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261304956-Anpec-Modelo-Classico

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Modelo Clássico
Ronaldo Nazaré
UFOP
14 de Setembro de 2014
Modelo Clássico
Leitura recomendada
LOPES, Luiz Martins; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de (Org.)
(2011). Manual de Macroeconomia: básico e intermediário. 3a ed. São Paulo:
Atlas. (capítulo 3)
As notas de aula foram retiradas do livro supracitado (quase sempre ipsis
litteris), mas não substituem a leitura do mesmo.
Modelo Clássico
Implicações do Modelo
Modelo Clássico. Vamos mostrar os seguintes resultados:
Completa flexibilidade de preços e salários.
As forças de mercado tendem a equilibrar a economia a pleno emprego (oferta de
mão de obra = procura de mão de obra)
Como preços e salários se ajustam para manter a economia a pleno emprego, a
quantidade de moeda afeta apenas o nível geral de preços.
As variáveis reais e os preços relativos da economia não são afetadas pela política
monetária.
É válida a chamada de Lei de Say: “a oferta cria sua própria demanda”.
Modelo Clássico
Oferta Agregada e Função de Produção
A oferta agregada corresponde ao total de produtos que as empresas e famílias
estão dispostas a oferecer em um determinado período de tempo, a um
determinado padrão de preços.
Com o uso da Contabilidade Nacional, a OA pode ser reduzida numa única
mercadoria: produto agregado.
Função de produção agregada: Y = F (K,N, T )
onde, Y é o produto agregado, K o estoque de capital utilizado, N é a quantidade de
trabalho (horas-trabalho) utilizada, e, T é o nível tecnológico. Todos os fatores de
produção são definidos num dado período de tempo, com uma dada tecnologia.
Hipóteses da Função de Produção Agregada:
O produto aumenta com a utilização de maiores quantidades de qualquer um dos
fatores de produção (capital e trabalho) e por melhorias tecnológicas. Ou seja, o
produto é não decrescente tanto com respeito ao capital quanto ao trabalho, e
também à tecnologia.
Retornos Constantes de Escala: zY = F (zK, zN). Se os fatores de produção
forem multiplicados por z, o produto Y também será multiplicado por z.
Retornos Marginais Decrescentes: aumentos marginais em apenas um dos fatores
levará a incrementos cada vez menores do produto.
Modelo Clássico
Função de Produção
Função de Produção de curto prazo, fundamentada em princípios microeconômicos no
qual todos os fatores de produção, exceto o trabalho, estão dados, assim como a
tecnologia.
A função de produção mostra o máximo de produto que pode ser obtido para uma
dada combinação de capital, trabalho e tecnologia.
Modelo Clássico
Demanda de trabalho
A demanda de trabalho é realizada pelas empresas.
Supondo concorrência perfeita: individualmente empresas e famílias não
conseguem afetar preços de produto e trabalho.
Lucro = ReceitaTotal − CustoTotal
Lucro = PY − (WN +RK), onde W é o salário nominal por unidade de trabalho
N , R é o custo total por unidade de capital K e P é o preço do produto Y .
Lucro = PF (N)−WN −RK
(∂Lucro/∂N) = 0→ PFN −W = 0 ou FN = (W/P )
Maximização de lucro pela empresa implica em PMgN (o mesmo que FN ) seja
igual a W/P .
Nd = Nd(W/P ): Demanda por mão de obra possui uma relação inversa com o
salário real
Modelo Clássico
Demanda de trabalho
PMgN é decrescente, então, para a firma utilizar mais trabalho o salário real
diminui acompanhando a redução da PMgN.
Demanda por mão de obra possui uma relação inversa com o salário real.
Aumentos no estoque de capital ou melhorias tecnológicas, por exemplo,
deslocarão a demanda de trabalho para a direita, significando que as empresas
estão dispostas a contratar as mesmas quantidades de trabalho a um salário real
mais elevado→ aumento de PMgN.
Modelo Clássico
Oferta de Trabalho
A oferta de trabalho é realizada pelas famílias.
Assim como as empresas, as famílias também se preocupam com o salário real
(não com o salário nominal), não são míopes, não sofrem de ilusão monetária.
Cada hora dedicada ao trabalho (que gera desutilidade), para ganhar mais salário
real (que gera utilidade com o consumo), menos horas de lazer estarão disponíveis
(também gera utilidade).
Decisão típica do consumidor: consumo e lazer.
Efeito Substituição: aumento de W/P faz com o que o lazer fique mais caro:
aumenta oferta de trabalho e reduz a procura por lazer.
Efeito Renda: aumento de W/P faz com que o indivíduo tenha mais recursos para
consumo e mais lazer.
Com o aumento de W/P o Efeito Substituição tende a aumentar a oferta de
trabalho; o Efeito Renda tende a diminuir a oferta de trabalho.
