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Exercicio Avaliativo

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EXERCÍCIO AVALIATIVO 
	 
DISCIPLINA: 	DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV
(QUESTÃO – 1) No dia 14 de agosto de 2010, aproximadamente às 18 horas, na cidade de Novo México, a Polícia Militar registrou Boletim de Ocorrência Policial, relatando que o médico Luiz Paulo, 26 anos, quando saía do Hospital Central, conduzindo seu veículo particular, recebeu uma “fechada” (manobra abrupta) realizada por Joaquim, conhecido fazendeiro da região, tendo tal ato gerando um desentendimento entre os motoristas, momento em que inesperadamente, Joaquim sacou uma arma, do tipo revólver calibre. 38, que trazia consigo, efetuando contra Luiz Paulo, seis disparos que o atingiram no peito e na cabeça, provocando sua morte instantânea. O acusado fora preso, processado e condenado pelo Juízo Criminal da Comarca, sendo fixado na sentença, que transitou em julgado em 23 de agosto de 2012, um valor mínimo correspondente à quantia de R$ 100.00,00 (cem mil reais) para reparar os danos causados pelo ilícito. Frise que Joaquim se encontrava preso em San Martin, mas faleceu de ataque cardíaco no último dia 28 de agosto de 2012. Todos os bens móveis e imóveis do “de cujus” estão localizados no município de Espera Feliz, onde também residem sua esposa e filhos. Luiz Paulo era casado com Regina e tinha dois filhos menores, Pablo e Pierre. Como advogado(a) responda:
Na hipótese acima, considerando que a morte extingue a punibilidade, ainda caberia execução da sentença? Justifique. 
Sim, porque a sentença penal condenatória transitado em julgado é título executivo judicial, conforme previsão contida no art. 475-N, II, CPC; aliás, responde pela obrigação sempre o patrimônio do devedor, por isso, muito embora tenha ocorrido a morte de Joaquim, os seus bens foram transmitidos aos herdeiros e poderão ser expropriados visando o cumprimento da sentença.
Caso seja possível cumprir a sentença penal condenatória qual será o juízo competente? Se afirmativo, indique quem deve figurar no polo ativo e passivo da execução, indicando a fundamentação legal no CPC.
Será competente o Juízo Cível, aplicando-se a regra geral de competência prevista entre os art. 88 a 100, CPC; devem figurar no polo ativo Regina (esposa) e os filhos Pablo e Pierre (art. 567, I, CPC); de outra parte, no polo passivo os espólio de Joaquim, representado pela esposa e os filhos (herdeiros), art. 568, II, CPC.
Em caso permissão legal para se executar a sentença indique o foro indicado para a execução? Informe como será iniciada a execução, indicado as previsões legais no CPC para cada medida.
O foro será aquele mais conveniente para os exequentes, observando a regra geral de competência do CPC. Por se tratar de sentença penal condenatória haverá a necessidade de citar do espólio (herdeiros), na forma do parágrafo único, do art. 475-N, CPC, posteriormente a execução segue a regra prevista no art. 475-J, CPC (cumprimento de sentença por quantia).
Se a sentença tivesse pendente de recurso, caberia execução provisória?
Não, porque a execução de sentença penal não comporta execução provisória, em observância ao princípio da presunção de inocência, prevista na Constituição Federal. Haverá execução de sentença penal condenatória somente após o trânsito em julgado.
Há necessidade de liquidação da sentença? Se afirmativo justifique a espécie de liquidação indicando os dispositivos legais no CPC.
Depende: Se os herdeiros da vítima concordarem com o valor mínimo fixado pelo juízo criminal, não haverá necessidade de liquidar, no entanto, se entenderem que o valor é insuficiente, necessário se faz requerer a liquidação por artigo e após, requerer a execução do montante fixado na forma do art. 475-J, CPC.
