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MECÂNICA GERAL - 2ª Parte Assunto: Estática dos Pontos Materiais 2.1 . Introdução Nesta 2ª parte estudaremos o efeito de forças que atuam em pontos materiais. O objetivo é mostrar como adicionar forças e decompô-las em componentes usando a Lei do Paralelogramo. Expressar a força e sua posição na forma de um vetor cartesiano e explicar como determinar a intensidade e a direção do vetor. FORÇAS NO PLANO 2.2. Força sobre um Ponto Material Uma força representada a ação de um corpo sobre o outro. Ela pode ser caracterizada por seu ponto de aplicação, sua intensidade, sua direção e sentido. Um vetor é representado graficamente por uma seta. O comprimento da seta representa intensidade do vetor, e o ângulo entre o vetor e um eixo fixo determina a direção de sua linha de ação. A ponta da seta indica o sentido da direção do vetor (figura abaixo). As quantidades vetoriais são representadas por letras em negrito, como A, e sua intensidade aparece em itálico, como A. Para manuscritos, em geral, é conveniente indicar uma quantidade vetorial simplesmente desenhando uma seta acima dela, como Resultantes de Forças: São somados de acordo com a Lei do Paralelogramo. Exemplo: Duas forças A (3 N) e B (4 N) perpendiculares tem resultante igual a 5 N e não 7 N. 2.2.1 Vetores Os vetores são definidos como entes matemáticos que possuem intensidade, direção e sentido e que se somam de acordo com a lei do paralelogramo. Onde, dois vetores de mesma intensidade, direção e sentido são ditos iguais, quer tenham ou não o mesmo ponto de aplicação (vetores livres). E também, podem ser identificados pela mesma letra. Vetores de mesma intensidade. O vetor oposto de um dado vetor P é definido como sendo um vetor que tem a mesma intensidade e direção e sentido oposto ao de P. P + ( - P) = 0 2.3. Operações Vetoriais 2.3.1. Adição de vetores Os vetores podem ser somados pela lei do paralelogramo ou pela regra do triangulo. Podemos concluir também que a adição de dois vetores é comutativa, e notamos: P + Q = Q + P 2.3.2. Subtração de vetores Subtrair um vetor é somar o correspondente vetor oposto. P - Q = P + ( - Q) 2.3.3 Soma de 3 ou mais vetores Caso os vetores sejam coplanares (contidos no mesmo plano), é preferível aplicar a Regra do Triângulo à Lei do Paralelogramo. P + Q + S = (P + Q) + S = P + (Q + S) 2.3.4 Produto escalar de um vetor P + P = 2P P + P + P = 3P Soma de n vezes o vetor P = nP Produto escalar: Produto de um escalar k (positivo ou negativo) por um vetor P = kP. -Tem a mesma direção; -Tem o mesmo sentido, se k for positivo; sentido oposto se k for negativo; -Intensidade é igual ao produto da intensidade de P pelo valor k. 2.3.5 Resultante de várias forças concorrentes Forças concorrentes é um conjunto de forças coplanares que atuam sobre o mesmo ponto. 2.3.6 Decomposição de uma força em componentes Da mesma forma que as forças atuantes em um ponto material podem ser substituídas por uma única força F, uma força F pode ser substituída por 2 ou mais forças que, juntas, tem o mesmo efeito sobre o ponto material. Essas forças são chamadas de componentes da força original F. O processo de substituição é chamado de decomposição da força F em componentes. Exercícios Resolvidos: 1. As forças P e Q agem sobre um parafuso A. Determinar a sua resultante. SOLUÇÃO: Pela trigonometria podemos aplicar a regra do triangulo; dois lados e o ângulo por eles formados são conhecidos. Aplicamos a lei dos co-senos. R² = P² + Q² 2.P.Q. cos B R² = (40N)² + (60N)² 2.(40N).(60N).cos155° R = 97,7 N E, aplicando a lei dos senos: 60 N = 97,7 N sen A sen 155° sen A = (60N) sen 155° 97,7N A = 15° = A + 20° = 35° R = 97,7N 35° 2. 