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Aula08-Composicao-do-Orcamento

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04/03/2013
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Introdução à Engenharia Civil
COMPOSIÇÃO DO 
ORÇAMENTO
Prof. MSc. Robson Donizeth G. Costa
Aulas cedidas pelo Prof. MSc. Gustavo Antonio 
Carneiro
COMPOSIÇÃO DE CUSTO 
UNITÁRIO
• Composição de custos: processo de estabelecimento dos custos
incorridos para a execução de um serviço ou atividade.
• Composição de custo unitário: conjunto de insumos, com
respectivas quantidades e preços unitários, necessários para a execução
de cada unidade de um determinado serviço ou atividade.
• Insumo: cada um dos itens de material, mão-de-obra e equipamento
que entram no cômputo da composição de custos de um serviço.
• Unidade: unidade de medida dos insumos (pode ser kg, m², m³, un.,
hora,etc.).
• Quantidade: quantidade empregada de cada insumo na execução de
uma unidade do serviço.
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COMPOSIÇÃO DE CUSTO 
UNITÁRIO
• Preço Unitário: custo de aquisição de uma unidade do insumo,
conforme cotação mais recente.
• Preço Total: custo total de determinado insumo na composição de
custo de uma unidade do serviço.
• Apropriação: processo de obtenção dos índices reais de consumos de
material e de produtividade de mão-de-obra de uma empresa.
• Cotação: levantamento dos preços unitários dos insumos, para o local
e data de execução dos serviços, a partir de pesquisas de mercado e
consulta a fornecedores.
O consumo de material necessário para um serviço pode ser
matematicamente levantado a partir de especificações técnicas e com o
estabelecimento de índices de perdas.
O estabelecimento da produtividade da mão-de-obra é um processo
empírico e depende de uma série de fatores, tais como experiência, grau
de conhecimento do serviço, supervisão, motivação, etc.
O consumo de materiais e a produtividade devem ser continuamente
aferidos em campo, e informados ao setor de orçamento, para fins de
atualização das composições de custo unitário.
COMPOSIÇÃO DE CUSTO 
UNITÁRIO
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Diante da inexistência de valores de produtividade ou de consumo de
materiais, podem ser consultados índices apresentados em fontes de
literatura especializada.
Um boa referência é a tradicional publicação “Tabelas de Composições
de Preços para Orçamentos – TCPO”, da Editora PINI. As
composições integrantes do TCPO não são propriamente composições de
custos unitários, pois faltam as colunas de custo, mas apresentam as
quantidades médias de cada insumo para cada unidade de atividade ou
serviço.
Outras fontes são composições sugeridas por fabricantes, revistas técnicas
e livros especializados.
Cada organização, no entanto, deve buscar fazer suas apropriações com
base no que efetivamente está sendo executado nos seus canteiros de
obra.
COMPOSIÇÃO DE CUSTO 
UNITÁRIO
Para o empregador, o custo total real de um operário é a soma do salário-
base com todos os encargos sociais, trabalhistas e indenizatórios
estipulados pela legislação e pelas convenções do trabalho.
Considerando que uma obra pode chegar a ter mais de 50% do seu custo
composto por mão-de-obra, a estimativa correta dessa categoria de
custos e dos encargos sociais associados torna-se fator fundamental para
a precisão do orçamento.
Não há uma metodologia ou tabela única para a estimativa dos encargos
sociais.
Quanto mais detalhado e abrangente for o cálculo dos encargos sociais,
menor será o risco de se subestimar os gastos com mão-de-obra ao longo
da obra.
ENCARGOS SOCIAIS
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Os encargos sociais normalmente são divididos em 4 grupos:
- encargos sociais básicos (grupo A)
- encargos trabalhistas (grupo B)
- encargos trabalhistas e indenizatórios (grupo C)
- incidências cumulativas (grupo D)
ENCARGOS SOCIAIS
Para os operários, o custo ao empregador é computado com base na
quantidade de horas trabalhadas.
Nesse caso, os respectivos encargos sociais são denominados “encargos
dos horistas”.
Os encargos dos horistas geralmente são superiores a 100% do salário-
base do operário.
ENCARGOS SOCIAIS
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Para os funcionários integrantes das equipes técnicas, administrativa e de
suporte à obra, o custo ao empregador é computado com base na
remuneração mensal (ex.: engenheiro, mestre, encarregado, apontador,
almoxarife,etc.).
Nesse caso, os respectivos encargos são denominados “encargos dos
mensalistas”.
Os encargos sociais dos mensalistas são menores, pois o salário mensal
pactuado com o empregador já cobre o repouso semanal remunerado, as
faltas justificadas, o auxílio enfermidade e a licença paternidade.
Além disso, o aviso prévio apresenta menor incidência, pois os mensalistas
têm geralmente menor rotatividade na obra.
ENCARGOS SOCIAIS
Ao custo total direto de uma obra devem ser acrescidos os custos
indiretos, os custos acessórios, o lucro e os impostos.
A essas parcelas dá-se o nome de Bonificações e Despesas Indiretas -
B.D.I.
Em termos práticos, o B.D.I. é um percentual aplicado sobre o custo total
direto da obra, para se chegar ao preço final de venda.
BONIFICAÇÕES E DESPESAS 
INDIRETAS – B.D.I.
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Por depender da estimativa de custos indiretos e acessórios, que poderão
variar para cada situação, não há uma regra única para o cômputo do
B.D.I.
Em uma mesma empresa, obras diferentes podem ter percentuais
diferentes de B.D.I.
A fixação do B.D.I. em um percentual único para toda e qualquer obra
(25% por exemplo) não é tecnicamente correto, apesar de ser prática
comum na administração pública.
O B.D.I. deve ser orçado com critério, respeitando-se as particularidades
de cada projeto.
BONIFICAÇÕES E DESPESAS 
INDIRETAS – B.D.I.
Fórmula sugerida para o B.D.I.:
Onde:
B = Lucro (benefícios ou bonificações) em %
DI = Despesas indiretas em %
I = Impostos (tributos) em %
BONIFICAÇÕES E DESPESAS 
INDIRETAS – B.D.I.
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