 
E tem interligações e os desmossomos, entre eles tem os espaços que são as junções 
comunicantes. Quando a fibra muscular se contrai, ela tem o mesmo esquema da fibra 
esquelética, filamento fino a actina e o filamento grosso a miosina. E como é um tecido 
aeróbio, depende de oxigênio para produzir energia, então tem muitas mitocôndrias e reticulo 
sarcoplasmático liso (local de armazenamento de cálcio intracelular). 
As células auto excitáveis estão localizadas no 
nodo Sino Atrial (Nodo SA), localizado no átrio 
direito. Do nodo SA ramifica para o ventrículo. Essa 
ramificação são os Feixes de Fibras Interatrial. Entre o 
átrio e o ventrículo tem um nodo chamado Nodo Átrio 
Ventricular (Nodo AV). Que se ramifica em Feixe de 
His, que se ramifica novamente em Ramos de Feixes 
de His, que seguem paralelos aos septos e invadem as 
massas ventriculares em Fibras de Punkinje 
Ventricular. 
No processo de condução elétrica, primeiramente o sinal elétrico e gerado no Nodo SA 
pelas células auto excitáveis, por isso nessa área é conhecido como marca-passo cardíaco. É 
nessa área que faz o inicio do processo. Algumas pessoas podem ter problemas nesse sistema 
de condução e podem ter problemas chamados marca-passos ectópicos, que seria fora dessa 
área, que ao invés de gerar um ritmo de sístole e diástole, ele pode gerar um ritmo 
descoordenado, sendo sístole-sístole-diástole, gerando uma extra sístole, saindo do ritmo, 
ocorrendo uma arritmia ou disritmia cardíaca, precisando de um marca-passo artificial. 
O nodo SA faz com a células saiam do estado de repouso, e entrem no potencial de 
ação. A primeira fase do potencial é a despolarização, a célula despolariza e a atividade 
elétrica vai rapidamente por meio das vias internodais se distribuindo para os átrios e parando 
no nodo AV. A partir do nodo AV, a despolarização vai se espalhar mais lentamente e vai 
sofrer um atraso nesse nodo AV. A despolarização vai produzir a sístole, contração. O 
potencial de ação se inicia negativo, quando ocorre a despolarização, ele fica positivo. O 
atraso é importante para que o átrio deixe que ocorra a passagem do sangue para o ventrículo, 
assim o ventrículo enche de sangue e pegue pressão suficiente para que na sístole tenha um 
volume para ser impulsionado. Depois que ocorre o retardo, a despolarização se move do 
sistema de condução ventricular para a ápice do coração, se espalhando para cima, por isso a 
contração dos ventrículos começam pela ápice, para ser impulsionado para cima. 
O nodo SA tem uma automaticidade, sistema autônomo, independente da aferência 
neural. Isso significa que mesmo sem a complicação do sistema nervoso, ele é capaz de 
produzir atividade elétrica. Embora o coração também responda o sistema nervoso. O 
potencial de repouso das células que estão nodo SA, gera um potencial instável, não tem o 
platô mantido. A despolarização produz um aumento da condutância da membrana ao cálcio, 
contendo canais do tipo T (transitórios) e tem períodos refratários curtos. O período refratário 
diz o quanto de canal iônico ainda pode ser aberto ou não na fase de potencial daquela célula. 
Marca passos ectópicos é quando ocorre destruição do nodo SA por drogas ou quando 
ocorre aumento da estimulação vagal (do nervo vago – parassimpática) e o coração age 
diminuindo a atividade elétrica. 
O traçado eletro cardiográfico básico ECG – onda P, complexo QRS e onda T. 
 A onda P representa a despolarização dos átrios. Contração. Sístole. 
 Complexo QRS representa a despolarização dos ventrículos. Contração dos 
ventrículos e repolarização dos átrios. 
 Onda T repolarização dos ventrículos. Relaxamento. Diástole. 
 
 Atividade elétrica é representada pelo eletrocardiograma, que consiste na colocação de 
eletrodos na superfície da pele e conforme vai tendo a ativação elétrica vai ocorrendo o 
traçado eletrocardiográfico. 
 A contração das fibras miocárdicas são as fibras que tem o aspecto estriado, que é a 
estrutura que vai gerar força para a circulação. 
As células autorrítmicas têm as junções abertas que facilitam a sinapse, facilitando a 
passagem do sinal elétrico de uma célula para outra, sem depender de estruturas que sejam 
provenientes do sistema nervoso. Então uma vez ativada esses potencias, eles se propagam 
rapidamente nas células se comunicando com a outra. Então há uma facilidade de 
transferências iônicas por meio desses canais do liquido intracelular para o meio extracelular. 
Facilita a propagação do sinal elétrico nas células. 
As células autorrítmicas tem a composição de qualquer célula, porem com uma 
característica que diferenciam das demais que são os canais do tipo rápido de cálcio. Quando 
ela não está estimulada, ela vai manter o seu potencial elétrico de repouso como qualquer 
célula, e quando estão estimulados, os canais iônicos sofrem abertura e fechamento. E essa 
ativação dos canais iônicos vai permitir a transferência de íons, a tendência de alguns íons já 
estarem acumulados em alguns compartimentos. As células do miocárdio tem o potencial 
elétrico em torno de -90 miliwolts, já as células autorrítmicas ficam com o potencial elétrico 
negativo em torno de -65 miliwolts (menos negativo). 
Quando a célula esta em repouso, a concentração de sódio é maior no liquido 
extracelular, mais também tem sódio no liquido intracelular. E em relação ao potássio, menor 
concentração no liquido extracelular, mais também tem potássio no liquido intracelular, 
porém é maior. A membrana é impermeável ao sódio. Na célula autorrítmica outra diferença 
que ela tem em relação a célula miocárdio é q a célula apresenta alguns canais de sódio 
(canais If) que é como se fossem canais estranho, que mesmo a célula em potencial elétrico de 
repolarização, os canais ficam abertos, por isso o potencial dessas células não ficam tão 
eletronegativo, ficando mais próxima do potencial de despolarização. 
Como se comporta os canais iônicos através da diferença de permeabilidade vão 
produzir alterações no potencial de membrana? Quando ocorre ativação dos canais de sódio, 
os canais de abrem - a maioria das células excitáveis esses canais são impermeáveis ficando a 
maior parte do tempo fechado impedindo o influxo de sódio - havendo um influxo de sódio, 
como é um cátion, vai produzir uma alteração no potencial, de um potencial mais eletro 
negativo para um potencial mais eletro positivo, esse potencial ultrapassa o valor negativo e 
essa fase do potencial chama despolarização. Quando o potencial começa a retornar a valor 
negativo, os canais do tipo rápido se fecham e abre o canalde potássio, porque a membrana é 
mais permeável ao canal de potássio em todas as etapas do potencial, o potássio que está mais 
concentrado dentro da célula começa a sair por um processo de difusão. A saída do potássio 
caracteriza a fase de repolarização. E o processo de hiperpolarização é produzido pela ajuda 
da bomba de sódio-potássio. 
Como ocorre o potencial nas fibras cardíacas? A acetilcolina quando é liberada na 
fenda sináptica produz como resposta se ligando a receptores do canal e abre diretamente o 
canal iônico. E os íons tem um influxo de sódio e isso vai produzir na célula a despolarização 
que vai ter como resposta do tipo excitatória, fazendo com que a partir da despolarização as 
fibras se contraem. Quando o neurotransmissor abre diretamente o canal iônico, chama-se de 
resposta ionotrópica. 
O potencial de ação das fibras cardíacas: as fibras cardíacas podem gerar potencial 
auto-excitáveis por conta dessas células especiais que a contem. Sabemos que essas fibras 
respondem a sistema nervoso autônomo, que tem duas divisões: simpática e parassimpática. 
