Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Marcelo de Sales Pessoa Notas de aula: Modelo de Ramsay-Cass-Koopmans Modelo Original (Ramsay - 1928) max c(t) U (0) = Z 1 0 ln c (t) dt s.a a) _k (t) = k� (t)� c (t)� �k (t) b) k (0) = 1 c) lim t!1 k (t) e ��r(t)t � 0 (1) onde 0 < � < 1; � > 0: r (t) = �k (t) ��1 � � e �r (t) = 1 t Z t 0 r (�) d� Diferença em relação ao modelo do agente produtor-consumidor: � = 0: Ramsay-Cass-Koopmans Famílias 1. Trocam trabalho (L) por salário (w); 2. Recebem juros (r) pelos ativos (�); 3. São competitivas; 4. Poupam acumulando ativos (�) ; 5. Têm vida in nita; 6 Crescem à taxa n; obs.: Temos: _L L = n Então, fazendo L (0) = 1: L (t) = ent 7. Têm taxa de impaciência � > 0: 8. São idênticas; Problema das famílias O problema da família representativa é: max c(t) U (0) = Z 1 0 e�(��n)tu [c (t)] dt onde: 1 1. c (t) = C(t)L(t) é o consumo per capita; 2. � > n; 3. u (c) é tal que: u0 (c) > 0; u00 (c) < 0 e u (c) satisfaz as condições de Inada: lim c!0 u0 (c) =1 lim c!1u 0 (c) = 0 Restrição Orçamentária A renda vem do trabalho e dos ativos. O trabalho é remunerado com salário e os ativos, com taxa de juros: r (t)� (t) + w (t)L (t) Então, temos a restrição orçamentária: r (t)� (t) + w (t)L (t) = C (t) + S (t) Então, como S (t) = _�; _� = r�+ wL� C Seja a = �L ; então, _� L = _a+ an Assim, a restrição orçamentária per capita é: _a = (r � n) a+ w � c Condição Anti-Esquema-Ponzi lim t!1 a (t) e � R t 0 (r(�)�n)d� � 0 Solução do Problema das Famílias: Temos: max c(t) Z 1 0 e�(��n)tu [c (t)] dt s.a _a = (r (t)� n) a (t) + w (t)� c (t) a (0) = a0 2 lim t!1 a (t) e �(�r(t)�n)t � 0 Solução: Condições necessárias de Pontryagin: H = e�(��n)tu [c (t)] + v (t) [(r (t)� n) a (t) + w (t)� c (t)] 1) @H @c = e(n��)tu0 (c)� v (t) = 0 2) _v = �@H @a = �v (t) [r (t)� n] 3) _a = (r (t)� n) a (t) + w (t)� c (t) ; a (0) = a0 4) lim t!1 v (t) a (t) = 0 Equação de Euler do Consumo Da condição 1), temos: _v v = (n� �) + 1 u0 (c) u00 (c) _c Substituindo em 2), temos: (n� �) + 1 u0 (c) u00 (c) _c = �r + n ) _c c = � (r � �) Condição de transversalidade e condição Final Temos: _v = �v (t) [r (t)� n] Então, v (t) = v (0) e�(�r(t)�n)t Substituindo na condição de transversalidade, temos a condição de fronteira nal para a (t) : lim t!1 a (t) e �(�r(t)�n)t = 0 Função Consumo 3 Resolvendo a EDO da restrição orçamentária para a; temos _a� (r (t)� n) a (t) = w (t)� c (t) , a (T ) e�(�r(T )�n)T + Z T 0 c (t) e�(�r(t)�n)tdt = a (0) + Z T 0 w (t) e�(�r(t)�n)tdt Como lim t!1 a (t) e �(�r(t)�n)t = 0 e fazendo: Z 1 0 w (t) e�(�r(t)�n)tdt = ~w (0) Então, temos: Z 1 0 c (t) e�(�r(t)�n)tdt = a (0) + ~w (0) Como _c c = � (r (t)� �) Então, c (0) = � (0) [a (0) + ~w (0)] onde � (0) = 1R1 0 e[�r(t)(��1)���+n]tdt Firmas Avanço tecnológico: Hicks: Y (t) = F (K (t) ; L (t) ; T (t)) = F (T (t)�K (t) ; T (t)� L (t)) Harrod: Y (t) = F (K (t) ; L (t) ; T (t)) = F (K (t) ; T (t)� L (t)) Solow: Y (t) = F (K (t) ; L (t) ; T (t)) = F (T (t)�K (t) ; L (t)) 4 Hipóteses sobre as rmas 1. Função de produção: Y (t) = F (K (t) ; L (t) ; T (t)) onde Y é o produto, K é o capital, L é o trabalho e T é a tecnologia. 