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* Os aspectos psicológicos do morrer e da morte do outro. * CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE Percepção de si e do outro. Percepção de inserção em uma cultura. Noção de limite é fator estruturante da identidade, e a noção máxima desse limite é o da própria vida. Lidar com a morte é lidar com a noção do limite de plenitude, de imortalidade. * * * O homem se angustia com a certeza da finitude e busca defender-se desse mal-estar projetando ideias de imortalidade: através de sua descendência, de suas obras, de grandes feitos. * Mortes simbólicas Ao longo da vida, lidamos com vários fins ou com várias “mortes”, ou processo de morrer: a “morte” do desmame, a “morte” do corpo infantil, a “morte” de um relacionamento, a “morte” de um emprego. Viver essas “mortes” é vivenciar a frustração. * * * * Quanto melhor for a capacidade do sujeito em lidar com a frustração e quanto mais criativas forem suas respostas para os problemas que a vida lhe apresentar, mais saudável será a pessoa. * A vivência dessas mortes simbólicas nos prepara para a vivência da morte real, além de nos proporcionar melhor qualidade de vida – consciência de nossas reais possibilidades. * LUTO: É uma tristeza ou sentimento de pena profundo em decorrência de uma perda. * Causas: Emprego (novo, perda, promoção ou rebaixamento, aposentadoria) Relacionamentos (separação, divórcio, um filho que sai de casa) * Saúde (doença, ferimento, acidente) Fatos da vida (morte de amigo ou familiar, perda de bens, mudança de casa ou de cidade) * Fatores que influenciam na reação às perdas: Idade / Saúde / Rapidez da perda / Cultura / Crenças religiosas Segurança financeira / Vida social / Antecedente de outras perdas ou eventos traumáticos * Fases do luto: Antes de uma pessoa em luto se sentir plena ou cicatrizada, ela geralmente passa por 4 fases: 1. Choque: Se sente atordoada ou adormecida * 2. Negação ou procura. Estado de incredulidade Perguntas: "por que isto aconteceu?" "por que eu não evitei isto?" Maneiras para manter a pessoa amada ou a perda consigo. Pensa ver ou ouvir a pessoa perdida Apenas começa a sentir a realidade do ocorrido * 3. Sofrimento e desorganização. Sentimentos: culpa, depressão, ansiedade, solidão, medo, hostilidade. Culpar qualquer um ou qualquer coisa pelo ocorrido, incluindo a si mesma. * Podem aparecer sintomas físicos: dor de cabeça, dor de estômago, cansaço constante e falta de ar. Afastamento dos contatos sociais e da sua rotina * 4. Recuperação e aceitação. Começa a olhar para o futuro em vez de se concentrar no passado. Ajusta-se à realidade da perda Desenvolve novos relacionamentos Desenvolve uma atitude positiva * A autora afirma que alguns processos são importantes para elaboração do luto, entre os quais: (a) reconhecer o luto, (b) reagir à separação, (c) recolher e reviver as experiências com a pessoa perdida, (d) abandonar ou se desligar de relações antigas, (e) reajustar-se a uma nova situação, (f) reinvestir energia em novas relações. * O tipo de morte pode afetar a forma de elaboração do luto: suicídios e acidentes são as mais graves, pelos aspectos da violência e culpa que provocam. As mortes de longa duração, com muito sofrimento podem também ser desgastantes. * Entre os fatores complicadores deste processo deve ser considerada a relação anterior com o falecido, principalmente a que envolve ambivalência e dependência, problemas mentais e a percepção da falta de apoio social. * O luto complicado pode se manifestar por sintomas físicos e mentais. Em muitos casos é difícil separar um processo de luto complicado e a presença de problemas mentais. Esta diferenciação é fundamental ao se pensar nas formas mais adequadas de cuidado. * Alguns fatores sociais que dificultam a elaboração do luto atualmente: 1) Aumento da industrialização, urbanização e avanço da tecnologia interditam o tema morte e desvalorizam os ritos funerários. 2) Aumento do número de mortes violentas, acidentes, abuso de drogas. * 3) Prolongamento do processo de morte de doentes crônicos, às vezes com degeneração corporal causam desgaste físico e psíquico nos familiares. Podem surgir sentimentos ambivalentes: tristeza e alívio; tristeza e raiva. 4) Luto não autorizado. * * Bibliografia Textos da internet Morte e Desenvolvimento Humano – Maria Júlia Kóvaks Material da apostila de Tanatologia EAD – Universidade Estácio de Sá
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