Divisão simpática são as fibras adrenérgicas, que se associam a catecolamina: adrenalina e a 
noradrenalina/norepinefrina. A noradrenalina/norepinefrina é o a principal transmissor 
liberado nas terminações nervosas simpáticas. A adrenalina/epinefrina é também liberada a 
partir de estimulação simpática, mas a partir da estimulação da glândula suprarrenal, que vai 
ser liberada na corrente sanguínea. Mas as duas têm efeitos sistêmicos importantes. A 
adrenalina faz com que o coração acelere/ative. 
As fibras musculares cardíacas não é que elas têm capacidade de gerar potencial ação, 
é que como elas tem sistema de condução intrínseco que é coordenado pelo nodo sinoatrial, o 
músculo cardíaco consegue gerar potenciais nele mesmo, sendo autoexcitáveis. Nesse caso ele 
independe do sistema nervoso para fazer o coração bater, por isso que essa região do nodo 
sinoatrial é chamado de marca passo. 
Como o sistema nervoso autônomo age sobre essas fibras o sistema nervoso simpático, 
que sempre esta associado a essas fibras adrenérgicas, vai liberar neurotransmissores que vão 
agir nessas áreas causando o aumento da atividade cardíaca. Consequentemente, como os 
órgãos são inervados pelas duas divisões, simpática e parassimpática, tem função de controlar 
os órgãos. Quando um dos dois age no local estimulando, o outro inibe. Se o simpático 
estimular, ele é mais voltado para as fibras adrenérgicas, noradrenalina, o parassimpático por 
sua vez é voltado para as fibras polinérgicas, e o neurotransmissor que vai ser liberado no 
final do segundo neuroneo, é a acetilcolina. A mesma acetilcolina no músculo esquelético ela 
estimula. Já no coração não estimula porque é outro tipo de célula. A noradrenalina e a 
norepinefrina acelera o coração devido a aberturas de canais de cálcio ocorrendo o influxo de 
cálcio. A abertura desses canais de cálcio vai ajudar os canais iF de sódio que deixa o 
potencial de ação menos negativo que já tem o influxo de sódio, somando o influxo de cálcio, 
causa a despolarização. No caso a noradrenalina vai estimular o influxo de cálcio, e isso vai 
ajudar a produzir a despolarização da célula, o que leva o aumento da frequência cardíaca. 
Cada ciclo que o coração faz com sístole e diástole completo chama-se batimento cardíaco, 
então quanto mais rápido isso acontecer, a frequência vai ser mais alta. 
Antes se viu a acetilcolina, porem na fibra muscular esquelética, devido ter o canal 
iônico, mas não tem uma proteína receptora, que a acetilcolina libera e essa proteína vai 
direito dentro do canal iônico produzindo a abertura desse canal. 
Nas células do coração, o receptor da acetilcolina é o muscarínico, localizada em uma 
proteína transmembrana que vai produzir uma resposta intracelular ativando a proteína G e 
fazendo com que abra o canal de potássio promovendo efluxo de potássio. Então se o 
potencial já era negativo (repouso), e houve uma estimulação para ocorre um efluxo de 
potássio, esse potencial vai ficar hiperpolarizado, já era negativo vai ficar mais negativo, 
produzindo uma diminuição da atividade elétrica cardíaca, por isso que a acetilcolina diminui 
e a adrenalina vai aumentar. 
Como as células tem comunicação umas com as outras, a medidas que esses íons vão 
passando e se concentrando são transferido também pelas junções e não só pelos líquidos 
extra e intracelulares. Nas células de fibras musculares tem canais rápidos de sódios, canais de 
potássio e canais lento de cálcio. Nas células sarcoplasmáticas há reservas de cálcio 
intracelular. Esse cálcio que fica armazenado na célula da fibra muscular que vai ser 
importante no processo de contração da fibra cardíaca porque igual acontece na fibra 
muscular esquelética, o mecanismo de contração, a partir do momento que ocorre a liberação 
do potencial onde ocorre essa transferência iônica, começa a entra sódio, chega um momento 
que ocorre a liberação do cálcio intracelular. Quando ocorre o potencial, chega um momento 
que esse cálcio é liberado e vai desse meio intra que está no reticulo sarcoplasmático e vai ter 
papel importante nas proteínas contráteis – filamentos de actina e miosina. No estado de 
repouso, essas ligações de actina e miosina são do tipo fracas, quando essas fibras entram em 
contração, essas ligações ficam do tipo forte porque elas tem gerar uma força capaz de 
conduzir uma contração, que é daí que entra o cálcio que vai se ligar a uma parte da proteína 
actina chamada de troponina na fibra muscular esquelética. Essa participação do cálcio é bem 
importante porque no momento da contração, o canal de cálcio do reticulo sarcoplasmático 
vai permitir a saída para que o cálcio se ligue as proteínas contrateis pra produzir a força na 
contração. 
 
Registro do potencial de ação dos Ventrículos 
 Fase 0 - Fase do curso ascendente é quando o potencial está passando de um valor 
negativo para um valor positivo decorrente da corrente da entrada de sódio. 
 Fase 1 – repolarização inicial. Produzida pela corrente resultante da saída de potássio. 
 Fase 2 - platô. Potencial de membrana fica despolarizado, relativamente estável, então se 
fica despolarizado fica acima do valor 0 ficando positivo. Produz corrente de entrada 
lenta de cálcio, porque são ativados canais L lentos, e a corrente de saída de potássio. 
Porque sai carga positiva mais entra carga positiva também. 
 Na fase 3 – repolarização. Produzida pela corrente de saída de potássio. 
 Fase 4 – potencial de repouso de membrana que ocorre uma repolarização completa. 
 
Potencial de ação no nodo sinoatrial: 
 Fase 0, curso ascendente. Corrente de entrada de cálcio (canais do tipo T “transitório˝) 
 Fase 1 e 2 são ausentes. 
 Fase 3 é a repolarização. Corrente de saída de potássio. 
 Fase 4, despolarização espontânea ou potencial marca-passo que ocorre a abertura dos 
canais de sódio (If: diferente da corrente rápida de sódio responsável pelo curso 
ascendente nas células ventriculares.) 
A velocidade de despolarização na fase 4 regula a frequência cardíaca. 
Como que acontece a diferença de potencial? A taxa de curso ascendente sofre a 
influência de canais de sódio para que aja uma resposta mais rápida nesse potencial em termos 
da voltagem e o tempo que vai demorar. O normal de uma célula em repouso que tenha um 
potencial de -90 miliwolts se for ativação vai ter responsividade ao sódio maior, abrem-se 
mais canais de sódio. A célula que já tem o potencial de -60 miliwolts, célula do nodo 
sinoatrial, no caso de repouso, responde menor ao sódio por isso que alem do sódio, ela 
também depende do cálcio para produzir o potencial, se abrindo menos canais de sódio praproduzir sozinho a despolarização. 
E o que acontece se houver alteração no potencial de membrana cardíaca / alteração 
nos íons? Ocorre uma hipercalemia, um excesso de potássio. Se um paciente não estiver com 
um equilíbrio hidroeletrolítico e tiver com uma hipercalemia, vai ocorrer uma redução do 
potencial de repouso da membrana. A voltagem vai ficar menos negativa, e aumenta a 
excitabilidade dos neurônios e das células cardíacas. Quando a hipercalemia for rápida e 
grave, ela pode ocasionar uma parada cardíaca. Já uma hipocalemia vai aumenta o potencial 
de repouso, deixando o potencial hiperpolarizado e vai diminuir a excitabilidade dos 
neurônios e das fibras musculares cardíacas, pode levar a uma paralisia e uma arritmia 
cardíaca e alterações do equilíbrio acido básico. 
