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Aulas de Sociologia

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 O mundo como ciência
O homem em sua curiosidade sobre o mundo criou diversas formas de conhecer e explicar a realidade, o mito está entre as primeiras formas, sendo a narrativa sagrada e verdadeira de um grupo, uma outra forma de explicação de caráter profundamente espontâneo é o senso comum, que pode ser entendido como uma forma de saber não comprovado pela ciência, um misto de verdade e mentira, como por exemplo a crença muito comum entre crianças de que a ingestão de açúcar causa o aumento de lombrigas, o que atualmente já é contestado pela ciência. Os primeiros passos da ciência se deram entre os gregos, e Aristóteles foi um dos seus avatares, mas a ciência aristotélica limitava-se a estabelecer catálogos sobre a diversidade visível da natureza. Com a crise do mundo antigo, com o advento do cristianismo, e, consequentemente com o domínio da Igreja Católica, a ciência passou a ser considerada como submissa a fé e ao argumento da autoridade(valeria o que estivesse na Bíblia), mas com o avanços dos idéias humanistas a partir do século XIV o ideal de ciência começou a renascer e com a Revolução Científica no século XVII, se buscou estabelecer a idéia de um método racional(herança do cartesianismo) para se chegar ao verdadeiro conhecimento, nascia assim a ciência moderna, que ao ser comparada com a ciência aristotélica, se mostrava mais intervencionista, seus efeitos refletem sobre o mundo natural, e os exemplos podem ser percebidos: clonagem, transgênicos, gestação de proveta. Surge uma ciência mais próxima do mundo dos homens.
A ciência enquanto atitude propõe o rompimento com explicações que não considerem o mundo concreto como ponto de partida, como ocorre no caso da metafísica. Toda explicação científica deve considerar aquilo que pode ser comprovado, que pode ser verificado, mesmo que em abstrato. A ciência não pode ter como objeto qualquer coisa que não tenha uma existência concreta, como por exemplo, Deus, unicórnios, fantasmas.
Outra característica da ciência é seu caráter de conhecimento provisório, um conhecimento sempre pronto a ser superado, não existe verdade absoluta para a ciência. Uma descoberta científica pode ser superada por qualquer outra verdade que demonstre ser mais plausível de comprovação. O conhecimento absoluto pertence ao campo das religiões, não existe verdade única para a ciência
A ciência é sempre uma pergunta que procura uma resposta, mesmo que esta não exista no momento, para muitas doenças do passado já se encontra a cura, embora para muitas outras não haja sequer uma suspeita, o que não invalida a atitude científica, essa busca sem fim. A ciência não é saber tudo, mas sim perguntar tudo, daí sua interface com a filosofia.
Não se pretende neste texto estabelecer qualquer hierarquia entre a ciência e os mais diversos saberes, mas entender que a ciência se tornou um conhecimento hegemônico no Ocidente, encontra-se presente na mais simples atitude de selecionar um tipo de comida, por se acreditar que outra faça mal. A escola é o espaço de excelência da ciência, onde seu discurso se reproduz e se legitima.
A ciência não se caracteriza somente por um objeto, mas sim por uma atitude, uma forma de olhar o mundo, ou mais precisamente, observar, que afinal é o grande verbo da ciência. Fazer o possível para entender o que aparenta ser impossível. E como diria Blaise Pascal; O eterno silêncio do espaço infinito me apavora, mas não impede o homem de avançar.
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Max Weber
1864 -1920 - Alemanha
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Positivismo e História
Definição – processo universal de evolução da humanidade(Positivismo)
O historiador percebe os estágios e os particularismos desaparecem – o que importa é a Lei do progresso(Positivismo)
A oposição de Weber – valorização do particular , do documento e da interpretação
O método compreensivo – é a compreensão que dá sentido social e histórico aos fatos
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A ação social - conduta humana dotada de sentido(de uma justificativa subjetivamente elaborada).
O homem é o agente social – que dá sentido à ação
A norma social não é exterior aos sujeitos, mas só se torna concreta quando se manifesta no indivíduos – não há oposição entre a sociedade e o indivíduo. A norma social motiva o indivíduo.
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O motivo garante a ação social
A motivação do homem é social, pois está conectada aos outros indivíduos
A ação social pode se decompor em diversas ações sociais - ex: envio de uma carta
A ação social por mais individual não deve ser pensada psicologicamente,mas socialmente
Ação social – o ato de pedir uma informação – motivações diversas
Relação social – motivação comum – assistir aula
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O cientista
Há sempre uma parcialidade do indivíduo
O papel do cientista social é buscar os nexos e motivações em sociedade
Dar conta de uma ação, diz Weber, “é compreendê-la. O que significa que o sociólogo deve poder ser capaz de colocar-se no lugar dos agentes por quem ele se interessa.”
