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LUTO - CONCEITOS E FASES

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LUTO: CONCEITOS E FASES
BPPM II - Juliana
Morte e vida
A morte é parte da nossa própria vida. Causa medo, intranquilidade. 
Luto: conceito
Processo inevitável de elaboração de uma perda. Envolve um vasto leque de sentimentos e mudanças que invadem e interferem no funcionamento emocional de uma pessoa.
Negação da morte
Impossibilita a expressão da dor por morte, então ela passa a ser reprimida, escondida, solitária. 
Excesso de tecnologia, falta de sensibilidade/preparo de profissionais e ilusão de que a tecnologia + medicina resolverá a morte nos leva a reprimir os sentimentos em relação à morte.
Contribui para o aumento do desconforto das repercussões da perda, pois, perante a sociedade, a morte, o feio e o diferente não têm mais espaço.
Determinantes essenciais na elaboração de uma perda
Indica o "nível" do luto, quão difícil será.
1. Vínculo afetivo existente;
2. Nível de aceitação;
3. Tipo de morte - repentina ou não;
4. Forma com que a morte ocorre.
A forma como a morte ocorre interfere no processo de enlutamento na elaboração da perda → influencia na intensidade e na duração dos sintomas.
Perda devido a alguma doença degenerativa ou uma morte natural e esperada. As pessoas possuem um tempo maior para se prepararem e até se conformam mais rapidamente com a partida do ente querido.
Luto por perdas repentinas
Processo de elaboração do luto se torna mais complexo pois tem o elemento surpresa, sem sinais, sem indicio algum. Essas mortes são, por exemplo, devido a um AVC, a acidentes, suicídio etc.
Perda repentina como complicadora do luto
Pode proporcionar raiva, depressão, culpa e, por consequência, mais problemas com a saúde. Pode gerar problemas psicológicos, como a depressão e ansiedade.
Luto normal
Resposta saudável a um fator estressante que é a perda significativa de um ente querido. Quando se refere a uma resposta saudável, implica na capacidade de expressar a dor. Seja reconhecendo, reajustando e investindo em novos vínculos.
Luto complicado
Incapacidade de expressar dor e sentimento. Manifestado por sintomas físicos e mentais que fortemente propiciam a negação e a repressão da dor pela perda.
Cognições sobre morte e enfrentamento
As crenças a respeito da perda de um ente serão ativadas e processadas pelo entendimento que o indivíduo tem em relação à morte. A reação dependerá do estilo de enfrentamento e dos padrões anteriormente aprendidos e internalizados.
Fases do luto I
Elizabeth Kübler-Ross.
1. NEGAÇÃO E O ISOLAMENTO → recusa a confrontar-se com a situação, pode ser temporária ou não** - poderia ser minimizada pela boa comunicação e relação/confiança com o profissional (como a mensagem é passada); 
2. RAIVA → as pessoas externalizam a revolta que estão sentindo;
3. BARGANHA → tentativa de negociar ou adiar os temores diante da situação (geralmente, com religião);
4. DEPRESSÃO → doença/situação começa a se agravar;
5. ACEITAÇÃO → pessoa fica mais calma, com hipersonia, querendo resolver tudo antes de morrer
Enfoque na pessoa que irá morrer.
Fases podem variar a sequência e se repetir.
Depressão - Preparatória e reativa
1. PREPARATÓRIA → momento em que a aceitação está mais próxima, pessoas ficam quietas, repensando e processando o que a vida fez com elas e o que elas fizeram com a vida delas. Característico do fim da vida.
2. REATIVA → quando surgem outras perdas devido à perda por morte - desemprego, perda de papéis, etc. Característico do primeiro momento, após receber a notícia.
Esperança pode se manter com encorajamento de luta, com ou sem possibilidade de cura (esperança pelo tratamento ou para aproveitar os últimos dias).
Fases do luto II
John Bowlby
1. ENTORPECIMENTO → choque e negação da realidade, ficam extremamente aflitas;
2. ANSEIO → desejo de recuperar o ente querido, de trazê-lo de volta. Há buscas frequentes e espera pela aparição do morto;
3. DESORGANIZAÇÃO E O DESESPERO → sentimentos de raiva e tristeza são comumente encontrados, pois a pessoa se sente abandonada pela pessoa;
4. REORGANIZAÇÃO → embora com a saudade presente e ainda se adaptando às modificações causadas pela perda, poderá retomar suas atividades.
Enfoque nas pessoas que perdem alguém.
Respostas desadaptadas
Estratégia que a pessoa apresenta em certas circunstâncias para conseguir ligar com evento traumático. Mecanismos defensivos que barram emoções desagradáveis ao indivíduo. Lutar, fugir, paralisar-se são as principais respostas à ameaça.
Pode contribuir para o luto patológico e para que a pessoa se mantenha em alguma fase do luto, como depressão.
O apoio social e da rede saúde são fundamentais para que a pessoa lide de uma forma mais adequada com o luto.
Considerações finais
A morte é um evento provedor de sofrimento e de grandes alterações psicológicas, fisiológicas, comportamentais e sociais.
O sentido da cura é através da aceitação do luto e de suas fases. Quando essas não são aceitas, desenvolvem situações patológicas ou o luto patológico, resultado em enfermidades psíquicas e físicas.

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