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Keynes e a Teoria Econômica Clássica Introdução Características gerais da análise clássica Oferta agregada clássica Função de produção agregada Demanda de trabalho Oferta de trabalho Equilíbrio no mercado de trabalho Disciplina: Macroeconomia I 1 1 Introdução Desenvolvimento da teoria econômica antes de 1930: Economistas clássicos: Adam Smith (A Riqueza das Nações, 1776), David Ricardo (Princípios de Economia Política, 1817), e John Stuart Mill (Princípios da Economia Política, 1848). Neoclássicos: Alfred Marshall (Princípios da Economia, 1920) e Arthur Cecil Pigou (A Teoria do Desemprego, 1933). Disciplina: Macroeconomia I 2 Introdução Para os economistas clássicos o nível de renda normal, ou de equilíbrio, em qualquer instante do tempo, era o de pleno emprego. Equilíbrio: estado no qual todas as forças agindo sobre uma variável estão balanceadas e não há nenhuma tendência para que essa determinada variável mova-se desse ponto. Objetivo da economia clássica: examinar os fatores que determinavam o nível de produção com pleno emprego e sua inter-relação com variáveis agregadas importantes, como o emprego, os preços, os salários e as taxas de juros. Disciplina: Macroeconomia I 3 Características gerais da análise clássica Ênfase em fatores reais (determinam variáveis reais, como a produção e o emprego). A moeda teria na economia somente a função de meio de troca. Tendências de auto-regulação das economias. Certeza da eficácia do mecanismo de livre mercado. As políticas do governo prejudicam a adequação da demanda à produção. Disciplina: Macroeconomia I 4 Características gerais da análise clássica Suposições: Completa flexibilidade de preços e salários (igualam-se a oferta e a procura de mão-de-obra); Neutralidade da moeda (as variáveis reais, bem como os preços relativos, não são afetadas pela política monetária); Lei de Say: “a oferta cria a sua própria demanda” (a demanda agregada não é um fator determinante do nível do produto). Disciplina: Macroeconomia I 5 Oferta Agregada Clássica A oferta agregada corresponde ao total de produto que as empresas e as famílias estão dispostas a oferecer em um determinado período de tempo, a um determinado padrão de preços. - as empresas são tomadoras de preços; - agrega-se o nível de produção de cada empresa individual para obter o produto agregado da economia como um todo. Disciplina: Macroeconomia I 6 Função de produção agregada A função de produção, baseada na tecnologia das firmas individuais, é uma relação entre os níveis da produção e os níveis de insumos. Y = F (K, N, T) Onde: Y = produto; K = estoque de capital utilizado; N = quantidade de trabalho (horas-trabalho) utilizada; e T = nível tecnológico. Disciplina: Macroeconomia I 7 Função de produção agregada 1. Mostra o máximo de produto que pode ser obtido para uma dada combinação de capital e trabalho, com uma dada tecnologia. Hipóteses: A produção responde positivamente a alterações em qualquer uma das variáveis que a determina. A função de produção apresenta retornos constante de escala. zY = F (zK, zN). 2. A produtividade marginal de cada um dos fatores de produção (incremento da produção decorrente do aumento de uma unidade do fator, tornando os demais como fixos) é decrescente. Isto é, aumentos marginais em apenas um dos fatores levarão a incrementos cada vez menores no produto. Disciplina: Macroeconomia I 8 Função de produção agregada Como o fator trabalho é o único fator de produção variável, temos um gráfico que mostra a variação no produto em função de uma variação do insumo trabalho → produtividade marginal do trabalho (PMgN). PMgN: aumento do produto total devido ao acréscimo de uma unidade de trabalho. Disciplina: Macroeconomia I 9 Y Função de produção agregada A produtividade marginal do trabalho é positiva, mas decrescente. A produção ou oferta agregada depende exclusivamente da quantidade de trabalho. O nível de emprego é determinado no mercado de trabalho, em que a demanda é realizada pelas empresas e a oferta pelos indivíduos. Disciplina: Macroeconomia I 10 Demanda de trabalho A demanda de trabalho é deduzida a partir do comportamento maximizador de lucro. Suposição: mercado em concorrência perfeita. O lucro das empresas corresponde à diferença entre suas receitas com a venda