Toda realidade é parcial
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O tipo ideal
Trata-se de uma construção teórica abstrata a partir dos casos particulares analisados. O cientista, pelo estudo sistemático das diversas manifestações particulares, constrói um modelo acentuando a aquilo que lhe pareça característico e fundante.
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A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo
O ethos protestante e o ethos católico
A Reforma Protestante e os valores favoráveis ao capitalismo
O motivo dos protestantes seria o trabalho
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A sistematização da Sociologia como ciência.
Se Auguste Comte foi o responsável pela criação do campo disciplinar da sociologia, coube a Durkheim a sistematização desta como uma ciência, estabelecendo um método e um objeto.
Seria o fato social o objeto da nova disciplina, mas o que seria o fato social afinal? Grosso modo, o fato social pode ser entendido por qualquer ação humana ou resultado desta, via de regra de caráter coletivo, educação, suicídio, crime. Para Durkheim, três aspectos definem o fato social, o primeiro é seu caráter de coerção social, o indivíduo é alvo de mecanismos de controle socialmente construídos para conter qualquer um que fuja à regra social. As sanções podem ser legais ou espontâneas, as primeiras são facilmente percebidas, pois estão nas normas jurídicas e nas leis, no segundo caso, temos aquelas que aparecem diante de uma conduta considerada inadequada pelo consenso do grupo, por exemplo, o uso de determinada roupa fora do seu contexto. Estas sanções podem variar, da censura ao sorriso de deboche e podem chegar até mesmo ao uso da violência. A segunda característica do fato social é sua generalidade, pois segundo Durkheim, ocorre de forma igual em todas as sociedades e a todos os indivíduos, ou pelo menos na maioria deles. O suicídio é um dos grandes exemplos usados por Durkheim, que em um artigo, tenta demonstrar que o suicídio existe em todas as sociedades de forma generalizada. A terceira característica do fato social é estar acima de todos os indivíduos e agindo sobre eles independentemente da vontade individual.
Outro aspecto da teoria de Durkheim, é a busca pelo olhar objetivo sobre a realidade. Tentando afastar a subjetividade, afirma que o fato social deve ser visto como coisa. De acordo com Durkheim para que o sociólogo consiga apreender a realidade dos fatos, sem distorcê-los de acordo com seus desejos e interesses particulares, deve deixar de lados suas prenoções , isto é, valores e sentimentos pessoais em relação àquilo que está sendo estudado.(COSTA,2005:83). O autor busca defender que o cientista social deve agir de forma neutra e imparcial diante da realidade, ou seja, entendendo que a realidade lhe é exterior.
Sobre a questão do método, pode se entender que se trata de um desdobramento das discussões anteriores, haja vista que Durkheim defende que as ciências sociais devem utilizar um método que permita a neutralidade
do cientista, e como afirma LOWY, esse método deve ser tomado às ciências naturais, assim se poderia olhar a sociedade como se olha a natureza. 
Durkheim era um defensor do funcionalismo, que teorizava que a sociedade deveria ser comparada a um organismo, assim sendo, se o corpo humano é formado por órgãos com diferentes funções assim o é a sociedade, mas tanto os órgãos do corpo humano como da sociedade funcionam em prol de um objetivo: o funcionamento harmônico. Durkheim entendia que a sociedade se organizava de forma a garantir uma harmonia geral entre os indivíduos.
Assim sendo, a sociedade produz a norma sob a forma de um consenso que se impõe aos indivíduos, cabendo à educação (formal ou informal) o papel de conformar o indivíduo à norma. Assim, as regras são internalizadas nos indivíduos e se tornam hábitos.
O mundo do trabalho também foi alvo da teoria de Durkheim, sendo que o autor entendia que o enfrentamento entre patrões e empregados, deveria ser resolvido com um apelo à consciência de patrões e empregados. A divisão do trabalho, um dos marcos das transformações ocorridas após a Revolução Industrial na esfera do trabalho era vista como um fator positivo, pois segundo o autor havia duas formas de solidariedade no trabalho, a mecânica e a orgânica, a primeira era característica da sociedade pré-industrial, o homem neste caso vivia preso aos valores tradicionais da sociedade e alheio á divisão do trabalho, como se houvesse um isolamento entre os níveis produtivos, já na solidariedade orgânica, comum após a Revolução Industrial, a divisão do trabalho exerceria um papel fundamental, pois os trabalhadores criariam laços de interdependência, pois cada um depende do outro para que a produção aconteça. Durkheim não enxerga os efeitos nefastos da divisão sobre os trabalhadores, o que somente seria discutido com Marx quando este pensa o conceito de alienação.