2. A função de produção é neoclássica; 3. A função de produção tem progresso tecnológico de Harrod; 4. A tecnologia aumenta a uma taxa constante x: Obs.: Temos _T T = x Então, assumindo T (0) = 1 : T (t) = ext 5. Uma unidade do produto pode ser usada como uma unidade de consumo C ou como uma unidade de capital K: 6. As rmas alugam o capital das famílias K (t) e pagam R (t) por ele. obs.: Supondo risco zero e não-arbitragem, devemos ter: r (t) = R (t)� � Produtividade Marginal do Trabalho e do Capital Def.: Trabalho efetivo: L^ � L (t) :T (t) Então, Y (t) = F � K (t) ; L^ (t) � Agora: y^ � Y (t) L^ (t) k^ = K (t) L^ (t) Sendo assim, y^ = f � k^ (t) � Então, temos: 5 @Y @K = f� � k^ � @Y @L = h f � k^ � � k^f� � k^ �i ext Lucro O lucro da rma é dado por: � = F � K; L^ � �R (t)K (t)� w (t)L (t) Em termos per capita, temos: � = L^ h f � k^ � � (r (t) + �) k^ � w (t) e�xt i Maximização do Lucro A alocação dos insumos que trará o máximo lucro é encontrada derivando a equação do lucro em relação a k^ e igualando-a a 0. Nesse caso, teremos: f 0 � k^ � = r (t) + � Num mercado competitivo, em equilíbrio, o lucro econômico deve ser zero: ) w (t) = ext h f � k^ � � f 0 � k^ � k^ i EDO do capital Equilíbrio Nessa economia, podemos considerar: a = k: Nesse caso, como: _a = (r (t)� n) a (t) + w (t)� c (t) f 0 � k^ � = r (t) + � w (t) = ext h f � k^ � � f 0 � k^ � k^ i k = k^ext Então, : k^ = f � k^ � � c^ (t)� (x+ � + n) k^ EDO do consumo 6 Temos: _c c = � [r (t)� �] f 0 � k^ � = r (t) + � c = c^ext Então, : c^ c^ = � h f 0 � k^ � � � � �� x i Condição nal em k Da condição de transversalidade do problema das famílias, temos: lim t!1 a (t) e �(�r(t)�n)t = 0 Então, lim t!1 k^ (t) e � R t 0 (f 0(k^(�))���n�x)d� = 0 Equilíbrio Competitivo Pareto Ótimo Problema do planejador central: max c(t) Z 1 0 e�(��n)t c1� 1� dt s.a : k^ = f � k^ � � c^ (t)� (x+ � + n) k^ k^ (0) = k^0 lim t!1 k^ (t) e �(�r(t)�n�x)t � 0 A solução desse problema é idêntica à solução encontrada na economia an- terior: : c^ c^ = � h f 0 � k^ � � � � �� x i Logo, o equilíbrio competitivo é Pareto ótimo. Esse resultado pode ser con- seguido também através da veri cação das condições do 1o Teorema do Bem- Estar Social: 1. Mercados completos; 7 2. Competição perfeita; Sistema de EDOs : c^ c^ = � � f 0 � k^ � � � � �� x � : k^ = f � k^ � � c^ (t)� (x+ � + n) k^ Condição inicial: k^ (0) = k^0 Condição nal: lim t!1 k^ (t) e � R t 0 (f 0(k^(�))���n�x)d� = 0 Solução Grá ca Como as taxas de crescimento no estado estacionário de k^ e de c^ são iguais a zero, temos: f 0 � k^� � � � = �+ x Da outra EDO, temos: c^� = f � k^� � � (x+ � + n) k^� Derivando em relação a k^� : dc^� dk^� = f 0 � k^� � � (x+ � + n) dc^�2 d2k^� = f 00 � k^� � < 0 e, na regra de ouro, f 0 � k^�g � � � = x+ n Da condição de transversalidade: lim t!1 k^ (t) e � R t 0 (f 0(k^(�))���n�x)d� = 0 No estado estacionário, como k^� é constante e > 0, para que essa condição seja satisfeita, devemos ter: f 0 � k^� � � � > n+ x Agora, sabemos que, no estado estacionário (EDO do consumo): 8 f 0 � k^� � � � = �+ x Então, � > n+ (1� )x Como: f 0 � k^� � = � + �+ x f 0 � k^�g � = � + x+ n Pela condição, �+ x > n+ x; então, k^� < k^�g Dinâmica de Transição Temos 3 estados estacionários para � k^; c^ � : (0; 0); � k^�; c^� � ; (k^��; 0): O terceiro estado estacionário ocorre no ponto em que a curva cruza o eixo k^; quando: f � k^�� � � (x+ � + n) k^�� = 0 Porém, apenas � k^�; c^� � satisfaz as condições de equilíbrio dinâmico: Os de- mais possuem consumo 0 e k^�� > k^�g : Governo Governo com orçamento equilibrado G = ; onde G são os gastos do governo e são impostos lump sum. Alteração nas EDOs: A restrição orçamentária das famílias será: _a = (r (t)� n) a (t) + w (t)� c (t)� i (t) onde i é o imposto per capita. Então, : k^ = f � k^ � � c^ (t)� g^ (t)� (x+ � + n) k^ 9
Compartilhar