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* EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS * Crise Inabilidade da pessoa para resolver um problema, que provoca aumento da ansiedade e deve ser considerada um evento crítico. Não é patológica, mas requer um esforço para se manter o equilíbrio. As pessoas que mantém naturalmente o equilíbrio, vivenciam amadurecimento gradual da personalidade e o fortalecimento do ego. * Precisa ser observada com cuidado, pois, embora seja considerada oportunidade de amadurecimento e fortalecimento, quando não é superada com êxito, pode acarretar consequências, podendo culminar em uma doença mental. * Características da crise: 1) Ocorre em pessoas saudáveis 2) É de caráter agudo 3) Tem duração limitada 4) É uma reação emocional experimentada como opressora 5) A gravidade da crise é determinada da pessoa que a experimenta. 6) É uma oportunidade de crescimento. * Tipos de crise: a)Maturacional ou do desenvolvimento. b) Situacional c) Acidental. Fatores na resolução da crise: Percepção e aceitação da crise, sistema de apoio; estilo de enfrentamento, experiências anteriores vividas, controle do humor e do afeto, habilidade para usar os sistemas de apoio. * Intervenção nas crises: Obter dados e identificar necessidades. Avaliação das condições físicas e mentais. Entender o ponto de vista da pessoa sobre o problema. Avaliação de risco para si ou para outros. Tomar decisão em equipe. * A CRISE NAS EMERGÊNCIAS/HOSPITAIS/CAPS Os transtornos psiquiátricos correspondem a cerca de 10% de todos os atendimentos de emergência em hospital geral ou serviços de pronto-socorro (NUNES FILHO, 2001). As manifestações mais comuns das EP são tentativa de suicídio, violência e agitação psicomotora. * EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS Segundo Stefanelli (2008, p.643), “emergência psiquiátrica é qualquer situação na qual exista risco significativo e iminente de morte ou de lesão grave provocado por sentimentos, pensamentos ou ações que colocam em risco a integridade da pessoa, de outras, do ambiente ou da sociedade. Exige intervenção terapêutica imediata”. * O quadro de emergência, não significa necessariamente uma indicação de internação hospitalar. O atendimento em EP deve ser realizado por equipe multiprofissional: médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, equipe de apoio ou de segurança, para colaborar nas situações em que a agitação e a agressividade são intensas, podendo exigir contenção física. * Situações de EP: Situação de crise; Ideia e tentativa de suicídio; Agitação e agressividade; Intoxicação aguda ou abstinência de drogas; Surtos psicóticos agudos; intoxicação de psicofármacos; Alterações psíquicas decorrentes de quadros orgânicos; Anorexia; Bulimia. * Na prática psiquiátrica: crises caracterizadas por delírios, alucinações etc, a chamada “agudização da sintomatologia psiquiátrica” e demonstram um “desequilíbrio”. Intervenção: equilibrar o sujeito, com utilização de fármacos e contenção. Função das urgências / emergências psiquiátricas. Ferigato, Campos e Ballarin (2007) * EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA E SUAS ESPECIFICIDADES Quem Pede nem sempre o paciente mais frequentemente os familiares, vizinhos, a polícia nem sempre o paciente está de acordo * Quadros atendidos em emergência psiquiátrica: 1) Tentativa de suicídio: por depressão, uso de SPA, transtornos orgânicos, delírios e alucinações, sensação de desesperança ou desamparo. Fatores de risco: sexo feminino, outras tentativas, história familiar de suicídio, perdas recentes, sem laços afetivos, desemprego, doenças crônicas e incapacitantes, perda de status, sinais e sintomas de transtorno mental. * 2) Agitação e agressividade: observação constante, e se for inabordável aumentar vigilância e realizar contenção física até que a medicação faça o efeito adequado. Fatores de risco: homens entre 15 e 24 anos, baixo nível socioeconômico e educacional, desemprego, vítimas de assalto e violência, intoxicação ou abstinência de álcool, traumatismo craniano, vivência em ambiente violento, baixa autoestima, pacientes em abandono de tratamento. * 3) Ansiedade aguda: decorrentes de