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O Marxismo
Um olhar sobre a realidade histórica
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Karl Marx(1819 - 1893)
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Engels & Marx
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As bases históricas
Do feudalismo ao capitalismo
A Revolução Industrial – Uma nova forma de se produzir – da manufatura à fábrica
O uso de máquinas e energia não-humana
O assalariamento da mão-de-obra
Do servo ao operário - A divisão do trabalho
A exploração – a nova jornada do trabalho
A reordenação do tempo e a mais valia
Alienação – fragmentação da produção e não auto-reconhecimento do operário na produção
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Divisão do trabalho
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Alienação
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A existência humana
As condições objetivas da História
A História como a ação dos homens no mundo
O homem diante do mundo natural
A satisfação de necessidades históricas
O trabalho como relação entre homem e natureza
A luta contra a exploração: O Manifesto Comunista
Um fantasma ronda a Europa - o fantasma do comunismo
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A Luta de classe e o processo histórico
A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas da classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e oficial, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada, uma guerra que termina sempre, ou por uma transformação evolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das suas classes em luta.
a nossa época, a época da burguesia, caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos de classes. A sociedade divide-se cada vez mais em dois vastos campos opostos, em duas grandes classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado.
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A produção da realidade
Estrutura e superestrutura – o social determina a ideologia(as ideias)
Materialismo histórico – a realidade e os fenômenos são entendidos a partir de sua concretude .
O método dialético – a realidade é entendida a partir de suas contradições
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A sociologia de Durkheim
Durkheim(1858 – 1917)
a luta para tornar a sociologia uma disciplina rigorosamente científica 
As regras do método sociológico
Objeto – o fato social
Características do fato social
A – a coerção social – a sociedade sobre os indivíduos
Sanção social
A.1 – sanção legal
A.2 – sanção espontânea
“ Se sou industrial, nada me proíbe de trabalhar utilizando métodos do passado;mas se o fizer,terei a ruína como resultado”(Durkheim)
B – encontra-se acima(exterioriores) dos indivíduos
C – encontra-se generalizado na sociedade
 - o suicídio
Classificação do fato social
Fato social normal – generalização ou quando desempenha alguma função importante para adaptação ou evolução
Fato social patológico – fora dos limites permitidos pela ordem social
Anomia – ausência de normas e objetivos no momento de transição entre formas ou modelos de sociedade
O funcionalismo
A sociedade é associada ao corpo, assim como os órgãos do corpo funcionam com diversas funções, mas se integram, assim é a sociedade.
A moral social ou consciência coletiva – conjuntos de regras, valores normas em sociedade
Educação e funcionalismo
A escola como espaço de internalização da regra em sociedade
Manter o funcionamento da sociedade
Outras instâncias educativas – o teatro, a arte
 
O sociólogo deveria atuar como observador, ajudando no ajuste da moral social
Divisão social do trabalho – a solidariedade na sociedade industrial como produto da especialização do homem no trabalho
Solidariedade mecânica – sociedade pré-industrial – referências tradicionais
Solidariedade orgânica – sociedade industrial - referência – a divisão do trabalho
A questão do conhecimento
A questão do método
A busca da objetividade científica – a busca pela neutralidade
Afastamento de noções individuais prévias
Afastamento do afeto/hostilidade
Os fatos sociais como “coisas”
A realidade congelada
Se afastar as opiniões do envolvidos
Questão de prova
2- (UEL) Um jovem que havia ingressado recentemente na universidade foi convidado para uma festa de recepção de calouros. No convite distribuído pelos veteranos não havia informação sobre o traje apropriado para a festa. O calouro, imaginando que a festa seria formal, compareceu vestido com traje social. Ao entrar na festa, em que todos estavam trajando roupas esportivas, causou estranheza, provocando risos, cochichos com comentários maldosos, olhares de espanto e de admiração. O calouro não estava vestido de acordo com o grupo e sentiu as represálias sobre o seu comportamento. As regras que regem o comportamento e as maneiras de se conduzir em sociedade podem ser denominadas, segundo Émile Durkheim (1858-1917), como fato social.