(QUESTÃO 02) Em ação de indenização com pedido de condenação por danos materiais e morais, que tramita na Vara Cível da Comarca de Santa Fé, proposta por Timóteo em face da empresa Digegram – Granito Ltda, restou demonstrado, que no dia 15 de janeiro de 2011, de forma imprudente e negligente, Silas, motorista contratado pela empresa em questão, trafegava pela Av. Vitória, Centro, conduzindo em alta velocidade, o veículo carreta bitrem, carregado com dois blocos de granito, entretanto, ao realizar uma curva perdeu o controle do veículo, invadindo a contramão de direção, adentrando ao pátio do posto de combustíveis “Expresso Metano” causando os seguintes danos: destruição total de todas as bombas de combustíveis, da loja de conveniência, de 15 (quinze) veículos que estavam no estacionamento e lesões graves em Timóteo, que é o proprietário do posto, vez que além de atropelado pela carreta, sofreu queimaduras por todo o corpo, eis que no sinistro um dos blocos fora arremessado contra uma tubulação de gás, provocando um grande incêndio, que mesmo contido pelo corpo de bombeiros, não impediu os danos. O juiz a quo condenou a Digegran ao a reparar todos os danos materiais e morais causados ao proprietário, no entanto, sem fixar o valor, ante a expressiva dimensão dos prejuízos e a complexidade da demanda, cuja sentença transitou em julgado em 10 de setembro de 2012; aliás, sabe-se empresa Digegram – Granitos Ltda, tem escritório sede no município de Estrela do Oeste, onde possui diversos bens móveis e imóveis (áreas de exploração, depósitos, veículos, máquinas etc.). Portanto, na condição de advogado(a) de Timóteo pretendo executar o título judicial, responda: (valor 1,0 ponto)
Qual é a primeira medida judicial a ser adotada? Justifique sua resposta indicando a previsão legal no CPC.
Deverá requerer a liquidação da sentença, com fundamento no art. 475-A, CPC, a fim de determinar o valor devido. Ressaltando que na hipótese a liquidação será por arbitramento, conforme previsão contida no art. 475-C, II, CPC, em razão da natureza do objeto da liquidação (complexidade), observando o procedimento previsto no art. 475-D, CPC.
Quais são os foros competentes para promover a execução? Indique o foro mais favorável, justificando sua resposta com a fundamentação legal no CPC.
Sabe-se que pela regra geral, a execução será no juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição (art. 475-P, II, CPC), por isso os foros são Santa Fé e Estrela do Oeste, no entanto, em razão do réu possuir bens na Comarca de Estrela do Oeste, este será o foro indicado, pois o CPC permite a opção, conforme consta do parágrafo único do art. 475-P, que se conecta com o inciso II, do mencionado dispositivo legal.
Indique o prazo de que dispõe a empresa Digegram para realizar o pagamento da indenização? Caso não seja efetivado o pagamento no prazo fixado em lei, quais são as consequências jurídicas para a empresa devedora? Informe ainda se estas medidas podem ser aplicadas de ofício pelo Magistrado, citando os dispositivos legais no CPC.
De acordo com o art. 475-J, há o prazo voluntário de 15 dias para efetuar o pagamento. Em não pagando espontaneamente nesse prazo, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento. As medidas não podem ser efetivadas de ofício, porquanto, necessário se faz o requerimento do credor, com apresentação da memória de cálculo e pedido de expedição de mandado de penhora e avaliação, somente com essa medida do exequente se inicia a execução.
Quais são as medidas a disposição da empresa Digegram para tentar impedir a execução? Qual será o efeito jurídico dessa medida na execução? Fundamente indicando a previsão contida no CPC.
Impugnação ao cumprimento de sentença, prevista no art. 475-I, § 1º, CPC, podendo alegar as matérias do art. 475-L, CPC, que não terá efeito suspensivo, consoante dispõe o art. 475-M, CPC.
Indique qual será forma executiva utilizada pelo Estado no procedimento, conceituando-a?
Execução direta ou por subrogação, em que o Estado substitui a vontade do devedor pela vontade da lei. 
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