A concentração de potássio no individuo normal é que o potássio deve estar mais 
concentrado dentro da célula do que fora no potencial de repouso de membrana. Quando tiver 
uma hipercalemia, o excesso de potássio no liquido extracelular a tendência é que começa a 
entrar mais potássio porque a membrana é mais permeável ao potássio do que ao sódio, e com 
isso irá fica menos negativo, havendo um aumento da concentração com um aumento da 
permeabilidade, o potássio começa a passar em maior quantidade, ficando menos negativo, 
menos despolarizado, aumentando a excitabilidade. E a hipocalemia é quando a concentração 
é de menos potássio do que o normal no liquido extracelular, como vai ter menos cátions vai 
ficar mais negativo no lado interno, hiperpolarizado, isso vai exigir uma concentração maior 
de cátions para ativar essa celular, isso vai diminuir a excitabilidade. 
Como que acontece a acoplamento, a excitação e a contração nas células miocárdicas? 
Começa o potencial de ação cardíaco, começa a entrada de cálcio nas células durante o platô. 
Especialmente nos ventrículos, entra sódio e depois entra cálcio no platô e começa a sair 
potássio. A entrada de cálcio é importante durante o platô é o que vai estimular a liberação de 
cálcio que esta armazenada no reticulo. A liberação de cálcio que esta armazenada no reticulo 
é induzida por cálcio proveniente do meio extracelular, e o cálcio vai se ligar a troponina C, 
vai fazer com que aja a formação das pontes cruzadas e vai gerar a tensão, produção da força 
do bombeamento, fazendo a sístole. Quando termina essa ligação com a troponina, o cálcio 
vai ser levado de volta para o reticulo e isso vai produzir o relaxamento das fibras, porque não 
vai ocorrer mais estimulação, nas células vai ocorrer o relaxamento. 
Quando a célula está em repouso, a tropomiosina vai bloquear o local de ligação entra 
a actina e a miosina. Quando ocorre o potencial de ação e a liberação de cálcio que está 
armazenado no reticulo pelo cálcio que entrou do meio extracelular que penetrou no líquido 
intracelular durante o platô é considerado o cálcio disparador, dispara o cálcio que está 
guardado, ai o aumento desse cálcio que está guardado sai do reticulo e aumenta a 
concentração de cálcio que saiu, que vai ao citoplasma se ligar a troponina, aumentando as 
pontes cruzadas e aumentando a tensão que vai fazer a contração (sístole). O cálcio que entrou 
no líquido intracelular vai retornar para o líquido extracelular por contratransporte com o 
sódio e o cálcio, pelo transporte ativo secundário de sódio e cálcio. E o cálcio que saiu do 
reticulo, a liberação dele é controlado por uma proteína que controla cálcio ATPase, chamada 
de fosfolambana. 
Quem faz o controle, falando em sistema nervoso? Quem controla o sistema 
cardiovascular e o respiratório é o centro de controle localizado no Bulbo. Existem neurônios 
que partem do bulbo a partir das fibras simpáticas (noradrenalina), neurônios parassimpáticos 
(acetilcolina). 
 Os neurônios simpáticos contem receptores do tipo β nas células auto-excitáveis que são 
chamados receptores β-adrenérgicos. Quando esses receptores β1 nas células auto 
excitáveis são ativados ele aumenta um influxo de sódio e cálcio. Esse aumento na 
entrada de sódio e cálcio faz com que a velocidade da despolarização aumente e provoca 
aumento da frequência cardíaca, então essa resposta é do tipo excitatória. 
 Na atividade parassimpática libera a acetilcolina, os receptores que estão nas células auto-
excitáveis são os receptores muscarínicos, a ativação dos receptores muscarínicos 
aumentam o efluxo de potássio, sai potássio e diminui o influxo de cálcio. Vai produzir a 
hiperpolarização da célula, o potencial já era negativo, vai ficar mais negativo e vai 
diminuir a frequência cardíaca. Então a resposta final é inibitória. 
Uma vez que esse coração vai fazer o trabalho, como que vai dizer no ponto de vista 
fisiológico o trabalho que o coração vai fazer? Pra fazer o sangue circular bombeando através 
da diferença de pressão, ora uma pressão mais alta, ora uma pressão mais baixa. Mas para 
relacionar como que e o trabalho do coração, o debito, precisa-se entender uma “lei” para 
explicar o funcionamento cardíaco, que a Lei de Starlling ou Lei do Coração Frank e 
Starlling. Tem que entender que o coração tem que bombear todo o sangue que chega até ele e 
não pode represar sangue, por isso que tem as válvulas (abertura unidirecional) e cavidades. A 
relação comprimento tensão, ou curva de Starlling, mostra a força em relação ao estiramento 
conforme for o estiramento que as câmaras cardíacas. O valor de repouso do ventrículo 
geralmente é em media 135 ml de sangue ao final da diástole (final do relaxamento), ocorre o 
ciclo e vai entrar em sístole, a força é produzida conforme o volume, então vai produzir uma 
força de 70 ml. Então se aumentar o volume, consequente aumenta a força. À medida que o 
volume diastólico final (chega) aumenta o volume sistólico final (ejeta) também aumenta, mas 
o debito cardíaco é igual. Uma pessoa que tenha em media 70kg com 5000ml, durante 1min o 
coração tem que bombear esses 5000ml de sangue, vai medir através do debito cardíaco que a 
frequência multiplicada pelo volume, em media 70ml de volume sistólico, pra chegar no valor 
da frequência é só dividir 5000ml por 70ml, que dá 72ml/min de frequência (quantas vezes o 
coração vai ter que bater por minuto). Então a lei do coração vai depender do volume que 
chega que é o retorno venoso que vai influenciar no volume diastólico final, conforme for 
esse volume diastólico vai implicar na força de bombeamento, esse volume de sangue que sai 
é chamado volume sistólico. O debito cardíaco indica o trabalho do coração relacionando 
frequência X volume sistólico, sabendo a frequência cardíaca sabe-se o volume sistólico a 
cada ciclo (em um minuto). 
Efeitos autonômicos da frequência cardíaca. Simpática é na cadeira paravertebral e 
inerva feixe de his e fibras de Punking. Parassimpática é no nervo vago que vai ter uma 
ativação no sinoatrial e no nodo átrio ventricular. Parassimpática é no nervo vago 
(acetilcolina) tem o efeito cronotrópico negativo (porque durante um período de tempo ele 
diminui a frequência), a acetilcolina ativa receptores muscarínicos do tipo M2 no nodo 
sinoatrial e produz diminuição de influxo iônico dos canais iF e não deixa entrar sódio e 
diminui a frequência. Quando começa a ter uma liberação de acetilcolina o numero de 
batimento vai diminuindo, diminuindo a corrente entrada de cálcio durante o platô, aumenta a 
permeabilidade iônica ao potássio (saída), produz hiperpolarização encurtando a duração do 
potencial de ação e diminuindo a entrada de cálcio, diminui a entrada de cálcio que entra, 
então diminui a quantidade de cálcio disparador, diminui a quantidade de cálcio que fica 
armazenada no reticulo, diminui a contratilidade e também tem o efeito inotrópico negativo. E 
o autonômico simpáticovai fazer ao contrário, tem o efeito cronotrópico positivo, aumenta a 
frequência, aumenta a quantidade de norepinefrina / noradrenalina e ativa receptores β1 no 
nodo sinoatrial, produz o aumento dos íons nos canais iF, produz a despolarização, aumenta a 
ativação do receptores β1 acoplado a adenilciclase através das proteínas G e aumenta a 
produção do AMP-cíclico. Os efeitos simpáticos da norepinefrina aumentam a quantidade da 
proteína fosfolambana, aumenta quantidade de cálcio ATPase, aumenta a quantidade de cálcio 
armazenado no reticulo, aumenta a contratilidade e tem o efeito inotrópico positivo. Aumenta 
a velocidade de condução no nodo sinoatrial tem o efeito dromotrópico positivo (simpático). 
Diminui a velocidade de condução no nodo sinoatrial tem efeito dromotrópico negativo 
(Parassimpático). 