Considere as afirmativas abaixo sobre as características do fato social para Émile Durkheim.
I. O fato social é todo fenômeno que ocorre ocasionalmente na sociedade.
II. O fato social caracteriza-se por exercer um poder de coerção sobre as consciências individuais.
III. O fato social é exterior ao indivíduo e apresenta-se generalizado na coletividade.
IV. O fato social expressa o predomínio do ser individual sobre o ser social.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e II são corretas.
b) Apenas as afirmativas I e IV são corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III são corretas.
d) Apenas as afirmativas I, III e IV são corretas.
e) Apenas as afirmativas I, II e IV são corretas 
6- (UEL) A Sociologia é uma ciência moderna que surge e se desenvolve juntamente com o avanço do capitalismo. Nesse sentido, reflete suas principais transformações e procura desvendar os dilemas sociais por ele produzidos. Sobre a emergência da sociologia, considere as afirmativas a seguir:
I. A Sociologia tem como principal referência a explicação teológica sobre os problemas sociais decorrentes da industrialização, tais como a pobreza, a desigualdade
social e a concentração populacional nos centros urbanos.
II. A Sociologia é produto da Revolução Industrial, sendo chamada de “ciência da crise”, por refletir sobre a transformação de formas tradicionais de existência social e as mudanças decorrentes da urbanização e da industrialização.
III. A emergência da Sociologia só pode ser compreendida se for observada sua correspondência com o cientificismo europeu e com a crença no poder da razão e da observação, enquanto recursos de produção do conhecimento.
IV. A Sociologia surge como uma tentativa de romper com as técnicas e métodos das ciências naturais, na análise dos problemas sociais decorrentes das reminiscências do modo de produção feudal.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.
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A sistematização da Sociologia como ciência.
Se Auguste Comte foi o responsável pela criação do campo disciplinar da sociologia, coube a Durkheim a sistematização desta como uma ciência, estabelecendo um método e um objeto.
Seria o fato social o objeto da nova disciplina, mas o que seria o fato social afinal? Grosso modo, o fato social pode ser entendido por qualquer ação humana ou resultado desta, via de regra de caráter coletivo, educação, suicídio, crime. Para Durkheim, três aspectos definem o fato social, o primeiro é seu caráter de coerção social, o indivíduo é alvo de mecanismos de controle socialmente construídos para conter qualquer um que fuja à regra social. As sanções podem ser legais ou espontâneas, as primeiras são facilmente percebidas, pois estão nas normas jurídicas e nas leis, no segundo caso, temos aquelas que aparecem diante de uma conduta considerada inadequada pelo consenso do grupo, por exemplo, o uso de determinada roupa fora do seu contexto. Estas sanções podem variar, da censura ao sorriso de deboche e podem chegar até mesmo ao uso da violência. A segunda característica do fato social é sua generalidade, pois segundo Durkheim, ocorre de forma igual em todas as sociedades e a todos os indivíduos, ou pelo menos na maioria deles. O suicídio é um dos grandes exemplos usados por Durkheim, que em um artigo, tenta demonstrar que o suicídio existe em todas as sociedades de forma generalizada. A terceira característica do fato social é estar acima de todos os indivíduos e agindo sobre eles independentemente da vontade individual.
Outro aspecto da teoria de Durkheim, é a busca pelo olhar objetivo sobre a realidade. Tentando afastar a subjetividade, afirma que o fato social deve ser visto como coisa. De acordo com Durkheim para que o sociólogo consiga apreender a realidade dos fatos, sem distorcê-los de acordo com seus desejos e interesses particulares, deve deixar de lados suas prenoções , isto é, valores e sentimentos pessoais em relação àquilo que está sendo estudado.(COSTA,2005:83). O autor busca defender que o cientista social deve agir de forma neutra e imparcial diante da realidade, ou seja, entendendo que a realidade lhe é exterior.
Sobre a questão do método, pode se entender que se trata de um desdobramento das discussões anteriores, haja vista que Durkheim defende que as ciências sociais devem utilizar um método que permita a neutralidade do cientista, e como afirma LOWY, esse método deve ser tomado às ciências naturais, assim se poderia olhar a sociedade como se olha a natureza. 
Durkheim era um defensor do funcionalismo, que teorizava que a sociedade deveria ser comparada a um organismo, assim sendo, se o corpo humano é formado por órgãos com diferentes funções assim o é a sociedade, mas tanto os órgãos do corpo humano como da sociedade funcionam em prol de um objetivo: o funcionamento harmônico. Durkheim entendia que a sociedade se organizava de forma a garantir uma harmonia geral entre os indivíduos.
