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OSCILAÇÕES AMORTECIDAS SUBCRÍTICA, SUPERCRÍTICA E CRÍTICA William Felipe Nunes Diogo, william.felipe@outlook.com Universidade Feevale. Novo Hamburgo, Brasil. Resumo. O presente artigo busca trazer uma explicação e resolução, pelo método das diferenças finitas, aos três tipos de oscilações amortecidas (subcrítica, supercrítica e crítica). Procurando de forma objetiva e simples, esclarecer a partir de equações e gráficos, os três distintos tipos de oscilações. Onde o movimento depende apenas de uma força proporcional ao seu deslocamento naquele ponto, de sentido contrário, e da inércia do partícula, qual é determinada pela sua massa. Palavras-chaves: movimento amortecido, oscilação subcrítica, oscilação supercrítica, oscilação crítica Abstract. This article aims to bring an explanation and resolution by method of finite differences for the three kinds of damped oscillations (underdamping, overdamping and critical damping). Looking a objectively and simple form, clarify from equations and graphs, the three distinct kinds of oscillations. Such the movement depends only on a proportional force its displacement at that point and adverse direction , and the inertia of the particle, which is determined by its mass. Keywords: damped movement, underdamping, overdamping, critical damping. 1. INTRODUÇÃO Em física, são definidas como oscilações amortecidas, as ondas que atingem um máximo valor de amplitude e logo após decrescem rapidamente. A amplitude da oscilação sofre, de acordo com uma curva exponencial, uma redução, e sua frequência de movimento é constante. Desta maneira, essas oscilações podem ser classificadas como supercríticas, quando não há oscilação, subcríticas, quando há, e críticas, na interface entre esses dois estágios. Assim temos como movimento amortecido a suspensão de um carro, ou uma mola dorma, responsável por fazer com que uma porta feche suavemente e sem oscilar, por exemplo. Nas oscilações amortecidas, essa força de amortecimento não é conservativa, ela diminui com o tempo, pois sua energia mecânica não é constante, tendendo a zero com o passar do tempo. 2. OSCILADOR AMORTECIDO Como já mencionado, um oscilador amortecido depende da força de atrito e da inércia da partícula, força que está relacionada com sua massa m. Essa força de atrito é proporcional a velocidade. Assim temos que: dt dx bFa (1) Onde b é uma constante que depende de interação que produz o atrito. O sinal negativo indica que se opõe a velocidade, e é expresso em kg/s. De acordo com a segunda lei de Newton, um oscilador amortecido é sujeito a uma força restauradora e outra de atrito em função da velocidade. Então: dt dx bkx dt dx m ² ² (2) Onde x é o deslocamento do oscilador em relação a sua posição de equilíbrio. Igualando a equação à zero, temos que: 0 ² ² dt dx bkx dt dx m (2.1) Sabendo que ωo² = k/m γ = b/m Então temos: 0² ² ² xo dt dx dt dx (2.3) Mas de acordo com o método das diferenças finitas, podemos escrever a equação acima da seguinte maneira: h h i h oh ii 2 2 1 2 ²²24 1 (2.4) Para efeito desta força restauradora, tem-se uma oscilação da partícula em torno de sua posição de equilíbrio, fazendo com que ela se anule, e sendo caracterizada pela constante K. Este efeito causa uma diminuição do deslocamento em relação ao tempo, qual é caracterizado pela constante γ. De acordo com as equações acima, podemos considerar três casos: 1. A força de restauração é maior que a de atrito, então o oscilador terá seu movimento oscilatório. Contudo, a força de atrito diminui com o passar do tempo, a amplitude desse movimento descresse até a partícula repousar na sua posição de equilíbrio. Temos então, a oscilação subcrítica. 2. A força de atrito é maior que a de restauração, não há oscilação e a partícula vem a parar lentamente na sua posição de equilíbrio. Temos então, a oscilação supercrítica. 3. As duas forças são equivalentes e se anulam, ocorre então o caso de interface entre os dois primeiros citados. Temos então, a oscilação crítica. 2.1 Oscilação Subcrítica A oscilação subcrítica (underdamping) possui raízes e imaginárias. Satisfazendo a seguinte equação: 0²4² <o (3) É a condição em que o amortecimento de um oscilador faz com que ele retorne ao equilíbrio com a amplitude gradualmente decrescendo para zero. O sistema volta a posição de equilíbrio rapidamente, mas a ultrapassa e atravessa, uma ou mais vezes. Sistema de amortecimento onde há oscilação. Para fazer a simulação deste caso, adotou-se γ = 1 e ωo = 10. O resultado é mostrado no gráfico a seguir: Figura 1. Gráfico oscilação amortecida subcrítica -10 -5 0 5 10 15 0 20 40 60 80 100 120 140 160 2.2 Oscilação Supercrítica A oscilação supercrítica (overdamping) possui raízes reais e distintas. Satisfazendo a seguinte equação: 0²4² >o (4) Analisando fisicamente, quando o amortecimento é grande, a força de atrito é tão grande que o sistema não pode oscilar. É a condição em que o amortecimento de um oscilador a faz voltar ao equilíbrio suavemente. Podemos tomar como exemplo a mola dorma, que fica presa no topo de algumas portas, e tem a função de controlar a velocidade com que a porta fecha, sem oscilar. Para fazer a simulação deste caso, adotou-se γ = 10 e ωo = 1. O resultado é mostrado no gráfico a seguir: Figura 2. Gráfico oscilação amortecida supercrítica 2.3 Oscilação Crítica A oscilação crítica (critical damping) possui raízes iguais e reais. Satisfazendo a seguinte equação: 0²4² o (5) Com isso, a massa apenas volta a posição de retorno, com um resultado exponencial. A amplitude diminui rapidamente. É a condição em que o amortecimento de um oscilador faz com que ele volte instantaneamente para a sua posição de equilíbrio, sem oscilar. Assim como na oscilação supercrítica, não há oscilação. Para fazer a simulação deste caso, adotou-se γ = 4 e ωo = 2. O resultado é mostrado no gráfico a seguir: Figura 3. Gráfico oscilação amortecida crítica 8,6 8,8 9 9,2 9,4 9,6 9,8 10 10,2 0 20 40 60 80 100 120 140 160 0 2 4 6 8 10 12 0 20 40 60 80 100 120 140 160 3. REFERÊNCIAS College Physics. OpenStax College - The Saylor Foundation, 2012, p.580. Google Books. Disponível em http://books.google.com.br/books?id=pYpPAgAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt- BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false. Acessado em 7 de junho, 2014. Under, Over And Critical Damping. OCW MIT. Massachusetts Institute Of Technology (MIT). Disponível em http://ocw.mit.edu/courses/mathematics/18-03sc-differential-equations-fall-2011/unit-ii-second-order-constant- coefficient-linear-equations/damped-harmonic-oscillators/MIT18_03SCF11_s13_2text.pdf. Acessado em 7 de junho, 2014. DUNN, D. J. Freestudy. Solid Mechanics Dynamics - Tutorial - Damped Vibrations. Disponível em http://www.freestudy.co.uk/dynamics/damped%20vibrations.pdf. Acessado em 7 de junho, 2014. Oscilador Harmônico Amortecido. UFMG - Universidade Federal de Minais Gerais. Disponível em http://www13.fisica.ufmg.br/~wag/transf/FMECDIST/U15_A44_Oscilacoes_Amortecimento.pdf . Acessado em 7 de junho, 2014.
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