Quando a frequência se modifica por conta de alguma estimulação, geralmente vai 
aumentar em formato gradativo, chamado escadaria de Bowditch. Quando a frequência 
cardíaca dobra, a tensão desenvolvida em cada batimento aumenta por etapas até o valor 
máximo. Esse aumento na tensão ocorre porque há mais potencial de ação por unidade de 
tempo, mais cálcio total penetrando na célula durante a fase de platô e mais cálcio para se 
acumular no reticulo. Potencialização pós-extra-sistólica: quando ocorre uma extra-sístole a 
tensão desenvolvida no batimento seguinte é maior do que o normal. Uma quantidade 
inesperada ou extra de cálcio entrou e foi acumulada pelo retículo. 
Adrenalina e noradrenalina se ligam aos receptores β1que ativam o sistema de 
segundo mensageiro do AMP cíclico resultando em fosforilação de canais de cálcio no 
controlados por voltagem, o tempo de abertura desses canais aumentam e isso proporciona o 
aumenta da entrada de cálcio a partir do liquido extra celular. Também resulta em fosforilação 
a proteína de fosfolambana, aumenta a atividade de cálcio ATPase acumulado no reticulo 
sarcoplasmático e aumenta o cálcio liberado pelo reticulo. Quando ocorre ativação desses 
canais aumenta a quantidade de cálcio que é liberada e vai produzir mais força na contração. 
Essa atividade aumenta da cálcio ATPase também proporciona aumento da remoção do cálcio 
no citosol fazendo com que o cálcio se desligue da proponina e promova um menor tempo de 
intervalo entre uma contração e outra isso favorece então a ativação da frequência cardíaca, 
aumenta a frequência e aumenta a força de contração. Isso tudo é resposta das catelocaminas. 
O debito é uma função da frequência e do volume sistólico. A frequência é 
determinada pela despolarização das células auto excitáveis que se ela aumenta por conta da 
inervação simpática e da norepinefrina. Diminui devido a atividade parassimpática, 
controlada também pelo sistema nervoso. Acontece que a inervação simpática vai liberar a 
noradrenalina e vai para o sangue, aumenta a contratilidade e a constrição venosa. O volume 
sistólico vai ser determinado pela força de contração porque a força vai ser produzida durante 
a sístole, e é influencia pela contratilidade do sistema nervosa e também pela constrição 
venosa. A contratilidade vai estar relacionada ao volume diastólico, conforme o retorno 
venoso vai ter um volume sistólico que vai ser influenciado pela contratilidade e pelo volume 
sistólico. O volume diastólico vai variar de acordo com o retorno venoso, quanto mais sangue 
chega, mais sangue será ejetado, quanto menos sangue chega menos sangue vai ser ejetado. O 
retorno venoso vai depender da constrição, conforme os vasos se fecharem vai favorecer com 
que o sangue retorne ao coração com a influência da musculatura. 
Quem proporciona o movimento do sangue no corpo é principalmente o coração, que 
vai bombear o sangue para o sistema arterial e a partir desse processo de bombeamento, que 
vai acontecer por toda a nossa vida, vai gerar um fluxo contínuo de líquidos. Esses líquidos 
corporais correspondem a aproximadamente 5 a 10% do volume corporal total, então para um 
homem de 70 quilos tenha cerca de 5 litros de sangue e em uma mulher cerca de 4,5 litros de 
sangue. O fluxo contínuo acontece devido a elevada pressão nas artérias que é um reservatório 
de pressão vai fazer com que a medida com esse sangue é impulsionado a partir das câmaras 
ventriculares para o arterial, vai passando o sangue a diante por todo o território vascular 
fazendo especialmente com que o sangue circule pelos capilares para que faça as trocas 
gasosas. Esse sistema vascular que começa pelas artérias, vai ter um diâmetro decrescente, 
começa com vasos de grande calibre e depois à medida que vai se afastando do coração, esses 
vasos vão modificando o calibre, ficando menores até chegar aos capilares, e vão adquirindo 
mais ramificações. Essa mudança estrutural nos vasos tanto de quantidade quanto de diâmetro 
vai interferir nas mudanças de pressão e vão influenciar na distribuição de sangue nos tecidos. 
Falando de sistema vascular, temos as artérias no ventrículo esquerdo temos a artéria aorta e 
no direito temos a pulmonar, esses vasos conseguem receber o sangue porque a partir do 
bombeamento, sístole ventricular, esse sangue vai ser ejetado para dentro desses vasos, 
porque basicamente todos os vasos acabam tendo uma composição parecida, especialmente os 
grandes vasos, comparando estruturas arterial com uma venosa. 
Os vasos são formados por células pavimentosas, que são células simples que vai 
corresponder a túnica intima, depois tem a túnica medica e a túnica adventícia, isso 
especialmente nos vasos de maior calibre. A túnica media tem uma composição um pouco 
diferente em termos de conteúdo e em termos de espessura se for comparar a estrutura arterial 
com a venosa. As artérias tem uma quantidade maior de músculos lisos e fibras elásticas 
porque elas têm que dar conta de receber o sangue que sai do coração com alta pressão, por 
isso que elas são mais elásticas, a camada muscular da túnica media é mais espessa nas 
artérias do que nas veias. E já na túnica adventícia, a camada é mais espessa nas veias do que 
nas artérias, vai ter um deposito maior de fibras colágenas e uma quantidade menos de libras 
elásticas. Outra diferença é em relação ao lúmen, o lúmen arterial normal é uma cavidade 
livre justamente para que o sangue quando é impulsionado a partir das câmaras ventriculares, 
não tenha nada para obstruir a passagem dele, essa passagem deve estar livre, porque é esse 
sangue que vai ser impulsionado para dentro desses vasos e a partir desses, ele vai ser 
distribuído pelas grandes artérias elásticas, depois para as artérias musculares que tem um 
menor calibre, e depois vai se ramificando, aumentando a ramificação e diminuindo o 
diâmetro. E depois vai começar a aumentar novamente o diâmetro e diminuir a ramificação. 