Assim sendo, a sociedade produz a norma sob a forma de um consenso que se impõe aos indivíduos, cabendo à educação (formal ou informal) o papel de conformar o indivíduo à norma. Assim, as regras são internalizadas nos indivíduos e se tornam hábitos.
O mundo do trabalho também foi alvo da teoria de Durkheim, sendo que o autor entendia que o enfrentamento entre patrões e empregados, deveria ser resolvido com um apelo à consciência de patrões e empregados. A divisão do trabalho, um dos marcos das transformações ocorridas após a Revolução Industrial na esfera do trabalho era vista como um fator positivo, pois segundo o autor havia duas formas de solidariedade no trabalho, a mecânica e a orgânica, a primeira era característica da sociedade pré-industrial, o homem neste caso vivia preso aos valores tradicionais da sociedade e alheio á divisão do trabalho, como se houvesse um isolamento entre os níveis produtivos, já na solidariedade orgânica, comum após a Revolução Industrial, a divisão do trabalho exerceria um papel fundamental, pois os trabalhadores criariam laços de interdependência, pois cada um depende do outro para que a produção aconteça. Durkheim não enxerga os efeitos nefastos da divisão sobre os trabalhadores, o que somente seria discutido com Marx quando este pensa o conceito de alienação.
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O Positivismo – O mundo em leis
Auguste Comte(1798 -1857) é considerado o pai e fundador de uma nova teoria, o Positivismo, que por sua vez, se predispõe a pensar a realidade que o cerca e é profundamente marcado pelo evolucionismo do século XIX. Para Comte a humanidade no que tange a questão do conhecimento, passaria por três etapas ou estados, o teológico, neste estado a mente humana procura as causas e princípio das cousas, predomina a imaginação e corresponderia à infância da humanidade. No segundo estado, chamado de metafísico, a mente humana procura conhecimentos absolutos, busca explicar o mundo a partir de idéias abstratas( de caráter não religioso) tais como essências, princípios, causas, substâncias e corresponderia à puberdade da humanidade. No terceiro estado, chamado de positivo, o homem superaria os outros estados e buscaria entender a realidade a partir de leis e fatos, a imaginação ficaria subordinada à observação. Não havendo qualquer interesse por causas ou conhecimentos absolutos; O positivismo se atém ao positivo, ao que está posto ou dado: é a filosofia dos dados(Marias,2004:387). 
Em cada estado o homem produz conhecimento de uma maneira,como se disse anteriormente, o que corresponde a um determinado estágio das sociedades humanas, assim sendo, a época industrial, regida pelos interesses econômicos, corresponde ao estado positivo, e nela deve ser restabelecida a ordem social.(idem:388). Dentro desta perspectiva evolucionista o estado positivo corresponde ao momento da sociedade industrial, ao auge da evolução humana. Para Comte havia chegado o momento de estabelecer a ordem nas sociedades humanas, e qualquer movimento individual no sentido contrário deveria ser rechaçado, daí o lema ordem e progresso. Não se pode esquecer que Comte além de viver a chegada da sociedade industrial, também vivenciou a reação operária, o que para o autor deveria ser uma anomalia, haja vista que contrariava uma das mais importantes leis das sociedades humanas: a da evolução universal no plano mais amplo e lei pela qual haveria a concentração da riqueza nas mãos dos burgueses(Barros,2011:95).Segundo ainda Barros, a educação deveria preparar os proletários para o respeito à esta lei(idem:95). A questão da lei é fundamental para se tentar entender o ideário positivista. Assim como existem leis que regem a natureza(Lei da gravitação, lei da dilatação dos corpos) , segundo o positivismo haveria leis que regeriam a sociedade, estas seriam tendências universais da sociedade, desde a Lei da Evolução até leis que se traduziriam em algumas tendências aceitas como algum tipo de consenso que as naturalizaria. Como exemplo pode ser citada a tendência dos pais morrerem e deixarem sua fortuna aos filhos, o que entendemos como cultural e histórico seria entendido por Comte
como algo natural e universal nas sociedades humanas. Havia assim a grande pretensão positivista de traduzir a realidade em leis:
Como escola filosófica, derivou do cientificismo, isto é, da crença no poder dominante e absoluto da razão humana em conhecer a realidade e traduzi-la sob a forma de leis que seriam a base da regulamentação da vida do homem, da natureza e do próprio universo(Costa,2005:72). 
