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TEORIA GERAL

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1. INTRODUÇÃO
A lei Maria da penha foi criada para tratar com mais rigor os crimes cometidos no seio familiar, tratados como violência doméstica e familiar contra a mulher, que, desde épocas remotas, ocorrem e acometem principalmente as mulheres, que são vítimas dos mais diversos tipos de agressões.
Infelizmente, mesmo em uma sociedade desenvolvida e moderna como a que atualmente se vive, as mulheres ainda continuam a ser vitimadas de forma brutal, não obstante a finalidade do Estado, com suas leis e seu aparato especifico de proteção à sociedade, que, em última ratio, deveria conferir um efetivo amparo ao seu corpo social, evitando, assim, que seus direitos sejam ameaçados ou lesionados.
O principal objetivo do presente artigo, portanto, é abordar uma duvidosa eficácia das medidas protetivas de urgência contidas na lei 11.340/2006, cujo objetivo foi instituir meios de proteção em favor daqueles que são vítimas de violência doméstica, bem como criar punição para os agressores, observadas as peculiaridades do procedimento processual.
2 A LEI MARIA DA PENHA 
A Lei 11.340, de 07 de agosto de 2006, foi batizada de “Lei Maria da Penha”, em razão da protagonista de uma história verídica e talhada por muitas agressões ocorrida em meados dos anos 80 e, embora tenha um desfecho paradoxal perante a justiça pleiteada, Maria da Penha ganhou notório conhecimento devido ao apoio obtido pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Maria da Penha foi vítima de duas tentativas de homicídio, ambas cometidas pelo companheiro Marco Antônio Heredia Viveiros. A primeira foi enquanto dormia, sendo atingida por um tiro de espingarda, o qual atingiu sua coluna e a deixou paraplégica e, nem bem havia se recuperado, depois de uma semana que estava em casa, Maria da Penha fora novamente surpreendida pelo homem que vivia ao seu lado que, com uma forte descarga elétrica durante um banho, tentou novamente matá-la.
No bojo do inquérito policial, seu companheiro negou de forma veemente todos os ataques sofridos por Maria da Penha; entretanto, as provas obtidas mostraram-se suficientes para que o Ministério Público o denunciasse, o que foi realizado na segunda metade do ano de 1984.
O réu fora pronunciado em 1986 e levado a júri popular somente em 04/05/1991, ocasião em que foi condenado. Mais uma vez a justiça brasileira mostrou o seu lado brando em relação àqueles que cometem os mais variados crimes, uma vez que além de ser morosa, permite que réus se utilizem da máquina judicial em seu benefício e tornem as condenações, muitas das vezes, apenas um mero registro.
Foi assim que, em sede recursal, a defesa apelou da sentença suscitando nulidade processual, tendo em vista a falha na elaboração dos quesitos apresentados ao júri.
Condenado à pena de dez anos e seis meses de prisão em março de 1996, houve novamente impetração de recurso dirigido aos tribunais superiores, sendo preso somente em meados de setembro de 2002. Atualmente consta que o réu fora beneficiado pela progressão de regime, em benefício de liberdade sob o regime aberto.
O ‘Botão do Pânico’ é um dispositivo que pode ser acionado por aquelas mulheres amparadas por medidas protetivas da Lei Maria da Penha e cujo agressor esteja descumprindo-as. Por exemplo, se o agressor deve permanecer a uma certa distância da vítima e continua se aproximando, ela então aciona o equipamento, para que imediatamente a polícia seja acionada e possa evitar que essa mulher venha a ser assassinada”, destaca a petista. 
De acordo com ela, as mortes de mulheres vítimas de violência começam com ameaças e violência psicológica, e culminam com o assassinato. “Então, qualquer instrumento que possa impedir que essa violência chegue à morte da vítima é fundamental para efetivar a Lei Maria da Penha”, disse. 
A juíza capixaba Hermínia Maria explicou que a ideia do equipamento surgiu quando o atual presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), Pedro Valls Feu Rosa, solicitou uma solução para a falta de fiscalização das medidas protetivas da Lei Maria da Penha. “O ‘Botão do Pânico’ é um pequeno aparelho que inibe o homem e encoraja a mulher. Em funcionamento no estado do Espírito Santo desde abril deste ano, trata-se de um microtransmissor com GPS, recurso de monitoramento, áudio e SOS, interligado à Central de Monitoramento DSP”, acrescenta a juíza. 
Ela explica ainda que, quando acionado pela vítima, o ‘Botão do Pânico’ gera um alerta que aparece na Central Integrada de Operações e Monitoramento, com a localização exata da vítima, em um processo que grava, inclusive, o áudio do ambiente da ocorrência. “Esse alerta é encaminhado para os smartphones da ‘Patrulha Maria da Penha’ e a viatura mais próxima vai até o local”, complementou.
No Espírito Santo, o equipamento foi distribuído para mulheres que estão sob medida protetiva na 11ª Vara Criminal de Vitória e capta e grava a conversa num raio de até cinco metros. A gravação poderá ser utilizada como prova judicial.
RT/JU

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