Depois das artérias musculares tem as arteríolas, vasos de menor calibre, e depois vêm os 
capilares, ocorrendo às trocas. Nos capilares, a estrutura dele é diferente das artérias e das 
veias, os capilares contem somente a túnica intima, ou seja, é formada apenas pela camada do 
endotélio. Dependendo do local, do órgão e da função do órgão, essa camada não é igual, em 
alguns órgãos os capilares contem espaços denominados poros que ocorre uma intensa troca 
com o tecido, já em outros órgãos esses poros não são tão abertos, adaptando cada um em sua 
função. Tanto nas artérias como nas veias contem 3 camadas, porem a composição em termos 
de distribuição é um pouco diferente, a camada muscular ou a túnica media é bem 
desenvolvida nas artérias e a túnica adventícia é mais desenvolvida nas veias. A metade do 
sistema tem uma tonalidade vermelha e a outra tem uma tonalidade azulada, é para 
representar a circulação arterial (azul) e a venosa (vermelha), falando em grande circulação,o 
sangue chega proveniente do coração pela arterial aorta rico em oxigênio e a medida que 
acontece a passagem do oxigênio pelos capilares vai se efetivando as trocas gasosas, então o 
sangue o oxigênio vai passar para os tecido por difusão e o gás carbônico vai passa para o 
sangue. Por isso a representação da cor azulada, para identificar o sangue rico em gás 
carbônico e pobre em oxigênio. O sangue vai ser recolhido por vasos que vão para os vasos de 
maior calibre que são as vênulas e vai ter que retornar para o coração por veias. A circulação é 
completa, é dupla porem não mistura. Vai sair arterial e vai voltar venoso. Se pensarmos em 
posição anatômica, o coração se encontra na parte superior do corpo no mediastino, e na 
maior parte do tempo estamos em pé ou sentados, o sangue tem que fazer todo o trajeto e 
retornar para o coração e ainda tem que gerar uma força suficiente para distribuir o sangue 
para a cabeça que se localiza acima do coração. No caso do retorno, vai voltar pelas veias e 
vai ainda ter que subir, fazer um movimento contra a gravidade, tem que o haver uma força 
para que esse sangue retorne, isso é um fator para determinar o porque a pressão vai caindo 
conforme o sangue circula por que o sangue vai retornar ao coração pelas veias, no interior de 
veias se encontra as válvulas, essas válvulas vão abrir e fechar também como acontece com as 
válvulas cardíacas, no sentido de que o sangue é impulsionado, as válvulas vão se abrir o 
sangue vai passar e ao passar na sequencia as válvulas se fecham justamente para fazer a 
transferência de fluxo que é influenciado pelas válvulas. As válvulas ajudam impedir o 
movimento retrogrado de sangue nas regiões mais inferiores. São formadas pelo próprio 
sistema, formada a partir da túnica íntima, dependendo da pressão que o sangue exerce nas 
paredes dos vasos e da viscosidade, às vezes essas válvulas perdem a funcionalidade, não 
conseguem dar conta ou porque o coração não consegue fazer força suficiente e acaba 
acumulando sangue nessas regiões e as válvulas também podem sofrer dilatações podendo 
ocorrer problemas vasculares como as varizes, o aumento da a pressão vai aumentar a 
distribuição para os outros leitos fazendo o surgimento de varicosas e também pode acumular 
pelo fato de o sangue estar mais depositado formação de coágulos, trombos. Por isso que 
essas válvulas são importantes, elas auxiliam o retorno venoso. Não apenas o coração vai 
exercer uma ação importante, apesar de ser um órgão principal para fazer o sangue circular, 
temos também para ajudar o retorno venoso a ação da bomba muscular que é a própria 
contração da musculatura esquelética, cada vez que nossos músculos esqueléticos se contraem 
por ele estar junto com a distribuição dos vasos sanguíneos, a contração muscular serve para 
massagear os vasos, especialmente as veias e isso ajuda a fazer o sangue retornar. Alem da 
bomba cardíaca e da muscular, tem a terceira bomba que a bomba respiratória. Cada vez que 
se faz uma inspiração, entrada de ar, produzir uma pressão entre a cavidade torácica e a 
cavidade abdominal, porque separando essas duas temos um músculo importante respiratório 
que é o diafragma. Quanto maior o volume de sangue, mais oxigênio vai ser distribuído para 
os tecidos, e isso é extremamente importante especialmente para o sistema nervoso porque os 
neurônios não sobrevivem sem oxigênio e glicose. Uma pessoa pode ficar ate 3 minutos sem 
oxigênio nas células, passou disso podem ocorrer sequelas ou ate a morte. O desmaio é uma 
resposta a falta de oxigênio ou de glicose no sistema nervoso, a partir do momento que a 
pessoa deita, faz com q acabe com a gravidade e o sangue circule com mais facilidade em 
todos os territórios. 
O volume de sangue não esta distribuído por igual em todos os setores. Vai estar 
distribuídos pelos setores conforme a necessidade dos tecidos, geralmente quando a maior 
atividade metabólica do tecido maior será o se suprimento sanguíneo do que aqueles que têm 
a atividade metabólica mais baixa. 
O sangue se concentra em maior quantidade nas grandes e nas pequenas veias, por isso 
que esses vasos representam os maiores reservatórios de sangue, são vasos que tem uma 
complacência maior e comportam um maior volume de sangue. As artérias, pelo fato delas 
serem mais elásticas e a parede muscular maior, tem um ciclo de contração e relaxamente 
bem mais acentuado, tende a reservar um pouco de sangue quando está relaxada, mas quando 
se contrai empurra esse sangue para frente por isso que não se reversa sangue em sistema 
arterial. Nas arteriais a reserva é em torno de 12%, nas veias é quase 60%. 
Na circulação tem vasos que vão estar em serie e vasos que vão estar em paralelo. Em 
serie é de uma artéria que vai para outra e assim por diante. Em paralelo é de uma arteríola e 
de uma arteríola para o capilar e depois para a vênula. Os capilares vão estar em paralelo 
porque os capilares são em muita quantidade. E ainda tem alguns pontos onde esse sistema 
vascular vai estar distribuído como uma circulação portal, por exemplo no sistema renal, o 
sangue chega pela arterial renal, vai para uma arteríola aferente, depois para os capilares e 
seguem para uma arteríola eferente. Por isso que em alguns pontos a circulação vai estar em 
serie ou estar em paralelo. Essa distribuição de sangue é conforme estiverem dispostos nos 
elementos, vai produzir o fluxo de sangue em um sentido. 
Independente da forma com que o sangue vai estar distribuído, o volume que vai 
chegar na outra extremidade vai ser o mesmo. Nas arteríolas e nos esfíncteres pré capilares 
tem um deposito de músculo liso que age como se fosse uma válvula, que a partir de como 
está o diâmetro, o ajuste desses elementos, o sangue vai fluir naquela região com maior ou 
menos facilidade. Onde estão localizadas as arteríolas é onde o sangue vai encontrar maior 
resistência para passar, por isso que a pressão vai cair porque se chegar aos capilares com a 
pressão das artérias, os capilares podem se romper devido ter somente uma camada de células, 
sendo frágil. Os esfíncteres ajudam nesse processo nas arteríolas. Em uma circulação paralela, 
supondo que o volume de liquido que vai passar pela artéria seja de 99 litros por segundo, 
essa mesma artéria vai se dividir em 3 arteríolas e cada uma ira passar 33 litros por segundo, 
chegando no final com a mesma quantidade inicial, debito inicial e final igual. Ou pode estar 
em série com o debito inicial e final igual também. Mesmo no leito vascular, o fluxo de 
sangue não é igual no mesmo órgão, então tem regiões que o fluxo sanguíneo pode estar 
maior e outra que o fluxo sanguíneo pode estar menor. O que vai com que aja essa mudança 
na distribuição é o diâmetro do vaso, que vai depender se os esfíncteres vão estar mais 
fechados ou se vai estar mais abertos. O fluxo por elementos em paralelos no circuito vai 
variar independentemente um do outro, nem todos vão ser igual a passagem de líquido. Em 
serie, os elementos devem ter o mesmo fluxo porque não vai ficar represando, não vai 
armazenar e nem ficar guardando sangue para ele, tem sempre que mandar pra diante. 
Conforme o vaso estiver a tensão da musculatura lisa, contraída, o volume e o fluxo 
sanguíneo é menor. Se a musculatura estiver relaxada, o volume e o fluxo sanguíneo são 
maiores. Então controlar a passagem de sangue para os capilares. E depois o diâmetro começa 
a aumentar novamente com as vênulas e a veias. O volume que está sendo distribuído pela 
extremidade arterial é igual ao volume que esta sendo distribuído pela extremidade venosa, 
pôr com pressão diferente. Mas isso não significa que no leito capilar, o fluxo tem que ser 
idêntico em todos os vasos porque estão com a disposiçãoparalela. 
A pressão é medida por centímetro de água ou milímetros de mercúrio. O movimento 
da bomba cardíaca gera uma pressão, e essa pressão é diferente em cada segmento. A partir 
do ventrículo esquerdo, o coração vai contrair e vai ejetar o sangue para a artéria aorta e vão 
para as outras artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias e veia cava. O valor da pressão é 
considerado como pressão arterial media, que a media da pressão sistólica pela diastólica. A 
pressão arterial media vai considerar a sistólica e a diastólica mais a diferença de pressa entra 
elas. Porque se fosse fazer media de pressão, 120 por 80, a media seria 100, mas a pressão 
arterial média é um pouco menor, então a media é inferior porque é descontada a pressão 
arterial diastólica. À medida que o sangue parte do coração pelas grandes artérias por conta 
dela sofrer aumento na ramificação e da alteração do diâmetro, a pressão vai caindo, o 
decréscimo é bem acentuado nas arteríolas, e uma pressão baixa em capilares e quando está 
voltando ao coração pelas veias, a pressão esta tendendo a zero, porem não chega a zero, 
porque essa mudança de diâmetro e tem a distribuição em serie e outras em paralelas. E tem 
ainda que considerar, como qualquer sistema hidráulico, tem as forças de atrito porque esses 
liquidam vai circular dentro de um sistema fechado. 