Por simplicidade vamos supor que o Efeito Substituição seja maior: a curva de
oferta de trabalho positivamente inclinada em relação a W/P .
Quanto maior W/P mais trabalho será oferecido.
Modelo Clássico
Oferta de Trabalho
Oferta de trabalho positivamente inclinada.
Pensamento clássico: curva de oferta de mão de obra reflete a chamada
Desutilidade Marginal do Trabalho: a perda de utilidade decorrente de dedicar mais
horas ao trabalho e menos horas ao lazer.
Ela mostra quanto deve ser o salário real para induzir o indivíduo a abrir mão do
lazer e trabalhar mais.
Hipótese: os indivíduos podem escolher o trabalho por quantas horas quiserem (na
realidade não é bem assim que ocorre).
Ns = Ns(W/P ).
Modelo Clássico
Equilíbrio no mercado de trabalho no modelo clássico
Lembre-se que o mercado de trabalho é do tipo concorrência perfeita (não existe
monopólio ou oligopólio) e os preços são flexíveis.
(W/P )′: desemprego; (W/P )′′: superemprego; (W/P ); Ne: equilíbrio no mercado
de trabalho.
Modelo Clássico: não existe desemprego involuntário na economia; a economia
opera a pleno emprego.
Completa flexibilidade de preços e salários.
Modelo Clássico
Oferta agregada no modelo clássico
Y s = Y s(W/P,K, T )
A oferta agregada clássica depende da tecnologia, do estoque de capital e das
condições do mercado de trabalho.
Todas as variáveis que afetam a oferta agregada são reais; as variáveis nominais
não afetam a oferta agregada.
Modelo Clássico
Oferta agregada no modelo clássico
A oferta agregada é inelástica ao nível de preços: é vertical, a quantidade
produzida independe do preço.
Um aumento no preço recebido pelas empresas por seus produtos, ampliará a
demanda de trabalho, gerando excesso de demanda por trabalho, o que provocará
elevação no salário nominal, até que se recomponha o salário real de equilíbrio.
Yp é a renda ou produto de pleno emprego; YE é a renda ou produto de equilíbrio.
Modelo Clássico
Oferta agregada no modelo clássico
Alterações na oferta agregada clássica ocorrem quando as variáveis reais da economia
forem afetadas, impactando assim o mercado de trabalho:
Elevações no produto marginal do trabalho (acúmulo de capital ou inovação
tecnológica que desloquem a demanda de trabalho para a direita.
Mudanças populacionais, economias de guerra com campanhas pró-trabalho, etc,
que impliquem em mudanças na oferta de trabalho.
Modelo Clássico
Demanda agregada clássica
Demanda Agregada: relação entre a quantidade demandada de bens e serviços e
o nível geral de preços da economia.
MV = PY , onde M é a quantidade de moeda, V a velocidade-renda da moeda, P
o nível geral de preços, e Y a renda ou produto real (PY é o produto nominal).
Nos diz que a oferta de moeda é igual à demanda por moeda e que a demanda é
proporcional à quantidade de produto real Y .
A teoria clássica em sua versão mais rígica supõe que a velocidade-renda da
moeda é constante.
Dados M e V constantes, a relação entre P e Y é inversa.
Modelo Clássico
Demanda agregada clássica
Efeitos de um aumento da oferta de moeda sobre a demanda agregada.
Qual o papel da demanda agregada por produtos no modelo clássico?
Lembre-se que oferta agregada independe das variáveis nominais, sendo
determinada pela tecnologia e pelo estoque de fatores.
A demanda agregada não é um fator determinante do nível de produto da
economia.
São as condições de oferta que determinam o nível de produto.
A demanda determina o nível de preços, apenas.
Modelo Clássico
Demanda agregada clássica
Efeitos de um aumento da oferta de moeda sobrea demanda agregada.
Qual o papel da demanda agregada por produtos no modelo clássico?
Política monetária apenas afeta os preços.
A Ley de Say não prevê demanda por moeda por motivo portfolio (especulação),
apenas motivo transação. Toda renda é gasta em bens e serviços.
A demanda não restringe a oferta: Ley de Say “a oferta cria sua própria demanda”.
Mais informalmente, a demanda não cria oferta.
Modelo Clássico
Demanda agregada clássica
Efeitos de um aumento da demanda agregada sobre o produto e o nível de preços.
A demanda agregada apenas determina o nível de preços da economia, sem
qualquer impacto sobre o produto real.
Modelo Clássico
Demanda agregada clássica
Determinação do salário real.
Dicotomia Clássica: a neutralidade da moeda no modelo clássico! Variáveis reais
(produto, emprego, preços relativo e salário real) não são afetadas pela quantidade de
moeda, que apenas determina as variáveis nominais (preços e salário nominal).