O positivismo ao traduzir a realidade social em leis que não poderiam ser alteradas individualmente, propõe uma leitura conservadora de mundo, naturalizando a exploração capitalista. No positivismo há uma busca pela harmonia em sociedade, e seria este o objetivo das instituições e da evolução da humanidade.
A questão do conhecimento
O positivismo por sua vez estará na base de uma percepção de ciência que se tornará hegemônica no mundo ocidental, pois ao valorizar a observação objetiva dos fatos em sociedade, e a conexão destes entre si., tornaria inviável uma percepção subjetiva da realidade, daí a necessidade de se buscar um método adequado à observação, que seria buscado nas ciências ditas naturais. A idéia era observar a sociedade como se observa o mundo natural, com a mesma neutralidade. 
	O positivismo não se preocupa com o porquê da realidade e sim com o como, a sociedade pode ser observada, quantificada, daí o apelo a dados numéricos, gráficos, estatísticas, muito comuns na pesquisa quantitativa. A realidade para o positivismo é entendida como a coisa em si, protegida de um olhar subjetivo.
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O Marxismo – uma crítica aguda ao capitalismo
Se o capitalismo foi enaltecido pelo positivismo, que entendia que a sociedade industrial deveria ser considerada como o ápice da evolução das sociedades humanas, o marxismo adotou uma postura totalmente antagônica e crítica à ordem imposta pelo capitalismo.
O Marxismo surgiu como uma teoria crítica, de caráter revolucionário que se propunha atacar as contradições do capitalismo que eram amenizadas pelo olhar positivista. Marx não acreditava na harmonia natural entre os indivíduos apregoada pelos positivistas, pois entendia que a sociedade é contraditória em si, percebia a história como ação dos homens na busca perpétua de sua própria existência. 
Os homens mediante o trabalho intervêm na natureza em busca do próprio sustento. Nas sociedades ditas sem classes o que era produzido coletivamente era dividido por todo o grupo, mas quando as sociedades se dividem em classes e uma parte da sociedade se apropria privilegiadamente da produção, surge então uma divisão entre as classes: a dominante e a dominada. A primeira passa a viver da exploração do trabalho da segunda, temos assim um dos conceitos fundamentais do marxismo, o da luta de classes. Para Marx a luta de classes seria o motor da história. A História de todas as sociedades existentes até hoje é a história da luta de classes (Manifesto Comunista).
A teoria marxista rompe com qualquer possibilidade de explicação de caráter metafísico, estabelecendo que a abordagem da realidade se dê pelo materialismo histórico, ou seja, toda a vida do homem somente pode ser entendida histórica e concretamente.
No que tange as relações de trabalho na sociedade industrial, Marx se mostrará um crítico feroz desvelando os mecanismos da exploração capitalista sobre os trabalhadores, entre um dos pontos centrais da teoria marxista encontra-se a alienação, que significa afastamento, ou seja, o trabalhador no capitalismo é alienado em vários níveis da produção. O trabalhador que detinha os meios da produção (instrumentos de trabalho e matéria-prima) até o século XVIII, com a Revolução Industrial torna-se alienado dos instrumentos de trabalho, quando utiliza as máquinas das fábricas, é alienado também do conhecimento que detinha com outros artesãos, pois com a crescente divisão do trabalho, o operário deixa de conhecer todas as etapas da produção da mercadoria, e passa dominar apenas uma fração dela, o trabalhador não se enxerga mais na produção total da mercadoria, perde o orgulho de produzir o todo, estando assim alienado (afastado).
A extração de mais valia é um segundo aspecto importante na análise marxista sobre o mundo do trabalho, entendida a mais valia como o excedente líquido que pode ser vendido por mais que a classe trabalhadora recebe (Bottomore,1983;227),
o que o capitalista paga de salário é devolvido na forma de lucro excedente, através da exploração intensa da força de trabalho (os trabalhadores).
Marx entendia que a sociedade carrega em si sua própria contradição ou destruição, entendia que a realidade devia ser vista em um movimento constante sendo assim, a própria realidade carregaria sua destruição, é como se a realidade carregasse a contrarrealidade, o seu oposto que determinaria seu fim.