Quando um líquido é colocado dentro de um recipiente com compartimento fechado, a 
pressa hidrostática, vai ser proporcional a altura da coluna da água e se distribui igualmente 
por todo o compartimento, se houver um vazamento de líquidos, a tendência é que o liquido 
flua pelo sistema e a pressão vá diminuindo a medida que vai se distanciando da área de maior 
pressão, o que vai produzir a circulação é a diferença de pressão, porque se não tivesse 
diferença de pressão o liquido iria estacionar. Por isso que o coração tem a atividade de fazer 
sístole e diástole, quando ele contrai produz pressão fazendo assim com que o sangue flua de 
uma área com maior pressão para uma área com menor pressão, por isso que a pressão é 
maior na área de bombeamento e nas artérias. Se em uma área tiver pressão de 100 e na outra 
extremidade uma de 75, teremos uma ΔP de 25 de gradiente de pressão (variação de pressão), 
que quem produz essa variação é a fase de sistólica ventricular. O diâmetro do vaso também 
influencia, conforme for o raio do vaso, permite a passagem de determinado volume, a 
medida que esse raio diminui a resistência vai aumentar. O fluxo com o raio mais largo vai 
sair com mais facilidade, já o fluxo com o raio menor ira ter que produzir pressão maior. 
Conforme vai diminuindo a resistência do raio, o fluxo vai aumentando. A taxa de fluxo não é 
a mesma cois que velocidade. A velocidade depende do fluxo e da área, que a seria o diâmetro 
do vaso, fluxo seria quanto de liquido vai circular em determinado ambiente. 
O que vai influenciar na velocidade do fluxo sanguíneo é o diâmetro do vaso e a área 
de seção transversa que tem mais haver com o lúmen sem considerar toda a parede do vaso. 
Então a relação da velocidade do fluxo e área de seção transversa depende do raio ou do 
diâmetro do vaso. A viscosidade também pode variar o fluxo. O principal componente que 
pode alterar a viscosidade do sangue é o numero de células, o hematócito. A medida que o 
sangue flui, irá produz dois tipos de fluxo, o fluxo laminar e o turbilhonar. O fisiológico seria 
que nos vasos fosse o laminar, que é aquele que ocorre em situações ideias, porem tem perfil 
parabólico, nas extremidades (paredes) o fluxo é mais lento que o no meio. Só que nem 
sempre no sistema circulatório, o fluxo é laminar, o fluxo turbilhonar é produzido por 
irregularidades no vaso sanguíneo ou ate mesmo quando tem algum problema em válvula. 
Quando acontecem essas obstruções, o sangue necessita de uma pressão maior para circular, e 
vem acompanhada com sons chamados sopros. Na angioplastia é introduzido um cateter com 
um balão no vaso obstruído, esse cateter ao chegar na área ele abre com a finalidade as ate de 
colocar um extensor para deixar o vaso com uma funcionalidade melhor ou para remover as 
placas de gordura. As características do fluxo sanguíneo são diretamente proporcionais à 
diferença de pressão (ΔP) ou gradientes de pressão, a direção é determinada pelo gradiente de 
pressão, e é inversamente proporcional a resistência. 
Como o fluxo sanguíneo pode variar de um fluxo laminar de um fluxo turbilhonar? 
Inúmeros fatores vão influenciar no inicio da turbulência, pode ser uma obstrução de vasos, 
válvulas, alterações no diâmetro do vaso, a proporção sem dimensões entre a viscosidade do 
liquido e a velocidade é chamando número de Reynolds, e, quando excede 2000, em fluxo 
constante, em tubo reto, rígido e uniforme, começa a turbulência. Essa determinação desses 
números de Reynolds vale para sistemas hidráulicos, mas no corpo humano não tem um fluxo 
constante em fluxo reto, rígido e nem uniforme, mas mesmo assim como é liquido o numero 
de Reynolds vai responder como referencia para se saber se o fluxo é do tipo laminar ou do 
tipo turbilhonar. O fluxo laminar tem o fluxo/ velocidade zero na parede e a velocidade a 
medida que chega no meio ela aumenta. O fluxo turbilhonar encontra algum obstáculo, ele 
não é linear, ele volta, por isso que faz um som diferente denominado sopro. Exemplo de 
alteração de numero de Reynolds: pessoa com anemia, o hematócrito vai estar menor, a 
viscosidade do sangue diminui, vai aumentar o debito cardíaco, fluxo de sangue aumenta e o 
numero de Reynolds vai aumentar também. Como a hemácia é a célula responsável por 
distribuir oxigênio nos tecidos, se o numero de hemácias estiver baixo vai chegar menos 
oxigênio para as células porque tem menor quantidade de transportadores, como tem a menor 
quantidade de transportadores para fazer a mesma carga o coração vai ter que trabalhar mais, 
por isso que vai aumentar o debito cardíaco, a frequência é mais alta em repouso e a pressão é 
mais baixa por conta da viscosidade. E quando a pessoa tem trombose esse turbilhonar 
aumenta também, porque no vaso vai ter uma barragem que irá interferir na passagem do 
sangue, e com isso ira aumentar o numero de Reynolds. 
Outro fator que interfere a circulação é a complacência dos vasos sanguíneos, tem 
haver com a distencibilidade do vaso ou a sua capacitância, que representa o volume de 
sangue contido em um vaso em uma determinada pressão. Descreve as alterações do volume 
do vaso conforme for a mudança de pressão. As veias são vasos que comportam uma menor 
pressão, por outro lado o volume de sangue que elas comportam é maior, por isso que se diz 
que as veias tem maior capacitância. As artérias normais tendem a suportar sangue com maior 
pressão, mais o volume é menor, tem menor capacitância. E a medida que a artéria envelhece, 
perde ainda mais a capacitância porque vai ficando ainda mais enrijecida. Na aterosclerose se 
não for tratado, evolui para um quadro de arteriosclerose que é ao invés de ficar o problema 
só na túnica intima, ele vai para túnica média e vai alterando a composição da túnica média, 
que é uma composição mais rica em fibras elástica virando fibras colágenas levando o 
enrijecimento naquela área, então a artéria naquela área fica arterosada, enrijecida. A 
resistência é a dificuldade que se encontra ao passar pelo vaso, essa resistência pode ser 
definida como resistência periférica total considerando todos os vasos, ou a resistência 
periférica considerando um só órgão. Como que o sangue vai fluir em um determinado vaso? 
É determinada pelo vaso, num artéria normal a resistência tem que ser baixa, porque se estiver 
uma resistência alta o sangue não vai fluir. 
 O que vai influenciar o controlesanguíneo pelos vasos? Essa mudança na distribuição 
de sangue vai depender de mecanismos de alterações de diâmetro de vasos que acontecem por 
conta da vasodilatação e vasoconstrição. Os principais controladores são os metabolitos 
locais, mediadores locais, algumas citosinas, hormônios e nervos autonômicos. São esses 
elementos que vão controlar o vasomotor, a perfusão tecidual e a resistência periférica total. A 
célula vai precisar de oxigênio, o oxigênio vai ser distribuído a partir do fluxo sanguíneo e 
também é necessário que aja remoção dos metabolitos que são produzidos a nível celular. 
Quando a taxa de oxigenação fica mais baixa que o normal, pra ser revertida tem que ocorrer 
a vasodilatação; ou quando esta alta vai ocorrer uma vasoconstrição. Normalmente as áreas 
que estão com uma maior atividade metabólica, vão sofrer uma vasodilatação; e as áreas que 
estão com uma menor atividade metabólica vão sofrer uma vasoconstrição. 