Modelo Clássico
Poupança, investimento e o papel da taxa de juros no modelo clássico
Oferta de fundos: poupança agregada no modelo clássico.
Os recursos destinados para a compra de títulos são aqueles não utilizados para o
consumo: formam a poupança.
Vamos considerar a poupança como uma decisão entre consumir hoje ou no futuro.
O sacrifício ao consumo presente exige um “prêmio pela espera”: quanto maior o
prêmio maior a poupança.
S = S(r) e C = C(r), onde S é a poupança agregada, C o consumo agregado e r
a taxa real de juros.
S varia positivamente com r; C apresenta relação inversa com r.
Modelo Clássico
Poupança, investimento e o papel da taxa de juros no modelo clássico
Demanda por fundos: demanda de investimentos no modelo clássico.
A demanda por fundos é realizada por aqueles que desejam investir (demanda por
investimento).
O investimento é o acrescimo do estoque de capital na economia com o objetivo de
ampliar a produção futura.
Uma unidade a mais de capital corresponde ao valor da produtividade marginal do
capital (esta é decrescente, assim como a PMgN). O custo do investimeto é a taxa
de juros que se paga para obter o empréstimo para obter para a aquisição do bem
de capital.
Modelo Clássico
Poupança, investimento e o papel da taxa de juros no modelo clássico
I = I(r), sendo I a demanda de investimentos, r a taxa real de juros e Ir < 0.
S = S(r); os valores de equilíbro são re, Se e Ie.
No modelo clássico a taxa de juros é vista como uma variável real determinada
pelas preferências intertemporais dos indivíduos e pela PMgK.
Ou seja, r não é afetada pela política monetária.
A política monetária pode afetar o nível de preços e a taxa de juros nominal, mas
não a real. Logo, a política monetária não afeta as decisões de poupança e
investimento na economia.
Modelo Clássico
Poupança, investimento e o papel da taxa de juros no modelo clássico
O mercado financeiro também é do tipo concorrência perfeita: a
flexibilidade dos juros garante que a parcelada renda que não é consumida
será investida.
Em situações de desequilíbrio a taxa de juros caminhará para equilibrar-se
rapidamente face a pressão do mercado.
Modelo Clássico
Equilíbrio entre oferta agredada e demanda agregada no modelo clássico
O equilíbrio no mercado de bens e serviço é dado por: OA = DA, ou Y = DA.
Considerando apenas consumo e investimento, temos que: DA = C + I.
Em equilíbrio: Y = C + I.
Y = C(r) + I(r)
Pela definição de poupança temos que: S = Y − C; S = S(r).
I(r) = S(r), situação de equilíbrio dada pela taxa de juros.
Modelo Clássico
Equilíbrio entre oferta agredada e demanda agregada no modelo clássico
Supondo Y = C(Y ) + I(r)
Como o nível de renda é dado a pleno emprego, com S = Y − C(Y )
O equilíbrio depende da taxa de juros (gráfico acima).
A taxa de juros é importante para o Modelo Clássico atingir o equilíbrio
macroeconômico.
Equilíbrio no modelo clássico, dado em nível de poupança.
Modelo Clássico
Introduzindo o governo e a política fiscal no modelo clássico
O equilíbrio passa pela seguinte igualdade: Y = C + I +G
Supondo que a decisão de consumo dependa da renda disponível e da taxa de
juros real: C = C(Y − T ; r) e S(Y − T ; r)
onde T é a arrecadação de impostos, G os gastos públicos e Y − T é a renda
disponível.
Logo, S(Y − T ; r) + T = I(r) +G. O governo deve gastar a arrecação de impostos
para equilibrar o mercado.
Modelo Clássico
Introduzindo o governo e a política fiscal no modelo clássico
Desmembrando a poupança entre pública (T −G) e privada (Y − C).
S(Y − T ; r) + T = I(r) +G
S(Y − T ; r) + T −G = I(r)
Sp + Sg = I(r)
onde Sp é a poupança do setor privado, Sg é a poupança pública e a poupança
nacional (ou poupança interna) é S = Sp + Sg.
Modelo Clássico
Política fiscal no modelo clássico
Aumento dos gastos públicos desloca a curva I +G na magnitude de ∆G.
r aumenta devido a maior pressão sobre os recursos existentes pela ampliação da
demanda. I reduz em ∆I pois se necessita maior PMgK.
Elevação da poupança em ∆S, o que implica em queda de C na mesma
magnitude, uma vez que o consumo presente ficou mais caro em relação ao
consumo futuro.
Logo, ∆G = −(∆C + ∆I).
Resultados: Aumento de G não levou a aumento de Y pois não afetou as
condições tecnológicas nem a dotação de fatores de produção (N e K).
Apenas ocorreu mudança na composição da demanda: aumento de G em
detrimento dos consumos privados (redução de I e C).