pânico podem se manifestar em agitação psicomotora. Tarefas de Intervenção recolher informações avaliação do caso e dos problemas avaliação dos recursos terapia adequada * ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA AO USUÁRIO DE DROGA: * Condutas Atitude tranquilizadora, não ameaçadora; Tentar saber o tipo de droga e sua forma de uso; Colocar a pessoa em lugar calmo, não barulhento; Manter a temperatura agradável; Explicar para o usuário os efeitos ocorridos; Explicar os efeitos da droga. * TRATAMENTO PELOS SINTOMAS: Observar respiração, pulso, pressão sanguínea e temperatura, indicativos neurológicos incluindo nível de consciência, reação das pupilas, coordenação motora e linguagem, Poderão estar presentes: choque, hiperventilação, inconsciência, convulsões, choque anafilático e reações alérgicas. Pode ser necessária ressuscitação cardiopulmonar. * Adicionalmente, pode haver pânico e reações de ansiedade. É importante: Manter a calma e falar lentamente. Tranquilizar o paciente, chamando-o pelo nome. Falar apenas frases simples. Ser sincero e compreensivo, e não tentar ser conselheiro. Não fazer julgamentos, não fazer brincadeiras e não ter reações súbitas. * TRATAMENTO DE ACORDO COM A DROGA TOMADA * DEPRESSORAS Se a droga foi tomada VO, fazer lavagem gástrica; Manter a pessoa em decúbito lateral direito para evitar aspiração; Pode haver a necessidade de auxílio com oxigênio; Evitar que a pessoa durma, permanecer com a pessoa falando; * Manter as vias aéreas permeáveis. Monitorar sinais vitais. Não oferecer droga psicoestimulante, pois elas não neutralizam os efeitos das drogas depressoras; Tratar as respostas emocionais, reações de pânico, ansiedade e agressividade, permanecendo calmo. * Atenção no Alcoolismo: Avaliação de outras alterações orgânicas, presença de fraturas, uso associado de outras drogas; Avaliar nível de consciência; glicemia e possível TCE . Não há medicação de utilização clínica que acelere o metabolismo do álcool ou que alivie os sintomas de embriaguez. A intoxicação leve e moderada não necessita tratamento especial; em quadros de agitação ou agressividade, são indicados benzodiapínicos, se necessário sedação, haloperidol IM de 30/30 minutos, até o efeito desejado. * Em casos de desintoxicação, o uso de glicose, pura ou associada, não tem nenhum respaldo científico. Vitamina B1, 100mg/dia é suficiente. Quando os sinais de abstinência tornarem-se mais intensos, poder-se-á utilizar benzodiapínico preferencialmente por via oral, por período não superior a 7 dias. Aparecendo convulsão, indica-se o aumento da dose do benzodiapínico. Se necessária sedação utilizar haloperidol. * O álcool e glicemia. Nos normalmente alimentados, pode aumentar a glicemia porque aumenta a liberação de catecolaminas, que estimulam a glândula adrenal. Nos que estão há mais de 24 horas em jejum, pode diminuir a glicemia, o que é raro. As pessoas que estejam sem comer há muitas horas estão mais sujeitos à hipoglicemia. Só faz sentido administrar glicose nas pessoas alcoolizadas quando for comprovado que estão hipoglicêmicas (HGT). * Em casos de coma alcoólico: lavagem gástrica; manutenção dos sinais vitais; oxigenação; correção do desequilíbrio hidreletrolítico; administração de glicose a 50% EV e tiamina IM; suporte ventilatório mecânico, se necessário; hemodiálise, se a alcoolemia por superior a 500mg / 100ml. * ESTIMULANTES Se a ingestão foi via oral, promover lavagem gástrica. Fazer hidratação oral, se possível. Diminuir os fatores estimulantes do ambiente diminuindo a luz ou ruído; Tentar manter a vítima imóvel, evitar assustá-la, * Manter monitorização dos sinais vitais, medicando sintomaticamente. Não ficar temeroso ou agressivo, mesmo que a vítima apresente tais sintomas. Usar a força apenas em último recurso. Observar vômitos e evitar aspiração. Pode ser necessário utilizar benzodiazepínicos * PERTURBADORAS Geralmente não há necessidade de interferência. O tratamento será sintomático; inclui tranquilização. Em casos graves, deve-se tratar pelas reações de pânico e reações de ansiedade que o usuário apresente. Nesses casos há indicação de benzodiazepínicos.
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