Marx tentou aplicar esse olhar no entendimento da sociedade capitalista, que em algum momento chegaria ao seu fim dando passagem a uma nova forma de organização social, na qual os trabalhadores seriam os senhores do poder. O que causaria o fim da sociedade capitalista seria a exploração imposta por essa aos trabalhadores, esta exploração seria tão aguda que faria o sistema implodir. É essa forma de olhar a realidade que Marx chamou de método dialético. Somente podemos entender a noite, porque existe o dia, a noite carrega sua própria superação que é o dia, e quando o dia nasce, já carrega sua superação que é a noite, esse modo de entender a realidade.
Marx como podemos perceber era antagônico à Durkheim na forma como entendia, por exemplo, a divisão do trabalho, pois Marx desmascarava a exploração proporcionada pela divisão do trabalho, e Durkheim entendia esse processo como favorável à harmonia entre os homens.
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Pierre Bourdieu
1930 - 2002
Pierre Boudieu
O contexto histórico
A década revolucionária – 1960
O movimento feminista
O movimento estudantil – o Maio de 1968
Luta por direitos civis nos Estados Unidos – a questão negra
A questão conceitual
Os mecanismos de reprodução social
A violência simbólica como disfarce à desigualdade produzida pela classe dominante
Mecanismo de legitimação de gostos de classe e estilos de vida
 O habitus – conjunto de mecanismos e esquemas de ação e pensamento
A crítica educacional
Da cultura à educação 
Crítico –reprodutivismo
Uma crítica e não necessariamente uma teoria educacional
Educação como fator de reprodução da violência simbólica
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Positivismo
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Auguste Comte(1798-1857)
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Contexto histórico do surgimento da Sociologia
Da Revolução Industrial ao Capitalismo(XVIII)
O crescimento do mercado consumidor
Uma nova forma de se produzir mercadorias
 a fábrica
 a divisão do trabalho
 a exploração e mais valia
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A divisão do trabalho
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As estruturas de pensamento
O Iluminismo – da servidão à liberdade(XVIII)
Derrubar altares, abalar tronos
A crítica ao absolutismo à Igreja ao absolutismo 
A racionalidade como eixo, a ciência como explicação – a partir da observação
Crítica à metafísica, ao transcendente, ao mito e ao senso comum
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O surgimento do homem moderno
O homem olhando e planejando o futuro
Crença na evolução linear da humanidade
Desprezo pelo passado
Crença na razão como instrumento de evolução da humanidade
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O Positivismo – ideias básicas
A evolução como sentido
A busca das leis que regem a sociedade
A lei dos Três Estados – evoluções do pensar humano teológico, metafísico e positivo
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A defesa de uma pregação moral para abrandar o coração dos capitalistas como forma de eliminar os conflitos sociais por meio da exaltação à coesão, à harmonia natural entre os indivíduos.
O conhecimento positivo – ceticismo em relação ao conhecimento absoluto – as grandes causas como explicação
Princípios epistemológicos
A – a busca da explicação dos fenômenos na relação entre os mesmos
B – exaltação da observação dos fatos
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Traços positivistas que marcam a investigação em educação
O método das ciências naturais aplicado às ciências sociais
A fragmentação da realidade
A realidade na forma de fatos 
Desinteresse pelas causas e fins
Valorização da estatística e métodos afins
A busca da objetividade científica – a morte da subjetividade
O como ao invés do porquê
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Traços positivistas que marcam a pesquisa em educação
A neutralidade da ciência – o saber pelo saber
O papel do cientista é expressar a realidade e não julgá-la.
Nega qualquer especulação metafísica – a valorização da experiência(conhecer pelos sentidos)
 o princípio da verificação – o confronto com o dado
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Considerações finais
O positivismo enquanto tentativa de conhecer a realidade, entende que a sociedade industrial é o ápice da evolução
Sob o ponto de vista ideológico a positivismo implicou na glorificação da sociedade industrial
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Algumas questões de prova
1- (UEL) O lema da bandeira do Brasil, “Ordem e Progresso”, indica a forte influência do positivismo na formação política do Estado brasileiro. Assinale a alternativa que apresenta idéias contidas nesse lema. a) Crença na resolução dos conflitos sociais por meio do estímulo à coesão social e à evolução natural da nação. b) Ideais de movimentos juvenis, que visam superar os valores das gerações adultas. c) Denúncia dos laços de funcionalidade que unem as instituições sociais e garantem os privilégios dos ricos. d) Ideal de superação da sociedade burguesa através da revolução das classes populares. e) Negação da instituição estatal e da harmonia coletiva baseada na hierarquia social. 