No ciclo cardíaco há diferenças de pressão, durante a sístole a pressão sobe e durante a 
diástole a pressão diminui. Durante a diástole o volume vai aumentando e durante a sístole o 
volume vai diminuindo. Normalmente se recomenda tratar as fases do ciclo considerando a 
atividade no final da diástole. Ao final da diástole, ambos os conjuntos de câmaras 
ventriculares estão relaxado e os ventrículos vão encher de sangue, esse sangue vai chegando 
pelas veias tanto a cava como as ventriculares e vão enchendo os átrios. As válvulas vão 
permanecer abertas para que o sangue possa fluir para dentro e vai ocorrer a fase inicial de 
enchimento ventricular. Em seguida, os átrios pelo fato deles estarem fazendo diástole 
também vão fazer a sístole, e o volume adicional de sangue vai ser ejetado do átrio para o 
ventrículo. Após a sístole atrial, esse enchimento adicional de sangue nos ventrículos vai 
forçar o fechamento de todas as válvulas, tanto as válvulas atrioventriculares (tricúspide e 
bicúspide), tanto as semilunares, nesse momento são chamadas de contração isovolumétrica, é 
a primeira fase de contração ventricular que vai empurrar as válvulas atrioventriculares para 
fazer com que essas válvulas se fechem, mas não tem ainda a pressão suficiente para abrir as 
outras válvulas semilunares. Existe um aumento de pressão, mas não há mais mudança de 
volume, porque não vai nem entrar mais sangue e nem sair, por isso que é isovolumétrica 
(volume igual). Só que o coração vai estar com as fibras relaxadas (diástole) logo vai 
acontecer o estiramento das fibras acontecendo à contração (sístole). Uma sístole vai fazer 
com que a massa ventricular se contraia e vai pressionar esse sangue criando uma pressão 
fazendo com que o sangue tenha que sair das cavidades ventriculares, vai ocorrer a ejeção 
ventricular. A pressão que a contração das massas vai produzir tem que ser suficiente para 
abrir as válvulas semilunares e essa pressão vai exceder a pressão das artérias, as válvulas 
semilunares vão se abrir e o sangue vai começar a ser ejetado para a artéria aorta e artéria 
pulmonar. Depois dessa fase de ejeção ventricular, terminando a sístole ventricular, vai 
começar de novo a fazer o relaxamento ventricular isovolumétrico, os ventrículos vão relaxar, 
a pressão dentro do ventrículo vai cair, porque o sangue já foi ejetado, vai haver um volume 
residual (volume sistólico final), e as válvulas bicúspide e semilunar vai ficar fechadas por 
que a válvula semilunar abriu e vai haver uma pressão para as artérias e as válvulas 
semilunares vão se fechar. 
 As alterações mecânicas vão ser representadas por uma alça chamada alça de pressão-
volume do ciclo cardíaco. No primeiro eixo vai representar o volume ventricular e no outro 
eixo vai mostrar a pressão exercida pelo sangue. No inicio do processo, na diástole ventricular 
tem um volume baixo, o volume vai aumentando e depois o ventrículo vai começar a fazer 
sístole, vai começar a aumentar a pressão, aumenta tanto à pressão que vai diminuindo o 
volume. Por que faz tanta pressão que o sangue começa a sair. No final da sístole a pressão e 
o volume caem e começam um novo ciclo. 
 As etapas começam por sístole atrial, os átrios vão recebendo o sangue a partir das 
veias deixando o sangue passarem passivamente, os átrios se contraem e começa o 
enchimento ventricular que é o chamado de 4ª bulha cardíaca. Na sequencia, vindo o sangue 
dos átrios para os ventrículos, vai ocorrer a contração ventricular isovolumétrica, os 
ventrículos vão recebendo o sangue proveniente dos átrios e vão manter o volume ventricular 
constante, as válvulas vão estar fechadas tanto as atrioventriculares e as semilunares. O 
volume de dentro do ventrículo fica igual, surgindo então a primeira bulha cardíaca 
decorrente do fechamento das válvulas atrioventriculares, especialmente da válvula mitral. 
Ocorre a contração ventricular isovolumétrica, os 4 conjuntos de válvulas vão estar fechados 
vai ocorrer um aumento da pressão que vai exceder a pressão dos átrios, isso que faz a válvula 
atrioventricular fechar no final da sístole atrial; não havendo mudança de volume mas sim o 
aumento da pressão. Começam haver a contração, as fibras começam a se contrair. E começa 
a ter a ejeção ventricular rápida, o ventrículo se contrai, a pressão ventricular vai aumentar e 
atingir um valor máximo. Os ventrículos vão ejetar sangue nas artérias, diminuindo o volume 
ventricular, e a pressão aórtica vai aumentar e atingir um valor máximo. Na fase 4, a ejeção 
ventricular reduzida, os ventrículos vão ejetar sangue para as artérias porque o volume de 
sangue nessa fase é menor devido uma boa parte do sangue já ter passado para a artéria. A 
velocidade vai ser mais lenta, o volume ventricular vai atingir valores mínimos e a pressão 
aórtica começa a cair, porque não tem mais tanto sangue para ventrículo ejetar. Na fase 
seguinte vem o relaxamento ventricular isovolumétrico, os ventrículos relaxam, fazendo a 
diástole, a pressão intraventricular vai diminuir a valores menores da pressão das artérias, as 
válvulas semilunares vão se fechar porque o sangue já passou, e volta a posição normal. O 
mesmo volume que está nas câmaras ventriculares vai continuar o mesmo, porque nesse 
momento não sai mais sangue para artérias e também não esta vindo mais sangue dos átrios. 
O fechamento da válvula aórtica origina a chamada 2ª bulha cardíaco, que são os sons 
produzidos pela abertura e fechamento dessas válvulas. Depois vem a fase de enchimento 
ventricular rápido, os ventrículos relaxam, ocorre a abertura das válvulas atrioventriculares, o 
sangue vai proveniente dos átrios vai começar a encher passivamente os ventrículos, o volume 
dos ventrículos vai aumentar porem o volume ainda é baixo porque a musculatura esta em 
fase de relaxamento para receber um novo volume de sangue. A próxima fase seria os átrios 
que vão se contrair, as válvulas vão se fechar, e vai passar para a fase de contração 
ventricular. Por isso é um ciclo. 
 As bulhas são os sons produzidos pelas alterações da passagem do sangue e que vai 
ser permitido pela abertura e fechamento das válvulas. A bulha 1 é corrente do fechamento 
das válvulas atrioventriculares, que marca o inicio da sístole. A bulha 2 é o fechamento da 
válvulas semilunares, que marca inicio da diástole. A bulha 3 é a abertura da válvula mitral 
que esse som é produzido pelo impacto de sangue na parede ventricular a medida que o 
sangue está entrando do átrio para o ventrículo, durante a fase de diástole. E a bulha 4 
coincide com a contração atrial, porem não é audível em pessoas saudáveis, produzida pelo 
impacto de sangue na parede ventricular durante a sístole do átrio. 
 A relação de Frank-Starling é conhecida também como a lei do coração. Que 
representa aquantidade de sangue que o coração vai bombear a cada minuto, ou o trabalho 
que o coração vai desenvolver. O volume de sangue ejetado pelo ventrículo vai depender do 
volume presente no ventrículo ao final da diástole. Se o retorno venoso é pequeno significa 
que vai ter um volume diastólico final menor, e o volume de ejeção também vai ser menor. 
Por isso que é importante para a circulação o retorno venoso, que é esse sangue que esta 
voltando para o coração pelas veias que é proporcional ao que é ejetado. Se houver aumento 
da contratilidade, uma substancia que tem efeito ionotrópico positivo, vai interferir no debito 
cardíaco, no sistema nervoso é simpático que faz o efeito positivo interferindo no debito 
cardíaco. 