Crowding-out ou efeito-deslocamento.
Modelo Clássico
Exercício 14 da prova da ANPEC, ano 2005, Macroeconomia.
Com base no modelo clássico (também chamado neoclássico), julgue as afirmativas:
0 Vigorando o salário real de equilíbrio, a economia estará em pleno emprego, mas,
ainda assim, haverá desemprego voluntário e desemprego friccional.
1 Considerando-se apenas uma função de produção convencional com retornos
decrescentes, em que sejam dados o estoque de capital e o estado tecnológico,
nada pode ser inferido a respeito da elasticidade da função demanda de trabalho.
2 Se todo o estoque de moeda é útil apenas como meio de troca, ou seja, se não há
entesouramento, então, os indivíduos não pouparão, nessa economia.
3 Se o governo decide estabelecer um salário real superior ao salário de equilíbrio, o
desemprego aumentará por dois motivos: (i) trabalhadores serão demitidos e (ii)
parte dos trabalhadores desempregados passarão a procurar emprego.
4 Se na economia os indivíduos não poupam, vigorará a lei de Say, que diz que toda
oferta encontra uma demanda correspondente.
Respostas sugeridas por:
Schmidt, C.A.J. (org.) (2012) Questões da Anpec - Macroeconomia - Questões
comentadas das provas de 2003 a 2012. 2a ed. São Paulo: Campus
Modelo Clássico
Exercício 14 da prova da ANPEC, ano 2005, Macroeconomia.
0 Vigorando o salário real de equilíbrio, a economia estará em pleno emprego, mas,
ainda assim, haverá desemprego voluntário e desemprego friccional.
Verdadeiro. O modelo clássico não exclui a possibilidade de desemprego friccional e de
desemprego voluntário.
Modelo Clássico
Exercício 14 da prova da ANPEC, ano 2005, Macroeconomia.
1 Considerando-se apenas uma função de produção convencional com retornos
decrescentes, em que sejam dados o estoque de capital e o estado tecnológico,
nada pode ser inferido a respeito da elasticidade da função demanda de trabalho.
Falso. �demanda = ∆%na demanda por trabalho∆%nos salários =
∂Nd
∂ω
× ω
ND
. Como
Nd = PMgN = ∂f(N)
∂N
= ω
P
(da C.P.O. da maximização do lucro da firma):
∂Nd
∂ω
= 1
P
⇒ �demanda = 1P ×
ω
Nd
.
Apesar de não conhecermos os parâmetros da elasticidade, sabemos que ela é
negativa, pois a função de produção do quesito é bem-comportada (i.e., apresenta
retornos decrescentes).
Modelo Clássico
Exercício 14 da prova da ANPEC, ano 2005, Macroeconomia.
2 Se todo o estoque de moeda é útil apenas como meio de troca, ou seja, se não há
entesouramento, então, os indivíduos não pouparão, nessa economia.
Falso. Não importa se a moeda é reserva de valor para haver poupança; a poupança é
uma função da taxa de juros real na economiaclássica, constituindo o preço de troca do
consumo presente por consumo futuro.
Modelo Clássico
Exercício 14 da prova da ANPEC, ano 2005, Macroeconomia.
3 Se o governo decide estabelecer um salário real superior ao salário de equilíbrio, o
desemprego aumentará por dois motivos: (i) trabalhadores serão demitidos e (ii)
parte dos trabalhadores desempregados passarão a procurar emprego.
Ao salário (W
P
)′ haverá desemprego, pois Nd < Ns. Mas se esse nível salarial está fixo
pelo governo, o sistema de preços não será capaz de trazer a economia de volta ao
pleno emprego, persistindo desempregada uma parcela da força de trabalho que deseja
trabalhar ao salário vigente, mas não encontra oportunidade (desemprego involuntário).
Modelo Clássico
Exercício 14 da prova da ANPEC, ano 2005, Macroeconomia.
4 Se na economia os indivíduos não poupam, vigorará a lei de Say, que diz que toda
oferta encontra uma demanda correspondente.
Falso. A Lei de Say vigorará se a TQM valer, i.e., se toda a demanda por moeda for por
motivo transacional (não havendo o motivo portfolio).
	Leitura recomendada
	Implicações do Modelo
	Oferta Agregada e Função de Produção
	Função de Produção
	Demanda de trabalho
	Oferta de Trabalho
	Equilíbrio no mercado de trabalho no modelo clássico
	Oferta agregada no modelo clássico
	Demanda agregada clássica
	Poupança, investimento e o papel da taxa de juros no modelo clássico
	Equilíbrio entre oferta agredada e demanda agregada no modelo clássico
	Introduzindo o governo e a política fiscal no modelo clássico
	Política fiscal no modelo clássico
	Exercício 14 da prova da ANPEC, ano 2005, Macroeconomia.

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