da produção e os custos para gerar o produto. Lucro = receita total – custo total Lucro = PY – (WN + RK) Onde: W = salário nominal por unidade de trabalho N; R = custo por unidade de capital K; P = preço do produto Y. Lucro = PF(N) – WN – RK Disciplina: Macroeconomia I 11 Demanda de trabalho As empresas não decidem nem sobre o preço (P) nem sobre o salário (W). A decisão da empresa se restringe a quanto contratar de mão-de-obra (N) e determinar quanto produzir, de modo a obter lucro máximo. Ou seja, deve-se maximizar a função lucro em relação a N. Maximizando a função lucro anterior, chegamos a: PFN – W = 0 ou FN = Onde FN é a derivada primeira de F(N). Disciplina: Macroeconomia I 12 Demanda de trabalho Ou seja, a maximização de lucro pela empresa implica que ela contrate trabalhadores até o ponto em que a produtividade marginal do trabalho PMgN ou FN iguale o salário real W/P. Como a produtividade marginal do trabalho é decrescente, para que a empresa utilize mais trabalho, o salário real deve diminuir acompanhando a redução da PMgN, ou seja, a quantidade demandada de trabalho (Nd) possui uma relação inversa com o salário real. Nd = Nd ( ) Disciplina: Macroeconomia I 13 Demanda de trabalho Disciplina: Macroeconomia I 14 W/ P O salário monetário para a empresa corresponde ao valor da produtividade marginal do trabalho (P x PMgN). Oferta de trabalho É realizada pelas famílias. A decisão de quanto trabalhar não será afetada pelo salário nominal percebido, mas pelo poder de compra recebido pelo trabalho (salário real). A decisão de quanto trabalhar corresponde à escolha de como alocar as horas do dia entre trabalho e lazer. Cada hora que o indivíduo dedica ao trabalho é uma hora a menos de lazer e vice-versa. A decisão de quanto trabalhar decorre da maximização de uma função de utilidade. O salário real é o custo de oportunidade do lazer. Disciplina: Macroeconomia I 15 Oferta de trabalho Alterações no salário real possuem dois efeitos sobre as decisões dos indivíduos: efeito substituição → um aumento do salário real diminui a procura por lazer e aumenta a oferta de trabalho. efeito renda → um aumento do salário real significa que os indivíduos estão mais ricos e logo demandarão mais produtos e mais lazer. O efeito substituição se sobrepõe e a curva de oferta de trabalho é positivamente inclinada em relação ao salário real. A curva de oferta de trabalho reflete a desutilidade marginal do trabalho. Ns = Ns ( ) Disciplina: Macroeconomia I 16 Oferta de trabalho Desutilidade marginal do trabalho: é qualquer motivo que induza um homem ou grupo de homens a recusar trabalho, em vez de aceitar um salário que para eles representa uma utilidade inferior a certo limite mínimo. Oferta de trabalho positivamente inclinada. Disciplina: Macroeconomia I 17 Equilíbrio no mercado de trabalho Ao determinarmos a demanda e oferta de trabalho, determinamos o nível de emprego e o salário real. Sempre que houver excesso de oferta de trabalho, haverá queda no salário real. Sempre que houver excesso de demanda, haverá aumentos do salário real. Assim, o mercado atinge um nível de salário real no qual a oferta de mão-de-obra se igual à demanda. Disciplina: Macroeconomia I 18 Equilíbrio no mercado de trabalho Quando o salário real estiver acima do nível de equilíbrio, haverá excesso de oferta de trabalho e desemprego. Quando o salário real estiver abaixo do nível de equilíbrio, haverá excesso de demanda de trabalho e superemprego. Disciplina: Macroeconomia I 19 Conclusão Considerando um mercado de trabalho em concorrência perfeita, este determinará o salário real e o nível de emprego de equilíbrio, onde todos que estejam dispostos a trabalhar neste nível salarial obterão emprego. Não existe desemprego involuntário na economia. Sendo o salário nominal, flexível não existe qualquer obstáculo para obtenção de pleno emprego. Disciplina: Macroeconomia I 20 Referências Disciplina: Introdução à Macroeconomia 21 LOPES & VASCONCELLOS (Cap.3) Y = F (N) A Produtividade Marginal do Trabalho corresponde à inclinação da reta tangente à função de produção em cada um de seus pontos. N Como PMgN é decrescente, para que haja mais contratações de trabalho, o salário real deve reduzir-se. N N d = PMgN W/ P N s N W/ P N s N W/ P E N d N E
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