 O debito cardíaco representa o produto do volume sistólico vezes a frequência 
cardíaca. O volume sistólico é o resultado do volume diastólico final menos o volume 
sistólico final. 
 E a pressão arterial média é media da pressão durante um ciclo cardíaco completo. 
Pressão arterial media é a pressão diastólica mais um terço da pressão de pulso (pressão 
arterial sistólica menos a pressão arterial diastólica). 
Simulação: 120 para a sistólica e 80 para a diastólica. 
PAM= PAD + 1/3 pressão de pulso (PAS-PAD) 
PAM= 80 + 1/3 pressão de pulso (120-80) 
PAM= 80 + 1/3 de 40 (13) 
PAM= 80 + 13 = 93 Pressão Arterial Média 
 
 O volume sistólico representa o volume de sangue que é ejetado por um ventrículo a 
cada contração. É a diferença entre o volume diastólico final (que seria quanto de sangue vai 
ter no ventrículo no final da diástole), e o que saiu é o volume sistólico. 
 A pré-carga corresponde ao volume ventricular esquerdo ao final da diástole. Esse 
volume vai depender do comprimento da fibra ao final da diástole, ou seja, quanto ela teve a 
capacidade de relaxar para comportar um volume de sangue. A pós-carga é a pressão que o 
sangue vai exercer após da sístole ventricular na artéria aorta, essa pressão vai depender do 
volume sistólico. Dependendo do volume de sangue retorno venoso, vai o volume diastólico, 
vai influenciar na pré-carga. Essa pré-carga vai ter influência na pós-carga, se começar a 
diminuir a pós-carga, ira ter uma resposta compensatória, vai ter que haver mecanismos que 
acione o coração a abater mais rápido. Em geral, se o coração tiver que bater mais rápido, 
significa que a entrega o oxigênio nos tecidos não esta eficiente, por isso que o coração tem 
que fazer mais ciclo com mais frequência para distribuir o mesmo volume que as células 
necessitam. 
 Fatores que influenciam o volume diastólico final e o volume sistólico final. Conforme 
for o volume de sangue que chega teremos uma proporcionalidade no volume de ejeção e a 
pressão venosa que determina o volume diastólico final é conhecida como pressão venosa 
central porque é a pressão que coração exerce nas paredes das veias. 
 O efeito da atividade simpática vai aumentar a contratilidade, que pode ser aumentada 
com o estiramento do ventrículo. Puncionando mais sangue, comportando um volume maior, 
podendo gera uma volume maior também. 
O debito cardíaco é o produto do volume sistólico multiplicado pela frequência 
cardíaca. O volume sistólico corresponde ao volume de sangue que é ejetado para o sistema 
arterial a cada sístole ventricular; esse volume depende do retorno venoso e frequência 
cardíaca corresponde o numero de vezes que o coração vai realizar o ciclo a cada batimento. 
Esse débito cardíaco representa o trabalho que o coração tem que desempenhar durante um 
determinado período, geralmente estabelecido por minuto. O debito cardíaco é de 5mil ml, 
considerando que se uma frequência de 70 batimentos por minuto e o volume sistólico de 70 
ml. 70x70=4900 ml. O coração tem que bombear esses 4900 ml a cada minuto. 
A média da pressão arterial é registrada durante um ciclo cardíaco completo, 
corresponde a pressão arterial diastólica mais um terço da pressão de pulso que é pressão 
arterial sistólica menos a pressão arterial diastólica. A pressão arterial media de uma pessoa 
que tem a pressão de 120/80 é de 93 mmHg. É determinado pelo volume sanguíneo que é 
determinado pelo volume de liquido que a pessoa ingere e também pela quantidade de 
líquidos que a pessoa perde. Essa ingestão de líquidos vai depender do que a pessoa comeu, 
em uma dieta hipersódica automaticamente essa pessoa irá ter uma necessidade de ingerir 
água (mecanismo de sede – resposta neural hipotalâmica). Dependendo da quantidade de 
liquido que a pessoa ingere e a quantidade que perde, tem influencia na pressão arterial media. 
A pressão arterial media é determinada pela eficiência do coração como uma bomba, ou seja, 
depende do sebito cardíaco, que por sua vez o debito cardíaco é determinado pela frequência e 
pelo volume sistólico. A pressão arterial media é determinada também pela resistência ao 
fluxo sanguíneo, que é influenciado pelo diâmetro das arteríolas devidas terem os esfíncteres 
pré-capilares. Determinada também pela distribuição relativa de sangue dos vasos sanguíneos 
arteriais e venosas, que é influenciado pelo diâmetro das veias. 
Que tipo de resposta o organismo pode dar em relação a alterações na pressão arterial? 
Se houver um aumento no volume sanguíneo alem dos valores normais, isso vai levar ao 
aumento da pressão sanguínea. O aumento da pressão pode desencadear dois tipos de 
respostas: resposta rápida e a lenta. A resposta rápida corresponde a uma compensação do 
sistema circulatório que vai ser mediada pelo sistema nervoso e produz como resposta uma 
vasodilatação e uma diminuição do debito cardíaco com a finalidade de diminuir a pressão 
arterial, essa resposta ocorre quando o volume de sangue está alto. E a resposta lenta é 
envolve um controle hormonal, uma compensação renal fazendo com que haja uma maior 
quantidade de excreção de líquidos na urina, o que leva uma diminuição do volume sanguíneo 
fazendo com que a pressão sanguínea retorne a valores normais de repouso. Essas vias que 
vão controlar a pressão arterial são de duas origens: as vias neurais e as vias hormonais. A via 
neural corresponde ao reflexo barorreceptor (baro=barômetro), esse reflexo vai restaurar a 
pressão arterial rapidamente, em poucos segundos, envolve respostas neurais. A via hormonal, 
resposta lenta, envolve o efeito de hormônios que vão agir sobre as células mediadas pela 
circulação, por isso que vai demorar um pouco mais para acontecer essa resposta, e o sistema 
responsável por esse controle é o sistema renina angiostensina aldosterona. 
Os centros cardiovasculares estão localizados no tronco encefálico, faz parte ponte, 
bulbo e mesencéfalo. Na parte superior do bulbo e na parte inferior da ponte existe uma área 
chamada C1 ou centro vasoconstritor, essa área de C1 é onde estão localizados neurônios 
eferentes simpáticos, que partem do sistema nervoso para o corpo produzindo vasoconstrição 
nas arteríolas e nas vênulas controlando o diâmetro dos vasos. Existe ainda um centro 
cardioacelerador na mesma região onde estão localizados corpos celulares de neurônios 
eferentes simpáticos, mas que tem a sua terminação nervosa que vai ate o nodo sinoatrial e o 
nodo atrioventricular e tende aumentar a frequência cardíaca e também tem fibras que 
inervam atrioventriculares, aumentando a contratilidade, que são os efeitos ionotrópicos 
positivos e os negativos. E ainda tem um centro chamado cardiodesacelerador, que também se 
localiza no bulbo e na ponte, existem fibras eferentes parassimpáticas, que diminui a atividade 
do coração. 
Quando acontece uma mudança na pressão arterial vai existir uma estimulação da 
pressão arterial tanto pra mais quanto pra menos, existe um receptor sensorial barorreceptores 
que vai estarlocalizados em dois pontos específicos: no arco aórtico (barorreceptores 
aórticos) e no seio carotídeo (barorreceptores carotídeos). Quando ocorre uma alteração na 
pressão os barorreceptores percebem fazendo uma leitura conforme tiver acontecendo 
alteração no diâmetro, levando a informação via aferente para o centro integrador (localizado 
no bulbo e ponte), e a partir desse controle nervoso irá produz uma resposta. Se a pressão 
estiver baixa, o centro cardioacelerador vai ser acionado; se a pressão estiver alta, o centro 
cardiodesacelerador vai ser acionado. Se for ter que diminuir a pressão vai ter um efeito 
parassimpático, se for para aumentar um efeito simpático.

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