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(UEL) A Sociologia é uma ciência moderna que surge e se desenvolve juntamente com o avanço do capitalismo. Nesse sentido, reflete suas principais transformações e procura desvendar os dilemas sociais por ele produzidos. Sobre a emergência da sociologia, considere as afirmativas a seguir: I. A Sociologia tem como principal referência a explicação teológica sobre os problemas sociais decorrentes da industrialização, tais como a pobreza, a desigualdade social e a concentração populacional nos centros urbanos. II. A Sociologia é produto da Revolução Industrial, sendo chamada de “ciência da crise”, por refletir sobre a transformação de formas tradicionais de existência social e as mudanças decorrentes da urbanização e da industrialização. III. A emergência da Sociologia só pode ser compreendida se for observada sua correspondência com o cientificismo europeu e com a crença no poder da razão e da observação, enquanto recursos de produção do conhecimento. IV. A Sociologia surge como uma tentativa de romper com as técnicas e métodos das ciências naturais, na análise dos problemas sociais decorrentes das reminiscências do modo de produção feudal. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e III. b) II e III. c) II e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV. 
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(UFUB) Assinale a alternativa correta: O surgimento da Sociologia foi propiciado pela necessidade de: A) Manter a interpretação mágica da realidade como patrimônio de um restrito círculo sacerdotal. B) Manter uma estrutura de pensamento mítica para a explicação do mundo. C) Condicionar o indivíduo, através dos rituais, a agir e pensar conforme os ensinamentos transmitidos pelos deuses. D) Considerar os fenômenos sociais como propriedade exclusiva de forças transcendentais. E) Observar, medir e comprovar as regras que tornassem possível, através da razão, prever os fenômenos sociais. 
Jairo 11.pptx
Antonio Gramsci
O personagem
Nascido em 1891 na Sardenha
Jornalista e co-fundador do Partido Comunista Italiano(PCI).
O Novo contexto – O fascismo
A prisão em 1926 - Os Cadernos do Cárcere
Liberdade em 1934
Morte em 1937
As ideias
 A influência marxista – algumas categorias
O homem se faz pelo trabalho – se torna homem quando produz sua existência
O conceito de trabalho como qualquer ação que busca saciar uma necessidade humana. Em tudo há trabalho
O antagonismo entre capital e trabalho – a luta de classes
O primeiro pressuposto de toda história humana é naturalmente a existência de indivíduos humanos vivos. O primeiro fato a constatar é, pois, a organização corporal destes indivíduos e, por meio disto, sua relação dada com o resto da natureza. [...] Tal como os indivíduos manifestam sua vida, assim são eles. O que eles são coincide, portanto, com sua produção, tanto com o que produzem, como com o modo como produzem. O que os indivíduos são, portanto, depende das condições materiais de sua produção. (MARX; ENGELS, 1986, p. 27-28, O Capital)
Alguns conceitos fundamentais
A crítica ao capitalismo
Estrutura e superestrutura
Dominação e hegemonia
Níveis de hegemonia
Hegemonia - implica em um convencimento moral de uma classe sobre a outra, os valores de uma classe são absorvidos e seguidos pela outra classe 
Ex. hegemonia global – caso dos EUA no mundo
Ex. hegemonia de classe – caso da burguesia
A organização dos trabalhadores
A busca da formação de intelectuais orgânicos e a construção de numa sociedade socialista
A busca por uma independência intelectual e cultural da classe trabalhadora
Crítica de Gramsci à divisão entre educação clássica e educação profissional(olhar citação)
Na escola atual, em função da crise profunda da tradição cultural e da concepção da vida e do homem, verifica-se um processo de progressiva degenerescência: as escolas de tipo profissional, isto é, preocupadas em satisfazer interesses práticos imediatos, predominam sobre a escola formativa, imediatamente desinteressada. O aspecto mais paradoxal reside em que este novo tipo de escola aparece e é louvada como democrático, quando na realidade, não só é destinado a perpetuar as diferenças sociais, como ainda a cristalizá-las em formas chinesas.
(GRAMSCI, 2001, p. 49).
A Proposta
A busca de uma escola comum, única e desinteressada”
A busca da escola unitária
A crise terá uma solução que, racionalmente, deveria seguir esta linha: escola única inicial de cultura geral, humanista, formativa, que equilibre equanimemente o desenvolvimento da capacidade de trabalhar manualmente (tecnicamente, industrialmente) e o desenvolvimento das capacidades de trabalho intelectual. Deste tipo de escola única, através de repetidas experiências de orientação profissional, passar-se-á a uma das escolas especializadas ou ao trabalho produtivo. (GRAMSCI, 1991, p. 118).

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