2. Uma barcaça é puxada por 2 rebocadores. Se a resultante das forças exercidas pelos rebocadores é de 5kN e tem a direção do eixo da barcaça, determine: a) a tração em cada corda, sabendo-se que =450 b) o valor de para que a tração na corda 2 seja mínima. Solução: a) b) Para que T2 seja mínimo, T1 e T2 devem ser ortogonais, isto é, devem formar um ângulo de 90°. RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 2.3.7 Componentes cartesianas de uma força Em muitos problemas é desejável a decomposição da força F em componentes perpendiculares entre si. Paralelogramo desenhado para obtenção das componentes é um retângulo. Fx e Fy são denominadas componentes cartesianas. Eixos x e y Perpendiculares Geralmente nas direções horizontal e vertical Podem ser inclinados Ângulo medido a partir de Fx até a força F no sentido anti-horário Podemos definir dois vetores de intensidade igual a 1, orientados segundo os eixos x e y: Vetor i: na direção do eixo x Vetor j: na direção do eixo y Decomposição de F Fx = Fx i Fy = Fy j F = Fx i + Fy j onde: Fx e Fy: componentes vetoriais de F Fx e Fy: componentes escalares de F (intensidade dos vetores Fx e Fy) Relação entre F, Fx, Fy e Fx = F cos Fy = F sen Exemplos: Exemplo 1: Uma força de 800 N é exercida sobre um parafuso A. Determine as componentes horizontal e vertical da força F. Fx = - F cos = - 800.cos35º Fx = - 655 N Fy = + F sen = - 800.sen35° Fy = + 459 N As componentes vetoriais de F são: Fx = - (655 N)i Fy = + (459 N)j F = (655 N)i + (459 N)j Exemplo 2: Um homem puxa, com uma força de 300 N, uma corda fixada a uma construção. Quais as componentes horizontal e vertical da força exercida pela corda no ponto A? tg = (6/8) .: = 36,87° Fx = +(300)cos = 240 N Fy = -(300)sen = -180 N As componentes vetoriais de F são: F = (240 N) i (180N) j Exemplo 3: A força F=(3,5kN)i + (7,5kN)j é aplicada a um parafuso A. Determine a intensidade da força e o ângulo que ela forma com a horizontal. tg = (Fy / Fx) = (7,5 / 3,5) = 65° F2 = Fy2 + Fx2 = 7,52 + 3,52 F = 8,28 kN 2.3.8 Adição de forças pela soma das componentes Soma de 2 forças Lei do paralelogramo ou regra do triângulo Soma de mais de 2 forças Solução analítica pode ser obtida pela decomposição de cada uma das forças em suas componentes cartesianas Ex: 3 forças P, Q e S R = P + Q + S P = Pxi + Pyj Q = Qxi + Qyj S = Sxi + Syj R = Pxi + Pyj + Qxi + Qyj + Sxi + Syj R = (Px+ Qx + Sx)i + (Py + Qy + Sy)j Rx = Px+ Qx + Sx e Ry = Py+ Qy + Sy ou Rx = Fx e Ry = Fy Exemplo: Quatro forças atuam no parafuso A. Determine a resultante das forças que agem no parafuso. 2.3.9 Equilíbrio de um ponto material Quando a resultante de todas as forças que atuam sobre um ponto material é zero, este ponto está em equilíbrio. F = 0 (Fxi + Fyj) = 0 ( Fx)i + ( Fy)j = 0 Então: Fx = 0 e Fy = 0 Primeira Lei de Newton Se a força resultante que atua sobre um ponto material tem intensidade igual à zero, esse ponto permanece em repouso ou se move em movimento retilíneo uniforme. Diagrama do Corpo Livre Resolução de problemas da vida real reduzindo-se o problema do equilíbrio do ponto material, esquematizando-se em um diagrama separado todas as forças que sobre ele são exercidas. Exemplo: Tem-se um caixote de 75kg sendo colocado sobre um caminhão. O caixote é suportado por um cabo vertical, unido no ponto A as duas cordas fixadas nos prédios em B e C. Deseja-se determinar a tração nas 2 cordas AB e AC. FORÇAS NO ESPAÇO 2.4. Componentescartesianas de uma força no espaço Uma força no espaço pode ser decomposta em componentes cartesianas Fx, Fy e Fz. Representando por x, y e z, respectivamente, os ângulos que F forma com os eixos x, y e z, temos: Cossenos diretores: Vetores unitários: 2.5. Força definida por seu modulo e dois pontos de sua linha de ação. 2.6. Adição de forças concorrentes no espaço 2.7. Equilíbrio de um ponto material no espaço Quando um ponto material está em equilíbrio no espaço tridimensional utilizam-se as três equações de equilíbrio. Fx = 0 Fy = 0 Fz = 0 Exemplo: Sabendo que a tração exercida no cabo AB é de 2100N, determine as componentes cartesianas no espaço. Lista de Exercícios This document was created with Win2PDF available at http://www.daneprairie.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.
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